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Hepatites Virais: 
Hepatite A, Hepatite B, 
Hepatite C, Hepatite D e Hepatite E 
Transmissão, Diagnóstico, Profilaxia 
Profa. Alessandra Xavier Pardini 
Imunologia Clínica 
Causas das Hepatites 
AGENTES DAS HEPATITES VIRAIS 
HAV 
HBV 
HDV 
HCV 
HGV 
HEV 
TTV 
SEN-V 
SAMBAN 
YOMBAN... 
VÍRUS HEPATOTRÓPICOS OUTROS VÍRUS 
Epstein-Barr 
Citomegalovírus 
Herpes simplex 
Adenovírus 
Rubéola 
Varicella 
Coxackie B 
Echovírus 
Febre amarela... 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DAS 
HEPATITES VIRAIS 
Astenia 
Anorexia 
Febre 
Mal estar 
Náusea 
Vômito 
Mialgia 
Colúria 
Acolia fecal 
Icterícia 
Anictérico 
Ictérico 
DIAGNÓSTICO DAS HEPATITES 
CLÍNICO 
 
 EPIDEMIOLÓGICO 
 
 LABORATORIAL 
TESTES SOROLÓGICOS 
Testes indiretos sujeitos às variações individuais 
Resultados não são para diagnóstico isolado 
Valor de probabilidade 
Resultados variam com o Ag/Ac e o método empregado 
Não depende da presença do agente no momento da coleta 
Sensíveis, específicos, rápidos, automatizáveis 
 
VÍRUS DA HEPATITE A 
(VHA)‏ 
Características 
 
- agente etiológico: vírus da hepatite do tipo A - 
hepatovírus (hepa-RNA vírus), família Picornaviridae 
- afeta o fígado provocando sua infecção 
- disseminado em todo o mundo 
- efeito citopático – Apoptose? 
- Cultivável em várias linhagens celulares de primatas 
 
Vírus da Hepatite A 
• Infectividade alta 
 
• Patogenicidade alta (>subclínica)‏ 
 
• Virulência baixa alta (>com idade)‏ 
 
• Resistência bastante alta: 70°C – vários anos, 37-60°C 
~ 1h, pH ácido, éter e detergentes não iônicos 
• 
• Inativação: 100°C - 1h, formaldeído – 0,25% - 37°C – 
72h, cloro (1mg/ml – 30 min)‏, superfícies - glutaraldeído 
– 2%, cloro - >5mg/mL 
• Reservatório natural – homem 
• Responsável por ~50% das hepatites agudas 
 
TRANSMISSÃO 
 
• fecal-oral, saliva (soro, sexual: raramente)‏ 
• alimentos e água contaminados 
• saneamento básico ineficiente, berçários, creches 
 
Características: 
- Período de incubação: 2 – 6 semanas 
- Replicação viral nos hepatócitos - secreção viral no bile - 
excreção nas fezes com pico imediatamente antes da doença 
hepática (período de máxima infectividade)‏ 
- Antígeno viral no citoplasma dos hepatócitos, baço e nódulos 
linfáticos, sangue (~105 partículas/mL)‏ 
- Vírus nas fezes ~ pico: 108 partículas/g fezes - encontrado até 2 
semanas após sintomas (2m)‏ 
 
Aspectos Clínicos 
- ausência ou poucos sintomas; raramente forma fulminante; 
ausência de evidência de doença crônica; transaminases 
Períodos: 
Incubação: viremia curta (2 a 3 semanas)‏ 
Podrômico: média 7dias, sintomas inespecíficos 
Hepatite clínica: 4 a 6 semanas (icterícia), fezes descoradas ou até 
acólicas, hepatomegalia (70%), esplenomegalia (20%)‏ 
Convalescência: sensação de bem-estar, desaparece icterícia, dor 
abdominal, fadiga, recuperação de apetite 
Fulminante: 0,1 – 0,2% dos casos agudos, 10 ou até 30dias, 
necrose maciça ou submaciça do fígado 
 
Diagnóstico Laboratorial 
 
1) Exames inespecíficos: hemograma 
2) Bioquímicos do sangue: transaminases aumentada 3x 
mais (ALT = alanina amino transferase); bilirrubina; 
 protrombina (inferior a 40% = grave), hipoglicemia 
3) Histológico: não realizar biópsia nas hepatites agudas, 
particularmente na A (= evolução favorável)‏ 
 
