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Pacientes especiais: GESTANTES Profª Ms. Tatiana Aramini Farmácia clínica Drogas e gravidez Estima-se que 80% das mulheres utilizem 3 a 8 medicamentos prescritos ou de venda livre (excluídas vitaminas), sem saberem que estão grávidas. Quando uma grávida usa um medicamento, dois pacientes estão sendo tratados; (Fonte: Ane Lee Reações adversas a medicamentos, 2009) Introdução Quase todas as mulheres estão expostas a algum tipo de medicamento durante a gestação e /ou amamentação; Medicamentos admistrados à mãe chegam ao feto através da placenta; Pouco estudos sobre segurança no uso de medicamentos; Limitações éticas e metodológicas; Farmacocinética observacional: levantamentos epidemiológicos, relatos de casos; Categorização de risco segundo o FDA. Placenta Placenta Orgão ativo; Capaz de metabolizar fármacos: reações de oxidação, redução, hidrólise e conjugação; Fármacos podem ultrapassar a placenta, de acordo com: Caracteristicas físico-químicas: lipossolubilidade, peso molecular; Condições da placenta: espessura, integridade, permeabilidade, fluxo sanguíneo e idade gestacional; Etapas farmacocinéticas Efeito Absorção: Circulação sanguínea na pele ↑ Função pulmonar ↑ Motilidade gastrintestinal ↓ Distribuição: Água corporal ↑ Depósito adiposo ↑ Proteína plasmática ↓ Volume plasmático ↑ Metabolismo: Atividade hepática ↓ ↑ Excreção: Filtração glomerular ↑ Alterações farmacocinéticas na Gestação Reações Adversas a Medicamentos na Gestação Efeitos induzidos por teratogênicos: anormalidades comportamentais; Carcinogênese transplacentária; Disfunção do SNC (p.ex.: retardo mental); Distúrbios cromossômicos; Interferência da implantação do concepto; Malformações estruturais; Morte fetal; Prejuízo funcional do neonato (p.ex.: surdez); Aborto do embrião; Retardo do crescimento intrauterino. Teratogênese Anormalidades estruturais ou funcionais no feto e/ou criança após o nascimento. Evento Talidomina x mudanças nos critérios de segurança de medicamentos Testes de teratogenicidade são realizados em roedores (rato ou camundongo), e não roedores (coelhos), entretanto, não existem modelos in vitro (culturas de células, órgãos ou embriões integrais) que reproduzam com segurança a teratogênes in vivo. Teratogenicidade Exemplos de fármacos teratogênicos: derivados da vitamina A (retinóides) e metotrexato*. *Reduzem o ácido fólico, vitamina B9 que é necessária para replicação e crescimento celular (construção de DNA/RNA). A necessidade de ácido fólico aumenta na gestação. Papel importante na administração de ácido fólico durante o período gestacional para minimizar malformações espontâneas induzidas por drogas. Sotero et al: Uso de medicamentos por gestantes em seis cidades brasileiras Rev. Saúde Pública vol.35 no.5 São Paulo Oct. 2001 Estudo realizado em Porto Alegre, SP, RJ, Salvador, Fortaleza e Manaus 2 a 5 semanas 6 a 9 semanas 10 a 40 semanas CATEGORIZAÇÃO FDA Categoria A Estudos controlados em mulheres não demonstraram risco para o feto no primeiro ou demais trimestres, sendo remota a possibilidade de dano fetal. São considerados seguros na gestação. Categoria B Estudos de reprodução animal não demonstraram risco fetal, embora não se tenha realizado estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Considera-se risco especialmente no primeiro trimestre de gestação. Categoria C Relatos em animais revelaram efeitos adversos no feto. Não há estudos controlados em mulheres. Os benefícios podem justificar o uso destes medicamentos em gestantes. Categoria D Há evidência positiva de risco fetal humano, porém, os benefícios do uso em gestantes podem ser aceitáveis (quando não há outro tratamento eficaz). Categoria X Estudos em animais ou seres humanos revelaram efeitos deletérios sobre o concepto que ultrapassam os benefícios. O fármaco está contra-indicado durante