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Responsabilidade Patrimonial art. 789 796 CPC

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Curso: Direito
Matéria: Direito Processual Civil II
Professor: Pedro Roberto Donel
Turma: 5º ANO “B”
Data: 10/04/2018
Aluno: Marcelo Roberto Velho
CAPÍTULO V
DA RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
“[...] responsabilidade patrimonial entende-se a sujeição do patrimônio de alguém ao cumprimento de uma obrigação. O responsável é aquele que poderá ter a sua esfera patrimonial invadida para que seja assegurada a satisfação do credor. Em regra, quem responde pelos pagamentos das dívidas é o próprio devedor. Mas o CPC enumera situações em que a responsabilidade se estenderá a outras pessoas [...]” (Gonçalves, Marcus Vinicius Rios – 2016, p.932-933)
Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
“[...] Esse dispositivo atribui a responsabilidade, de forma geral, ao devedor, assegurando que todos os seus bens respondam pelo cumprimento das obrigações inadimplidas. O devedor é o responsável primário. Mas a lei atribui responsabilidade patrimonial a outras pessoas, além dele, o que será examinado em item próprio [...] Em princípio, todos estão sujeitos, os que existiam no momento em que a obrigação foi contraída e os que não existiam ainda, e só vieram a ser adquiridos posteriormente, sejam eles corpóreos ou incorpóreos, desde que tenham valor econômico [...]” (Gonçalves, Marcus Vinicius Rios – 2016, p.934)
Art. 790. São sujeitos à execução os bens:
“[...] os bens que respondem dentro do patrimônio do responsável pela satisfação da dívida. [...] na realidade são os bens do responsável patrimonial que respondem pela satisfação da dívida [...]” (Neves, Daniel Amorim Assumpção - 2016, p.1889-1890)
I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória;
“[...] A hipótese é de alienação da coisa litigiosa. Se, no curso do processo que versa sobre direito real ou obrigação reipersecutória, o devedor aliena a coisa a um terceiro, a sentença estende os seus efeitos a ele, nos termos do art.109, § 3º, do CPC [...] A alienação de coisa litigiosa é ineficaz perante o credor; feita no curso de ação fundada em direito real ou pretensão reipersecutória, desde que a pendência da ação tenha sido averbada no respectivo registro público, configura fraude à execução, nos termos do art. 792, I, do CPC [...]” (Gonçalves, Marcus Vinicius Rios – 2016, p.937)
II - do sócio, nos termos da lei;
“[...] Em determinadas circunstâncias, admite-se que, em execução dirigida contra a pessoa jurídica, seja feita a penhora de bens dos sócios. São casos em que, conquanto o débito seja da empresa, os sócios têm responsabilidade patrimonial. A regra é que, pelas dívidas da empresa, responde o patrimônio desta, mas há casos em que ele é insuficiente para quitá-las. Sendo a empresa solvente, os bens dos sócios não serão atingidos [...]” (Gonçalves, Marcus Vinicius Rios – 2016, p.937-938)
“[...] o sócio responde com o seu patrimônio pela satisfação da dívida da sociedade empresarial nos termos da lei, sendo possível encontrar em leis de diferentes naturezas essa responsabilidade secundária [...]” (Neves, Daniel Amorim Assumpção - 2016, p.1917)
III - do devedor, ainda que em poder de terceiros;
“[...] o local ou com quem estejam os bens não interfere na sua propriedade. Assim sendo, os bens permanecem no patrimônio do devedor, respondendo por suas obrigações, esteja onde estiver e com quem estiver [...]” (Neves, Daniel Amorim Assumpção - 2016, p.1919)
IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua meação respondem pela dívida;
