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Gestão de Produção e Planejamento Controle e Estoque de Produção CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS Belo Horizonte/MG 2016 ESCOLA ESTADUAL TÉCNICO INDUSTRIAL PROFESSOR FONTES “FONTES – O FUTURO PRESENTE” DECRETO CRIAÇÃO Nº 23.396/84 – SEE– MG 07/02/84 PORTARIA 080/84 DE 18/02/84 /PORTARIA 846/14 de 19/06/14 AV. JOSÉ CÂNDIDO DA SILVEIRA, 2.000 – FONE: 3486-2074 – CEP 31.035-536 – BH – MG e–mail: escola.281@educacao.mg.gov.br SÚMARIO 1.0 CONCEITO DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO ............................................................ 6 1.1 O que é a Gestão da Produção e Operações ................................................................................. 6 1.1 Sistema de produção e suas variáveis ............................................................................................ 6 2.0 SISTEMA DE PRODUÇÃO........................................................................................................... 6 2.1 O impacto na tecnologia do conhecimento e equipamento ........................................................... 7 2.2 Capacidade instalada e capacidade de produção ........................................................................... 7 2.3 Localização das instalações ........................................................................................................... 7 2.4 Layout/ Arranjo físico ................................................................................................................... 7 3.0 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRDUÇÃO (PCP) ....................................................... 8 3.1 Objetivos do MRP/MRP PII .......................................................................................................... 9 3.2 Just in time ..................................................................................................................................... 9 3.3 Objetivos do JIT ............................................................................................................................. 9 3.4 Planejamento de Materiais ......................................................................................................... 10 3.5 Função Produção e Inter-relação com as Demais Áreas da Organização ........................................ 13 4.0 CONCEITO DE ESTOQUE......................................................................................................... 14 4.1Classificação e níveis de estoque .................................................................................................. 14 5.0 ADMINISTRAÇÃO EM TRÊS NÍVEIS .................................................................................... 14 6.0 MODELO DE TRANSFORMAÇÃO .......................................................................................... 15 7.0 ESTRUTURA DO PRODUTO ITENS DE PAI E FILHOS ............................................................... 16 7.1 Estrutura do Produto .................................................................................................................... 17 7.2 Componentes dos produtos e serviços ....................................................................................... 17 8.0 Método e cálculos de capacidade produtiva ................................................................................. 18 8.1Calculando a capacidade produtiva .............................................................................................. 19 6 PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS 1.0 CONCEITO DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO Área da administração que cuida dos recursos físicos e materiais que realizam o processo produtivo. Seu objetivo é alcançar a eficiência e eficácia com efetividade, sendo seus fatores e recursos: Fatores: * Insumos – matéria-prima qualificada e mais barata; * Trabalho – mão-de-obra adequada, reciclada e atualizada; * Capital – dinheiro (investimento) 1.1 O que é a Gestão da Produção e Operações Na maioria das vezes a designação de Gestão da Produção ou de Administração da Produção é confundida com a atividade fabril. Ao ouvi-la, as pessoas logo imaginam um local cheio de máquinas, pessoas andando de um lado para o outro, produtos sendo fabricados, vagões ferrovi- ários ou caminhões sendo carregados e descarregados e assim por diante. Não resta dúvida que tudo isso tem a ver com a Gestão da Produção, mas a imagem é incompleta. Bancos, hospitais, escolas, aeroportos, que são todas atividades classificadas como serviços, têm também a ver com os conceitos e técnicas que iremos explorar. Gestão da Produção é a atividade de gerenciamento de recursos escassos e processos que produzem e entregam bens e serviços, visando a atender as necessidades e/ou desejos de qua- lidade, tempo e custo de seus clientes. Toda organização, vise ela ao lucro ou não, tem dentro de si uma função de produção, pois gera algum “pacote de valor” para seus clientes que inclui algum composto de produtos e serviços, mesmo que, dentro da organização, a função de produção não tenha este nome. Pode-se dizer que a gestão da produção é, acima de tudo, um assunto prático que trata de problemas reais, pois tudo o que vestimos, comemos e utilizamos passa de alguma maneira por um processo produtivo (Slack et al., 2008), e organizar este processo eficaz e eficientemente é o objetivo da Gestão da Produção de Bens e Serviços. 