Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal da Integração Latino-Americana Instituto Latino-Americano de Tecnologia, Território e Infraestrutura Engenharia de Energia Prof. Fabyo Luiz Pereira fabyo.pereira@unila.edu.br UNILA – ILATTI – EE Foz do Iguaçu / PR Aula 14 – Geradores de Vapor (Parte 2) EER0013 – Máquinas Térmicas EER0013 – Máquinas Térmicas 2 / 21 Tópicos da Aula ● Geradores de Vapor: ● Caldeiras: ● Aquatubulares: ● Circulação natural. ● Circulação assistida. ● Circulação forçada. ● Flamotubulares. ● Elétricas. ● Superaquecedores: ● Convectivos. ● Radiantes. ● Mistos. ● Atemperador. ● Economizadores. ● Aquecedores de ar: ● Recuperativos. ● Regenerativos. 3 / 21 Caldeiras Aquatubulares ● Caldeiras Aquatubulares: ● Construídas de forma que a água circule por dentro de diversos tubos de pequeno diâmetro, dispostos como: ● Paredes d'água: ● Localizadas na câmara de combustão ● Predomina a troca de calor por radiação. ● Feixes tubulares: ● Localizados na parte posterior. ● Convecção e radiação. ● Tambores: ● Em zonas protegidas da radiação. ● Tratamento da água garante durabilidade e segurança. ● Deve-se evitar incrustações nas superfícies de aquecimento. 4 / 21 Caldeiras Aquatubulares ● Circulação da Água: ● Se deve à diferença de densidade entre as fases líquida e vapor da água. ● Esta diferença tende a ser menor conforme a pressão de operação aumenta. ● No ponto crítico, não há distinção entre as fases. ● Classificação das caldeiras aquatubulares quanto à circulação da água: ● Caldeiras de circulação natural. ● Caldeiras de circulação assistida. ● Caldeiras de circulação forçada. 5 / 21 Caldeiras Aquatubulares ● Caldeiras Aquatubulares de Circulação Natural: ● São a maioria das caldeiras aquatubulares existentes. ● Construídas geralmente com paredes d'água e feixes tubulares. ● Número de tambores variável. ● Atendem unidades de grande porte com pressões de trabalho de até 16000 kPa. ● Funcionamento: ● Ao circular pelos tubos, a água absorve calor da combsutão e vaporiza. ● Por ser mais leve, o vapor sobe na forma de bolhas pelos tubos quentes e vai para o tambor. ● O vazio deixado pelo vapor é ocupado pelo líquido, que desce pelas partes mais frias. 6 / 21 Caldeiras Aquatubulares ● Algumas concepções de caldeiras de circulação natural: 7 / 21 Caldeiras Aquatubulares ● Caldeira aquatubular de circulação natural de uma usina termelétrica: 8 / 21 Caldeiras Aquatubulares ● Caldeiras Aquatubulares de Circulação Assistida: ● Construídas geralmente com paredes d'água e um único tambor. ● Funcionamento igual ao das de circulação natural, porém a água do tambor é continuamente movimentada por bombas de recirculação (alta vazão e pequeno salto de pressão). ● Operam com pressões desde zero até pressões próximas à crítica. ● Alta eficiência térmica. ● Atingem rapidamente o regime permanente. ● Bombas de recirculação dispensam a necessidade de tubos de grande diâmetro. 9 / 21 Caldeiras Aquatubulares ● Caldeiras Aquatubulares de Circulação Forçada: ● Conhecidas como caldeiras de passe forçado. ● Desenvolvidas para atender usinas termelétricas de alta potência. ● Não há recirculação de água. ● Uma bomba força a água a fluir em uma única passagem pela tubulação. ● Dispensam a instalação de tubos de grande diâmetro. ● Não há tambor separador, a menos que a pressão de trabalho seja inferior à crítica. ● Exigem um sistema de controle bastante sofisticado, pois a temperatura do vapor na saída dos superaquecedores varia rapidamente se houver oscilação na vazão de água. 10 / 21 Caldeiras Flamotubulares ● Caldeiras Flamotubulares: ● Também conhecidas como fumotubulares. ● A água circula ao redor de diversos tubos, montados entre espelhos, na forma de um único feixe tubular. ● Os gases de combustão circulam por dentro dos tubos, em duas ou mais passagens, em direção à chaminé. ● Construídas com fornalhas: ● Internas Para combustíveis gasosos e líquidos.→ ● Externas Para combustíveis sólidos.→ 11 / 21 Caldeiras Flamotubulares ● São muito vulneráveis a superaquecimentos e explosões, pois a pressão do vapor atua diretamente sobre as paredes, tubos, carcaça externa e espelhos. ● Para evitar este problema: ● Nível de água que circula dentro da caldeira deve sempre permanecer acima da tubulação por onde circulam os gases. ● Fornalha deve ser construída sempre junto à base ou mais ao centro da estrutura da caldeira, jamais na parte superior. ● Caldeiras de fornalha interna a óleo ou gás natural possuem rendimentos térmicos da ordem de 84%. ● Pressão de trabalho de até 1500 kPa. ● Vazão de vapor de até 15000 kg/h. ● Paredes corrugadas: ● Admitem maiores pressões de trabalho. ● Garantem maior segurança. ● Aumentam a superfície de troca de calor. 12 / 21 Caldeiras Flamotubulares ● Tipos de fundo (figura ao lado, acima): ● Fundo seco. ● Fundo úmido. ● Fundo de retorno de chama. ● Na figura abaixo, é mostrada uma caldeira flamotubular com fornalha externa, para uso de carvão mineral ou lenha. ● Caldeiras flamotubulares: ● Menores gastos com manutenção. ● Tratamento da água garante durabilidade, eficiência e segurança. ● Circulação de água é sempre natural. ● Vapor saturado deixa a caldeira com título entre 97 e 99%. 