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CONCEITOS BÁSICOS DO DIREITO DIREITO É O CONJUNTO DE REGRAS OBRIGATÓRIAS QUE DISCIPLINAM A CONVIVÊNCIA SOCIAL HUMANA REGRAS OBRIGATÓRIAS = NORMAS JURÍDICAS NORMA JURÍDICA: >>> DISCIPLINA O COMPORTAMENTO SOCIAL DOS HOMENS??? ESSA DEFINIÇÃO É INCOMPLETA PORQUE EXISTEM DIVERSAS OUTRAS NORMAS QUE TAMBÉM DISCIPLINAM A VIDA SOCIAL. EXEMPLOS: - NORMAS MORAIS >>> CONSCIÊNCIA MORAL! - NORMAS RELIGIOSAS >>> FÉ! O QUE DISTINGUE AS NORMAS JURÍDICAS DESSAS OUTRAS NORMAS SOCIAIS? PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA NORMA JURÍDICA: 1. – COERCIBILIDADE: USO DA FORÇA. FORÇA COERCITIVA DO ESTADO PARA IMPOR-SE SOBRE AS PESSOAS. O MESMO NÃO OCORRE COM AS OUTRAS REGRAS EXTRA JURÍDICAS. EXS.: - DESRESPEITO A UMA NORMA RELIGIOSA >>> O ESTADO NÃO REAGE A ESTA OFENSA - MATAR ALGUÉM >>> FERE O CÓDIGO PENAL >>> PUNIÇÃO PELO ESTADO EM RESUMO: RESGUARDANDO O DIREITO, EXISTE A COERÇÃO (FORÇA) POTENCIAL DO ESTADO, QUE SE CONCRETIZA EM ALGUMA FORMA DE SANÇÃO (PUNIÇÃO). 2. – SISTEMA IMPERATIVO E ATRIBUTIVO EM DECORRÊNCIA DA COERCIBILIDADE, A NORMA JURÍDICA ASSUME A CARACTERÍSTICA IMPERATIVA E ATRIBUTIVA. IMPERATIVA: PORQUE A NORMA TEM O PODER DE IMPERAR, DE IMPOR A UMA PARTE O CUMPRIMENTO DE UM DEVER ATRIBUTIVA: PORQUE ATRIBUI A OUTRA PARTE O DIREITO DE EXIGIR O CUMPRIMENTO DO DEVER IMPOSTO PELA NORMA. COSTUMA-SE DIZER: O DIREITO DE UM É O DEVER DO OUTRO. 3. – A PROMOÇÃO DA JUSTIÇA: O CONTEÚDO DA NORMA JURÍDICA DEVE TER COMO FINALIDADE ESTABELECER JUSTIÇA ENTRE OS HOMENS. JUSTIÇA É A VIRTUDE DE DAR A CADA UM O QUE É SEU, SOLUCIONANDO DE MODO EQUILIBRADO OS INTERESSES EM CONFLITO. É CONSTITUÍDA PELAS IDÉIAS DE ORDEM E SEGURANÇA, PODER E PAZ, COOPERAÇÃO E SOLIDARIEDADE. PLANO TEÓRICO >>> A JUSTIÇA SERIA O OBJETIVO, O RUMO QUE DÁ SENTIDO À EXISTÊNCIA DA NORMA JURÍDICA. QUESTÃO: E NA PRÁTICA??? DEFINIÇÃO DE NORMA JURÍDICA>>> É A REGRA SOCIAL GARANTIDA PELO PODER DE COERÇÃO DO ESTADO, CUJO OBJETIVO TEÓRICO É A PROMOÇÃO DA JUSTIÇA. FONTES DO DIRETIO >>> DE ONDE PROVÊM AS NORMAS: 1. A LEI: É A MAIS IMPORTANTE FONTE FORMAL DO DIREITO. NORMA JURÍDICA ESCRITA EMANADA DE PODER COMPETENTE. A LEI ESTÁ PRESENTE NA LEGISLAÇÃO , QUE É O CONJUNTO DAS LEIS VIGENTES EM UM PAÍS. EM SENTIDO TÉCNICO ESTRITO, A LEI É A NORMA JURÍDICA ORDINÁRIA ELABORADA PELO PODER LEGISLATIVO. DISTINGUE-SE, NESSE SENTIDO, DOS DECRETOS, REGULAMENTOS E PORTARIAS EXPEDIDOS PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (PODER EXECUTIVO) 2. O COSTUME JURÍDICO É A NORMA QUE NÃO FAZ PARTE DA LEGISLAÇÃO. É CRIADO ESPONTANEAMENTE PELA SOCIEDADE, SENDO RESULTADO DE UMA PRÁTICA GERAL OBRIGATÓRIA, CONSTANTE E PROLONGADA. NOS DIAS ATUAIS O COSTUME DEIXOU DE SER A PRINCIPAL FONTE DO DIREITO. 3. A JURISPRUDÊNCIA É O CONJUNTO DE DECISÕES JUDICIAIS UNIFORMES E REITERADAS (REPETIDAS) SOBRE DETERMINADOS ASSUNTOS. A JURISPRUDÊNCIA VAI-SE FORMANDO A PARTIR DAS SOLUÇÕES ADOTADAS PELOS ÓRGÃOS JUDICIAIS AO JULGAR CASOS OU QUESTÕES JURÍDICAS SEMELHANTES. 4. A DOUTRINA JURÍDICA É O CONJUNTO SISTEMÁTICO DE TEORIAS SOBRE O DIREITO ELABORADO PELOS GRANDES JURISTAS. A DOUTRINA É PRODUTO DA REFLEXÃO E DO ESTUDO QUE OS JURISTAS DESENVOLVEM SOBRE O DIREITO. NORMAS QUE ORIENTAM LEGISLADORES, JUÍZES E ADVOGADOS. OS PRINCIPAIS RAMOS DO DIREITO DOIS RAMOS BÁSICOS: - DIREITO PÚBLICO: REGULA OS INTERESSES GERAIS DA SOCIEDADE - DIREITO PRIVADO: REGULA AS RELAÇÕES ENTRE PARTICULARES DIREITO PÚBLICO PRIVADO INTERNO DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO PENAL DIREITO TRIBUTÁRIO DIREITO PROCESSUAL DIREITO CIVIL DIREITO COMERCIAL DIREITO DO TRABALHO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO EXTERNO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DIREITO PÚBLICO PRIVADO INTERNO DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO PENAL DIREITO TRIBUTÁRIO DIREITO