a gestação e em mulheres que pretendam engravidar. Não há benefício que justifique o uso. Categoria A Drogas que, em estudos controlados em mulheres, não demonstraram risco para o feto no primeiro trimestre, nem nos outros trimestres, sendo remota a possibilidade de causar dano fetal. Categoria B Drogas que, em estudos de reprodução animal, não demonstraram risco fetal mas não possuem estudos controlados em mulheres grávidas; Há risco no primeiro trimestre de gravidez, não havendo risco nos outros trimestres. Categoria C Drogas que, em estudos de reprodução animal, demonstraram efeitos adversos no feto (teratogênicos, embriocidas ou outros efeitos) e não há estudos controlados em mulheres. As drogas desta categoria só devem ser administradas se o benefício potencial justificar o risco paro feto. Categoria D Drogas em que há evidência positiva de risco fetal humano, mas os benefícios para a mulher grávida podem ser aceitáveis apesar do risco, como, por exemplo, em doenças graves ou que ameaçam a vida, e para as quais não existam outras mais seguras; na literatura e bula destas drogas, deve ser registrado um AVISO do seu risco potencial. Categoria X Drogas que em estudos animais e em pacientes humanos demonstraram anormalidades fetais, e o risco do seu uso, em mulheres grávidas, não justifica qualquer benefício possível. As drogas desta categoria são contra-indicadas em mulheres grávidas ou que ficarão grávidas. Nas bulas e literatura destas drogas, o fato deve ser registrado no item de contra-indicações. Gestação Queixas frequentes Dores Dispepsia Náuseas Vômitos Pirose noturna Febre Edema Infecções Drogas frequentemente utilizadas em gestantes Analgésicos Anti-inflamatórios Antieméticos Antibióticos Anti-hipertensivos Ansiolíticos Antidepressivos Fármacos considerados fetotóxicos no 1º trimestre de gestação Fármaco usado pela mãe Possíveis efeitos no bebê Álcool Síndrome alcoólica fetal Antiepilépticos Defeitos no tubo neural, defeitos cardíacos, retardo mental Drogas de abuso Múltiplos defeitos Talidomida Focomelia Lítio Defeitos cardiovasculares Varfarina Hipoplasia nasal, condrodisplasia punctata Drogas anticonvulsivantes ex: fenitoína Fenda palatina / lábio leporino IECA Hipoplasia pulmonar e renal Lee, 2009. Obs.: A Ausência de um fármaco nesta tabela não significa que seja seguro. Fármacos considerados fetotóxicos no 2º e 3ª trimestres de gestação Fármaco usado pela mãe Possíveis efeitos no bebê Aminoglicosídeos (ex. gentamicina) Surdez Antagonistas dos receptores beta Bradicardia, hipoglicemia Antidepressivos Sintomas de abstinência Antiepilépticos Retardo mental / Autismo AINEs Prolongamento da gestação / hipertensão pulmonar Benzodiazepínicos e opiódes Síndrome de Abstinência, depressão respiratória Drogas de abuso Retardo no crescimento, disfunção do SNC Tetraciclinas Interferência no crescimento ósseo Varfarina Hemorragia fetal e anormalidades do SNC Lee, 2009. Obs.: A Ausência de um fármaco nesta tabela não significa que seja seguro. Fármacos Relacionados com Alto Índice de Toxicidade Fetal e no desenvolvimento em longo prazo Fármaco usado pela mãe Possíveis efeitos no bebê Metotrexato (exposição materna) Diversas malformações: dose-dependente (?) Bifosfonados (Ex.Alendronato) Acúmulos nos ossos e defeitos esqueléticos Estatinas Várias malformações no SNC Retinóides (ex: Isotretinoína) Mal formação do SNC, coração e vasos sanguíneos, podendo ser também abortivo Leflunomida (anti-reumático)Defeitos esqueléticos e no SNC Quinolonas (ex.: ciprofloxacino) Dano à cartilagem resultando em artropatias nas articulações (ao feto) Lee, 2009.Lee, 2009. Obs.: A Ausência de um fármaco nesta tabela não significa que seja seguro. CATEGORIZAÇÃO FDA DE ALGUMAS DROGAS AINEs PARACETAMOL / ACETAMINOFENO Analgésico não opióide, antipirético – Fármaco de escolha Risco: B Gravidez: Doses terapêuticas de paracetamol