1.1 Sistema de produção e suas variáveis O sistema de administração da produção tem o papel de dar suporte para atingir os objetivos estratégicos da empresa e deve ser capaz de apoiar o tomador de decisão dos gestores para: · Planejar as necessidades futuras da capacidade produtiva da empresa; · Planejar a compra de insumos e materiais; · Planejar os níveis adequados de estoque de matéria prima, semi-acabados e produtos finais nos pontos certos; · Programar as necessidades de produção para garantir os recursos produtivos envolvidos esteja sendo utilizado em cada momento, nas ações certas e prioritárias; · Ser capaz de saber e de informar corretamente sobre a situação ou posição de recursos (mão de obra, equipamentos, materiais, instalações) da ordem de compra ou produção; · Ser capaz de estabelecer os menores prazos possíveis aos clientes e cumpri-los; · Ser capaz de agir eficazmente ou proativamente. 2.0 SISTEMA DE PRODUÇÃO O sistema produtivo pode ser exemplificado da seguinte forma: Processo Produtivo Almoxarifado Produção Almoxarifado/ Entrada de matérias-primas máquinas, mão-de-obra depósito de Saídas Materiais e equipamentos produtos acabados Fornecedores Clientes 7 PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS Produção Sob encomenda em lotes contínua Pedido / volume 2.1 O impacto na tecnologia do conhecimento e equipamento Implementação da informática na empresa com intuito de dinamizar e otimizar tempo nas informações de dados. Tecnologia no processo produtivo trazendo otimização de recursos, buscando maior eficiência na produção como rapidez, qualidade, segurança e produção. Nas áreasdo: Conhecimento: - Mão-de-obra não qualificada; - Mão-de-obra qualificada; - Mão-de-obra especializada; Equipamento: - Com tecnologia – intensiva; - Com média tecnologia; 2.2 Capacidade instalada e capacidade de produção Capacidade instalada - é a capacidade máxima que a empresa comporta produzir. Capacidade de produção - é a capacidade instalada com os recursos: materiais, humanos e financeiros. *obs. Para calcular esta capacidade terá que levar em consideração os seguintes itens: Medidas de tempo: Homens hora de trabalho; Carga horária da máquina; Tempo de atendimento; 2.3 Localização das instalações _ Proximidade Da Mão-De-Obra; _ Proximidade Da Matéria-Prima – Fornecedor; _ Proximidade do mercado consumidor; _ Facilidade do transporte; _ Infra-estrutura; _ Tamanho do local; _ Incentivos fiscais; 2.4 Layout/ Arranjo físico É a disposição física dos equipamentos, pessoas e materiais da melhor maneira, mais adequada ao processo produtivo. Importância de um bom arranjo físico De acordo com Petrônio G. Martins e Fernando P. Laugeni (1998 – pg 108) “a sequência lógica a ser seguida para o layout é: localização da unidade industrial, determinação da capacidade, layout da empresa. Os tipos de layout são: por processo ou funcional; em linha; celular; por posição fixa e combinados. Etapas para a elaboração do layout: - Determinar a quantidade a produzir - Planejar o todo e depois as partes - Planejar o ideal e depois o prático - Seguir a sequência: local – layout global – layout detalhado - Calcular o número de máquinas - Selecionar e elaborar o tipo de layout considerando o processo e as máquinas - Planejar o edifício - Desenvolver instrumentos que permitam a clara visualização do layout - Utilizar a experiência de todos - Verificar o layout e avaliar a solução - “Vender” o layout - Implantar Layout por produto – é a disposição que demonstra as operações do produto; 8 PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS 3.0 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRDUÇÃO (PCP) Em um sistema de manufatura toda vez que são criados objetivos é necessário formular planos de como atingi-lo, organizar recursos humanos e físicos necessários para a ação, dirigir a ação dos recursos humanos sobre os recursos físicos e controlar esta ação para a correção de eventuais desvios. No âmbito da administração da produção e operações, este processo é realizado pelo Planejamento e Controle da Produção (PCP). Conceitualmente sabemos que PCP é um conjunto de funções inter-relacionadas que objetiva comandar o processo produtivo e coordená-lo com os demais setores administrativos da empresa. Do mesmo modo o PCP tem como objetivo proporcionar uma utilização adequada dos recursos, de forma que produtos específicos sejam produzidos por métodos específicos para atender um plano de vendas negociado/aprovado. Também podemos afirmar que o objetivo do PCP é fornecer informações necessárias para o dia a dia do sistema de manufatura, reduzindo os conflitos existentes entre vendas, Engenharia, logística, financeiro e chão de fábrica.Na visão de Martins e Laugeni (2001), o objetivo principal do PCP é comandar o processo produtivo, transformando informações de vários setores em ordens de produção e ordens de compra, para tanto exercendo funções de planejamento e controle, de forma a satisfazer os clientes com produtos e serviços, bem como os