 
Marcadores Imunológicos 
- investigação do agente 
- técnica enzimática - ELISA 
- anti-VHA IgG e IgM 
- infecção aguda: a presença do IgM anti-VHA é quase sempre 
concomitante ao período sintomático da hepatite aguda, 
aparecimento entre 60/90 dias 
- infecção passada: IgG anti-VHA confere imunidade 
 
Biologia Molecular 
- Hibridação 
- PCR - Reação em Cadeia da Polimerase 
- amostras de fezes, sangue na fase aguda 
 
Importante: 
Marcadores sorológicos e bioquímicos 
Alanina aminotransferase (ALT)‏ 
 
Hepatite A aguda 
anti-HAV-IgM – 1-3 semanas após início dos sintomas 
até 3-4 meses 
 
Imunidade: anti-HAV-IgG ~ toda a vida 
 
Epidemiologia 
 
- 1,4 milhão de novos casos = pode ser até maior 
- falta notificação 
- América Latina: alta endemicidade 
- MUNDIAL 
 
 
Tratamento 
 
• Não requer medicação específica; acompanhamento 
ambulatorial; 
• Repouso; 
• NÃO = bebidas alcoólicas; 
• Acompanhamento das transaminases e marcador sorológico anti-
HAV IgG 
• Imunoglobulina Humana Anti-VHA (anticorpo pré-formado em 
doadores): para pessoas que expuseram-se a situações de risco 
(acidentes de trabalho, agulhas, material biológico infectado), 
depois tomar a vacina 
 
 
Vigilância Epidemiológica 
- falta de informações 
- análise de dados: vacina, fatores de risco, surtos, estratégias de 
controles 
- todos os casos devem ser notificados 
- medidas de controle: esclarecimento da população, 
tratamento, prevenção, fonte de água, saneamento básico 
 
Vacinação 
- mundial 
- área de baixa e média endemicidade 
 
Vacinas: 
Vírus inativado com formol – Havrix e VAQTA 
 - Combinada (HAV + HBV) – Twinrix 
 - Esquema – 0-6-18 meses. 
 - Não licenciada para <2anos nos EUA 
 - Seguro para imunocomprometidos 
 
HEPATITE B 
(VHB)‏ 
CARACTERÍSTICAS 
- Agente etiológico: vírus da hepatite do tipo B – DNA vírus, 
família Hepadnaviridae 
- Partícula de Dane = possuí estrutura complexa, com duplo 
envoltório, 42nm, estrutura externa = envelope e outra 
interna (core ou nucleocapsídeo) de forma icosaédrica 
- Envoltório Externo: Antígeno de superfície do vírus da 
hepatite B (AgHBs) = proteínas de superfície 
- Envoltório Interno: DNA e enzima (DNA-polimerase) = core = 
Antígeno de centro estrutural (HBcAg) = proteína centro 
estrutural 
- Antígeno solúvel = antígeno “e” (AgHBe)‏ 
 
• DNA vírus, replica através de RNA intermediário 
• Família Hepadnaviridae, gênero Hepadnavirus 
• Codifica 4 proteínas: superfície, core, pol e X 
• Alta replicação : >109 virion/ml na circulação 
• Receptor: carboxipeptidase? 
HBsAg Partículas de Dane 
(HBsAg : 100 – 1000 vezes mais abundante que vírus completo)‏ 
HBV – Estabilidade 
 - Inativado 
 - Autoclave 100°C por 20 min., 
 - Forno 160°C – 1h, 
 - beta-propiolactona 
 - Estável 
 - Temperaturas de - 80°C e 37-60° por 39min., 
 - No plasma a 31,6° por 6m 
 - Timerosal (1:2.000)‏ 
 - Éter, Luz UV 
CVE – SP – Manual de Vigilância Epidemiológica – Hepatites virais 2000 
HEPATITE B 
Transmissão 
 
Sangue e derivados 
Sexual 
Perinatal 
Não identificados 
* Transmissividade: semanas antes dos sintomas e na fase aguda e crônica 
TRANSMISSÃO 
 Sanguínea 
 sangue completo 
 soro 
 plasma 
 trombina 
 fibrinogênio 
 concentrado de hemácias 
 crioprecipitado 
 Sexual 
 sêmem 
 líquido vaginal 
 saliva 
RISCO DE TRANSMISSÃO POR TRANSFUSÃO 
DE SANGUE OU DERIVADOS 
Hepatite B 1: 63.000 unidades 
Hepatite C 1:125.000 unidades 
TRIAGEM SOROLÓGICA DE DOADORES PARA 
OS VÍRUS DAS HEPATITES 
HBsAg HBeAg e anti-HBe 
Anti-HBc Anti-HBs 
Anti-HCV Immunoblot 
ALT 
Triagem 
 
