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caso 2 processo penal

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CASO
 1 Jorginho, jovem de classe média, de 19 anos de idade, foi denunciado pela prática da conduta descrita no art. 217-A do CP por manter relações sexuais com sua namorada Tininha, menina com 13 anos de idade. A denúncia foi baseada nos relatos prestados pela mãe da vítima, que, revoltada quando descobriu a situação, noticiou o fato à delegacia de polícia local. Jorginho foi processado e condenado sem que tivesse constituído advogado. Á luz do sistema acusatório diga quais são os direitos de Jorginho durante o processo penal, mencionando ainda as características do nosso sistema processual. 
Jorginho tem direito de constituir advogado para exercer sua ampla defesa, e ainda, deve ter oportunidade para contradizer as acusações da parte autora (princípio do contraditório). Dito isso, em análise ao caso em tela, fica claro que a condenação foi nula de pleno direito, uma vez que não houve a concessão de ampla defesa e contraditório ao acusado, ferindo frontalmente o que dispõe o artigo 5º, LV da CF, que assim aduz:
(...) LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral é assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; (CF)
Convém lembrar que o sistema adotado pelo nosso código de processo penal é o acusatório, quando nele há a característica da separação entre a função acusatória e a julgadora, garantindo a imparcialidade do órgão julgador, e por consequência, assegura a plenitude de defesa e o tratamento igualitário das partes. Nesse sistema, ao considerarmos que a iniciativa é do órgão acusador, o defensor tem sempre o direito de se manifestar por último, A produção das provas é incumbência das partes. Ademais, como bem esclarece o nosso código de processo penal no artigo 261, é inconcebível a prolação de sentença ao acusado sem que este tenha constituído defensor durante todo o trâmite processual. Nesses termos:
Art. 261.  Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.
      Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada. (CPP)
Isto posto, há de se convir que a sentença é totalmente nula, e que deveria o magistrado, ao perceber que o réu não constituiu patrono para exercer a sua defesa, nomear defensor dativo, nos termos do artigo 263 do CPP (art.263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação).
Jorginho tem direito de constituir advogado para exercer sua ampla defesa, e ainda, deve ter oportunidade para contradizer as acusações da parte autora (princípio do contraditório). Dito isso, em análise ao caso em tela, fica claro que a condenação foi nula de pleno direito, uma vez que não houve a concessão de ampla defesa e contraditório ao acusado, ferindo frontalmente o que dispõe o artigo 5º, LV da CF, que assim aduz:
(...) LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; (CF)
Convém lembrar que o sistema adotado pelo nosso código de processo penal é o acusatório, quando nele há a característica da separação entre a função acusatória e a julgadora, garantindo a imparcialidade do órgão julgador, e por consequência, assegura a plenitude de defesa e o tratamento igualitário das partes. Nesse sistema, ao considerarmos que a iniciativa é do órgão acusador, o defensor tem sempre o direito de se manifestar por último, A produção das provas é incumbência das partes. Ademais, como bem esclarece o nosso código de processo penal no artigo 261, é inconcebível a prolação de sentença ao acusado sem que este tenha constituído defensor durante todo o trâmite processual. Nesses termos:
Art. 261.  Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.
      Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada. (CPP)
Isto posto, há de se convir que a sentença é totalmente nula, e que deveria o magistrado, ao perceber que o réu não constituiu patrono para exercer a sua defesa, nomear defensor dativo, nos termos do artigo 263 do CPP (art.263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação).