acionistas com retorno sobre os investimentos, ou seja, que tenham resultados econômicos positivos. Sistemas Atualmente Utilizados no PCP As atividades de Planejamento e Controle da Produção podem atualmente ser implementadas e operacionalizadas através do auxílio de, pelo menos, três sistemas: MRP; MRPII; JIT; A opção pela utilização de um desses sistemas, ou pela utilização dos mesmos de forma combinada, tem se constituído numa das principais decisões acerca do gerenciamento produtivo nos últimos anos. A seguir são relatados os conceitos e as principais características dos sistemas de produção acima mencionado O sistema MRP("Material Requirements Planning" - Planejamento das necessidades de materiais) surgiu durante a década de 60, com o objetivo de executar computacionalmente a atividade de planejamento das necessidades de materiais, permitindo assim determinar, precisa e rapidamente, às prioridades das ordens de compra e fabricação. O sistema MRP foi concebido a partir da formulação dos conceitos desenvolvidos por Joseph Orlicky, de que os itens em estoque podem ser divididos em duas categorias: itens de demanda dependente e itens de demanda independente. Sendo assim, os itens de produtos acabados possuem uma demanda independente que deve ser prevista com base no mercado consumidor. Os itens dos materiais que compõem o produto acabado possuem uma demanda dependente de algum outro item, podendo ser calculada com base na demanda deste. A relação entre tais itens pode ser estabelecida por uma lista de materiais que definem a quantidade de componentes que serão necessários para se produzir um determinado produto (Swann,1983). A partir do PMP e dos lead times de obtenção dos componentes é possível calcular \precisamente as datas que os mesmos serão necessários, assim como também é possível calcular as quantidades necessárias através do PMP, da lista de materiais e status dos estoques (quantidades em mãos e ordens a chegar). Martins (1993) observa que os dados de entrada devem ser verificados e validados, pois a entrada de informações erradas resultará em ordens de fabricação e compra inválidos. O mesmo procedimento deve ser feito com relação à lista de materiais, com as mesmas refletindo o que acontece no chão-de-fábrica, tanto em quantidades quanto em precedência entre as partes componentes do produto acabado, pois caso contrário, as listas de materiais resultarão em necessidades erradas de materiais, tanto em quantidades quanto nas datas. 9 PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS Para Russomano (1995), os benefícios trazidos pelo MRP são: redução do custo de estoque; melhoria da eficiência da emissão e da programação; redução dos custos operacionais e aumento da eficiência da fábrica. 3.1 Objetivos do MRP/MRP PII Os objetivos principais dos sistemas de cálculos de necessidades são permitir o cumprimento dos prazos de entrega dos pedidos dos clientes, com a mínima formação de estoques, planejamento de compras e a produção de itens componentes para que ocorram apenas nos momentos e nas quantidades necessárias, nem mais, nem menos, nem antes, nem depois. O sistema MRP II é adequado para as empresas cujos objetivos estratégicos forem os que primem pela técnica, pois cumprimento de prazos e redução de estoques, num ambiente em que a competição é crescente torna-se importantíssimo, dispor de vários meios para reduzir o custo de manutenção de estoques, (custos financeiros e outros, como os custos decorrentes da “capacidade” de os estoques mascararem ineficiência do processo). A priorização de critérios para redução de estoques e cumprimento de prazos pode comprometer outros critérios importantes dentro da empresa, cabe pesar quais deverão ter prioridade, pois esta priorização terá como custo o desempenho de outros critérios. 3.2 Just in time O Just in Time (JIT) surgiu no Japão em meados da década de 70, sendo sua idéia básica e seu desenvolvimento creditados à Toyota Motor Company, a qual buscava um sistema de administração que pudesse coordenar a produção com a demanda específica de diferentesmodelos e cores de veículos com o mínimo atraso. O sistema de "puxar" a produção a partir da demanda, produzindo apenas os itens necessários, nas quantidades necessárias e no momento necessário, ficou conhecido no Ocidente como sistema Kanban. Este nome é dado aos cartões utilizados para autorizar a produção e a movimentação de itens, ao longo do processo produtivo. Contudo, o JIT é muito mais do que uma técnica ou um conjunto de técnicas de administração da produção, sendo considerado como uma completa “filosofia”, a qual inclui aspectos de administração de materiais, gestão da qualidade, arranjo físico, projeto do produto, organização do trabalho e gestão de recursos humanos. Embora haja quem diga que o sucesso do sistema de administração JIT esteja calcado nas características culturais do povo japonês, mais e mais gerentes e acadêmicos têm-se convencido de que esta filosofia é composta de práticas gerenciais que podem ser aplicadas em qualquer parte do mundo. Algumas expressões são geralmente usadas para traduzir aspectos da filosofia Just in Time: Eliminação de estoques; Eliminação de desperdícios; Manufatura de fluxo contínuo, Esforço contínuo na resolução de problemas; Melhoria contínua dos processos. 