13 / 21 Caldeiras Elétricas ● Caldeiras Elétricas: ● Funcionam através da conversão direta de energia elétrica em energia térmica, através da passagem de uma corrente elétrica: ● Por resistências elétricas (efeito Joule). ● Através da própria água (com uso de eletrodos). ● Têm aplicação restrita às regiões onde a energia elétrica é abundante e barata. ● Caldeiras elétricas com resistências elétricas: ● Potência limitada a cerca de 2,5 MW. ● Taxa de evaporação de cerca de 1,3 kg/kWh. ● Rendimento térmico de 98%. ● Caldeiras elétricas com eletrodos: ● Eletrodos submersos. ● Eletrodos de jatos de água. ● A figura ao lado mostra uma caldeira elétrica de eletrodos submersos. 14 / 21 Superaquecedores ● Superaquecedores: ● São feixes tubulares que é elevam a temperatura do vapor saturado proveniente do tambor separador da caldeira, até o mesmo atingir a condição de vapor superaquecido, nas condições desejadas de projeto. ● Localizados de modo a aproveitar da melhor forma possível o calor disponível nos gases de combustão. ● Classificação: ● Superaquecedores convectivos: ● Instalados no trajeto dos gases de combustão, onde a troca de calor predominante se dá por convecção e radiação gasosa. ● Superaquecedores radiantes: ● Instalados no topo da câmara de combustão, onde a troca de calor por radiação predomina. 15 / 21 Superaquecedores ● Superaquecedores mistos: ● Uso combinado dos superaquecedores convectivo e radiante ajuda a manter estável a temperatura do vapor, mesmo com variação da carga da caldeira. ● Se a carga da caldeira variar: ● O fluxo de vapor e o fluxo de gases de combustão varia. ● Temperatura dos gases de combustão varia. ● Aumento da capacidade de troca térmica por convecção. ● Redução da capacidade de troca térmica por radiação. ● Ambas tendem a se contrabalancear. 16 / 21 ● Atemperador: ● Equipamento usado para corrigir (diminuir) a temperatura do vapor superaquecido na saída do superaquecedor radiante, através da injeção de água ou vapor saturado no mesmo. ● Geralmente se localizam entre o superaquecedor radiante e o convectivo. Superaquecedores 17/ 21 Superaquecedores ● Fatores que influenciam no projeto dos superaquecedores: ● Gases de combustão Temperatura e velocidade.→ ● Vapor Temperatura e velocidade.→ ● Banco de tubos Arranjo e posicionamento.→ ● Tubos e suportes Tipo de material.→ ● Problemas operacionais: ● Se os gases seguirem caminhos preferenciais: ● Superaquecimentos localizados. ● Provocam trincas ou rupturas. ● Deposição de cinzas sobre a superfície dos tubos dos superaquecedores: ● Redução na taxa de troca térmica. 18 / 21 Economizadores ● Economizadores: ● São trocadores de calor cujo objetivo é elevar a temperatura da água de alimentação da caldeira mediante o aproveitamento da energia residual ainda disponível nos gases de combustão, após estes terem perdido calor para os superaquecedores. ● Localizados depois dos superaquecedores e antes dos aquecedores de ar. ● Aumentam a eficiência térmica das unidades geradoras de vapor. ● Aplicam-se apenas a unidades de grande porte, devido a questões técnicas e econômicas. ● A presença de óxido sulfúrico (SO3) nos gases de combustão é um problema. 19 / 21 Aquecedores de Ar ● Aquecedores de ar: ● São trocadores de calor que transferem calor dos gases de combustão para o ar de combustão, aumentando sua temperatura. ● Se localizam no final do trajeto dos gases de combustão, após o economizador. ● Vantagens: ● Representam uma economia de energia de 5 a 10% (redução do consumo de combustível). ● Aumento da velocidade da combustão. ● A combustão ocorre de modo uniforme e estável. ● Classificação: ● Recuperativos. ● Regenerativos. 20 / 21 Aquecedores de Ar ● Aquecedores Recuperativos: ● A transferência de energia é direta. ● Tubular (figura ao lado): ● Formados por uma bateria de tubos retos e de grande comprimento. ● Fixados nos extremos por espelhos. ● Vantagens: resistentes e simples. ● Desvantagens: ocupam grandes espaços e custo inicial elevado. ● De placas: ● Construídos em vários módulos, com placas delgadas, planas e paralelas. ● Vantagem: construção compacta. ● Desvantagem: grande dificuldade de manutenção e limpeza. 21 / 21 Aquecedores de Ar ● Aquecedores Regenerativos: ● A transferência de energia é indireta. ● Constituídos por uma carcaça cilíndrica, dividida em dois compartimentos, destinados à passagem dos gases quentes e do ar de combustão, com fluxo em contra-corrente. ● O rotor é composto por placas de metal corrugadas. ● Rotação de 2 a 4 rpm. ● As placas são montadas em módulos, para facilitar a manutenção e limpeza. ● Selos radiais e periféricos minimizam as fugas de ar ou gases. ● Exemplo: Aquecedor Ljungstroem. Título Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21
Compartilhar