Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Amostras utilizadas em Imunoensaios Profa. Alessandra Xavier Pardini Disciplina: Imunologia Clínica INTRODUÇÃO - A validação dos imunoensaios é feita com base nos parâmetros de sensibilidade, especificidade, repetitividade, reprodutibilidade e estabilidade - Problemas no imunoensaio = nova amostra = problema desaparece - Os imunoensaios são objeto de padronização e normatização - Controle de Qualidade – pré analítico PREPARO E INSTRUÇÕES AO PACIENTE FATORES INERENTES AO PACIENTE: Idade Sexo Etnia Gravidez Período de Ciclo Menstrual Uso de medicamentos (anticoncepcional, vitaminas, etc) JEJUM - Não tem muita importância para Imunoensaios. - No entanto, concentração excessiva de lipídios pode interferir em teste de imunoprecipitação e aglutinação. - Evitar coletar amostras até 2h após refeição (almoço, janta) – pós- prandial. - Recomendável jejum padrão de 8h se for realizar também outros exames. - Jejum de 4h, se somente for realizar exames de imunoensaios. - Beber água não invalida o jejum. - Evitar álcool, fumo (afeta os hormônios) GRAVIDEZ • Mudanças em vários parâmetros hormonais e protéicos • Geralmente ocorre resultados falso-positivos devido mudanças hormonais e protéicos como aumento de hCG, lactogênio, cortisol e hormônios tireoidianos (interações inespecíficas em imunoensaios). • Perguntar a data da última menstruação e a semana gestacional, principalmente na determinação de hormônios. EXERCÍCIOS - Exercícios com perda de água e suor alteram a concentração de parâmetros bioquímicos e hormônios. - Fazer 30 minutos de repouso no laboratório antes da coleta. IDADE Parâmetro importante na interpretação dos exames. Importante na determinação de hormônios, proteínas e substâncias do metabolismo bioquímico. Valor preditivo Idade e valores de referência CICLO MENSTRUAL E RITMO CIRCADIANO Deve conter no laudo o dia do ciclo menstrual. Cortisol é o parâmetro mais afetado ao longo do dia. Preconiza-se coletar entre 7:00 e 9:00h da manhã. Estresse – é um parâmetro de difícil mensuração, mas tem sido associado ao aumento de hormônios. AMOSTRAS COLETA -É o primeiro passo para TODAS as análises efetuadas no Laboratório Clínico -Todas as etapas seguintes dependem da coleta do material - É importante que o procedimento apropriado (indicado) seja seguido = para obtenção de resultados exatos - Utilizar material completamente limpo para evitar falsos resultados TEMPO de REALIZAÇÃO da COLETA Hormônios - Alguns exames hormonais são realizados após estímulo – curvas de estímulo/supressão Outros marcadores - Cardíacos (após infarto), proteínas de fase aguda – tempo decorrido entre o evento e a coleta Ensaios de monitoramento - De drogas: seguir protocolos padronizados (tempo, cotela) Imunologia - Importante conhecer a janela imunológica - O conhecimento do analista pode ajudar a determinar o período adequado de coleta COLETA DE SANGUE O tipo de amostra para cada analito é definido por protocolos internacionais. Evitar hemoconcetração: não deixar o torniquete por mais de 1minuto. Evitar hemólise: ruptura de hemácias. Coleta em tubo seco ou gel, e anticoagulantes (citrato, heparina, EDTA e inibidor de glicose). OBTENÇÃO DE SORO OU PLASMA É necessário certo tempo para formação do coágulo e retração ideal. Não é aconselhável refrigerar a amostra. Após centrifugação, obtêm o soro ou plasma. ARMAZENAMENTO e TRANSPORTE Imunoensaios • Pesquisa de anticorpos – soro pode ser congelado a -20°C, ou -80°C • Alíquotas com pequenos volumes • Temperatura da geladeira e umidade interna • Tubos mantidos tampados Verificar o tipo de exame e recomendações especiais TRANSPORTE • Transporte de material biológico é regulado por legislação local e internacional • A regra é garantir a integridade da amostra e evitar contaminação dos manipuladores e do ambiente • Contêineres e caixas