3.3 Objetivos do JIT O sistema JIT tem como objetivo fundamental a melhoria contínua do processo produtivo. A perseguição destes objetivos dá-se, através de um mecanismo de redução dos estoques, os quais tendem a camuflar problemas. Os estoques têm sido utilizados para evitar descontinuidades do processo produtivo, diante de problemas de produção que podem ser classificados principalmente em três grandes grupos: (a) Problemas de qualidade: quando alguns estágios do processo de produção apresentam problemas de qualidade, gerando refugo de forma incerta, o estoque, colocado entre estágios e os posteriores, permite que estes últimos possam trabalhar continuamente, sem sofrer com as 10 PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS interrupções que ocorrem em estágios anteriores. Dessa forma, o estoque gera independência entre os estágios do processo produtivo. (b) Problemas de quebra de máquina: quando uma máquina pára por problemas de manutenção, os estágios posteriores do processo que são "alimentados" por esta máquina teriam que parar, caso não houvesse estoque suficiente para que o fluxo de produção continuasse, até que a máquina fosse reparada e entrasse em produção normal novamente. Nesta situação o estoque também gera independência entre os estágios do processo produtivo. (c) Problemas de preparação de máquina: quando uma máquina processa operações em mais de um componente ou item, é necessário preparar a máquina a cada mudança de componente a ser processado. Esta preparação representa custos referentes ao período inoperante do equipamento, à mão de obra requerida na operação, entre outros. Quanto maiores estes custos, maior tenderá a ser o lote executado, para que estes custos sejam rateados por uma quantidade maior de peças, reduzindo por consequência, o custo por unidade produzida. Lotes grandes de produção geram estoques, pois a produção é executada antecipadamente à demanda, sendo consumida por esta em períodos subsequentes. 3.4 Planejamento de Materiais É a atividade através da qual é feito o levantamento completo das necessidades de materiais para execução do plano de produção. A partir das necessidades vindas da lista de materiais, das exigências impostas pelo PMP e das informações vindas do controle de estoque (itens em estoque e itens em processo de fabricação), procura determinar quando, quanto e quais materiais devem ser fabricados e comprados. O planejamento de materiais está intimamente ligado ao gerenciamento de estoques. Os tipos de estoques são: matérias-primas, produtos em processo e produtos acabados. Os estoques consomem capital de giro, exigem espaço para estocagem, requerem transporte e manuseio, deterioram, tornam-se obsoletos e requerem segurança. Por isso, a manutenção de estoques pode acarretar um custo muito alto para um sistema de manufatura. O Planejamento de Materiais deve, portanto, ter como objetivo reduzir os investimentos em estoques e maximizar os níveis de atendimento aos clientes e produção da indústria. Planejamento e Controle da Capacidade É a atividade que tem como objetivo calcular a carga de cada centro de trabalho para cada período no futuro, visando prever se o chão-de-fábrica terá capacidade para executar um determinado plano de produção para suprir uma determinada demanda de produtos ou serviços. O Planejamento da Capacidade fornece informações que possibilitam: a viabilidade de planejamento de materiais; obter dados para futuros planejamentos de capacidade mais precisos; identificação de gargalos; estabelecer a programação de curto prazo e estimar prazos viáveis para futuras encomendas. O Controle da Capacidade tem a função de acompanhar o nível da produção executada, compará-la com os níveis planejados e executar medidas corretivas de curto prazo, caso estejam ocorrendo desvios significativos. Os índices de eficiência, gerados pela comparação dos níveis de produção executados com os níveis planejados, permitem determinar a acuracidade do planejamento, o desempenho de cada centro produtivo e o desempenho do sistema de manufatura. 11 PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS Sendo assim, pode-se considerar o PCP como um elemento central na estrutura administrativa de um sistema de manufatura, passando a ser um elemento decisivo para a integração da manufatura. Russomano (2000) considera o PCP um elemento decisivo na estratégia das empresas para enfrentar as crescentes exigências dos consumidores por melhor qualidade, maior variação de modelos, entregas mais confiáveis. Por isso, a necessidade de se buscar uma maior eficiência nos sistemas de PCP. Na prática, podemos afirmar que dificilmente se encontra dois sistemas de Planejamento e Controle da Produção iguais. Os principais fatores responsáveis por esta diferenciação são: tipo de indústria, tamanho da empresa e diferenças entre estruturas administrativas. Independente do sistema de manufatura e estrutura administrativa, no entanto, um conjunto básico de atividades de PCP deve ser realizado. 