“[...] casos em que o débito é contraído por ambos os cônjuges ou companheiros, quando, então, ambos serão devedores e terão responsabilidade primária pelo pagamento da dívida [...]” (Gonçalves, Marcus Vinicius Rios – 2016, p.939)
“[...] Celebrado contrato por marido e mulher ou companheiros, e gerado o inadimplemento, são ambos devedores no plano material, e, como tais, ambos poderão ser demandados na ação competente para o ressarcimento do credor, tendo responsabilidade patrimonial primária [...]” (Neves, Daniel Amorim Assumpção - 2016, p.1919)
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução;
“[...] As alienações de bem em fraude à execução são ineficazes perante o credor, que pode postular que ele continue sujeito à execução, ainda que em mãos do adquirente ou cessionário. Há que se fazer uma distinção: nos exemplos anteriores, o cônjuge ou o sócio, no caso de desconsideração da personalidade jurídica, tornavam-se corresponsáveis pela dívida, ainda que não a tivessem contraído. No caso da fraude à execução, o adquirente ou cessionário não responderá pela dívida, mas o bem a ele transferido ficará sujeito à execução. O bem poderá ser constrito apesar de ter sido alienado para terceiro [...]” (Gonçalves, Marcus Vinicius Rios – 2016, p.939)
VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores;
“[...] É instituto de direito processual civil que constitui ato atentatório à dignidade da justiça e se distingue da fraude contra credores, defeito dos negócios jurídicos, tratada no art. 158 do Código Civil. A fraude contra credores ofende o direito dos credores; a fraude à execução atenta contra o bom funcionamento do Poder Judiciário. Em ambas, o devedor desfaz-se de bens do seu patrimônio, tornando-se insolvente. A diferença é que, na fraude contra credores, a alienação é feita quando ainda não havia ação em curso, ao passo que a fraude à execução só existe se a ação já estava em andamento [...]” (Gonçalves, Marcus Vinicius Rios – 2016, p.940)
VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.
“[...] é responsável secundário o responsável pela dívida da sociedade empresarial na hipótese da desconsideração de sua personalidade jurídica. O art. 137 do Novo CPC prevê que, sendo acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou oneração de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente [...]” (Neves, Daniel Amorim Assumpção - 2016, p.1926)
Art. 791. Se a execução tiver por objeto obrigação de que seja sujeito passivo o proprietário de terreno submetido ao regime do direito de superfície, ou o superficiário, responderá pela dívida, exclusivamente, o direito real do qual é titular o executado, recaindo a penhora ou outros atos de constrição exclusivamente sobre o terreno, no primeiro caso, ou sobre a construção ou a plantação, no segundo caso.
“[...] trata da penhora sobre bem imóvel sujeito ao regime do direito de superfície, reafirmando a autonomia entre o direito de propriedade e o direito de superfície [...]” (Neves, Daniel Amorim Assumpção - 2016, p.1914)
§ 1º Os atos de constrição a que se refere o caput serão averbados separadamente na matrícula do imóvel, com a identificação do executado, do valor do crédito e do objeto sobre o qual recai o gravame, devendo o oficial destacar o bem que responde pela dívida, se o terreno, a construção ou a plantação, de modo a assegurar a publicidade da responsabilidade patrimonial de cada um deles pelas dívidas e pelas obrigações que a eles estão vinculadas.
“[...] O objeto do dispositivo é claramente individualizar a responsabilidade patrimonial do proprietário e do superficiário [...]” (Neves, Daniel Amorim Assumpção - 2016, p.1914)
§ 2º Aplica-se, no que couber, o disposto neste artigo à enfiteuse, à concessão de uso especial para fins de moradia e à concessão de direito real de uso.