resistentes • Medidas de biossegurança OUTROS ESPÉCIMES BIOLÓGICOS USADOS NOS IMUNOENSAIOS URINA Determinação hormonal ou de drogas. Depende da função renal. LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO (LCR) Pesquisa de antígenos bacterianos, virais e parasitários Pesquisa de Ac LÍQUIDO AMNIÓTICO Amniocentese procedimento para obtenção de líquido amniótico, após 16ª. semana de gestação e oferece risco de perda fetal. Não deve conter sangue. Pesquisar presença de patógenos. OUTROS ESPÉCIMES BIOLÓGICOS USADOS NOS IMUNOENSAIOS LÍQUIDO SINOVIAL Obtido de articulaçaões com evidente aumento de volume, processo inflamatório. Artrite (por auto-imune) FEZES Pesquisar a presença de antígenos (alguns antígenos = técnicas de captura = monoclonais específicos) Necessário preparar suspensão – obter uma solução mais límpida possível Ex.: amebíase, giardíase – métodos são sensíveis OUTROS ESPÉCIMES BIOLÓGICOS USADOS NOS IMUNOENSAIOS SALIVA De fácil obtenção Determinação de hormônios livres: cortisol, progesterona, estradiol e testosterona; e as drogas teofilina, digoxina e diazepam Evitar contaminação com o sangue, cuidados com anti-sépticos Para coleta usar Salivette (swab com algodão, o paciente deve mascar por 30 a 90 segundos, e colocado em tubo próprio) Não é usual a determinação de anticorpos (presença de IgA) SÊMEN Pesquisa de anticorpos antiespermatozóides. Manter 3 dias de abstinência sexual. Após ejaculação aguardar 30 min, e usar o material em até 2h Controle de Qualidade no Laboratório Clínico Erros em Laboratórios Cerca de 70 % erros => fase pré analítica preparo inadequado, cuidados na identificação, transporte inadequado, interferentes Cerca de 20 % erros => fase pós analítica erros de transcrição de resultados Apenas 10 % erros => fase analítica Reagentes impróprios, equipamentos descalibrados, má prática Denúncia – em 1998 No Brasil, os questionamentos chegaram a área de laboratórios clínicos com conseqüências desastrosas para a imagem e credibilidade do setor, embora os métodos utilizados para a avaliação dos serviços tenham sido impróprios e questionáveis... FANTÁSTICO – O GLOBO julho/98 CONSEQUÊNCIA - Aplicação de normas de certificação por algumas ANVISAS Estaduais (RJ, SP, MG) O reconhecimento profissional de um Laboratório Clínico • Não se baseia apenas na reputação da instituição, nem só no – currículo pessoal de seus profissionais, – mas em um sistema da Qualidade desenvolvido e implementado Objetivo da “Acreditação “ • Verificar conformidade com Padrões técnicos • Melhoria Contínua • Indicadores • Acreditação é o reconhecimento realizado por agência governamental ou não, de que a organização atende a requisitos predeterminados para realização de tarefas específicas. Nos laboratórios, a certificação tem o objetivo de criar ou melhorar os padrões da prática laboratorial, de modo a reduzir os riscos de danos na prestação de serviços e aumentar a probabilidade de bons resultados. Normas, Critérios ou Padrões definição ISO • Documentos originados de acordos, convenções (consenso), contendo especificações técnicas ou outros critérios precisos a serem utilizados consistentemente como regras, diretrizes, definições de características e que assegurem que materiais , produtos, processose serviços atendam a seu propósito Disponível: http://www.iso.ch A ISO 9000 O que significa a sigla ISO? • ISO significa Organização Internacional para Normalização (International Organization for Standardization ) localizada em Genebra, Suíça. • A sigla ISO é uma referência à palavra grega ISO, que significa igualdade. • Enfoque no cliente. • Liderança. • Envolvimento das pessoas. • Abordagem do processo. • Abordagem do sistema para gerenciamento. • Melhoria contínua. • Abordagem efetiva para tomada de decisões. • Relações de fornecimento mutuamente proveitosas. Normas sanitárias • RDC 249:2005 – BPF