Se positivo 
HEPATITE B 
Risco de transmissão ao RN 
 mãe HBeAg+ : 70% 
 mãe anti-HBe+ : 10% 
Risco de cronificação 
 Neonatos : 90% 
 crianças : 20 – 50% 
 adultos : 5% 
ASPECTOS CLÍNICOS 
- forma assintomática, sintomática e grave, hepatite fulminante 
- portador crônico: de acordo coma idade 
- crônica: processo inflamatório contínuo no fígado 
- portador: indivíduo com vírus por mais de 6 meses 
Incubação: de 30 a 180 dias (média de 60-90d)‏ 
Portador crônico: persistência AgHBs depois de 6m 
 
Complicações: aguda - crônica (25% evolui paracirrose 
hepática ou carcinoma hepatocelular)‏ 
Acompanhamento: normalização das aminotransferases, 
negativação do marcador AgHBs e surgimento do anti-HBs 
(anticorpo)‏ 
Fulminante: hemorragia de múltiplos órgãos, septicemia 
>93% dos indivíduos evoluem para recuperação sorológica, 
bioquímica e clínica 
5% e 7% evoluem para a forma crônica 
1% forma fulminante 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
 
1) Exames inespecíficos: hemograma, hemoglobina normal 
ou levemente diminuída, linfocitose, leucopenia, linfócitos 
atípicos inferior a 10% 
 
2) Bioquímicos do sangue: transaminases 3x mais (ALT = 
alanina amino transferase); bilirrubina; protrombina 
(inferior a 40% = grave), hipoglicemia 
 
3) Histológico: não há indicação principalmente nas formas 
agudas 
HEPATITE B - MARCADORES 
HBsAg: 1° marcador detectado após 30-45d 
de infecção (antes da ALT) permanece ~ 4m 
HBeAg: replicação viral - surge após HBsAg permanece ~ 
2,5m 
Anti-HBc-IgM: 1° Ac detectado; presente ~ 6m 
Anti-HBc-IgG: logo após HBcAg – positivo por toda a vida 
marcador de infecção prévia por HBV* 
Anti-HBe**: logo após HBeAg; bom prognóstico 
Anti-HBs: imunidade – detectável 1semana a 2,5m após 
HBsAg - permanece anos ou décadas / crônico 
 3 6 9 meses 
// 
Incubação Infecção aguda 
recente 
Infecção aguda 
tardia 
Imunidade/Cura 
HEPATITE B AGUDA 
// 
HBsAg 
HBeAg 
Anti-HBc-M 
Anti-HBc-G 
Anti-HBe 
Anti-HBs 
HEPATITE B CRÔNICA - SEM SOROCONVERSÃO 
 3 6 9 meses 
// 
Incubação Infecção recente Infecção crônica 
// 
HBsAg 
Anti-HBc-M Anti-HBc-G 
HBeAg 
EPIDEMIOLOGIA 
- Infecta somente o homem entre 20 a 40 anos 
- Letalidade: 0,8% a 2% 
- África, América do Sul, Sudeste da Ásia, China, Ilhas do Pacífico: 
AgHBs superior a 7% 
- Europa Oriental e Mediterrânea, parte da América do Sul, Oriente 
Médio: endemicidade intermediária: prevalência AgHBs 2% a 7% 
- América do Norte, Europa Ocidental, Austrália: prevalência <2%, 
infecção neonatal rara 
 
Brasil: 
Região Sul: baixa, Amazônia: prevalência 8% AgHBs 
Espírito Santo e região oeste de Santa Catarina: alta mortalidade: 
VACINAÇÃO 
- Brasil: Programa Nacional de Imunizações: 2 geração: vacina 
DNA-recombinante contra o vírus tipo B; 3 geração: peptídeo 
sintético 
- População infantil <1 ano 
- Locais com maior prevalência 
- Grupos de risco 
- Também protege contra o vírus da hepatite D 
- Indicado a todos os indivíduos suscetíveis 
 
