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ANÁLISE OPERACIONAL
A racionalização da mecanização agrícola de empreendimentos agropecuários é um processo que se desenvolve a partir das respos- tas dadas às seguintes perguntas: 
Que fazer?
Como fazer? 
Quando fazer? 
Com que fazer? 
Inicialmente, é necessário saber o que fazer, isto é, caracterizar as operações agrícolas a serem realizadas e a maneira de executá-Ias. A seguir, estabelece-se quando elas devem ser feitas, isto é, ordená-Ias cronologicamente em função das condições climáticas e das fases de desenvolvimento das plantas. ~ com base nessas infor- maçÕes que se procura responder à última pergunta: "Com que fazer?" Trata-se da escolha de máquinas, implementos e ferramentas que executem, da melhor maneira e no tempo estabelecido, as operações agrícolas programadas. 
A definição das operações requeridas para obtenção de um produto agrícola e sua ordenação cronológica constituem um dos principais objetivos da análise operacional.** 
Ela fundamenta-se no fato de que qualquer trabalho de produção agrícola é caracterizado por: a) ser realizado em etapas; b) essas etapas se distinguirem cronologicamente; c) ser feito em função da periodicídade das condições climáticas e das fases de desenvolvi- mento de plantas e animais. 
Com base nessas características, a análise operacional procura desenvolver técnicas de previsão, planejamento, controle, coordenação etc., das atividades, visando obter o máximo de rendimento útil de todos os recursos disponíveis, com o mínimo de dispêndio. 
2.2. ESTUDO DAS OPERAÇÕES AGRICOLAS 
Uma operação agrícola, como definido no capítulo anterior, constitui toda e qualquer atividade direta e permanentemente vinculada ao trabalho de produção agropecuária, e seu estudo, através , da análise operacional, é importante não só para a Mecanização 
como também para a Mecânica Agrícola. Do ponto de vista da Mecanização Agrícola, o estudo das operações permite a eleição de critérios racionais de escolha e manejo das máquinas, implementos e ferramentas que irão executá-Ias. Para a Mecânica Agrícola, evidencia importantes aspectos para o projeto, desenvolvimento e aprimoramento de órgãos ativos, de mecanismos, de implementos etc. 
O estudo completo de uma operação agrícola envolve considerações sobre: a) aspectos técnicos; b) tempos consumidos; c) custos envolvidos em sua execução. 
Consideremos, por exemplo, a operação de aplicação de defensivos numa cultura sob seus três ângulos de enfoque: 
.ASPECTOS T~CNICOS: envolve considerações sobre dosagem a ser empregada, local e tipo de aplicação, máquinas a serem usadas etc. ; 
.TEMPO CONSUMIDO: abrange as datas prováveis de início e término da execução da operação, a capacidade e eficiência de campo das máquinas utilizadas etc.; 
.CUSTO DA OPERAÇAO: envolve a avaliação do custo- hora e do desempenho econômico da maquinaria em- pregada, as despesas com defensivos etc. 
Apesar de; não existir uma forma padronizada de relato de análise operacional, é importante que se considerem maneiras adequadas para expressar em termos gráficos as idéias e os dados envolvidos no estudo das operações agrícolas. Um relato de estudo de operação deve ser, além de completo, claro e sucinto. Para isso, são utilizados vários métodos, destacando-se, entre eles, os dia- gramas de blocos, os fluxogramas, os diagramas de rede (PERT), o gráfico de Gantt etc. Ainda, constituem excelentes recursos adicionais a nomografia e a programação linear. 
2.3. EXECUÇÃO DA ANALISE OPERACIONAL 
A análise das operações agrícolas é feita em três fases sucessivas, a saber: a) divisão do trabalho em etapas; b) estudo individual das etapas; c) planejamento das atividades envolvidas em cada etapa. 
A divisão do trabalho deve ser feita de maneira que se obtenha uma sequência ordenada de etapas a percorrer, desde uma condição inicial até uma condição final. Considerando-se novamente o exemplo da operação de aplicação de defensivos, distinguem-se: 
.CONDIÇAO INICIAL: 
-cultura no campo atacada pela praga; -máquina no galpão; 
-defensivo estocado no almoxarifado. 
.CONDIÇÃO FINAL: 
-defensivo recobrindo a cultura; -máquina limpa no galpão; 
-registro de operação no controle administrativo; -operação contabilizada. 
Entre essas condições, foram percorridas as etapas seguintes: 
INICIO / preparo da máquina > regulagem da má- quina > aplicação do defensivo no campo 
> limpeza e manutenção da máquina --> controle operacional e custos / FIM. 