para fabricação de insumos farmacêuticos • RDC 204:2006 – BPF para fracionamento de insumos farmacêuticos Normas Ambientais • Decreto 8468/1976 – Gestão de Resíduos Sólidos Industriais, Gestão de Efluentes Líquidos e Gestão de Poluição Atmosférica • CONAMA 357/2005 – Lançamento de Efluentes Industriais após tratamento • CONAMA 382/2006 – Controle de Emissão Atmosférico por chaminés Normas de Transporte • ANTT 420/2004 – Transporte de Produtos Perigosos Outras Normas Regulamentadoras • Ministério do Trabalho – CLT, NR (s) [CIPA, SIPAT, Ergonomia] • Polícia Civil, Exército, Polícia Federal – Controle de Substâncias. • ABNT – Armazenamento de Produtos Perigosos, elaboração de FISPQ, MSDS, Ficha de Emergência, etc. • Prefeitura, Bombeiros – Infra-estrutura Normas para Laboratórios “Devem ser cuidadosamente revisadas especialmente com relação a itens que não possam ser atendidos pela média dos laboratórios” “Não seria prudente aceitar ou aprovar documentos que sugiram implementação de procedimentos que sejam difíceis ou impraticáveis para a média dos laboratórios” Guidelines for Review of Paper Standards - COWSA - WASP ONA - Organização Nacional de Acreditação Entidade de direito privado, sem fins lucrativos, sede Brasília, atua em todo o território nacional Fundadores, em maio 1999: • Entidades Prestadoras de Serviços • Entidades Compradoras de Serviços • Entidades Privadas pautadas em princípios que regem o direito público • Em 2001 – convênio com o Ministério da Saúde • Acreditação de: – Hospitais, bancos de sangue, laboratórios, home care • INMETRO acordos internacionais QUALIDADE LABORATORIAL é preciso entender as variáveis para controlar o processo e garantir a segurança do paciente O Laboratório de Análises Clínicas • Os laboratórios de análises clínicas são fundamentados em um processo dinâmico que se inicia na coleta do espécime diagnóstico (amostra biológica obtida adequadamente para fins de diagnóstico laboratorial) e termina com a emissão de um laudo. • Didaticamente, o processo pode ser dividido em três fases: – pré-analítica, – analítica – e pós-analítica. Qualidade – toda empresa que se preocupa com a qualidade de seus serviços e produtos deve adotar um modelo de gestão Planejamento da Qualidade Controle da Qualidade Garantia da Qualidade Manutenção da Qualidade Melhoria da Qualidade CONTROLE DE QUALIDADE Setor responsável pela política de qualidade do Laboratório. Política da Qualidade: – Garantir a satisfação dos pacientes com serviços; – Colaborar para melhoria da qualidade dos serviços prestados; – Oferecer aos seus colaboradores oportunidades de desenvolvimento profissional. O programa de controle de qualidade: Permite que o profissional responsável monitore o desempenho – dos procedimentos técnicos, – reagentes, – kits, – meios de cultura, – equipamentos – e pessoal técnico; – revisa os resultados e a documentação quanto à validade dos métodos adotados na rotina laboratorial Esse programa envolve processos de difíceis monitorização pelo laboratório: – qualidade das amostras coletadas, – metodologias requisitadas, – laudo, – transporte da amostra Qualidade da fase pré-analítica Pedido médico de exame Preparo do paciente Obtenção da amostra Procedimento de análise Pós-análise Resultado Pré-analítico Erro: ~60-70% Analítico Erro: ~20-30% Pós-analítico Erro: ~10% Outras Atividades do Controle de Qualidade • Manutenções dos equipamentos de diagnóstico. • Calibração dos equipamentos de apoio diagnóstico. • Validações (equipamentos e microscopistas) • Garantir que todos os produtos tenham registro na ANVISA. • Garantir o uso de produtos dentro do prazo de validade. • Possuir métodos que permitam rastrear os dados do paciente referentes ao atendimento, como: quem cadastrou, quem pagou a guia, quem recebeu a amostra, quem entregou o resultado. Auditoria Interna Auditoria Interna Procedimento