HEPATITE B - VACINAÇÃO 
REVACINAÇÃO DOS NÃO RESPONDEDORES 
 
 4° dose – 25-50% soroconversão em NR 
 3 doses adicionais – 50-75% soroconversão 
 (sorologia após 1-2 doses adicionais)‏ 
 Doses adicionais sem resposta 
IMUNIDADE INDUZIDA POR VACINA 
Persistente mesmo anti-HBs indetectável 
Exceção: hemodializados – testar anti-HBS anualmente 
TRATAMENTO 
- não requer medicação específica 
- acompanhamento ambulatorial 
- repouso domiciliar 
- desaconselhável bebidas alcoólicas 
- forma crônica: acompanhamento por marcadores sorológicos e 
transaminases 
** Imunoglobulina Humana Anti-Vírus da Hepatite Tipo B: recém-
nascidos filhos de mãe AgHBs positivo, para pessoas que 
expuseram-se a situações de risco (acidentes de trabalho, 
agulhas, material biológico infectado)‏ 
Triagem sorológica de doadores de sangue 
 
Para VHB: 
- de acordo com a ANVISA (RDC 153 24/06/2004)‏ 
Testes para HBsAg e anti-HBc 
Métodos imunoenzimáticos ou quimioluminescência 
Prevalência 
HBV: 
HBsAg + antiHBc – 0,14% 
anti-HBc + anti-HBs – 1,68% 
anti-HBc isolado – 1,67% 
 
(dados Fundação Pró-Sangue SP, em quase 10.000 
doadores)‏ 
Risco de Transmissão 
 
1:493.000 para HIV 
1:641.000 para HTLV I/II 
1:103.000 para HCV 
1:63.000 para HBV 
 
*considerar pesquisa do p24 para HIV e NAT 
 
KT HSPE 
FCF/USP 
 
 
 
 
 
 
HEPATITE B - MUTAÇÕES 
 - Gene S e pré-S 
 afeta antigenicidade do determinante a 
 - Gene pol 
 cepas resistente à análogo de nucleosídeos como 
Lamivudina e Famciclovir 
 - Gene X 
 Pré-core e core - afeta HBeAg que modula a resposta 
imune 
VÍRUS DA HEPATITE C (VHC)‏ 
Histórico: 
1975 Hepatite não-A, não-B 
 Transmissível em chimpanzés 
1989 Clonagem e Seqüenciamento 
 Hepatitis C Virus - HCV 
PERFIL CLÍNICO, SOROLÓGICO E VIRAL DA HEPATITE C 
T
it
u
lo
 
re
la
ti
v
o
 
anti-HCV 
ALT 
anos meses 
 0 3 6 
Exposição Sintomas + ou - 
HCV RNA 
VAZ, A et al. Imunoensaios. Princípios e Aplicações. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2007 
 Família Flaviviridae 
 HCV : RNA vírus de 9.600 nucleotídeos 
 Codifica única poliproteína de 3.000 aa 
 clivagem 
 - proteínas estruturais : core, E1, E2 
 - NS: proteases, helicases e RNA polimerase 
 RNA dependente (NS2, NS3, NS4A/B, NS5)‏ 
 Diversidade genômica 
 Tipos, subtipos, quasispecies 
 Regiões conservadas: 5´NC e 3´NC 
 Regiões hipervariáveis: envelope 1 e 2 
5’ C E2/NS1 NS2 NS4 NS5 3’ 
Organização Genômica do HCV 
Região estrutural 
Proteinas Núcleo capsideo 
*Glicoproteínas 
do envelope Protease / Helicase 
Região não estrutural 
RNA polimerase dependente de RNA 
Região 
hipervariável 
(2.0,3.0)‏ 
C22-3r 
(2.0,3.0)‏ 
C33r 
5-1-1r 
(1.0,2.0)‏ 
(2.0,3.0)‏ C100-3r 
C200r (3.0)‏ 
NS5 
(3.0)‏ 
c100p 
(3.0)‏ 
c100p 
TRANSMISSÃO 
- Infecções pós-transfusionais (90% a 95%)‏ 
- Usuários de drogas endovenosas, hemodiálise 
- Parenteral 
- Transplante de órgãos contaminados 
- Sangue e derivados 
- Rara: sexual 
 