são compatíveis; Consumo elevado por tempo prolongado pode provocar lesões hepáticas e renais nos organismos materno e fetal. ÁCIDO ACETILSALICÍLICO AINE: analgésico, antipirético RISCOS: C/ D (1º e 2º trimestre = C e 3º = D) Para tratamento prolongado no terceiro trimestre de gravidez e antes do parto, o uso não é recomendado. Os salicilatos atravessam a placenta humana, podendo acumular-se no feto. Uso prolongado está associado a redução de peso, prolongamento da gestação e hemorragia materna com aumento da mortalidade. Uso nos dois primeiros trimestres:Avaliar risco/benefício Nos dois primeiros trimestres na dose até 325mg/dia, é considerado seguro para a indicação de prevenção de trombose em grávidas com história predisponente. AINEs DIPIRONA C IBUPROFENO C / D CAFEINA (em associações para enxaqueca) B ERGOTAMINA (em associações para enxaqueca) X AINEs ÁCIDO MEFENÂMICO Risco: B/D Gravidez: a partir do 3º trimestre prolonga a gravidez, hipertensão pulmonar do RN. Avaliar risco/benefício AINEs INDOMETACINA Risco:B/D Indicações: artrite aguda, espondilite anquilosante, osteoartrite, artrite reumatóide, carcinoma de cólon, prevenção de declínio cognitivo, colecistite, dismenorréia, eritema nodoso, gota. Gravidez: a partir do 3º trimestre prolonga a gravidez, hipertensão pulmonar do RN. Avaliar risco/benefício FENILBUTAZONA Risco: C / D Casos isolados de redução das extremidades, defeitos na parece abdominal, defeitos no diafragma. Normalmente o uso não é recomendado. AINEs DICLOFENACO SÓDICO Risco: B/D Indicações: dor, processos inflamatórios Gravidez: a partir do 3º trimestre prolonga a gravidez, hipertensão pulmonar do RN. Avaliar risco/benefício AINEs AIEs Betametasona e Dexametasona Corticóide Risco: C Uso especial para maturidade pulmonar fetal. CODEÍNA Risco: C/D Indicações: analgésico, calmante das tosses, sedativo. Gravidez: relatos de malformações do aparelho respiratório, hérnia inguinal e umbilical. Avaliar risco/benefício MORFINA Risco: B/D Indicações: dor intensa aguda e crônica, câncer, analgesia cirúrgica Gravidez: Não há relatos de defeitos congênitos; durante o trabalho de parto pode promover depressão respiratória no recém- nascido e síndrome de privação; avaliar risco/benefício Analgésicos - Opióide Antieméticos METOCLOPRAMIDA Risco: B Indicações: vômito, náusea Antiflatulêntos DIMETICONA Risco: C Indicações: Gases intestinais Uso admitido na gestação pois não é absorvido pelo trato digestório. Antiulcerosos RANITIDINA, CIMETIDINA Risco: B OMEPRAZOL Risco: C Azia e refluxo gastresofágico são queixas frequentes entre as gestantes. O uso de antagonistas H2 são preferíveis, pois, não há estudos conclusivos em mulheres com o omeprazol. Antibióticos PENICILINAS e CEFALOSPORINAS Risco: B A maioria das penicilinas e cefalosporinas são amplamente utilizadas em grávidas, com grande margem de segurança para a mulher e o feto. AMOXICILINA / ÁCIDO CLAVULÂNICO: Risco: C Indicações: otite média, sinusite, infecções trato respiratório inferior, demais infecções causadas por bactérias sensíveis aos fármacos Antibióticos AMPICILINA / SULBACTAM Risco: C Indicações: infecções dos tratos urinário, genital e respiratório, dermatites causadas por germes sensíveis ao fármaco Antibióticos Sulfametoxazol + Trimetoprima C / D Inibidores da síntese de ácido fólico Podem ser utilizados em grávidas que fazem a reposição do ácido fólico diariamente. Último trimestre (evitar). Há antibióticos mais seguros. Avaliar risco/benefício. Antibióticos CLORANFENICOL Risco: C/D Gravidez: não é teratogênico; ministrado na proximidade do parto prematuro pode promover colapso cardiovascular, respiração irregular, cianose – síndrome cinzenta do RN – podendo chegar ao óbito. Avaliar risco/benefício Antibióticos NORFLOXACINO/CIPROFLOXACINO E LEVOFLOXACINO Risco: C Gravidez: não há risco de malformações; Há relatos de