e Cronograma Pessoal treinado Monitoramento dos resultados (eficácia) Correções das não- conformidades Registros Responsabilidade: Gestor da qualidade. LAC – LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS Laboratório Clínico Suporte laboratorial para o clínico melhor entendimento do paciente e da patologia. Objetivo: melhoria na qualidade de vida e da saúde das pessoas: Diagnóstico das patologias. Acompanhamento da evolução prognóstico. Controle de doenças crônicas. Avaliação do tratamento após o diagnóstico. De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos: – 2007 12.000 laboratórios de análises clínicas no Brasil. Serviços realizados no laboratório: – Pré-analíticos. – Intra-analíticos. – Pós-analíticos. Responsabilidade Técnica: – Biomédico. – Farmacêutico. – Bioquímico. – Biólogo. – Médico Patologista Clínico. – Veterinário. Importância da Qualidade - Confiabilidade nos resultados - Reconhecimento - Rastreabilidade (resultados armazenados, documentação, estudo) - Organização dos trabalhos - Organização dos dados obtidos - Evitar duplicidade de estudos em diferentes países Responsabilidade e abrangência: Responsabilidade técnica em todos os Setores do Laboratório Clínico: Hematologia, Bioquímica, Microbiologia, Micologia, Biologia Molecular, Parasitologia, Urinálise, Hormonologia, Toxicologia, Sistema da Qualidade, Liberação de Laudos e Coleta. Participação na equipe de Anatomia Patológica, sob responsabilidade Médica, com especialização em Citopatologia. Laboratório de Análises Clínicas Desenvolvimento das técnicas bioquímicas Reformulação nos ensaios Revisão e introdução de novas metodologias Cuidados: a. Comercialização dos produtos b. Reagentes de baixa estabilidade c. Aparelhos sofisticados x Custo d. Maior complexidade no manuseio e. Reagentes de alto custo Laboratório de Análises Clínicas Técnicas manuais x Automação Setor de bioquímica, imuno, hemato = aprimoradas Necessidade x Técnicas mais simples Cuidados: a. Interferentes b. Condições para o doseamento c. Estado físico do paciente d. Avaliação correta do resultado e. Selecionar a melhor técnica (selecionar a mais específica e exata) Laboratório de Análises Clínicas PROCEDIMENTOS GERAIS Observar certos cuidados: manipulação, limpeza, treinamento refletem diretamente na qualidade dos resultados obtidos LIMPEZA DE MATERIAL - Os materiais de vidro exigem lavagem rigorosa - Qualquer resíduo poderá provocar a obtenção de falsos resultados nas análises - Detergentes comerciais (pó, líquidos) (modo de uso depende da concentração necessária)(observar as recomendações do fabricante) Laboratório de Análises Clínicas LIMPEZA E ESTERILIZAÇÃO Setor de Limpeza e Esterilização (Expurgo) – Descontaminação, lavagem, secagem e esterilização do material utilizado no laboratório. – Fundamental importância para o andamento da rotina laboratorial. – Complementação às exigências relacionadas à biossegurança de quem trabalha no laboratório. – Garantia da boa qualidade dos serviços prestados. Especialidades: Áreas de Produção Coleta Vacina Provas funcionais Boxes a. Infantil b. Punção venosa c. Secreções d. Urina e. Esperma Laboratório de Análises Clínicas Setores – Laboratório de Análises Clínicas Setor da Recepção – Setor responsável pelo atendimento e cadastro do cliente e dos exames. – Recebimento de amostras. – Encaminhamento dos clientes ao setor de coleta. – Entrega dos resultados. – Esclarecimentos de dúvidas. Laboratório de Análises Clínicas DEFINIÇÃO Material Biológico (amostra) - Líquidos, secreções, excreções, fragmentos de tecido obtidos do corpo humano, sangue (mais utilizado) - Amostras devem SEMPRE ser preservadas (cuidados) - Considerar as variáveis analíticas = resolvê-las adequadamente MATERIAL BIOLÓGICO COLETA Observações Importantes • Para coleta de material consultar SEMPRE o Laboratório para informações especiais