“[...] prevê que a responsabilidade patrimonial limitada ao titular do direito de propriedade e do direito de superfície, com o reconhecimento de sua autonomia, também se aplica à enfiteuse, à concessão de uso especial para fins de moradia e à concessão de direito real de uso [...]” (Neves, Daniel Amorim Assumpção - 2016, p.1914) 
Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução:
“[...] prevê em seusquatro primeiros incisos quatro situações que configurariam fraude à execução, sendo tal rol meramente exemplificativo em razão do previsto em seu último inciso (“nos demais casos previstos em lei”) [...]” (Neves, Daniel Amorim Assumpção - 2016, p.1938)
I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver;
“[...] da alienação de bem sobre o qual pende ação real ou com pretensão reipersecutória. O bem alienado é o próprio objeto do litígio, a coisa litigiosa, e se for alienado, haverá fraude à execução, ainda que o devedor tenha outros bens e esteja solvente. Afinal, a execução há de recair exclusivamente sobre ele. Acolhida a ação real ou com pretensão reipersecutória, o autor terá direito sobre o bem alienado, e poderá reavê-lo do terceiro adquirente ou cessionário [...]” (Gonçalves, Marcus Vinicius Rios – 2016, p.942)
“[...] A fraude nesse caso não depende da insolvência do devedor, mas tão somente da alienação ou da oneração do bem imóvel (ação fundada em direito real) ou bem móvel (pretensão reipersecutória) [...] cria um requisito injustificável para que exista fraude à execução na hipótese ora analisada: a averbação da pendência do processo no registro público, se houver [...]” (Neves, Daniel Amorim Assumpção - 2016, p.1940)
II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828;
III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude;
IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência;
“[...] Nessa hipótese, não há um litígio envolvendo direito real ou pretensão reipersecutória sobre bem determinado, mas ação patrimonial, no curso da qual o devedor, alienando bens, torna-se insolvente, em detrimento do credor. A fraude à execução não se caracterizará pela alienação de um bem determinado, mas de qualquer bem do patrimônio do devedor, desde que disso resulte o estado de insolvência. Ela existirá se, no patrimônio do devedor, não forem encontrados bens suficientes para fazer frente ao débito, e ele não os indicar. Se iniciada a execução, eles não forem localizados ou identificados, presumir-se-á o seu estado de insolvência, e as alienações que tiverem ocorrido desde a citação na fase cognitiva serão declaradas em fraude à execução [...]” (Gonçalves, Marcus Vinicius Rios – 2016, p.943)
“[...] se o devedor saldar o débito para com o credor, a alienação remanescerá íntegra e válida, ainda que o juízo tenha reconhecido a fraude. E o seu reconhecimento fará com que a responsabilidade patrimonial se estenda ao terceiro adquirente [...]” (Gonçalves, Marcus Vinicius Rios – 2016, p.945)
V - nos demais casos expressos em lei.
§ 1º A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente.
“[...] A fraude à execução deve ser compreendida como a hipótese em que a alienação ou a oneração de bem que está sujeito à execução nos termos do art. 790 é feita indevidamente e, por isso, é considerada ineficaz em relação ao exequente no processo em que é parte também o executado [...]” (Bueno, Cassio Scarpinella – 2017, p.487)
§ 2º No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o ônus de provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a exibição das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local onde se encontra o bem.
“[...] estabelece que, em se tratando de bens não sujeitos a registro, o ônus da prova de boa-fé será do terceiro adquirente, a quem caberá demonstrar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a exibição das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local em que se encontra. Se o terceiro adquirente não fizer a comprovação de que tomou tais cautelas, presumir-se-á que adquiriu o bem de má-fé, e o juiz declarará a fraude à execução [...]” (Gonçalves, Marcus Vinicius Rios – 2016, p.944)
“[...] no caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o ônus de provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a exibição das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor [...]” (Neves, Daniel Amorim Assumpção - 2016, p.1935)
§ 3º Nos casos de desconsideração da personalidade jurídica, a fraude à execução verifica-se a partir da citação da parte cuja personalidade se pretende desconsiderar.