 Marcadores Imunológicos: 
- investigação do agente 
- técnica enzimática: empregando-se peptídeos sintéticos = 
ELISA 3 e 4 geração 
- fase inicial: soro conversão: anti-c33 e anti-c22-c (epítopos 
imunodominantes)‏ 
- < janela sorológica 6 a 9 semanas 
- fase aguda: detecção do antígeno do core (VHcAg)‏ 
- técnica enzimática: empregando-se peptídeos sintéticos = 
immunoblots 
HCV ELISA e IMMUNOBLOT 
66 >97% 
 
C22-3p + C33c + 
C100-3 +NS5 
1994 
3ª 
geração 
88 
88-95% 
 
C22-3p + C33c + 
C100-3 
1992 
 
2ª 
geração 
~ 120 
 
70% 
 
C100-3 
 
1990 
 
1ª 
geração 
DIAS SENSIB. ANTÍGENOS ANO 
GERA-
ÇÃO 
 
Perfil Clínico, Sorológico e Viral da Hepatite C 
Anti-HCV 
Anos Meses 
0 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 10 20 30
 
HCV-RNA (PCR)‏ 
ALT _ 
Icterícia 
Sintomas 
Cirrose / HCV 
HCV RNA: 80 a 90% dos casos 
ALT+ Sintomas:6 a 8 semanas após o início da infecção 
Anti HCV + :10 semanas após o início da infecção 
Legenda: 
Ref. Bassit, 1998 
ELISA (3a geração)‏ 
Não Reativo Reativo 
POS 
RT-PCR para 
confirmação 
IND NEG 
Immunoblot 
(3a geração)‏ 
RT-PCR e 
genotipagem 
HCV 
Indicações da Genotipagem 
Epidemiologia / Vias de transmissão 
Resposta sorológica 
Carga viral 
Tratamento 
Transplante 
VacinasEPIDEMIOLOGIA 
- mais comum em adultos jovens 
- Brasil, China, Estados Unidos, Europa, Japão, Taiwan e 
Tailândia: genótipos 1, 2, 3 
- África do Sul genótipo 5; sudeste asiático: genótipo 6; 
África Central e Egito: genótipo 4 
 
HCV – distribuição mundial dos genótipos 
FCF/USP 
1b, 3a, 1a 
2a 2b 
2c 
1a 1b 
2a 2b 3a 
5a 
1b 
4a 
1b 3a 
1a 2c 
1a 
2a 
2b 
1a 
1b 
3a 
3b-3f 
1b 1b 
6a 
1a 2b 3a 
2a 2c 
3a 1a 3a 
Distribuição geográfica dos genótipos do HCV 
LAU et al., 1996; SIMMONDS et al. 1966a; SMMONDS et al., 1966b; GISH & LAU, 
1997; MAERTENS & STUYVER, 1997; mison ET AL., 1997; SIMMONDS, 1997. 
NAT – Técnica de Ácido Nucleico 
- Em banco de sangue para VHC 
- Reduzir a janela sorológica 
VÍRUS DA HEPATITE D 
(VHD)‏ 
- Vírus RNA de fita simples, 1.700 nucleotídeos 
 circular de polaridade negativa 
 - Vírus incompleto que necessita de envelope 
 do HBV para a sua replicação 
 - Na circulação – partícula híbrida com Ag e 
 genoma Delta e envelope de HBsAg 
 - Classificação – vírus satélite 
HEPATITE D 
CO-INFECÇÃO 
 Infecção por HBV e HDV simultâneamente 
 Evolução ~ a hepatite B aguda 
SUPERINFECÇÃO 
 Infecção por HDV em indivíduo com hepatite B crônica 
 Evolução pior: > de dano hepático 
 com > cronicidade e hepatite fulminante 
 
Prevalência – Amazônia ocidental (Amazonas, Acre, Rondônia) 
Associado às formas mais graves de hepatite aguda e crônica 
HDV é citopático - lesão hepatocelular 
Reservatório e fonte de infecção – homem 
Transmissão ~ HBV 
Período de incubação ~ 35 dias (em chimpanzés)‏ 
 