sobre colheita, acondicionamento e envio. • O Laboratório fornece gratuitamente um "kit" inicial com material para acondicionamento de amostras. • A reposição deste material é realizada no momento da retirada na clínica. • Ao telefonar requisitando a busca informe aos funcionários do laboratório os exames requisitados e o material de reposição. AMOSTRAS COLETA - É o primeiro passo para TODAS as análises efetuadas no Laboratório Clínico - Todas as etapas seguintes dependem da coleta do material - É importante que o procedimento apropriado (indicado) seja seguido = para obtenção de resultados exatos - Utilizar material completamente limpo para evitar falsos resultados Laboratório de Análises Clínicas Setor de Coleta de Materiais – Setor onde são realizadas as mais diversas coletas de materiais biológicos tais como sangue, secreções, urina, etc. SANGUE • De preferência coetar em jejum (após ingestão refeição há absorção de alimentos que poderão afetar a dosagem de alguns componentes bioquímicos) • Nem sempre é obrigatória a condição de jejum (caso o paciente/cliente não estiver em jejum deve ser anotada esta observação) • Geralmente emprega-se soro • Pode ser utilizado plasma • Pode ser utilizado sangue total • Cuidados: evitar a ocorrência de hemólise Laboratório de Análises Clínicas Tubos com vácuo: LAVANDA • Com anticoagulante EDTA sódico ou potássico • EDTA liga-se aos íons cálcio, bloqueando assim a cascata de coagulação • Obtém-se assim o sangue total para hematologia Testes: • Eritrograma • Leucograma • Plaquetas Tubos com vácuo: VERMELHO – Sem anticoagulante. – Obtenção de soro para bioquímica e sorologia. – Exemplo de testes: •Creatinina •Glicose •Uréia •Colesterol •Pesquisa e identificação de anticorpos e ou antígenos no soro •Bioquímica e sorologia Tubos com vácuo: CINZA Tubos para glicemia Contêm um anticoagulante e um estabilizador, em diferentes versões: - EDTA e fluoreto de sódio - oxalato de potássio e fluoreto de sódio - heparina sódica e fluoreto de sódio - heparina lítica e iodoacetato Ocorre inibição da glicólise para determinação da taxa de glicose sanguínea Tubos com vácuo: VERDE • Paredes internas revestidas com heparina. • Produção de uma amostra de sangue total. • Estabilização por até 48 horas. • Testes bioquímicos. Tubos com vácuo: AZUL • Contém citrato de sódio • Anticoagulante utilizado para a obtenção de plasma para provas de coagulação: • Tempo de Coagulação • Retração de Coágulo • Tempo Parcial de Tromboplastina • Tempo de Protrombina URINA • A forma de coleta varia de acordo com os ensaios que serão realizados Provas Qualitativas: - Geralmente é suficiente uma amostra - Colher pela manhã Provas Quantitativas: - Necessário saber se existe período preestabelecido ou não - Geralmente período de 24 horas - Também são utilizados conservantes para coleta Laboratório de Análises Clínicas Material para Coleta de urina SETORES do LABORATÓRIO CLÍNICO Setor de Separação de Amostras – A amostra colhida é conferida com os exames cadastrados e, em seguida, fracionada, de acordo com os exames solicitados e encaminhada para o setor técnico. SEPARAÇÃO DE AMOSTRAS EXAME SOLICITADO SANGUE SANGUE TOTAL SORO PLASMA PARASITOLOGIA Setor de Parasitologia: – Setor em que são realizadas técnicas para exame parasitológico de fezes, visando a pesquisa de parasitos nas fezes, além de outros exames. Exame Parasitológico de Fezes O exame de rotina de fezes compreende as análises macroscópicas, microscópicas e bioquímicas para a detecção precoce de sangramento gastrintestinal, distúrbios hepáticos e dos ductos biliares e síndromes de mal absorção. De igual valor diagnóstico são a detecção e identificação das bactérias patogênicas e parasitas. A coleta de fezes tem recomendações especiais, segundo as finalidades do exame a que se destinam. As principais finalidades do exame de fezes são: O estudo