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MM. JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE TRÊS PASSOS/RS
CARLOS DOS SANTOS, nacionalidade..., casado, endereço eletrônico..., CPF..., RG..., residente e domiciliado no município de Três Passos/RS e REGINA OLIVEIRA DOS SANTOS, nacionalidade..., casada, endereço eletrônico..., CPF..., RG..., residente e domiciliada no município de Lajeado/RS, vem, por intermédio de seu advogado (procuração em anexo), com endereço profissional a rua..., bairro..., cidade..., OAB/UF..., vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor: AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL com base nos artigos 226, §6º da CF/88, 1.571, III, CC e art. 731, CPC, com base nos fatos e fundamentos a seguir aduzidos:
I- DOS FATOS
Os requerentes são casados, sob o regime de comunhão parcial de bens, desde a data de 20 de fevereiro de 1970, conforme prova a inclusa certidão de casamento.
Observa-se, porém, que os mesmos se encontram separados de fato desde 10 de outubro de 2017, oportunidade em que a genitora abandonou o lar, vindo a fixar residência no Município de Lajeado/RS.
O casal possui uma filha, Ana Júlia Oliveira dos Santos, nascida em 21/02/2002, sendo que a genitora em nenhum momento demonstrou preocupação com a filha, deixando-a sob os cuidados do genitor.
Durante o matrimônio, o casal adquiriu a propriedade de um imóvel residencial urbano avaliado em R$ 60.000,00 (sessenta mil reais).
O requerente tentou por diversas vezes contatar a requerente a fim de celebrar o divórcio, bem como, na tentativa de conseguir auxílio financeiro para prover o estudo e sustento da filha, mas a mesma não demonstrou nenhum interesse.
Considerando os fatos expostos, certo de que os requerentes não desejam mais manter o matrimônio, os requerentes vêm perante a este Douto Juízo solicitar o divórcio consensual com o devido resguardo aos direitos da filha menor.
II- DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Os cônjuges pretendem dissolver a sociedade conjugal, através do Divórcio Consensual previsto na Lei nº 6.515/77, nos art. 226, § 6º, CF/88, 1.120 e 1.124 do Código de Processo Civil.
Preconiza o art. 731 do Código de Processo Civil acerca da viabilidade jurídica do divórcio consensual:
“Art. 731: A homologação do divórcio ou da separação consensuais, observados os requisitos legais, poderá ser requerida em petição assinada por ambos os cônjuges, da qual constarão:
I – As disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns;
II – As disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges;
III – O acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de visitas;
IV – O valor da contribuição para criar e educar os filhos”.
II.1. Da guarda e do direito de visita à filha
A menor Ana Júlia Oliveira dos Santos, ficará sob a guarda de seu genitor, resguardando-se à mãe, exercer, seu direito de visitas, devendo fazê-las por meio de comunicação prévia.
O critério norteador na atribuição da guarda é a vontade dos genitores, tendo sempre em vista os interesses da menor, visando atender suas necessidades.
No caso em tela, fica evidente o fato de que a genitora abandonou o lar e em nenhum momento demonstrou preocupação com a filha, sendo aconselhável, portanto, a guarda unilateral, a fim de preservar a menor, representando o melhor interesse da criança, com vista na sua proteção integral.
II.2. Dos alimentos à filha
Quanto aos alimentos, esse direito decorre do poder familiar e do grau de parentesco, conforme disposto no art. 1.694, Código Civil, in verbis:
"Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros, pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação".
A título de pensão alimentícia, levando em consideração o fato de que a genitora abandonou o lar e claramente não se importa com sua filha, esta deverá contribuir mensalmente com o correspondente a 30% sob o salário mínimo, considerando a necessidade mínima da infante, fruto do enlace matrimonial.
Cabe salientar ainda, que devem os genitores arcar com as despesas (médicas, escolares e quaisquer outras que surgirem) pela metade.
II.3. Dos bens móveis e imóveis a serem partilhados
Os bens móveis do casal já foram partilhados de comum
acordo.