12 PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS A Figura 5.2 demonstra como está estruturado na prática o processo decisório numa área de PCP. A Figura acima ilustra as atividades de PCP mais facilmente encontradas e executadas. As atividades devem ter uma hierarquia, isto é, devem ser executadas segundo uma ordem. No entanto, Gelders e Wassenhove (1982) lembram que o uso dessa abordagem requer cuidados para não se incorrer em sub-otimização. Silver & Peterson (1985) estabelecem três níveis hierárquicos para o PCP: 13 PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS Nível Estratégico (longo prazo); Nível Tático (médio prazo); Nível Operacional (curto prazo) 3.5 Função Produção e Inter-relação com as Demais Áreas da Organização A função produção na organização representa a reunião de recursos destinados à produção de seus bens e serviços. Qualquer organização possui uma função produção porque produz algum tipo de bem e/ou serviço. Nem todos os tipos de organizações, necessariamente, entretanto, denominam assim afunção produção. Embora a função produção seja central para a organização (porque produz os bens e serviços que são a razão de sua existência), não é a única nem, necessariamente, a mais importante. Todas as organizações possuem outras funções com suas responsabilidades específicas. Embora essas funções tenham sua parte a executar nas atividades da organização, são (ou devem ser) ligadas com a função produção por objetivos organizacionais comuns.Slack et al. (2008) afirmam que, embora diferentes organizações possam definir estruturas organizacionais e funções distintas, basicamente as principais funções de uma organização, além da função produção, são: a função marketing; a função contábil-financeira; a função desenvolvimento de produtos/serviços. Além disso, destaca as seguintes funções que suprem e apoiam a função produção: a função recursos humanos; a função compras. 14 PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS Para qualquer organização que deseja ser bem-sucedida a longo prazo, a contribuição da função produção é vital, pois ela dá à organização uma “vantagem baseada em produção”. 4.0 CONCEITO DE ESTOQUE O termo "estoque" designa o "conjunto" dos itens materiais de propriedade da empresa que: São mantidos para venda futura; encontra-se em processo de produção; ou São correntemente consumidos no processo de produção de produtos ou serviços a serem vendidos. Ativos considerados estoques: Mercadorias para comércio ou produtos acabados (matéria-prima e mercadorias mantidas para venda); materiais para produção (materiais comprado com a intenção de incorporá-los ao produto final através do processo produtivo); materiais em estoque não destinados à produção normal, chamados também de indiretos, auxiliares ou não produtivos (itens fisicamente não incorporados ao produto final, como ferramentas, material de limpeza e segurança); produtos em processo de fabricação ou elaboração (que inclui material direto, mão-de-obra direta e custos gerais de fabricação) – devem refletir o custo atual dos produtos em processo; custo das importações em andamento referente a itens de estoque. As empresas comerciais – tendo como função a revenda de bens adquiridos prontos de seus fornecedores- têm avaliação de seus estoques simplificada. Os estoques limitam-se, em geral, ao estoque de produtos destinados à comercialização e ao estoque de materiais diversos ou auxiliares que, referindo-se a itens adquiridos prontos, tem o seu custo disponível nos documentos de aquisição, restando, apenas para a devida avaliação do estoque, aplicar, sobre esse custo, o método de apuração definido na legislação em vigor. As empresas industriais, por sua vez, transformando matérias-primas e acoplando componentes para compor o produto final, apresenta, além dos estoques encontrados nas empresas comerciais, os estoques de matérias primas para produção e os estoques de produtos em processamento, cujos itens, uma vez concluídos, são transferidos para o estoque de produtos acabados, correspondente ao estoque de bens para venda das empresas comerciais. 4.1Classificação e níveis de estoque A empresa precisa conhecer seus estoques e obter as informações necessárias p/ saber o estoque ideal para um item. Para que isso ocorra há necessidade de pelo menos dois itens: fichário de estoque e classificação A, B, C. - Fichário de Estoque Banco de dados sobre os materiais, um conjunto de informações contendo: identificação (Nome, número, especificações), controle (lote mínimo, demanda, preço unitário), rotação (Pedido de reposição, recebimento e retiradas do material), saldo existente (pedido e reserva). - Classificação A,B, C, Dividir o estoque em três classes: Classe A- 20% de itens representa 80% de participação nos resultados. Classe B- 30% de itens- representa 15% de participação nos resultados. Classe C- 50%- de itens representa 5% de participação nos resultados. Classificação de estoques mais importantes Recomenda-se controlar aqueles mais importantes, que consomem um grande volume de recursos. Para identificar quais os produtos a serem controlados, subdivide-se em três classes de itens, A, B e C. Classe A – os mais importantes, consomem grande volume de recursos. Classe B – Corresponde a quantidade média de itens e com um valor expressivo. Classe C – Representam grande quantidade de controle, mas com pouco volume de recursos. 