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Hepatites Virais: Hepatite A, Hepatite B, Hepatite C, Hepatite D e Hepatite E Transmissão, Diagnóstico, Profilaxia Profa. Alessandra Xavier Pardini Imunologia Clínica Causas das Hepatites AGENTES DAS HEPATITES VIRAIS HAV HBV HDV HCV HGV HEV TTV SEN-V SAMBAN YOMBAN... VÍRUS HEPATOTRÓPICOS OUTROS VÍRUS Epstein-Barr Citomegalovírus Herpes simplex Adenovírus Rubéola Varicella Coxackie B Echovírus Febre amarela... MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DAS HEPATITES VIRAIS Astenia Anorexia Febre Mal estar Náusea Vômito Mialgia Colúria Acolia fecal Icterícia Anictérico Ictérico DIAGNÓSTICO DAS HEPATITES CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO LABORATORIAL TESTES SOROLÓGICOS Testes indiretos sujeitos às variações individuais Resultados não são para diagnóstico isolado Valor de probabilidade Resultados variam com o Ag/Ac e o método empregado Não depende da presença do agente no momento da coleta Sensíveis, específicos, rápidos, automatizáveis VÍRUS DA HEPATITE A (VHA) Características - agente etiológico: vírus da hepatite do tipo A - hepatovírus (hepa-RNA vírus), família Picornaviridae - afeta o fígado provocando sua infecção - disseminado em todo o mundo - efeito citopático – Apoptose? - Cultivável em várias linhagens celulares de primatas Vírus da Hepatite A • Infectividade alta • Patogenicidade alta (>subclínica) • Virulência baixa alta (>com idade) • Resistência bastante alta: 70°C – vários anos, 37-60°C ~ 1h, pH ácido, éter e detergentes não iônicos • • Inativação: 100°C - 1h, formaldeído – 0,25% - 37°C – 72h, cloro (1mg/ml – 30 min), superfícies - glutaraldeído – 2%, cloro - >5mg/mL • Reservatório natural – homem • Responsável por ~50% das hepatites agudas TRANSMISSÃO • fecal-oral, saliva (soro, sexual: raramente) • alimentos e água contaminados • saneamento básico ineficiente, berçários, creches Características: - Período de incubação: 2 – 6 semanas - Replicação viral nos hepatócitos - secreção viral no bile - excreção nas fezes com pico imediatamente antes da doença hepática (período de máxima infectividade) - Antígeno viral no citoplasma dos hepatócitos, baço e nódulos linfáticos, sangue (~105 partículas/mL) - Vírus nas fezes ~ pico: 108 partículas/g fezes - encontrado até 2 semanas após sintomas (2m) Aspectos Clínicos - ausência ou poucos sintomas; raramente forma fulminante; ausência de evidência de doença crônica; transaminases Períodos: Incubação: viremia curta (2 a 3 semanas) Podrômico: média 7dias, sintomas inespecíficos Hepatite clínica: 4 a 6 semanas (icterícia), fezes descoradas ou até acólicas, hepatomegalia (70%), esplenomegalia (20%) Convalescência: sensação de bem-estar, desaparece icterícia, dor abdominal, fadiga, recuperação de apetite Fulminante: 0,1 – 0,2% dos casos agudos, 10 ou até 30dias, necrose maciça ou submaciça do fígado Diagnóstico Laboratorial 1) Exames inespecíficos: hemograma 2) Bioquímicos do sangue: transaminases aumentada 3x mais (ALT = alanina amino transferase); bilirrubina; protrombina (inferior a 40% = grave), hipoglicemia 3) Histológico: não realizar biópsia nas hepatites agudas, particularmente na A (= evolução favorável) Marcadores Imunológicos - investigação do agente - técnica enzimática - ELISA - anti-VHA IgG e IgM - infecção aguda: a presença do IgM anti-VHA é quase sempre concomitante ao período sintomático da hepatite aguda, aparecimento entre 60/90 dias - infecção passada: IgG anti-VHA confere imunidade Biologia Molecular - Hibridação - PCR - Reação em Cadeia da Polimerase - amostras de fezes, sangue na fase aguda Importante: Marcadores