das funções digestivas A dosagem da gordura fecal As pesquisas de sangue oculto A pesquisa de ovos e parasitas A coprocultura. Biossegurança - Fezes – riscos de ingestão (ovos e cistos) , penetração na pele (larvas infectivas) - nível 2 - uso de óculos de segurança, luvas e avental durante o processamento da amostra - uso de capelas - não comer, beber, fumar, usar cosméticos ou manipular lente de contato na área de trabalho - descontaminar superfície de trabalho – 1 vez ao dia - Cobrir ferimentos - Remoção das luvas e lavagem das mãos – após manipulação das fezes Coleta da amostra - Coletar a amostra em recipiente seco e limpo - Fezes frescas - examinadas, processadas ou preservadas. - refrigeradas – procura de Ag - preservar as amostras em formalina 10% e PVA (1fezes/3conservante) - Homogeneizar amostra e conservante - interferentes – anti-ácidos, caolin, óleo mineral, anti-diarréicos não absorvidos, Ba e Bi, antibióticos - Realizar 3 coletas com intervalo de 2 dias Processamento da amostra Amostra fresca -Observação de trofozoítas móveis -Amostras líquidas - analisadas no máximo 30 minutos após a coleta -Amostras pastosas – analisadas até 1 hora após a coleta - se não for possível – usar conservantes – impedindo a degeneração dos trofozoítas -Amostras formadas – armazenadas por 1 dia em geladeira Microscopia Preparação a fresco - identifica trofozoítas, cistos, oocistos, ovos e larvas - preparação – lâmina e amostra de fezes+ solução salina - 2 esfregaços por lâmina – corar 1 deles com iodo - pode-se vedar as lamínulas – esmalte - impede movimentação da lamínula – imersão - impede secagem da amostra TIPOS DE ANÁLISES Determinações Bioquímicas - Íons inorgânicos (cálcio, cloretos, cobre, ferro, fósforo, magnésio, sódio, potássio, lítio) - Componentes lipídicos (colesteroltotal e frações, fosfolipídeos – lecitina, lipídeos totais, ácidos graxos livres, triglicerídeos, carotenóides) - Componentes glicídicos (glicose, frutose, Hb glicosilada) - Componentes nitrogenados não protéicos (ácido úrico, creatinina, uréia, pigmentos biliares – bilirrubinas total e fracionada) - Componentes protéicos (proteínas totais, mucoproteínas) - Componentes hormonais Enzimologia - Determinação das enzimas séricas (amilase, aldolase, colinesterase, ceruloplasmina, creatinofosfoquinase, fosfatases, gama-glutamil- transferase, glutamato-desidrogenase, lactato desidrogenase, transaminases) - Eletroforese de Proteínas, Lipídeos e hemoglobinas - Bioquímica de Urina - Bioquímica de Soro – Automação, testes manuais - Hemoglobina glicosilada - Drogas Terapêuticas Laboratório de Análises Clínicas Provas Funcionais - Função renal (depuração da creatinina) - Função hepática (geralmente relacionada a problemas no metabolismo de proteínas) - Prova de Tolerância à Glicose (GTT/curva glicêmica) Laboratório de Análises Clínicas SOROLOGIA Setor de Sorologia: – Setor que visa o diagnóstico de patologias através da detecção de reações antígeno-anticorpo. SOROLOGIA • Amostras utilizadas: – Sangue: • Sangue total. • Soro. – Líquidos corporais. – Fezes. – Biópsias, etc. Imunoensaios Técnicas - Precipitação - Aglutinação (testes rápidos – ex.: látex) - Imunofluorescência (marcador: fluorocromo) - Radioimunoensaio (marcador: radioisótopo) - Enzimaimunoensaio (marcador: enzima) - Automação, técnicas manuais Exames: HIV, HTLV, HCV, HBV, Rubéola, Toxoplasmose, CMV, MI, herpes, sífilis, dengue, febre amarela, determinação de transplante, autoimunes, alergias, outros Imunoensaios URINÁLISE Setor de Urinálise: – Setor onde são realizadas as análises físicas, químicas e microscópicas da urina, dosagens e testes na urina. Laboratório de Análises Clínicas Análise de Urina - Geral (volume, aspecto, odor, cor, densidade) (pH, proteínas, glicose, bilirrubina, urobilinogênio, hemoglobina, lactose) - Sedimento urinário - Exame quantitativo (contagem