artropatia devido a danos na cartilagem em animais de experimentação. Antibióticos Classe dos macrolídeos Eritromicina Risco: B (seguro). Fármaco de escolha em caso de paciente alérgica as penicilinas. Azitromicina Risco: C claritromicina antibiótico Risco: D Gravidez: Há relatos de malformações; avaliar risco/benefício Antibióticos TETRACICLINA E DOXICICLINA Risco: D Indicações: acne, infecções dos tratos respiratórios, gastrintestinal e geniturinário, malária, infecções oculares Gravidez: inibição de crescimento ósseo, prematuridade, óbito intra-uterino; descoloração do esmalte dentário na primeira dentição Antibióticos ANTICOAGULANTES Heparina Risco: C Varfarina Risco: D Especialmente no 1º trimestre: causa de morte fetal, hemorragias e defeitos no desenvolvimento do SNC. Antidiabéticos Insulinas Risco: B São seguras (todas) Glibenclamida (C) e Metformina (B) são antidiabéticos por via oral também considerados seguros. Todos os demais hipoglicemiantes devem ser evitados. Especialmente a clorpropramida (categoria C) é contra-indicada devido ao maior tempo de meia-vida e mais relatos de hipoglicemia. Diabetes gestacional Diabetes gestacional é a intolerância aos carboidratos em grau variado de intensidade, diagnosticada pela primeira vez na gestação. Fatores de risco: Histórico familiar de diabetes Histórico familiar de diabetes gestacional Histórico de gravidez familiar com recém-nascidos “gigantes” para a idade gestacional (nascem com mais de 4 kilos) Hipertensão ou pré-eclampisia Idade superior a 30 anos Tratamento: Preferencia por insulinas como 1º escolha Anti-hipertensivos METILDOPA: Agonista alfa 2-adrenérgico Risco: B Indicações: Insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão arterial Seguro na gestação BETABLOQUEADORES Risco: C OU D Estudos com atenolol indicaram redução do crescimento. Preferir Propranolol , metoprolol e labetolol. NIFEDIPINO e VERAPAMIL bloqueador do canal de cálcio Risco: C angina pectoris, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca congestiva Gravidez: teratogênico e embriotóxico em animais de experimentação; Não há estudos controlados em humanos. Anti-hipertensivos ANTAGONISTAS DE AT1 Risco: C / D Avaliar risco benefício. Há Dados de insuficiência renal. Anti-hipertensivos CLASSE INIBIDORES DA ECA (CAPTOPRIL): inibidor da enzima conversora de angiotensina Risco: X Indicações: angina pectoris, arritmia, edema pulmonar, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca congestiva, nefropatias Gravidez: A hipotensão arterial mediada pela inibição da angiotensina II, determina diminuição do fluxo renal do concepto, deformação facial, má formação do SNC e sistema cardiovascular, desenvolvimento pulmonarincompleto e crescimento intrauterino restrito. Bula: o uso de captopril durante a gravidez pode causar danos e até morte ao feto. Quando a gravidez for detectada, este medicamento deve ser descontinuado o quanto antes. Você deve parar de amamentar ou interromper o uso do medicamento, pois há riscos potenciais à criança, portanto informe ao seu médico se estiver grávida, amamentando ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento. Anti-hipertensivos Hipertensão crônica Metildopa foi avaliada mais extensamente, e por isso é mais recomendada quando a hipertensão tem inicio com a gestação. Pacientes já em uso de anti-hipertensivos e diuréticos (exceto IECA e antagonistas da angiotensina II), podem continuar com o tratamento anterior. Diurético com mais indicado: hidroclorotiazida. Pré-eclâmpsia Condição específica da gestação; Pressão arterial aumentada acompanhada de proteinúria, edema, ou ambos e eventualmente com anormalidades de coagulação. Pode evoluir e afetar o cérebro causando convulsões ou como (eclampsia). Risco aumenta com gestações tardias (acima de 30 anos) Antilipêmicos ESTATINAS Risco: X Indicações: arteriosclerose, prevenção de