5.0 ADMINISTRAÇÃO EM TRÊS NÍVEIS A administração da distribuição física é desenvolvida em três níveis: 1. Estratégico: Como deve ser o nosso sistema de distribuição? É o desenho do sistema de distribuição em termos mais gerais. 15 PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS Responsabilidade da alta administração. 2. Tático: É como utilizar os recursos através do planejamento a curto prazo. Responsabilidade da média gerência. 3. Operacional: Vamos fazer as mercadorias sair. Refere-se as operações tarefas diárias que o gerente de distribuição e funcionários devem desempenhar para garantir que os produtos fluam através do canal de distribuição até o último cliente. Para lidar com os problemas existentes na distribuição física é necessária a compreensão de três conceitos básicos. Responsabilidade pessoal de supervisão 6.0 MODELO DE TRANSFORMAÇÃO Qualquer operação produz bens ou serviços, ou um misto dos dois, e faz isso por um processo de transformação. Por transformação nos referimos ao uso de recursos para mudar o estado ou condição de algo para produzir outputs. A figura 1.5 mostra um modelo de transformação usado para descrever a natureza da produção. Em resumo, a produção envolve um conjunto de recursos de input usado para transformar algo ou para ser transformado em outputs de bens e serviços. Qualquer atividade de produção pode ser vista conforme esse modelo input-tranformação- output. A Tabela mostra que é possível descrever ampla variedade de operações dessa maneira. Entretanto, há diferenças entre operações diferentes. Se você ficar bem afastado, digamos, do prédio de um hospital ou de uma fábrica de automóveis, eles podem parecer os mesmos. É provável que cada um deles seja um grande edifício onde entram funcionários e ocorrem entregas. Entretanto, basta aproximarmo-nos dessas duas operações para observar o surgimento de diferenças claras. De início, um dos edifícios abriga operações de manufatura, produzindo bens físicos, e o outro envolve operações de serviço, que produz mudanças nas condições fisiológicas, nos sentimentos e no comportamento de pacientes. A natureza dos processos contidos em cada edifício também será diferente. A fábrica de automóveis contém corte e conformação de metais e processos de montagem, enquanto o hospital contém diagnóstico, processos assistenciais e terapêuticos – conjuntos separados de instalações (máquinas, prédios, etc.) que empregam tecnologias de processos muito diferentes. Entretanto, talvez a diferença mais importante entre as duas operações seja a natureza de seus inputs. Ambas possuem “funcionários” e “instalações” como inputs de produção, mas agem Recursos de entrada a serem transformados Materiais Informações Consumidores Instalações Pessoal Recursos de entrada de transformação INPUT OUTPUT Bens e Ser Serviços Processo de transformação AmbienteAmbiente 16 PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS sobre coisas bem diferentes. A fábrica de automóveis usa seus funcionários e instalações para transformar aço, plástico, tecido, pneus e outros materiais em veículos que, finalmente, são entregues aos consumidores. Por outro lado, os funcionários e a tecnologia, de um hospital transformam os próprios consumidores. Os pacientes são parte do input e do output de produção – são eles que serão “processados”. Isso tem implicações importantes sobre o modo como a produção precisa ser administrada. Operação Recurso de input Processo de transformação Outputs Linha aérea Avião Pilotos e equipe de bordo Equipe de terra Passageiros e carga Transportar passageiros e car-ga pelo mundo Passageiros e car-ga transportados Loja de departamento Produtos à venda Equipe de vendas Registros computadorizados Clientes Dispor os bens Fornecer conselhos de compras Vender os bens Consumidores e produtos juntos Gráfica Impressoras e desenhistas Prensas de impressão Papel, tinta, etc. Projeto gráfico Impressão Encadernação Material desenha-do e impresso Polícia Oficiais de polícia Sistemas de computador Informação Público (defensores da jus-tiça e criminosos) Prevenir crimes Solucionar crimes Prender criminosos Sociedade justa Público com sen- timento de segu-rança Fabricante de comida congelada Comida fresca Operadores Equipamento de proces-samento de alimento Congeladores Preparação da comida Congelamento de comida Comida congelada Sistemas Atualmente Utilizados no PCP 7.0 ESTRUTURA DO PRODUTO ITENS DE PAI E FILHOS Maneira como os componentes, matérias-primas e subconjuntos são utilizados durante sua produção. Item – pai é um item de estoque que tem componentes. Cada um destes itens componente é um item – filho do item – pai. Se o item – filho tem itens componentes, ele é também um item – pai destes, que são, por sua vez, seus itens “filhos”. Na figura abaixo, os itens B e C são componentes do item A e, portanto, o item A é o item “pai” dos itens B e C, que são seus itens – filhos. Note que o “2X” na figura representa que para cada produto final A, são necessárias duas unidades do item C. Por sua vez, o item C tem seus itens “filhos”, D e E. 17 PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS 2X 7.1 Estrutura do Produto A estrutura de produtos é uma estrutura que descreve todas as relações pai – filho, entre itens que são componentes de um mesmo produto