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Eficiência energética para as indústrias

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Eficiência energética para as indústrias.
Diego dos Reis Menezes
Maurílio Renato Reis Santos
Wallace Antônio de Carvalho
Alexandre Santiago da Cunha
Patrick Andreas Farias Batista
RESUMO
 O presente artigo trata de uma análise de dois estudos de caso sobre eficiência energética e a sua viabilidade econômica. O Objetivo é evidenciar onde há maior concentração de desperdício energético e ao propor soluções. A pesquisa apontou que o maior índice de desperdício se encontra no sistema motriz, seja pelo mau dimensionamento ou pelo baixo rendimento da máquina, e que a solução seria, a princípio, a substituição por uma máquina de alto rendimento.
 Eficiência energética para as indústrias.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor industrial é responsável pelo consumo de 41% da energia elétrica do Brasil, ao passo que cerca de 537 mil unidades estão em funcionamento no país. Nesse sentido, a relação intensa entre as indústrias e o consumo da energia elétrica é evidente. Isso ilustra a importância de um projeto de eficiência energética para indústrias. Melhorias no uso das maquinas industriais é vital para reduzir o consumo excessivo, otimização nos motores para um fornecimento de energia sem oscilações, causando assim um melhor desempenho com um gasto menor de energia, trazendo diversos benefícios, não só econômico para empresa, mas também na produção.
Segundo o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), ao considerar as indústrias, residências e comércio, o desperdício de energia chega a 22 milhões de kW, o que representa cerca de US$ 1,54 bilhões por ano.
À medida que o consumo de energia elétrica aumenta, um maior suprimento de energia nas atividades deve ser considerado. Para isso, investimentos em geração, distribuição e transmissão devem ser realizados, de forma que a demanda industrial seja atendida com confiabilidade e estabilidade. Devido a esse fato, a implantação e incentivos a programas, criação de novos equipamentos mais eficientes e projetos de uso eficiente da energia devem ser estimulados pelo país, uma vez que os desafios no setor energético crescem gradativamente no Brasil.
Atualmente, nas unidades industriais do Brasil, cerca de 20% dos motores instalados possuem mais de 25 anos, ao passo que esses são os maiores consumidores de energia nas indústrias. Na maioria dos casos, por exemplo, os motores já foram rebobinados cerca de 7 a 10 vezes.
Nesse contexto, nem sempre as alternativas com menor tempo de retorno direto serão a melhor solução, analisando, por exemplo, a relação entre o custo do investimento e a economia de energia. Existem situações nas quais o ganho está associado à melhora na produtividade, aumento da confiabilidade do sistema de produção, bem como uma menor manutenção futuramente.
A indústria brasileira vem perdendo competitividade acentuadamente em função do aumento das tarifas de energia elétrica, da elevada carga tributária e dos entraves socioambientais que oneram os investimentos.
A tarifa média da energia elétrica no Brasil é uma das mais altas do mundo. A explosão de encargos setoriais explica, em grande parte, o crescimento da tarifa elétrica industrial. Hoje, a tributação representa 51% do valor da tarifa. 
Além de afetar a competitividade das empresas já instaladas, o alto custo da energia elétrica desestimula a entrada de novos investimentos no país. Novos investimentos também são prejudicados pelo risco de abastecimento elétrico a partir de 2011, tema debatido de forma recorrente pela indústria. 
Pesquisas realizadas pela CNI com 2876 empresas, em 2015, 52% tomaram medidas contra o aumento da tarifa da energia elétrica, de forma que 7 entre 10 firmas adotaram a eficiência energética como alternativa para redução dos efeitos do acréscimo na conta. No que diz respeito à eficiência energética, segundo um estudo realizado pelo Conselho Americano por uma Economia com mais Eficiência Energética (ACEEE), o Brasil está em 15º lugar entre as dezesseis maiores economias do mundo. No ranking, o qual tem a Alemanha como o país mais eficiente no âmbito mundial, o pior desempenho brasileiro foi na indústria, recebendo apenas 2 dentre os 25 pontos possíveis.
Estatísticas mostram que as indústrias consomem 42% da energia elétrica no Brasil e os motores elétricos correspondem à 70% da energia consumida na indústria. Dentre todas as soluções possíveis, vemos que existem situações nas quais o ganho está associado à melhora na produtividade, aumento da confiabilidade do sistema de produção, bem como uma menor manutenção futuramente e isso tudo apenas com otimização nas maquinas que fornecem energias estáveis e contínuas para maquinas industriais.
Posto isso, fica claro que os projetos voltados para Eficiência Energética para Indústrias tendem a aumentar gradativamente no Brasil, sobretudo devido aos gastos crescentes com energia, que fica mais cara a cada dia que passa, ao mesmo tempo que representa grande parte do valor de custo de um produto.
Utilizar um projeto de Eficiência Energética para Indústrias é uma opção a qual pode oferecer um ótimo custo-benefício, otimizando os processos de sua indústria, como nos tópicos abordados acima, além de estabelecimentos ou, até mesmo, em residências.
Diante de tudo que vimos, ficou claro que a falta de conscientização, equipamentos adequados e de conhecimento utilizados hoje nas indústrias, são responsáveis por grande parte das perdas de energia verificadas no Balanço Energético Nacional. O Governo Federal, através de incentivos financeiros, poderia estimular a implantação de projetos de eficiência energética, e com isso contribuiria para acelerar o processo de modernização tecnológica dos motores e estudos, tornando assim as empresas mais competitivas. Também, por intermédio das leis, o Governo enfatiza a eficiência energética em produtos motrizes. Com o passar do tempo, isto tende a acabar com ações externas de controle de eficiência energética. As empresas com projetos e desenvolvimento de produtos são mais exigidas do ponto de vista legal, porém é uma oportunidade para que essas empresas ganhem mercado com produtos energeticamente eficientes. A comparação entre estudos mostra que existe uma redução no consumo de energia elétrica em motores e uma economia financeira relevante, que vem com o tempo. Além de ganhos com a redução de demanda que, gera uma boa parte da parcela de dívidas de indústrias e assim gera a garantia da eficiência no uso adequado da energia. Quanto à análise dos motores, ficou observado que o principal problema é o superdimensionamento, porque apesar do rendimento se manter razoável para alguns carregamentos, o fator de potência cai consideravelmente. A substituição por motores de alto rendimento tem um período de tempo maior de retorno do investimento, a menos que o motor substituído seja reaproveitado, a fim de evitar desperdício, porém motores com carregamentos inferiores à metade de sua potência sempre devem ser modificados. A comparação também comprova a real viabilidade na aplicação de projetos de eficiência em motores. Seria interessante que, com o progresso dos projetos de eficiência energética com o passar do tempo, fosse realizada uma pesquisa que avaliasse o consumo e as modificadas com a eficiência energética nas indústrias, após alguns anos da implantação de projetos de eficiência energética.

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