O Código Civil assim dispõe acerca do Regime de Comunhão Parcial de Bens:
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.
Art. 1.660. Entram na comunhão:
I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuge
Sendo o casamento regido pela comunhão parcial de bens, entram na partilha do patrimônio aqueles adquiridos na constância da relação, a título oneroso, ainda que por um só dos cônjuges, nos termos do artigo 1.660, inciso I, do Código Civil.
Durante a vigência do matrimônio o casal adquiriu um imóvel residencial urbano avaliado em R$ 60.000,00 (sessenta mil reais). O bem foi adquirido mediante financiamento junto à Caixa Econômica Federal, cuja parcela mensal e consecutiva perfaz o valor de R$ 593,74 (quinhentos e noventa e três reais e setenta e quatro centavos).
Cumpre esclarecer que o bem acima descrito, se encontra em nome do requerente, ficará pertencendo exclusivamente ao requerente que se torna único responsável de arcar com o pagamento financiamento, bem como todas as taxas e impostos a partir da homologação da presente ação.
A requerente tem o direito a 50% (cinquenta por cento) na partilha, concordando o requerente a efetuar o pagamento do valor devido de forma parcelada, fixando no valor de R$ 250,00 mensais a serem pagos em 120 meses totalizando R$ 30.000,00 (trinta mil reais), considerando que o requerente possui renda mensal no valor de R$ 1.900,00 e o mesmo irá arcar sozinho com o financiamento supramencionado.
II.4. Do nome da divorcianda
A cônjuge voltará a usar o seu nome de solteira como tal, Regina Oliveira.
III- DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto os requerentes pedem que Vossa Excelência se digne de tomar as seguintes providências:
Julgar procedente o presente pedido, para extinguir definitivamente o vínculo conjugal mediante sentença que decrete divórcio, de logo renunciando ao prazo recursal, em razão do caráter consensual do divórcio, mantendo-se todas as obrigações estabelecidas entre os requerentes;
a concessão da guarda da filha ao genitor, expedindo-se o termo de guarda, podendo a genitora exercer de forma livre o direito de visitas por meio de comunicação prévia;
a fixação do valor da pensão alimentícia, no percentual de 30% do salário mínimo, além de que os genitores devem arcar com as despesas (médicas, escolares e quaisquer que surgirem) pela metade;
a partilha dos bens imóveis, devendo a cônjuge ficar com 50% (cinquenta por cento) na partilha, concordando o requerente a efetuar o pagamento do valor devido de forma parcelada, fixando no valor de R$ 250,00 mensais a serem pagos em 120 meses totalizando R$ 30.000,00 (trinta mil reais), considerando que o requerente possui renda mensal no valor de R$ 1.900,00 e o mesmo irá arcar sozinho com o financiamento supramencionado.
IV- DOS REQUERIMENTOS
Intimar o douto Representante do Ministério Público, a fim de que acompanhe o referido processo;
Conceder os benefícios da gratuidade judiciária com base no art. 98 do CPC, em razão da hipossuficiência dos requerentes, não tendo meios de custear as despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família;
Requer, ainda, a expedição de mandado para averbação do registro civil do nome da requerente, que retornará a utilizar o nome de solteira, qual seja, Regina Oliveira;
A expedição do termo de guarda da menor para que seja firmado o compromisso;
A expedição de ofício ao empregador para desconto em folha dos alimentos, no percentual de 30% ao salário mínimo nacional, devendo os mesmos serem depositados na conta do genitor;
V- DAS PROVAS
Protesta provar o alegadopor todos os meios de prova admitidos em direito, que ficam desde já requeridos, ainda que não especificados.
IV- DO VALOR DA CAUSA
Atribui-se à causa o valor de R$ 3.434,40 (três mil quatrocentos e trinta e quatro reais e oitenta centavos).
Nestes termos,
Pede deferimento,
Local e Data.
Advogado/OAB
Acadêmico: Jefferson Adriano Moraes

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