dos elementos do sedimento urinário) Microbiologia - Coprocultura (cultura de fezes) - Cultura de material do trato geniturinário - Cultura de material da garganta - Cultura de exsudatos e transudatos (espaço peritoneal e pleural, lesões que se comunicam com a pele) Micologia - Estudo microscópico - Cultivo em lâmina HEMATOLOGIA • Amostras utilizadas: – Sangue: • Sangue total. • Plasma. – Punção de medula óssea. HEMATOLOGIA • Exames Laboratoriais: – Hemograma. – Mielograma. – Velocidade de hemossedimentação (VHS). – Tempo de tromboplastina parcial ativada (PTTa). – Tempo de protrombina (PT). – Fibrinogênio. – Reticulócitos. – Eletroforese de hemoglobina. – Pesquisa de hematozoários, etc. Laboratório de Análises Clínicas Hematologia - Coleta – anticoagulates - Câmaras de contagem - Colorações - Estudo dos elementos figurados do sangue (granulócitos, eritrócitos e plaquetas) - Estudo dos glóbulos vermelhos (Hb, Ht) - Imunoematologia (glóbulos vermelhos humanos têm em sua membrana substâncias antigênicas – grupos A,B,AB,O) - Hemostasia (coagulação) - Hemogramas - Coagulação - Testes manuais - Citometria de Fluxo BIOLOGIA MOLECULAR Biologia Molecular: é o estudo da Biologia em nível molecular, com especial foco no estudo da estrutura e função do material genético e seus produtos de expressão, as proteínas. CITOPATOLOGIA Citopatologia: é o estudo das células e suas alterações em casos patológicos. BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO Manipulação e Descarte Conhecendo seu ambiente de trabalho Cuidados em Laboratório: • Em TODO LABORATÓRIO devem ser observadas as normas de segurança, a fim de evitar ou prevenir ao máximo o acontecimento de acidentes que podem colocar em risco sua saúde e a de colegas e até suas Vidas. Figura extraída:www.ci.esapl.pt/lab/template2_files/image011.jpg BIOSSEGURANÇA e DESCARTE - Atitude - Bom Senso - Comportamento - Conhecimento Brasil 1995 – LEI 8974 estabelece regras para o trabalho com DNA recombinante no Brasil, incluindo pesquisa, produção e comercialização de OGM’s de modo a proteger a saúde do homem, animais e meio ambiente. 1995 – Decreto 1752 – formaliza a comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio e define suas competências no âmbito do Ministério da Ciência e Tecnologia. 1999 – fundação da Associação Nacional de Biossegurança – ANBio (www.anbio.org.br) 2005 – Regulamentação da lei brasileira de Biossegurança Lei 8974/95 Exemplo 1: Fim de expediente para um profissional de laboratório que lida com o bacilo da tuberculose. Ele encera as atividades sem perceber que sua máscara de proteção estava mal colocada. Três semanas depois, o filho de sua empregada doméstica é diagnosticado com TB. Exemplo 2: Descarte incorreto de seringas. Acidente com funcionário. Exemplo Real Hong Kong, China. Um hóspede com sintomas de gripe permanece num hotel por dois dias. Semanas depois, pessoas com a Síndrome Aguda Respiratória (SARS) são identificadas em 5 países, incluindo Canadá e EUA. A investigação mostra que os casos estavam relacionados ao paciente do hotel. 3 principais países afetados: - Hong Kong e China: 7082 casos - 3º país: Taiwan – 346 casos RISCOS FÍSICOS: AUTOCLAVE Ác. Nítrico + solvente orgânico RISCOS BIOLÓGICOS RISCOS BIOLÓGICOS Grupos de Risco Classe de Risco 1: Organismos que não causam doenças em humanos e animais. Classe de Risco 2: Patógeno que causa doença, mas não consiste em risco sério Classe de Risco 3: Patógeno que geralmente causa doenças graves em humanos e animais, e pode representar sério risco ao ser manipulado. Classe de Risco 4: Patógeno que representa grande ameaça para humanos e animais, representa grande risco para o manipulador e pode ser transmitido de um indivíduo ao outro. Tratamento de material biológico para descarte - Tratamento - Cândida (hipoclorito 1%) por 30 min. e enxaguar exaustivamente
Compartilhar