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GABARITO Introdução ao Agronegócio AP1 2018.1

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
AVALIAÇÃO PRESENCIAL –AP 1 
Período - 2018/1º 
Disciplina: Introdução ao Agronegócio 
Coordenador: Luiz Carlos de Oliveira Lima 
 
 
Aluno (a): .....GABARITO................................................................................................... 
 
Pólo: ............. GABARITO.................................................................................................. 
 
Boa sorte! 
 
SITUAÇÃO PROBLEMA (QUESTÃO 1): 
 
Notórias são as transformações ocorridas no meio rural nas duas últimas décadas. 
Verificamos que população residente no espaço rural, apesar de atualmente ter acesso a 
muitas outras formas de ocupação além das atividades agrícolas, vem diminuindo em todas 
as regiões do Brasil. Esse fato pode ser explicado pela mecanização e principalmente pela 
forte relação existente entre os setores de atividades econômicas, que muitas vezes empurra 
os complexos agroindustriais para áreas urbanas, com maior infraestrutura. 
Um dos aspectos mais importantes do desenvolvimento rural diz respeito ao 
mercado de trabalho. O rural, por sua vez, já não é mais o espaço exclusivo do agrícola, e a 
população que aí reside pode ter acesso a muitas outras formas de ocupação, caracterizando 
um desenvolvimento baseado na pluriatividade e na multifuncionalidade do meio rural. 
 
 
QUESTÃO 1: DESCREVA E ANALISE AS PRINCPAIS MUDANÇAS NO 
MERCADO DE TRABALHO RURAL. (3,0 PONTOS). 
 
RESPOSTA: 
Nas duas últimas décadas a População Economicamente Ativa (PEA) com residência 
rural diminuiu em todas as regiões do Brasil. Apesar do otimismo que permeou as análises 
sobre o “novo rural” brasileiro até meados da década de 1990, em que se constatava uma 
estabilidade da PEA rural, graças ao aumento das atividades não-agrícolas no meio rural, e 
se previa um caminho possível para a redução do deslocamento rural-urbano da população, 
os dados recentes parecem reverter a situação. 
A redução da população economicamente ativa na agricultura foi mais forte do que a 
redução da PEA rural e da população rural. Tanto nas regiões Sul e Centro-Oeste, bem 
como no estado de São Paulo, ocorrendo o inverso nas regiões Nordeste e Sudeste (sem São 
Paulo). 
Nas duas primeiras regiões, o decréscimo da PEA rural é atenuado pelo menor 
decréscimo da PEA agrícola, enquanto nas demais regiões a PEA agrícola é que sofre a 
maior redução, contribuindo, portanto, para reforçar a queda na PEA rural, que só não foi 
maior graças ao crescimento das atividades não-agrícolas. O estado de São Paulo é a única 
região que não apresenta queda da população rural, apesar da enorme redução da PEA 
agrícola (mais de 50%) e da redução de 14% na PEA rural. 
As variações ocorridas nos diferentes setores de atividades da PEA modificaram a sua 
distribuição nas regiões. Com exceção do Nordeste, a PEA agrícola diminuiu sua 
participação em todas as regiões, destacando-se São Paulo, onde passou de 64,4% para 
apenas 36,8% da PEA rural total. Com isso, as atividades não-agrícolas tiveram aumentos 
expressivos em sua participação nesse estado. As duas únicas atividades não-agrícolas que 
mostraram crescimento de participação em todas as regiões, sem exceção, foram, em 
primeiro lugar, o emprego doméstico e, em segundo, o ramo de comércio. 
 
 
QUESTÃO 2: DESCREVA E ANALISE O PAPEL DA AGROPECUÁRIA E DO 
AGRONEGÓCIO NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO. (3,0 
PONTOS). 
 
