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Prótese Removível 1 (18.1) Aula 5 Paolla Barboza 16.2 Articuladores I – Montagem do Modelo Superior Nossa boca funciona como um sistema em conjunto, não se pode olhar apenas a mandíbula ou apenas a maxila para tratar a dinâmica mastigatória. Assim, é preciso simular os movimentos em conjunto e, para isso, utilizamos o equipamento chamado articulador. Articulador Baseia-se na reprodução mecânica das trajetórias dos movimentos das articulações têmporo-mandibulares, simulando a inter-relação maxila-mandíbula . Útil para a confecção de restaurações dentais fixas ou removíveis que deverão estar em harmonia com tais movimentos. Variam quanto à precisão de reprodução dos movimentos da mandíbula: Não ajustável Capaz de reproduzir apenas um arco de fechamento. A distância entre os dentes e o eixo de rotação (reprodução do côndilo) é mais curta que no crânio. Cabe na palma da mão. Totalmente ajustável Reproduz movimentos bordejantes (inclusive a trajetória de latero-protrusão e a curvatura da trajetória condilar). Distância intercondilar totalmente ajustável. Semi ajustável Melhor aproximação com a distância anatômica entre o eixo de rotação e os dentes. Reproduz os pontos iniciais e finais da trajetória dos movimentos condilares. Não reproduz trajetórias intermediárias. Inclinação da trajetória condilar representada como linha reta quando, na verdade, é curva. Distância intercondilar não é totalmente ajustável (somente P/M/G) É de um custo/benefício satisfatório; reproduz o suficiente para o nosso estudo e é mais barato que o totalmente ajustável. Articulador Semi-Ajustável (ASA) Pode ser, basicamente, de dois tipos: Não Arcon: o processo condilar está na parte superior (diferente da realidade). Arcon: processo condilar está fixado na parte inferior do articulador (se aproxima da realidade, já que o côndilo está na mandíbula). Componentes: Parte superior (é a parte móvel do articulador –base de alumínio– onde se prendem parafusos com as guias condilar e de Bennett, que representam a cavidade articular – se afastam ou se aproximam, conforme a distância intercondilar registrada do paciente seja maior ou menor). Pino incisal (tem uma graduação que nos permite que façamos alterações na DVO dos modelos montados e tem também uma marca contínua que chamamos de “ponto zero” e que nos indica que o ramo superior está paralelo ao ramo inferior) Parte inferior (parte fixa, composta por uma base e duas hastes que sustentam o “côndilo”). Eixo de rotação (representação do côndilo). Bolacha ou placa de articulação (onde prende o modelo de gesso, está presente tanto na parte superior, quanto na parte inferior). Arco facial (acessório complementar, junto com o garfo de mordida, que transfere, do crânio do paciente pra o articulador, o correto posicionamento da maxila – arco superior). É a partir do arco facial que se consegue montar o modelo no articulador respeitando as assimetrias/características individuais do paciente – inclinação, posicionamento ântero-posterior e látero-lateral da maxila). Obs: O arco facial, que coincide com o ramo superior do articulador se relaciona com o plano de Frankfurt no paciente – do meio do tragus até o ponto mais baixo da órbita. Obs2: O posicionamento do eixo terminal de rotação (posição de “fone de ouvido” do arco) se relaciona com a posição ântero-posterior e látero-lateral; já a posição do plano de Frankfurt se compromete com a inclinação da maxila. Se o modelo superior for montado torto, o inferior também vai ficar torto, pois um depende do outro. Obs3: O arco facial serve para montar apenas a posição da maxila, a mandíbula será montada em MIH ou RC, dependendo do paciente. Obs4: Deve-se fazer o registro (de no mínimo 3 pontos de apoio) das oclusais dos dentes superiores com godiva no garfo de mordida. Para o posicionamento do arco no paciente: Envolver com rolopack as olivas e encaixar uma em cada meato acústico externo; Ver se a distância intercondilar é S, M ou L; Posicionar de acordo com o plano de Frankfurt; Colocar o arco facial preso no ramo superior do articulador; Obs: Os ângulos são ajustados antes. Colocar o garfo de mordida com o registro do paciente e firmar com o modelo superior para se completar com gesso e prender na bolacha. Ao final da montagem dos modelos, conseguiremos reproduzir protrusão, lateralidade e abertura e fechamento do paciente.
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