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A crítica de Marx à Economia Política Netto e Braz (2012) afirmam que a crítica de Marx à Economia Política não significou a negação teórica dos clássicos, e sim a sua superação, incorporando as suas conquistas, denunciando os seus limites e desconstruindo os seus equívocos. Importante Sistemas econômicos são o conjunto de doutrinas e teorias aplicadas com vistas à orientação filosófica e prática de um povo ou de uma nação. Sombart apud Gastaldi (2005) distingue cinco sistemas econômicos: Economia fechada: nas sociedades primitivas, de autossuficiência e prevalência de técnicas e instrumentos rudimentares de trabalho; Economia artesanal: característica da fase das corporações de artes e ofícios da Idade Média; Economia capitalista: orientada pelo espírito do lucro, com técnicas aprimoradas e progressistas, quando ocorre a separação do capital e do trabalho; Economia coletivista: centralizada, pretendendo atenuar e eliminar as desigualdades econômicas e sociais pela apropriação dos meios de produção pelo Estado; Economia corporativista: sistema de organização jurídica e social assentado em grupos e categorias profissionais, emprestando-se função ou utilização social à propriedade, cabendo ao Estado o controle e a direção econômica para promover e assegurar o interesse geral da sociedade. Marx promoveu uma revolução teórica, utilizando sua capacidade científica para elaborar uma pesquisa, cujo foco principal seria a análise das leis do movimento do capital. Essa análise foi de fundamental importância para entender a dinâmica da sociedade capitalista, uma vez que, nesse modelo, as relações sociais estão subordinadas ao poder do capital. Vale a pena ressaltar que a obra de Marx só foi construída em virtude da existência prévia da Economia Política Clássica. As ideias de Marx, ao fazer a crítica à Economia Política, criaram um novo conceito de pesquisa, com objetos métodos e programas inéditos. Netto e Braz (2012) acrescentam que todos os esforços de Marx foram no sentido de contribuir na organização do proletariado para que esse tivesse condições de romper com o domínio da classe burguesa e realizasse a emancipação humana. Marx acreditava que o êxito da revolução do proletariado estaria diretamente relacionado ao conhecimento que os mesmos tivessem da realidade social. O caráter dogmático que assumiu a prática socialista não admitindo seus dirigentes qualquer questionamento, a planificação centralizada e a acentuada burocratização, tolhendo a iniciativa privada e a responsabilidade individual, a sistemática e continuada doutrinação e inclusão ideológica imposta pelo regime, o “culto de personalidade” ou o endeusamento da figura do chefe maior, a crescente corrupção na cúpula do Partido e do Estado, deu origem a uma casta de privilegiados, cada vez mais distanciados da população (BRUM, 1999).
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