RESPOSTA: 
As principais correntes literárias que destacam a importância da agropecuária no 
processo de desenvolvimento econômico nacional analisam, basicamente, o cumprimento 
de cinco principais funções desse setor: 
1) atender à demanda por alimentos da população total; 
2) transferir capital para a expansão do setor não agrícola; 
3) liberar mão de obra para ser utilizada em outros setores produtivos; 
4) ampliar o volume de divisas (moeda estrangeira), a partir da exportação do 
excedente de produção agropecuária, para aumentar a importação de insumos e bens de 
capitais necessários ao desenvolvimento de outras atividades econômicas; 
5) constituir-se em mercado consumidor dos setores secundário e terciário. 
A primeira função é bem clara, dispensando maiores considerações. No entanto, as 
demais merecem esclarecimentos. 
A capacidade de transferir capital para outros setores pode ocorrer de forma direta ou 
indireta. Nesse caso, a agropecuária pode transferir recursos investindo diretamente em 
outros segmentos ou utilizando a intermediação bancária para emprestar recursos a outros 
setores. De forma indireta, o governo atua transferindo capital da agropecuária para 
atividades não agrícolas a partir de políticas fiscais, ao cobrar tributos da agropecuária e 
garantir reduções de impostos ou até mesmo isenções fiscais para outros setores. 
Já a liberação de mão de obra decorrente do processo de mecanização do campo 
permite garantir o aumento do número de trabalhadores nos setores industriais e de 
serviços. 
Com relação à geração de divisas, estas são fundamentais para a importação de 
insumos e bens de capitais (máquinas, equipamentos) necessários ao desenvolvimento de 
outras atividades econômicas. 
 
 
3. Faça comentários sobre as principais cadeias produtivas de 
agroenergia: etanol; biodiesel e biomassa florestal. Analise a relação entre 
normas ambientais e inovação. Qual é a sua importância no agronegócio? 
(3,0). 
 
RESPOSTA: 
As cadeias produtivas de agroenergia têm como principais grupos o etanol e a 
cogeração de energia de derivados da cana de açúcar; o biodiesel proveniente de óleos 
vegetais e gordura animal e biomassa florestal e seus resíduos. 
Nessa abordagem econômica da questão ambiental, parte do princípio que no mundo 
real predomina a competição dinâmica, onde as empresas ou produtores buscam introduzir 
soluções inovadoras para pressões de vários tipos, tanto impostas pelos concorrentes como 
pelos compradores e pelos reguladores. Essa abordagem econômica da questão ambiental 
afirma que as normas ambientais são capazes de desencadear inovações que reduzem os 
custos totais de um produto ou aumentam o valor. Por outro lado, essas inovações 
contribuem para que os produtores utilizem um conjunto de recursos de maneira mais 
produtiva, envolvendo matéria-prima, energia e mão de obra, podendo compensar, dessa 
forma, os custos da melhoria do impacto ambiental. A existência de poluição é vista como 
uma forma de desperdício econômico, que sinaliza que os recursos foram utilizados de 
forma incompleta, ineficiente ou ineficaz. As atividades poluidoras estariam adicionando 
custos, mas não estariam adicionando valor para os consumidores. Desse modo, o aumento 
da produtividade dos recursos que favorece a competitividade dos produtores está 
associado à redução do impacto ambiental, que contribui para o bem-estar social. Este 
conceito de produtividade dos recursos é uma nova maneira de abordar os custos totais dos 
sistemas e o valor associado a qualquer produto, ao criar um novo enfoque com a inclusão 
dos custos de oportunidade da poluição, vistos como esbanjamento de recursos, desperdício 
de esforços e comprometimento do valor do produto para o consumidor. 
Na nova abordagem da produtividade dos recursos, a melhoria ambiental e a 
competitividade são inseparáveis, porque a inovação é capaz de melhorar a qualidade, 
reduzindo os custos ambientais de forma efetiva. Daí por que a ineficiência econômica 
(poluição) ser vista como deficiência no projeto do produto e do processo, levando os 
produtores a incorporar a qualidade na totalidade do processo. Os esforços para eliminá-la 
podem adotar os mesmos princípios da gestão da qualidade total para o controle da 
poluição, estabelecendo o vínculo entre melhoriada qualidade e desempenho ambiental, 
através da utilização do controle estatístico do processo para reduzir a variação nos 
processos e diminuir os desperdícios. 
Para adotar a abordagem da produtividade dos recursos, deve-se complementar o 
enfoque de agroecossistemas que trata exclusivamente da produção agrícola com o enfoque 
de sistema agroindustrial ou cadeia produtiva agroindustrial, que inclui produção agrícola, 
distribuição de recursos, processamento e comercialização de produtos numa região e/ou 
num país.

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