JURISPRUDENCIA
J-AM - Apelacao APL 20110000451 AM 2011.000045-1 (TJ-AM)
Data de publicação: 24/04/2012
Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL ESTUPRO DE VULNERÁVEL. PRELIMINAR DE NULIDADE. AUSÊNCIA DO DEFENSOR CONSTITUÍDO NA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. NOMEAÇÃO DE DEFENSOR LEIGO. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. NULIDADE ABSOLUTA. PRELIMINAR ACATADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. I A defesa técnica é exigência constitucional contida no Princípio do devido processo legal. Deve, portanto, ser exercida por defensor regularmente habilitado nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil; II - Declarada a nulidade absoluta da audiência de instrução e julgamento, para que sejam realizados novos atos processuais; III- Recurso conhecido e provido. EMENTA: APELAÇÃO CRIME. HOMICÍDIO SIMPLES MAJORADO. JÚRI. NULIDADE DO PROCESSO. AUSÊNCIA DE DEFENSORDURANTE OITIVA DE TESTEMUNHA NO CURSO DA INSTRUÇÃO CRIMINAL. NULIDADE ABSOLUTA. Ausência de defesa durante a fase judicial do processo criminal que, nos termos da Súmula nº 523 do Supremo Tribunal Federal acarreta nulidade absoluta do processo. Incabível falar-se em ausência de prejuízo aos acusados quando se trata de feito julgado por leigos integrantes do Conselho de Sentença do Tribunal do Júri, porquanto os jurados julgam por íntima convicção, sendo inviável efetuar qualquer prognóstico acerca da utilização, ou não, da prova fustigada. Preliminar de nulidade acolhida. Prejudicado o exame do mérito. (TJRS, Apelação Crime n.º 70034100446, Segunda Câmara Criminal, Relatora: Marlene Landvoigt, Julgado em 09/08/2011, Publicado em 30/08/2006
STJ - HABEAS CORPUS HC 52438 SP 2006/0002830-7 (STJ)
Data de publicação: 12/06/2006
Ementa: CRIMINAL. HC. ESTUPRO. ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. NULIDADE. FALTA DE INTIMAÇÃO DA DEFENSORA DATIVA DA SESSÃO DE JULGAMENTO DA APELAÇÃO. INTIMAÇÃO PESSOAL OBRIGATÓRIA. NULIDADE ABSOLUTA. CERCEAMENTO DE DEFESA CONFIGURADO. PLEITO DE AGUARDAR EM LIBERDADE O NOVO JULGAMENTO. QUESTÃO NÃO ANALISADA PELO TRIBUNAL A QUO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESTA EXTENSÃO, CONCEDIDA. I. A teor do art. 370 , § 4º , do CPP , modificado pela Lei n.º 9.271 /96, é obrigatória a intimação pessoal do Ministério Público e do defensor nomeado ao réu, caso dos defensoresdativos. II. Não realizada a intimação pessoal da defensora nomeada ao paciente para o julgamento da apelação criminal, evidencia-se a ocorrência de nulidade absoluta na decisão. Precedentes. III. Apesar da defensora nomeada ao acusado ter sido pessoalmente intimada do acórdão proferido no julgamento do recurso de apelação, restam configurados prejuízos à ampla defesa, uma vez que impedidas a apresentação de memoriais, bem como a sustentação oral no feito, justificando a anulação do julgamento do apelo. IV. Se o pedido de reconhecimento do direito do paciente de aguardar em liberdade o julgamento do recurso de apelação não foi objeto de debate e decisão por Órgão Colegiado do Tribunal a quo, sobressai a incompetência desta Corte para o exame da questão, sob pena de indevida supressão de instância. V. Deve ser anulado o julgamento da apelação criminal interposta pela defesa, para que outro acórdão seja proferido com a observância da prévia intimação pessoal do Defensor Público. VI. Ordem parcialmente conhecida e, nesta extensão, concedida, nos termos do voto do Relator.
Encontrado em: INTIMAÇÃO PESSOAL DO DEFENSOR DATIVO -LEI 9271 /1996 STJ - HC 26691 -SP, HC 43402 -SP, HC 24086
)
2- FCC-2012-TJ/RJ-Analista No que concerne à estruturação da defesa de acusados em juízo criminal, é correto afirmar:
 a. se for indicado um Defensor Público ao acusado, este não pode desconstituí-lo para nomear um profissional de sua confiança. 
b. o acusado que é Advogado pode apresentar defesa “em nome próprio”, sem necessidade de constituição de outro profissional 
c. apenas nos crimes mais graves o acusado deve obrigatoriamente ser assistido por Advogado, podendo articular a própria defesa, mesmo sem habilitação, nos casos em que não está em risco sua liberdade.
 d. o acusado que não constituir Advogado será obrigatoriamente defendido por Procurador Municipal ou Estadual. 
e. o Juiz não pode indicar Advogado de forma compulsória a um acusado, que sempre tem o direito inalienável de articular a própria defesa, ainda que não seja habilitado para tanto .
 3- Com referência às características do sistema acusatório, assinale a opção correta.
O sistema de provas adotado é o do livre convencimento.
 As funções de acusar, defender e julgar concentra-se nas mãos de uma única pessoa.
 O processo é regido pelo sigilo.
 - Não há contraditório nem ampla defesa

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