PROCESSUAL DIREITO CIVIL DIREITO COMERCIAL DIREITO DO TRABALHO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO EXTERNO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DIREITO CONSTITUCIONAL: - REGULAMENTA E ESTRUTURA BÁSICA DO ESTADO FIXADA NA CONSTITUIÇÃO, QUE É A LEI SUPREMA DA NAÇÃO DIREITO ADMINISTRATIVO: - REGULA A ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DOS ÓRGÃOS QUE EXECUTAM SERVIÇOS PÚBLICOS. DIREITO PENAL: - REGULA OS CRIMES E CONTRAVENÇÕES DETERMINANDO AS PENAS E MEDIDAS DE SEGURANÇA. DIREITO CIVIL: - REGULA, DE UM MODO GERAL, O ESTADO E A CAPACIDADE DAS PESSOAS E SUAS RELAÇÕES NO QUE SE REFERE À FAMÍLIA, AS COISAS, AS OBRIGAÇÕES E A SUCESSÃO PATRIMONIAL. DIREITO COMERCIAL: - REGULA A ATIVIDADE DO COMERCIANTE E DAS SOCIEDADES COMERCIAIS, BEM COMO A PRÁTICA DOS ATOS DE COMÉRCIO. HIERARQUIA DAS NORMAS - Constituição - Lei Federal - Medida Provisória – poder executivo - Decreto Presidencial – âmbito da nossa regulamentação - Portaria Ministerial - Resolução - ANVISA - Lei Estadual - Portaria Estadual – Vigilância Sanitárias Estaduais DEFINIÇÕES CONSTITUIÇÃO É considerada a Lei máxima e fundamental do Estado. Ocupa o ponto mais alto da hierarquia das Normas Jurídicas. Por isso recebe nomes enaltecedores que indicam essa posição de ápice na pirâmide de Normas: Lei Suprema, Lei Maior, Carta Magna, Lei das Leis ou Lei Fundamental. Medida provisória Norma jurídica editada em caso de relevância e urgência, pelo Presidente da República, com força de lei, devendo ser submetida de imediato ao Congresso Nacional. Liminar Ordem judicial destinada à tutela de um direito em razão da provável veracidade dos fundamentos invocados por uma das partes e da possibilidade de ocorrer dano irreparável em decorrência do atraso da decisão. O objetivo da liminar é resguardar direitos ou evitar prejuízos que possam ocorrer, ao longo do processo, antes do julgamento do mérito da causa. Dolo, em direito penal consiste na deliberação de violação à lei, por ação ou omissão, com pleno conhecimento da criminalidade do que se está fazendo. Dolo, em direito civil compreende a manobra ou o artifício que inspira em má-fé e leva alguém a induzir outrem à prática de um ato com prejuízo para este. Culpa, no direito penal, consiste ato voluntário, proveniente de imperícia, imprudência ou negligência, de efeito lesivo ao direito de outrem; ou no fato, acontecimento de que resulta um outro fato ruim, nefasto; causa ou conseqüência. Culpa, em direito civil, compreende a falta contra o dever jurídico, cometida por ação ou omissão e proveniente de inadvertência ou descaso. A imprudência, negligência ou imperícia formam o caracterizador tríplice da culpa. Todo perito ou assistente técnico que exerce a sua atividade de forma pública e de acordo com as normas legais reguladoras, têm presumidas a seu favor a qualidade profissional e a habilitação para o ofício. Aquele que agir com culpa deve reparar o dano que causar. Imprudência, do latim imprudentia, é a falta de atenção, o descuido ou a imprevidência; é o resultado do ato do agente em relação às conseqüências de seu ato ou de sua ação, as quais devia e podia prevê-las. Logo, o fundamento essencial está na desatenção culpável que dá ensejo ‘aum determinado mal que podia e deveria ser previsto pelo agente. Negligência, do latim neglegentia, de neglegera, consiste em desprezar, ou desatender, ou não dar o devido cuidado. Em síntese, compreende a desatenção quando da execução de determinados atos, dando azo a resultados danosos que não aconteceriam se ele se houvesse com diligência, ou a não diligência precisa para a execução de certo ato. Uma vez comprovado que a precaução omitida compreendia aquela que não se podia atender, não se pode admitir formalmente a negligência. Esse preceito remonta ao direito romano "Negligens non