sorológicos e bioquímicos Alanina aminotransferase (ALT) Hepatite A aguda anti-HAV-IgM – 1-3 semanas após início dos sintomas até 3-4 meses Imunidade: anti-HAV-IgG ~ toda a vida Epidemiologia - 1,4 milhão de novos casos = pode ser até maior - falta notificação - América Latina: alta endemicidade - MUNDIAL Tratamento • Não requer medicação específica; acompanhamento ambulatorial; • Repouso; • NÃO = bebidas alcoólicas; • Acompanhamento das transaminases e marcador sorológico anti- HAV IgG • Imunoglobulina Humana Anti-VHA (anticorpo pré-formado em doadores): para pessoas que expuseram-se a situações de risco (acidentes de trabalho, agulhas, material biológico infectado), depois tomar a vacina Vigilância Epidemiológica - falta de informações - análise de dados: vacina, fatores de risco, surtos, estratégias de controles - todos os casos devem ser notificados - medidas de controle: esclarecimento da população, tratamento, prevenção, fonte de água, saneamento básico Vacinação - mundial - área de baixa e média endemicidade Vacinas: Vírus inativado com formol – Havrix e VAQTA - Combinada (HAV + HBV) – Twinrix - Esquema – 0-6-18 meses. - Não licenciada para <2anos nos EUA - Seguro para imunocomprometidos HEPATITE B (VHB) CARACTERÍSTICAS - Agente etiológico: vírus da hepatite do tipo B – DNA vírus, família Hepadnaviridae - Partícula de Dane = possuí estrutura complexa, com duplo envoltório, 42nm, estrutura externa = envelope e outra interna (core ou nucleocapsídeo) de forma icosaédrica - Envoltório Externo: Antígeno de superfície do vírus da hepatite B (AgHBs) = proteínas de superfície - Envoltório Interno: DNA e enzima (DNA-polimerase) = core = Antígeno de centro estrutural (HBcAg) = proteína centro estrutural - Antígeno solúvel = antígeno “e” (AgHBe) • DNA vírus, replica através de RNA intermediário • Família Hepadnaviridae, gênero Hepadnavirus • Codifica 4 proteínas: superfície, core, pol e X • Alta replicação : >109 virion/ml na circulação • Receptor: carboxipeptidase? HBsAg Partículas de Dane (HBsAg : 100 – 1000 vezes mais abundante que vírus completo) HBV – Estabilidade - Inativado - Autoclave 100°C por 20 min., - Forno 160°C – 1h, - beta-propiolactona - Estável - Temperaturas de - 80°C e 37-60° por 39min., - No plasma a 31,6° por 6m - Timerosal (1:2.000) - Éter, Luz UV CVE – SP – Manual de Vigilância Epidemiológica – Hepatites virais 2000 HEPATITE B Transmissão Sangue e derivados Sexual Perinatal Não identificados * Transmissividade: semanas antes dos sintomas e na fase aguda e crônica TRANSMISSÃO Sanguínea sangue completo soro plasma trombina fibrinogênio concentrado de hemácias crioprecipitado Sexual sêmem líquido vaginal saliva RISCO DE TRANSMISSÃO POR TRANSFUSÃO DE SANGUE OU DERIVADOS Hepatite B 1: 63.000 unidades Hepatite C 1:125.000 unidades TRIAGEM SOROLÓGICA DE DOADORES PARA OS VÍRUS DAS HEPATITES HBsAg HBeAg e anti-HBe Anti-HBc Anti-HBs Anti-HCV Immunoblot ALT Triagem Se positivo HEPATITE B Risco de transmissão ao RN mãe HBeAg+ : 70% mãe anti-HBe+ : 10% Risco de cronificação Neonatos : 90% crianças : 20 – 50% adultos : 5% ASPECTOS CLÍNICOS - forma assintomática, sintomática e grave, hepatite fulminante - portador crônico: de acordo coma idade - crônica: processo inflamatório contínuo no fígado - portador: indivíduo com vírus por mais de 6 meses Incubação: de 30 a 180 dias (média de 60-90d) Portador crônico: persistência AgHBs depois de 6m Complicações: aguda - crônica (25% evolui paracirrose hepática ou carcinoma hepatocelular) Acompanhamento: normalização das aminotransferases, negativação do marcador AgHBs e surgimento do anti-HBs (anticorpo) Fulminante: hemorragia