final. A figura abaixo representa a estrutura do produto final A. 2X 7.2 Componentes dos produtos e serviços A. Embalagem: madeira, plástico, vidro, etc. - Tem as funções técnicas sobre o produto; - Tem as funções logísticas sobre o transporte e armazenagem; - Tem as funções de comunicação, ou seja, as orientações ao consumidor; B. Qualidade: interna e externa C. Custo: custo de produção, custo de armazenagem/estocagem e custo de distribuição. - Custo de produção – direto e indireto: Direto – materiais (insumos) e mão-de-obra (direta); Indireto – despesas gerais de produção e despesas de mão-de-obra indireta; - Custo de armazenagem / estocagem: Aluguel de deposito / salário; Seguro / despesas financeiras; A C B E D A C B C E D 18 PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS Máquina / equipamentos de movimentação; - Custo de distribuição:Transporte. 8.0 Método e cálculos de capacidade produtiva É a quantidade máxima de produtos ou serviços que a empresa pode produzir em um intervalo de tempo. Quando a empresa souber calcular sua capacidade produtiva, ela consegue reduzir custos desnecessários, aumenta a receita e a qualidade. Dessa forma, aproveita o máximo dos recursos físicos e humanos existentes. Existem vários tipos de Capacidade produtiva, como pode ser visto abaixo: Capacidade instalada pode ser traduzida como o limite da produção ou a capacidade máxima de produção de uma fábrica. É a quantidade de unidades de produto que as máquinas e equipamentos instalados são capazes de produzir. O nível de utilização da capacidade instalada é dado pela relação entre o volume efetivamente produzido pela indústria (ou unidade industrial) e o que poderia ser produzido - se o equipamento estivesse operando a plena capacidade. Em outros termos, a diferença entre o volume efetivamente produzido e aquele que poderia ser produzido se houvesse plena utilização da capacidade instalada, corresponde à capacidade ociosa. A existência de capacidade ociosa pode ser causada por escassez de matérias-primas ou queda na demanda, eventualmente ligada a um período de recessão econômica; mas pode também estar associada a manobras monopolistas, que visem criar uma escassez artificial do produto e assim forçar um aumento de preços. Capacidade disponível é o estudo de capacidade da produção sobre o tempo disponível do funcionamento da empresa. O cálculo é bem simples também. A fórmula é semelhante à da capacidade instalada, porém considera o tempo que a empresa trabalha. O problema da fábrica de copinhos plásticos: 300 copos por minuto, porém esta fabrica trabalha em horário comercial: ou seja, das 08h00min até as 18h00min. A solução do cálculo ficaria assim: 300 copos x 60 minutos x 10 horas de atividade da empresa = 180.000 copinhos por dia. A empresa tem a capacidade disponível de 180.000 copinhos por dia. A capacidade efetiva representa a capacidade disponível subtraindo-se as perdas planejadas desta capacidade. A capacidade efetiva não pode exceder a capacidade disponível, isto seria o mesmo que programar uma carga de máquina por um tempo superior ao disponível. Perdas de capacidade planejadas: são aquelas perdas que se sabe de antemão que irão acontecer, por exemplo: set-up, manutenção planejada, troca de turnos, controles de qualidade. Perdas de capacidade não planejadas: São as perdas que não se consegue antever, como por exemplo: Falta de matéria-prima, de energia, de pessoal, manutenção corretiva, problemas de qualidade. Com a comparação entre a capacidade efetiva e a capacidade disponível pode-se obter o grau de utilização, conforme relação abaixo: GRAU DE UTILIZAÇÃO = CAPACIDADE EFETIVA CAPACIDADE DISPONÍVEL A capacidade realizada é obtida subtraindo-se as perdas não planejadas da capacidade efetiva, em outras palavras, é a capacidade que realmente aconteceu em determinado período. Com a 19 PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS comparação entre a capacidade efetiva e a capacidade realizada pode-se determinar o índice de eficiência, conforme relação à abaixo: ÍNDICE DE EFICIÊNCIA = CAPACIDADE REALIZADA CAPACIDADE EFETIVA Saiba comocalcular a capacidade máxima de produção num determinado período de tempo para, assim, planejar melhor o trabalho. O cálculo da capacidade de produção de uma empresa deve ser feito considerando-se o número de unidades produzidas num determinado período, bem como possíveis perdas de tempo. Conhecer a Capacidade Produtiva de um processo significa saber qual a sua produção máxima num determinado período. A partir daí você pode definir: - Se é possível ou não produzir determinado produto; - Quanto tempo leva para elaborar o produto, considerando o seu tempo padrão de produção, o tempo disponível e a produção mensal esperada; - Como fazer o balanceamento das operações. Nas Micro e Pequenas Empresas (MPE) é comum a utilização de métodos alternativos para determinar os tempos. Por exemplo: - Tempos Estimados: são estimativas de tempo feitas por responsáveis pela produção; - Tempos Históricos: são os tempos apurados no passado, sem análise; - Tempos Calculados: são medições de tempos de forma indireta, por cronometragem, usando relógios. O tempo total de produção de um lote é dividido pela quantidade de peças produzidas, obtendo-se, assim, o tempo unitário. 