doença coronariana, hipercolesterolemia, Gravidez: Há relatos de anomalias congênitas em recém-nascidos de mães que receberam inibidores de HMG-CoA redutase durante a gravidez. Alternativa: Ezetimiba. Categoria C FIBRATOS Risco: C Indicações: arteriosclerose, prevenção de doença coronariana , hipertrigliceridemia. Há sinais de teratogenicidade em animais, porém sem evidências para humanos. Ansiolíticos DIAZEPAM Risco: D Indicações: agitação, ansiedade, crises convulsivas, sedação, espasmos musculares Gravidez: teratogênico em animais de experimentação; no ser humano pode produzir hérnia inguinal, malformações cardiovasculares, fenda palatina, lábio leporino, crescimento intra-uterino restrito. Avaliar risco/benefício CLONAZEPAM Risco: C (risco de má formação é desconhecido, porém há relatos de cardiopatias congênitas) Anticonvulsivantes Pacientes com epilepsia devem ser tratadas. Preferir monoterapia em menores doses possíveis. CARBAMAZEPINA , LAMOTRIGINA e GABAPENTINA Risco: C FENOBARBITAL, FENITOÍNA, FENOBARBITAL E ÁCIDO VALPRÓICO Risco: D avaliar risco/benefício Antidepressivos Normalmente é contra-indicado. Uso indicado apenas na depressão grave (em que tenha risco de vida da mãe e bebê). Risco/Benefício AMITRIPTILINA E IMIPRAMINA Risco: D FLUOXETINA Risco: C Drogas X TALIDOMIDA hanseniostático Risco: X Indicações: hanseníase Gravidez: focomelia, encurtamento e ausência de extremidades; contra-indicada Amamentação: contra indicada. Exemplos de Drogas categoria X ISOTRETINOÍNA ANFEPRAMONA FEMPROPOREX ANFETAMINA ESTATINAS CAPTOPRIL DESOGESTREL DANAZOL MISOPROSTOL Não são mais comercializados no Brasil Síndrome alcoólica fetal Abuso crônico de álcool durante a gravidez está associado a efeitos teratogênicos; SAF: Retardamento do crescimento Microcefalia Coordenação alterada Subdesenvolvimento da face Casos graves: cardiopatias e retardo mental. Risco é maior no abuso de álcool no 1º trimestre da gestação. Abuso de tabaco Aumento de mortalidade Risco de baixo peso Retardo do desenvolvimento físico e mental Abortos espontâneos e partos prematuros Excreção de nicotina no leite com capacidade de causar taquicardia no bebê. Estudo de Caso A sra. B é uma mulher nulípara de 40 anos de idade, com uma complicada história obstétrica envolvendo períodos de infertilidade e vários abortos. Ela tem diabete melito insulino-dependente, complicado com hipertensão e hiperlipidemia. O seu atual tratamento efetivo inclui insulina, captopril e atorvastatina. Durante uma consulta de rotina com o seu endocrinologista, ela descobriu que estava grávida, com cerca de 12 semanas. Pergunta-se: 1) A sra. B deve ser aconselhada a interromper alguma medicação? Justifique. 2) Como a farmacoterapia da paciente deve ser manejada agora? Estudo de Caso Paciente L.O.S, 30 anos tem depressão e já usa Fluoxetina há 2 anos. Recentemente a paciente engravidou, mas o médico optou por manter o tratamento com o antidepressivo. A paciente apresentou um quadro de otite e como já usou anteriormente a tetraciclina 500mg a cada 6 horas por indicação médica em outra ocasião, a paciente foi até a farmácia e comprou este mesmo medicamento. Responda: O médico deveria ter trocado a fluoxetina? Justifique. Existe segurança para o uso de tetraciclina? Justifique. Estudo de Caso Paciente T.A.C, 22 anos tem epilepsia e utiliza desde os 16 anos o medicamento valproato de sódio, sendo que existe um bom controle das crises epilépticas. Recentemente a paciente apresentou náuseas e vômitos e o teste de gravidez de farmácia, confirmou a gestação. Preocupada com o uso do valproato de sódio, a paciente marcou consulta com o neurologista. O médico neurologista trocou o valproato de sódio por carbamazepina. Estes medicamentos deveriam ser utilizados na gestação? Existe justificativa para essa troca do medicamento?
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