de múltiplos órgãos, septicemia >93% dos indivíduos evoluem para recuperação sorológica, bioquímica e clínica 5% e 7% evoluem para a forma crônica 1% forma fulminante DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 1) Exames inespecíficos: hemograma, hemoglobina normal ou levemente diminuída, linfocitose, leucopenia, linfócitos atípicos inferior a 10% 2) Bioquímicos do sangue: transaminases 3x mais (ALT = alanina amino transferase); bilirrubina; protrombina (inferior a 40% = grave), hipoglicemia 3) Histológico: não há indicação principalmente nas formas agudas HEPATITE B - MARCADORES HBsAg: 1° marcador detectado após 30-45d de infecção (antes da ALT) permanece ~ 4m HBeAg: replicação viral - surge após HBsAg permanece ~ 2,5m Anti-HBc-IgM: 1° Ac detectado; presente ~ 6m Anti-HBc-IgG: logo após HBcAg – positivo por toda a vida marcador de infecção prévia por HBV* Anti-HBe**: logo após HBeAg; bom prognóstico Anti-HBs: imunidade – detectável 1semana a 2,5m após HBsAg - permanece anos ou décadas / crônico 3 6 9 meses // Incubação Infecção aguda recente Infecção aguda tardia Imunidade/Cura HEPATITE B AGUDA // HBsAg HBeAg Anti-HBc-M Anti-HBc-G Anti-HBe Anti-HBs HEPATITE B CRÔNICA - SEM SOROCONVERSÃO 3 6 9 meses // Incubação Infecção recente Infecção crônica // HBsAg Anti-HBc-M Anti-HBc-G HBeAg EPIDEMIOLOGIA - Infecta somente o homem entre 20 a 40 anos - Letalidade: 0,8% a 2% - África, América do Sul, Sudeste da Ásia, China, Ilhas do Pacífico: AgHBs superior a 7% - Europa Oriental e Mediterrânea, parte da América do Sul, Oriente Médio: endemicidade intermediária: prevalência AgHBs 2% a 7% - América do Norte, Europa Ocidental, Austrália: prevalência <2%, infecção neonatal rara Brasil: Região Sul: baixa, Amazônia: prevalência 8% AgHBs Espírito Santo e região oeste de Santa Catarina: alta mortalidade: VACINAÇÃO - Brasil: Programa Nacional de Imunizações: 2 geração: vacina DNA-recombinante contra o vírus tipo B; 3 geração: peptídeo sintético - População infantil <1 ano - Locais com maior prevalência - Grupos de risco - Também protege contra o vírus da hepatite D - Indicado a todos os indivíduos suscetíveis HEPATITE B - VACINAÇÃO REVACINAÇÃO DOS NÃO RESPONDEDORES 4° dose – 25-50% soroconversão em NR 3 doses adicionais – 50-75% soroconversão (sorologia após 1-2 doses adicionais) Doses adicionais sem resposta IMUNIDADE INDUZIDA POR VACINA Persistente mesmo anti-HBs indetectável Exceção: hemodializados – testar anti-HBS anualmente TRATAMENTO - não requer medicação específica - acompanhamento ambulatorial - repouso domiciliar - desaconselhável bebidas alcoólicas - forma crônica: acompanhamento por marcadores sorológicos e transaminases ** Imunoglobulina Humana Anti-Vírus da Hepatite Tipo B: recém- nascidos filhos de mãe AgHBs positivo, para pessoas que expuseram-se a situações de risco (acidentes de trabalho, agulhas, material biológico infectado) Triagem sorológica de doadores de sangue Para VHB: - de acordo com a ANVISA (RDC 153 24/06/2004) Testes para HBsAg e anti-HBc Métodos imunoenzimáticos ou quimioluminescência Prevalência HBV: HBsAg + antiHBc – 0,14% anti-HBc + anti-HBs – 1,68% anti-HBc isolado – 1,67% (dados Fundação Pró-Sangue SP, em quase 10.000 doadores) Risco de Transmissão 1:493.000 para HIV 1:641.000 para HTLV I/II 1:103.000 para HCV 1:63.000 para HBV *considerar pesquisa do p24 para HIV e NAT KT HSPE FCF/USP HEPATITE B - MUTAÇÕES - Gene S e pré-S afeta antigenicidade do determinante a - Gene pol cepas resistente à análogo de nucleosídeos como Lamivudina e Famciclovir - Gene X Pré-core e core - afeta HBeAg que modula a resposta imune VÍRUS DA HEPATITE C (VHC) Histórico: 1975 Hepatite não-A, não-B Transmissível em chimpanzés 1989 Clonagem e Seqüenciamento Hepatitis C Virus - HCV PERFIL CLÍNICO, SOROLÓGICO E VIRAL DA HEPATITE C T it u lo re la ti v o anti-HCV ALT anos meses 0 3 6 Exposição Sintomas + ou - HCV RNA VAZ, A et al. Imunoensaios. Princípios e Aplicações. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2007 Família Flaviviridae HCV : RNA vírus de 9.600 nucleotídeos Codifica única poliproteína de 3.000 aa clivagem - proteínas estruturais : core, E1, E2 - NS: proteases, helicases e RNA polimerase RNA dependente (NS2, NS3, NS4A/B, NS5) Diversidade genômica Tipos, subtipos, quasispecies Regiões conservadas: 5´NC e 3´NC Regiões hipervariáveis: envelope 1 e 2 5’ C E2/NS1 NS2 NS4 NS5 3’ Organização Genômica do HCV Região estrutural Proteinas Núcleo capsideo *Glicoproteínas do envelope Protease / Helicase Região não estrutural RNA polimerase dependente de RNA Região hipervariável (2.0,3.0) C22-3r (2.0,3.0) C33r 5-1-1r (1.0,2.0) (2.0,3.0) C100-3r C200r (3.0) NS5 (3.0) c100p (3.0) c100p TRANSMISSÃO - Infecções pós-transfusionais (90% a 95%) - Usuários de drogas endovenosas, hemodiálise - Parenteral - Transplante de órgãos contaminados - Sangue e derivados - Rara: sexual Marcadores Imunológicos: - investigação do agente - técnica enzimática: empregando-se peptídeos sintéticos = ELISA 3 e 4 geração - fase inicial: soro conversão: anti-c33 e anti-c22-c (epítopos imunodominantes) - < janela sorológica 6 a 9 semanas - fase aguda: detecção do antígeno do core (VHcAg) - técnica enzimática: empregando-se peptídeos sintéticos = immunoblots HCV ELISA e IMMUNOBLOT 66 >97% C22-3p + C33c + C100-3 +NS5 1994 3ª geração 88 88-95% C22-3p + C33c + C100-3 1992 2ª geração ~ 120 70% C100-3 1990 1ª geração DIAS SENSIB. ANTÍGENOS ANO GERA- ÇÃO Perfil Clínico, Sorológico e Viral da Hepatite C Anti-HCV Anos Meses 0 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 10 20 30 HCV-RNA (PCR) ALT _ Icterícia Sintomas Cirrose / HCV HCV RNA: 80 a 90% dos casos ALT+ Sintomas:6 a 8 semanas após o início da infecção Anti HCV + :10 semanas após o início da infecção Legenda: Ref. Bassit, 1998 ELISA (3a geração) Não Reativo Reativo POS RT-PCR para confirmação IND NEG Immunoblot (3a geração) RT-PCR e genotipagem HCV Indicações da Genotipagem Epidemiologia / Vias de transmissão Resposta sorológica Carga viral Tratamento Transplante VacinasEPIDEMIOLOGIA - mais comum em adultos jovens - Brasil, China, Estados Unidos, Europa, Japão, Taiwan e Tailândia: genótipos 1, 2, 3 - África do Sul genótipo 5; sudeste asiático: genótipo 6; África Central e Egito: genótipo 4 HCV – distribuição mundial dos genótipos FCF/USP 1b, 3a, 1a 2a 2b 2c 1a 1b 2a 2b 3a 5a 1b 4a 1b 3a 1a 2c 1a 2a 2b 1a 1b 3a 3b-3f 1b 1b 6a 1a 2b 3a 2a 2c 3a 1a 3a Distribuição geográfica dos genótipos do HCV LAU et al., 1996; SIMMONDS et al. 1966a; SMMONDS et al., 1966b; GISH & LAU, 1997; MAERTENS & STUYVER, 1997; mison ET AL., 1997; SIMMONDS, 1997. NAT – Técnica de Ácido Nucleico - Em banco de sangue para VHC - Reduzir a janela sorológica VÍRUS DA HEPATITE D (VHD) - Vírus RNA de fita simples, 1.700 nucleotídeos circular de polaridade negativa - Vírus incompleto que necessita de envelope do HBV para a sua replicação - Na circulação – partícula híbrida com Ag e genoma Delta e envelope de HBsAg - Classificação – vírus satélite HEPATITE D CO-INFECÇÃO Infecção por HBV e HDV simultâneamente Evolução ~ a hepatite B aguda SUPERINFECÇÃO Infecção por HDV em indivíduo com hepatite B crônica Evolução pior: > de dano hepático com > cronicidade e hepatite fulminante Prevalência – Amazônia ocidental (Amazonas, Acre, Rondônia) Associado