dicitur, qui non potest facere" (Não se diz negligente aquele que não pode fazer). Imperícia, do latim imperitia, de imperitus, é o mesmo que inábil, ou inexperiente. No conceito jurídico compreende a falta de prática ou o não- conhecimento técnico necessário para o exercício de certa profissão ou arte. É, pode-se afirmar, erro próprio dos profissionais ou dos técnicos inabilitados, ou de quem se diz hábil para certo serviço e não o executa com a técnica ou habilidade correta pela falta de conhecimentos efetivamente necessários "imperitia culpae adnumeratur" (Considera-se culpa a imperícia) . A imprudência, a negligência e a imperícia, embora distintas, resultam em faltas imputáveis. Negligência e imperícia estão adstritas à imprevidência e à omissão que não deviam ser desprezadas. Imprudência está afeta à inabilidade técnica. Direito Civil Responsabilidade Civil do Farmacêutico Indenização Artigo 151_Aquele no exercício da atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão ou inabilitá-lo para o trabalho , irá arcar com indenização devida. No caso de homicídio, a indenização consiste no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família. No caso de lesão corporal, o profissional indenizará a vítima nas despesas do tratamento e os dias parados de trabalho. Nos casos de lesões mais graves a indenização incluirá pensão correspondente á importância do trabalho para que se inabilitou. Direito Penal É o conjunto de normas jurídicas pelas quais se exerce a função do Estado de punir e prevenir crimes contra pessoas, saúde pública, patrimônio, paz pública e honra por meio de penas aos seus autores. Existem três tipos de penas: 1. privativas de liberdade 2. restritivas de direitos 3. multas 2 e 3 só se não houver reincidência Para o farmacêutico ser punido pelo código penal é necessário que haja: - crimes contra pessoa ( homicídio, aborto, lesão corporal grave) - tráfico de entorpecentes - crimes contra saúde pública (falsificação de medicamentos, charlatanismo, exercício ilegal da profissão) Legislação Crimes contra pessoa Art 121- Homicídio culposo- detenção de um a três anos. Aumento de pena se o crime resulta de inobservância de regra técnica da profissão, ou se o agente deixa de prestar socorro imediato à vítima, ou foge para evitar prisão em flagrante. Art 125- Aborto praticado sem o consentimento da gestante .Pena: detenção de 3 a 10 anos Art 124- Aborto praticado com o consentimento da gestante. Pena: detenção de 1 a 6 anos Art- 129- Ofender a integridade corporal ou a saúde de alguém. Se for leve- detenção de 1 a 5 anos se for grave de 2 a 8 anos Art 135- Omissão de socorro. Detenção de 1 a 6 meses e multa Dos crimes contra saúde pública Art 273- Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. Pena: detenção de 10 a 15 anos. Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem depósito para vender ou distribuir a consumo produto falsificado ou adulterado. Art 274- emprego de substância não permitida Art 275- Invólucro ou recipiente com falsa indicação. Substância que não se encontra em seu conteúdo ou em menor quantidade. Art 280- Fornecer produto em desacordo com a receita médica Art 282- Exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica Art 283- Charlatanismo Art 284- Curandeirismo Entorpecentes Lei 6368/76 Art 12- Vender, expor à venda, ou oferecer, Ter em depósito, transportar , trazer consigo, ministrar ou entregar a consumo substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica , sem autorização legal. Pena: de 3 a 15 anos e multa Art 15- Prescrever ou ministrar, o médico, dentista, farmacêutico ou enfermeiro subst. Entorpecente, em dose evidentemente maior que a necessária ou em desacordo com a determinação legal. Pena- detenção de 6 meses a 2 anos e pagamento de multa.
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