Detecção do RNA viral 
 Anti-HDV IgG 
 Anti-HDV IgM 
 HBsAg 
 Anti-HBc IgM – co-infecção 
 Anti-HBc IgG – superinfecção 
VÍRUS DA HEPATITE E (VHE)‏ 
Características: 
Descrito em 1980 na Índia 
 HEV ainda não classificado – inicialmente como 
 Caliciviridae, porém geneticamente mais ~ ao vírus da rubéola 
 Genótipos : 1 – 4 
 HEV : sem envelope, esférico, 27 – 34 nm 
 RNA de simples hélice, 7.5 kb, polaridade positiva 
 Cultura possível mas não para isolamento 
 1990 – genoma clonado e sequenciado 
 Denominado HEV 
 1° teste sorológico disponível 
 
- Padrão epidemiológico diferente do HAV 
- Prevalência > em países em desenvolvimento 
 (tropical e sub-tropical) 
- Prevalência de genótipos 
 1 – Ásia e norte da África 
 2 – México 
 3 – EUA 
 4 – China e Taiwan 
Itália, Grécia, Espanha, Áustria, Argentina - novo genótipo ? 
 Mais comum em adolescentes e jovens 
 Via de transmissão : água contaminada por seres humanos ou 
animais infectados 
KT HSPE 
FCF/USP 
TESTES SOROLÓGICOS 
 - Antígeno derivado da ORF2 e ORF3 
 - ORF2 estimula Ac neutralizantes 
 - ORF3 menos sensível : maior heterogeneidade antigênica, Acs 
detectados por menos tempo 
 - Peptídeos sintéticos : menor sensibilidade 
 IgM - fase aguda aprox. até 3 –4 meses 
 IgG – altos títulos na convalescência muitos anos 
INTERPRETAÇÃO 
HEPATITE E 
Diagnóstico laboratorial 
KT FCF/USP HSPE 
Sorologia - ELISA com antígenos recombinados anti-ORF3 positiva 
na fase aguda e declina quando ALT normaliza. Anti-ORF 2 
permanece positivo ~ 1 ano (imunidade?) 
 RNA viral no soro ou fezes 
 Detecção do antígeno do HEV no fígado 
HEPATITE E - Vacinação 
KT FCF/USP HSPE 
 Vacinas experimentais em macacos cinomolgus 
 Proteínas derivados do ORF2 
 Cepas de Burma, México, Paquistão 
HEPATITE G (VHG/GBV-C)‏ 
- descoberto por dois grupos diferentes (Abbot e Genelab) 
- família Flaviviridae, RNA simples, regiões ORF = estruturais (E1 e E2) e não 
estruturais (NS2-NS5), três genótipos (1a, 1b, 2a, 2b e 3)‏ 
- transmissível pelo sangue 
- pode estar associado a doenças hepáticas 
 
 DIAGNÓSTICO 
sorologia: ELISA: falta de sensibilidade e especificidade, dificuldade de 
diferenciação fase recente e passada (pesquisa anti-E2)‏ 
biologia molecular: PCR 
quadro clínico: aumento transitório de ALT, alterações bioquímicas não 
relacionada a forma crônica 
- relacionado a hepatite pós-transfusional não-A-E 
- Estados Unidos e Europa presente em 5% de casos hepatite aguda não-A-E, 
15% hepatite crônica não-A-E 
 
VÍRUS TT (TTV)‏ 
- grupo japonês 
- técnica: análise subtrativa de seqüências genômicas identificou um 
novo agente viral: TTV 
- hepatite pós-transfusional não-A-E e ALT alterado 
- semelhante ao parvovírus B19 humano 
- detectado em células hepáticas de portadores de hepatite crônica 
não-A-E 
- transmissão via parenteral, hemofílicos, sangue, aleitamento 
materno, saliva 
- tem vários genótipos: variando de 55 – 57% 
- genótipos variantes de TTV: SEN-V, SANDAN, YONBAN, TLMV 
 
 
 
• Agradecimentos: 
• Profa. Dra Adelaide José Vaz, FCF/USP (in memorian) 
• Profa. Dra Kioko Takei, FCF/USP 
• Profa Mestre Paula Knox, FCF/USP 
- Pelo material gentilmente cedido 
 
• Bibliografia recomendada: 
• FERREIRA & ÁVILA, Diagnóstico Laboratorial das Principais 
Doenças Infecciosas e AutoImunes, 2°edição, 2001. 
• VAZ, AJ, TAKEI, K., BUENO, EC., Imunoensaios Fundamentos e 
Aplicações, guanabara Koogan, 2008. 
• Guia WHO. 
• Boletim Epidemiológico HIV/AIDS, HBV, HCV no Município de São 
Paulo junho 2009 
• Atualização – 2014/2

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