às formas mais graves de hepatite aguda e crônica HDV é citopático - lesão hepatocelular Reservatório e fonte de infecção – homem Transmissão ~ HBV Período de incubação ~ 35 dias (em chimpanzés) Detecção do RNA viral Anti-HDV IgG Anti-HDV IgM HBsAg Anti-HBc IgM – co-infecção Anti-HBc IgG – superinfecção VÍRUS DA HEPATITE E (VHE) Características: Descrito em 1980 na Índia HEV ainda não classificado – inicialmente como Caliciviridae, porém geneticamente mais ~ ao vírus da rubéola Genótipos : 1 – 4 HEV : sem envelope, esférico, 27 – 34 nm RNA de simples hélice, 7.5 kb, polaridade positiva Cultura possível mas não para isolamento 1990 – genoma clonado e sequenciado Denominado HEV 1° teste sorológico disponível - Padrão epidemiológico diferente do HAV - Prevalência > em países em desenvolvimento (tropical e sub-tropical) - Prevalência de genótipos 1 – Ásia e norte da África 2 – México 3 – EUA 4 – China e Taiwan Itália, Grécia, Espanha, Áustria, Argentina - novo genótipo ? Mais comum em adolescentes e jovens Via de transmissão : água contaminada por seres humanos ou animais infectados KT HSPE FCF/USP TESTES SOROLÓGICOS - Antígeno derivado da ORF2 e ORF3 - ORF2 estimula Ac neutralizantes - ORF3 menos sensível : maior heterogeneidade antigênica, Acs detectados por menos tempo - Peptídeos sintéticos : menor sensibilidade IgM - fase aguda aprox. até 3 –4 meses IgG – altos títulos na convalescência muitos anos INTERPRETAÇÃO HEPATITE E Diagnóstico laboratorial KT FCF/USP HSPE Sorologia - ELISA com antígenos recombinados anti-ORF3 positiva na fase aguda e declina quando ALT normaliza. Anti-ORF 2 permanece positivo ~ 1 ano (imunidade?) RNA viral no soro ou fezes Detecção do antígeno do HEV no fígado HEPATITE E - Vacinação KT FCF/USP HSPE Vacinas experimentais em macacos cinomolgus Proteínas derivados do ORF2 Cepas de Burma, México, Paquistão HEPATITE G (VHG/GBV-C) - descoberto por dois grupos diferentes (Abbot e Genelab) - família Flaviviridae, RNA simples, regiões ORF = estruturais (E1 e E2) e não estruturais (NS2-NS5), três genótipos (1a, 1b, 2a, 2b e 3) - transmissível pelo sangue - pode estar associado a doenças hepáticas DIAGNÓSTICO sorologia: ELISA: falta de sensibilidade e especificidade, dificuldade de diferenciação fase recente e passada (pesquisa anti-E2) biologia molecular: PCR quadro clínico: aumento transitório de ALT, alterações bioquímicas não relacionada a forma crônica - relacionado a hepatite pós-transfusional não-A-E - Estados Unidos e Europa presente em 5% de casos hepatite aguda não-A-E, 15% hepatite crônica não-A-E VÍRUS TT (TTV) - grupo japonês - técnica: análise subtrativa de seqüências genômicas identificou um novo agente viral: TTV - hepatite pós-transfusional não-A-E e ALT alterado - semelhante ao parvovírus B19 humano - detectado em células hepáticas de portadores de hepatite crônica não-A-E - transmissão via parenteral, hemofílicos, sangue, aleitamento materno, saliva - tem vários genótipos: variando de 55 – 57% - genótipos variantes de TTV: SEN-V, SANDAN, YONBAN, TLMV • Agradecimentos: • Profa. Dra Adelaide José Vaz, FCF/USP (in memorian) • Profa. Dra Kioko Takei, FCF/USP • Profa Mestre Paula Knox, FCF/USP - Pelo material gentilmente cedido • Bibliografia recomendada: • FERREIRA & ÁVILA, Diagnóstico Laboratorial das Principais Doenças Infecciosas e AutoImunes, 2°edição, 2001. • VAZ, AJ, TAKEI, K., BUENO, EC., Imunoensaios Fundamentos e Aplicações, guanabara Koogan, 2008. • Guia WHO. • Boletim Epidemiológico HIV/AIDS, HBV, HCV no Município de São Paulo junho 2009 • Atualização – 2014/2
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