“[...] (fraude à execução) é a do executado originário, e não aquela prevista para o incidente de desconsideração da personalidade jurídica [...]” (Neves, Daniel Amorim Assumpção - 2016, p.1968)
“[...] fixa a citação da parte cuja personalidade se pretende desconsiderar, isto é, do réu originário do processo, para marcar o instante em que a fraude à execução poderá ser configurada [...]” (Bueno, Cassio Scarpinella – 2017, p.487)
§ 4º Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze) dias.
“[...] Reconhecida a fraude à execução, o terceiro adquirente não se tornará parte, mas o bem por ele adquirido responderá pela dívida. Diante da necessidade de se observar o princípio do contraditório, manda o art. 792, § 4º, que antes de declará-la, o juiz mande intimar o terceiro adquirente. Como ele não é parte, caso queira defender-se, deverá opor embargos de terceiro, nos quais buscará demonstrar que a alienação não foi fraudulenta. Os embargos de terceiro, nesse caso, deverão ser opostos no prazo de 15 dias, a contar da intimação [...]” (Gonçalves, Marcus Vinicius Rios – 2016, p.945)
“[...] o adquirente deverá ser intimado para, querendo, apresentar embargos de terceiro, viabilizando, com a iniciativa, o devido contraditório, antes do reconhecimento de eventual fraude. Trata-se de regra que especifica, para os casos relativos à fraude à execução, o disposto no parágrafo único do art. 675 [...]” (Bueno, Cassio Scarpinella – 2017, p.487)
Art. 793. O exequente que estiver, por direito de retenção, na posse de coisa pertencente ao devedor não poderá promover a execução sobre outros bens senão depois de excutida a coisa que se achar em seu poder.
“[...] trata da hipótese de o exequente estar, por direito de retenção, na posse de coisa de titularidade do devedor. Nesse caso, a execução só pode recair sobre outros bens quando excutido, em primeiro lugar, aquele bem [...]” (Bueno, Cassio Scarpinella – 2017, p.486) 
Art. 794. O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro sejam executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e desembargados, indicando-os pormenorizadamente à penhora.
“[...] ocupa-se com o chamado “benefício de ordem”, a ser arguido pelo codevedor, e sua dinâmica [...]” (Bueno, Cassio Scarpinella – 2017, p.486) 
§ 1º Os bens do fiador ficarão sujeitos à execução se os do devedor, situados na mesma comarca que os seus, forem insuficientes à satisfação do direito do credor.
§ 2º O fiador que pagar a dívida poderá executar o afiançado nos autos do mesmo processo.
“[...] autoriza o fiador que paga a executar o afiançado nos autos do mesmo processo [...]” (Gonçalves, Marcus Vinicius Rios – 2016, p.907)
“[...] poderá executar o afiançado no mesmo processo em que ocorreu o pagamento. O termo “processo” deve ser interpretado corretamente, até porque, dependendo do caso concreto, a execução do fiador contra o afiançado criará um novo processo, ainda que este possa tramitar nos mesmos autos do processo que se extinguiu com o pagamento [...]” (Neves, Daniel Amorim Assumpção - 2016, p.1818)
§ 3º O disposto no caput não se aplica se o fiador houver renunciado ao benefício de ordem.
“[...] O contrato de fiança é sempre acessório de uma obrigação principal. Se ela é dada como garantia de uma obrigação consubstanciada em títuloexecutivo extrajudicial, terá a mesma natureza. Por exemplo: o contrato de locação tem força executiva. Se dele constar fiança, haverá título também contra o fiador, que poderá ser executado diretamente [...] o fiador pode ter benefício de ordem, estabelecido no art. 827 do CC, o que lhe dá o direito de primeiro ver excutidos os bens do devedor, antes dos seus. Se o fiador não renunciou a ele, só poderá ser executado se o devedor principal tiver sido incluído no polo passivo; do contrário, o fiador não teria como nomear bens dele à penhora, o que o impediria de exercer o benefício de ordem [...] Mas se ele tiver renunciado ao benefício, a execução poderá ser dirigida só contra o fiador, que não sofrerá nenhum prejuízo já que, pagando o débito, sub-rogar-se-á nos direitos do credor, e poderá executar o devedor nos mesmos autos [...]” (Gonçalves, Marcus Vinicius Rios – 2016, p.909)
Art. 795. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, senão nos casos previstos em lei.