8.1Calculando a capacidade produtiva Para calcular o tempo médio de produção de cada unidade, basta você dividir o número total de produtos pelo tempo total de produção. A partir deste dado, é possível fazer um planejamento mensal de produção. Exemplo: Se em oito horas de trabalho são produzidas 80 unidades, você deve fazer o seguinte cálculo: 80/8= 10. Este é o tempo médio de produção. Neste caso: Se o tempo de trabalho diário é de 12 horas, em um dia serão produzidas 120 unidades; Contudo, é preciso descontar o tempo dos intervalos para necessidades pessoais, cansaço físico e perdas decorrentes da falta de material, quebras de máquinas etc. Imagine, então, que o tempo de trabalho diário seja de 10 horas. A produção, neste caso, será de 100 unidades por dia; Considerando-se que o mês tem 22 dias úteis, a produção mensal da sua empresa será de 2.200 unidades. 20 PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS Capacidade Instalada: É a capacidade máxima que uma unidade produtora pode produzir se trabalhar ininterruptamente. Considerando ininterruptavelmente 24 hs. Que não sofre paralisações. Processo contínuo sem interrupção. Capacidade Disponível: É a capacidade real do momento, que se dispõe. Ex: Funcionamento de turnos. Dispões no momento sendo: 1° = 8 hs 2° = 16 hs Capacidade efetiva: Perdas planejadas Perdas de capacidade planejada: são aquelas perdas que se sabe de antemão que irão acontecer, por exemplo: Necessidade de setups para alterações no mix de produtos. Manutenções preventivas. Capacidade realizada: Perdas não planejadas. Fora do planejamento programado. Ex: Falhas que ocorreram e passaram. Acidente humano, falta de energia etc. É obtida subtraindo-se as perdas não planejadas da capacidade efetiva. O setor de tingimento de uma tecelagem tem uma “barca de tingimento” (nome dado ao equipamento para tingir tecidos através de um processo de imersão em substância corante) com capacidade de 400 quilos de determinados tecidos por hora. O setor trabalha em dois turnos de oito horas, cinco dias por semana. Durante a última semana, os registros de produção apresentaram os seguintes apontamentos de tempos perdidos: N° OCORRÊNCIA TEMPO PARADO CAPACIDADES 1 Mudança de cor (set- up) (programada) 6 horas EFETIVA 2 Amostragem de qualidade (programada) 3 horas EFETIVA 3 Falta de pessoal 4 horas REALIZADA 4 Tempos de troca de turnos 1 hora EFETIVA 5 Falta de tecido 2 horas REALIZADA 6 Manutenção preventiva regular (programada) 4 horas EFETIVA 7 Nenhum trabalho programado para testes nos maquinários 2 horas EFETIVA 8 Investigações de falha de qualidade 1 hora REALIZADA 9 Acidente de trabalho 1 hora REALIZADA 10 Falta de energia elétrica 3 horas REALIZADA 11 Manutenção corretiva não programada 2 horas REALIZADA TOTAL EFETIVA 16 HORAS TOTAL REALIZADA 13 HORAS Calcular a capacidade instalada, a capacidade disponível, a capacidade efetiva, a capacidade realizada, a capacidade real produzida, o grau de disponibilidade, o grau de utilização e o índice de eficiência do setor de tingimento da empresa de tecelagem na semana Resolução Fórmula: Calcular as horas semanais x Quantidade produzida por hora Capacidade Disponível: 16 horas por dia x 5 dias por semana = 80 horas por semana ou 80 h(S) x 400 k(h) = 32.000 quilos de tecido tingido por semana. Capacidade instalada: 7 dias por semana x 24 horas por dia = 168 horas por semana ou 168 h(S) x 400 k(h) = 67.200 quilos de tecido tingido por semana 21 PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS Fórmula: Somar cada capacidade E e R Subtrair nas horas semanais as horas das de cada capacidade separadamente x Quantidade produzida por hora Capacidade efetiva: perdas planejadas (ocorrências: 1,2,4,6 e 7) = 16 horas, portanto a capacidade efetiva será: 80 -16 = 64horas ou 64 x 400 k(h) = 25.600 quilos de tecido tingido por semana. Capacidade realizada: perdas não planejadas (ocorrências: 3,5,8,9 10 e 11) =, portanto a capacidade realizada foi de 80 – 13 = 67 horas ou 67x 400 k (h) = 26. 800 quilos tingidos por semana. Capacidade real produzida: Soma do tempo = E+R / Horas semanais - soma do TP x com o que a empresa produziu 16+13= 29 / 80 – 29= 51 51x 400= 20.400 quilos de tecido tingido por semana. Grau de disponibilidade: Capacidade disponível x 100 Capacidade instalada 32.000/ 67.200 x 100= 47,62 % Uma análise em relação a capacidade instalada Conclusão: Conclui que 53,38 da capacidade você não utiliza considerando 7 dias da semana trabalhando 24 hs por dia. Fatores porque a empresa não utiliza a sua capacidade total devem ser apontados para uma análise. E verificar se realmente a empresa tem demanda para trabalhar na sua capacidade total (Hipótese) Grau de utilização: Capacidade efetiva x 100 Capacidade disponível 25.600/ 32.000 x 100= 80 % os outros 20% de perdas não planejadas que a empresa não planejou. Subtraindo as suas perdas planejadas a empresa tem 80% da totalidade de utilização da sua capacidade disponível. Grau de eficiência: Capacidade realizada x 100 Capacidade efetiva 26.800/25.600 x100= 104,69 Suas perdas não planejadas foram menores que as planejadas por isso a empresa obteve um porcentual acima dos 100% de efetividade.
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