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AULA 02 AVISO PRÉVIO

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Direito do Trabalho II
Material de Apoio
Professor Rafael Tartari
AULA 02 - AVISO PRÉVIO
Previsão Legal: Artigo 7º, XXI da CF/88 e artigos 487 a 491 da CLT.
Súmulas: 305, , 14, 380, 230, 73, 354 e 276 TST.
Orientações Jurisprudenciais: 270, 82 e 14, todas da SDI-1 do TST. 
Natureza jurídica: Multidimensional, visa declarar à parte contratual adversa a vontade unilateral de um dos sujeitos contratuais no sentido de romper, sem justa causa, o pacto, fixando, ainda, prazo tipificado para a respectiva extinção, com o correspondente pagamento do período do aviso. (Maurício Godinho Delgado).
Conceito: Comunicação da rescisão do contrato de trabalho pela parte que decide extingui-lo, com a antecedência a que estiver obrigada e com o dever de manter o contrato após essa comunicação até o decurso do prazo nela previsto, sob pena de pagamento de uma quantia substitutiva, no caso de ruptura do contrato (Amauri Mascaro Nascimento). Tríplice caráter: Comunicação, tempo e pagamento, ou seja: 
1º - Comunicar a outra parte do contrato de trabalho que não há mais interesse na continuação do pacto;
2º - Possibilitar às partes envolvidas, a procura de um novo emprego (quando dado pelo empregador) ou possibilitar que o empregador consiga um substituto para as funções do empregado (quando dado pelo empregado) e 
3º - indenização (pelo respectivo período).
Características: 
Aviso prévio é um direito potestativo, assim a outra parte não pode se opor, posto que independe de aceitação. 
Aviso prévio é ainda encarado como uma limitação:
Quanto ao Empregador limita seu poder de despedir, na medida em que o empregador deve concedê-lo sob pena de indenizar o obreiro
Quanto ao empregado visa impedir o abandono imediato de suas funções
IRRENUNCIABILIDADE:
O direito a aviso prévio é irrenunciável pelo empregado, na forma da SÚMULA nº 276, assim o pedido de dispensa não isenta o empregador do dever de pagar o aviso prévio. Exceção se dá quando o empregado tem outro emprego.
Ao contrário, quando o aviso prévio é concedido pelo empregado, poderá o empregador renunciá-lo ou dispensar o empregado de seu cumprimento e do pagamento da respectiva indenização. (se entretanto o empregado deixar de cumprir o aviso dado ao empregador, sem a concordância deste, deverá indenizá-lo).
CABIMENTO: Cabe nos contratos por prazo indeterminado – art. 487, CLT e não cabe nos contratos por prazo determinado e temporários (inclusive o de experiência).
Dispositivos legais importantes: Art. 487, parágrafo 4º da CLT – Rescisão Indireta e Art. 481 CLT.
FORMA: A lei não estabelece a forma como o aviso prévio deve ser concedido. Admite-se que o aviso prévio possa ser concedido verbalmente, pois até mesmo o contrato pode ser feito desta forma. Se a parte reconhece que o aviso prévio foi concedido de tal forma, este é plenamente válido.
Recomenda-se que seja feito por escrito, em duas vias, mediante recebimento. Podendo ainda, ser formalizado por telegrama ou carta com aviso de recebimento.
PRAZO: O inciso XXI do art. 7º da CRFB – norma auto-aplicável, determina que o prazo será de, no mínimo, trinta dias. 
Obs.: Tese defendida por alguns operadores do Direito: a Constituição coloca o aviso prévio como um direito do trabalhador, assim, na hipótese do aviso prévio ser do empregado para o empregador, o prazo poderá ser o da CLT. (disposição mais favorável ao empregado).
Nada impede que as partes ou a norma coletiva fixe prazo superior a trinta dias uma vez que a CRFB estabelece apenas o prazo mínimo.
Depende ainda de normatização a proporcionalidade prevista no inc. XXI art. 7º da CF – LEI ORDINÁRIA . 
O prazo do aviso-prévio foi alterado pela Lei nº 12.506/2011 passando a valer a seguinte regra: 30 dias para empregado com até um ano na empresa. Para aqueles que possuam mais de um ano: 03 dias a mais de aviso-prévio para cada ano trabalhado até o máximo de 60 dias, totalizando, no máximo, 90 dias de aviso-prévio.
CONTAGEM: Aplica-se a regra do art. 8º da CLT c/c art. 132 do CC – exclui o dia que foi concedido e conta-se do dia seguinte em diante. 
EFEITOS:
1º - projeção do prazo para todos os efeitos, inclusive baixa na CTPS. Até mesmo no caso de aviso indenizado (não é pacífico na jurisprudência);
Art. 487, § 1º - falta do aviso – salário garantido;
Art. 487, § 2º - empregador pode descontar;
2º - redução da jornada de trabalho: art. 488 da CLT – Opção do empregado;
(duas horas corridas) – para qualquer trabalhador, até mesmo o que labora em jornada especial (bancário/telefonista); 
Lei 7093/83 – acrescentou o parágrafo único: ausência ao serviço por sete dias corridos sem prejuízo do salário.
ATENÇÃO:
1 – não havendo a concessão da redução de horário, tem se que o aviso prévio não foi concedido, pois não possibilitou ao empregado a procura de novo emprego, que é a finalidade do instituto mostrando que houve sua ineficácia. Portanto, deve ser concedido ou pago de maneira indenizada outro aviso prévio;
2- Artigo 15 da Lei 5889/73 (trabalhador rural) prevê que o trabalhador rural terá, durante o período do aviso prévio, um dia por semana para procurar emprego; 
A CF/88 apenas especifica 30 dias para trabalhadores urbanos e rurais – não fala de redução (alínea “b” - normas consolidadas não se aplicam aos rurais).
Art. 489 – somente com o termo final do aviso prévio a rescisão do contrato de trabalho se torna efetiva. 
Reconsideração: Pode ser feita até o termo final do prazo do aviso prévio – cabendo a outra parte aceitar (expressamente ou tacitamente) tal reconsideração (parágrafo único 489); 
Art. 490 – rescisão indireta – vai pagar aviso e indenização
Art. 491 – recebe apenas os dias trabalhados no aviso 
AVISO PRÉVIO E ESTABILIDADE: Art. 489 – deixa claro o entendimento de que o prazo do aviso integra o tempo de serviço para todos os efeitos legais. 
REMUNERAÇÃO: O aviso prévio deve corresponder ao salário do empregado na ocasião do despedimento. 
Se pago a base de tarefa: Média dos últimos doze meses (parágrafo 3º do art. 487 CLT), multiplicado pelo valor da última tarefa. 
Adicionais – pagos com habitualidade devem integrar o aviso prévio indenizável. 
Se o aviso for trabalhado – adicionais pagos à parte, pois trata-se de salário e não indenização.
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