§ 1º O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívida da sociedade, tem o direito de exigir que primeiro sejam excutidos os bens da sociedade.
“[...] Qualquer que seja a razão para responsabilizar secundariamente o sócio, haverá a possibilidade do exercício do direito do benefício de ordem (art. 795, § 1.º, do Novo CPC), podendo o sócio indicar bens da sociedade para que respondam à satisfação da dívida antes que seus bens sejam atingidos [...]” (Neves, Daniel Amorim Assumpção - 2016, p.1918)
§ 2º Incumbe ao sócio que alegar o benefício do § 1º nomear quantos bens da sociedade situados na mesma comarca, livres e desembargados, bastem para pagar o débito.
“[...] Mesmo que a desconsideração, direta ou inversa, seja deferida, pode o sócio exigir que antes sejam excutidos os bens da sociedade para só então serem atingidos os dele (art. 795, § 1º). A mesma regra aplica-se no caso de desconsideração inversa. Mas, para que ele exerça esse direito, é preciso que indique bens da sociedade, situados na mesma Comarca, livres e desembargados, suficientes para pagamento do débito (art. 795, § 2º) [...]” (Gonçalves, Marcus Vinicius Rios – 2016, p.356)
§ 3º O sócio que pagar a dívida poderá executar a sociedade nos autos do mesmo processo.
“[...] Como o sócio não é codevedor, mas responsável, se ele pagar a dívida, poderá executar a sociedade nos mesmos autos (art. 795, § 3º). Em virtude dessas regras, se o juiz desconsiderar a personalidade jurídica da empresa na fase de conhecimento e se até a fase de cumprimento de sentença a sociedade amealhar patrimônio suficiente para fazer frente ao débito, bastará ao sócio que nomeie à penhora os bens desse patrimônio, exigindo que eles sejam penhorados antes dos seus [...]” (Gonçalves, Marcus Vinicius Rios – 2016, p.356)
§ 4º Para a desconsideração da personalidade jurídica é obrigatória a observância do incidente previsto neste Código.
“[...] A norma torna o incidente obrigatório, em especial na aplicação de suas regras procedimentais, mas o art. 134, § 2.º, do Novo CPC consagra hipótese de dispensa do incidente [...]” (Neves, Daniel Amorim Assumpção - 2016, p.564) 
“[...] a criação de um incidente processual não será sempre necessária, pois, nos termos do art. 134, § 2.º, do Novo CPC, a instauração do incidente será dispensada se o pedido de desconsideração da personalidade jurídica for requerido na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica [...]” (Neves, Daniel Amorim Assumpção - 2016, p.567)
Art. 796. O espólio responde pelas dívidas do falecido, mas, feita a partilha, cada herdeiro responde por elas dentro das forças da herança e na proporção da parte que lhe coube. 
“[...] é legitimado passivo para a execução o novo devedor, que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo [...]” (Bueno, Cassio Scarpinella – 2017, p.476)
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Lei Nº 13.105, de 16 de Março de 2015 - Novo código de processo civil
Bueno, Cassio Scarpinella, Manual de direito processual civil / Cassio Scarpinella Bueno. 3. ed.- São Paulo: Saraiva, 2017.
Gonçalves, Marcus Vinicius Rios, Direito processual civil esquematizado / Marcus Vinicius Rios Gonçalves; coordenador Pedro Lenza. – 6. ed. – São Paulo: Saraiva, 2016. – (Coleção esquematizado)
Neves, Daniel Amorim Assumpção, Manual de direito processual civil – Volume único / Daniel Amorim Assumpção Neves – 8. ed. – Salvador: Ed. JusPodivm, 2016.

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