O estudo individualizado de cada uma dessas etapas revela a existência de subetapas, a saber: 
1.8 ETAPA -PREPARO DA MAQUINA: Subetapas : 
1/ A) acoplamento do pulverizador ao trator; 
1/8) testes preliminares para verificar as condições de funcionamento; 
1/C) eliminação de vazamentos e/ou entupimentos; 
1/D) execução de pequenos ajustes ou reparos. 
2.8 ETAPA -REGULAGEM DA MAQUINA: Subetapas: 
2/ A) determinação do espaçamento entre os bicos na barra e 
respectivo posicionamento; 
2/8) aferição da velocidade de deslocamento e características da faixa de deposição; 
2/C) cálculos e determinação da proporção da mistura de defensivo + veículo (água). 
3.8 ETAPA- APLICAÇÃO DO DEFENSIVO NO CAMPO: Subetapas: 
3/ A) avaliação da área a ser trabalhada; 
3/8) verificação das condições de funcionamento da máquina (velocidade, altura da barra, efeito de ventos etc.) ; 
3/C) registro dos tempos (de preparo, regulagens, transporte, reabastecimento e aplicação); 
3/D) avaliação dos tempos mortos e trabalho efetivo da má- quina; 
3/E) levantamento da quantidade de defensivo aplicado; 3/F) avaliação qualitativa da aplicação do defensivo. 
4.a ETAPA -LIMPEZA E MANUTENÇÃO DA MÁQUINA: Su betapas : 
4/ A) lavar a máquina e/ou descontaminá-la; 4/8) desacoplar o pulverizador do trator; 
4/C) fazer a manutenção diária da máquina e do trator; 4/D) preencher a ficha de controle. 
5.a ETAPA -CONTROLE OPERACIONAL E CUSTOS: Subetapas: 
5/ A) registro da operação no controle operacional; 5/8) contabilidade da operação. 
Utilizando um diagrama de blocos, podemos relatar graficamente essas etapas, como ilustra afigura 2.1 : cada bloco representa uma etapa importante da sequência a percorrer desde a condição inicial até à condição final. Pode-se considerar, de forma figurada, cada bloco como uma gaveta rotulada com a designação da etapa e contendo em seu interior as subetapas ou atividades que a caracterizam. 
figura 2.1 -Diagrama de blocos das etapas da operação de aplicação de defensivos numa cultura. Cada bloco funciona como uma gaveta que contém as atividades 
envolvidas em cada etapa da sequência. 
Como se observa por essa figura, cada etapa envolve atividades cujo desenvolvimento exige conhecimentos técnicos, discernimento, bom senso e tino administrativo, além de um comportamento racional e responsável, tanto por parte de quem executa como de quem manda executar. Quem executa (tratorista, operador de máquinas 
gL".1 U"'V"' ~OU"',. aJ U ~U"' 'OL",' ~OL""'~OU, dI.;OLU, I.;UIIII.JII'II~IILU U~ ordens etc.) e b) como fazer (treinamento adequado, prática etc.), Quem manda executar( engenheiro agrônomo, técnico agrícola etc.), além de saber o que fazer e como fazer, deve saber: a) mandar executar no momento certo (previsão, planejamento, coordenação etc.) e b) controlar os tempos e os custos (controle operacional e econômico). 
Nas disciplinas-requisito, do fluxograma curricular da ESALQ, foram estudados os aspectos: "O que fazer" e "como fazer". Na disciplina, LER 566 -MECANIZAÇAO AGRICOLA, para a qual esta obra é livro-texto, serão tratados os aspectos relacionados com "o fazer no tempo certo" e "0 controle dos tempos e custos" da execução. Para isso, estuda-se, inicialmente, a maneira pela qual são desvendadas as particularidades de uma operação e as formas de apresentá-Ias graficamente, isto é, relatá-las. 
2.4. FLUXOGRAMAS 
Fluxograma é uma técnica de análise operacional que emprega diagramaspara indicar a direção de fluxo de materiais ou os caminhos seguidos numa sequência de operações. 
Os fluxogramas são utilizados, principalmente, nas seguintes situações: a) levantamento de métodos, condições ou situações existentes; b) planejamento de atividades ou operações a realizar; c) programação de modificações a introduzir num método de trabalho. 
A elaboração de um fluxograma envolve os seguintes passos: 1,0) execução de um diagrama de blocos, onde são. caracterizadas as etapas a percorrer na realização da operação analisada como o 
: ilustrado abaixo; 2,0) preparo do fluxograma, onde as etapas são t 
2.5. GRAFICO DE GANTT 
Gráfico de Gantt é uma técnica de análise operacional que emprega um mapa para registro de operações que serão ou que já foram realizadas. A denominação foi dada por Wallace (1) em homenagem a Gantt, primeiro racionalizador norte-americano a empregar tal mapa cronológico. 
Esse gráfico é utilizado' tanto para planejamento como para controle cronológico de operações, e sua execução é feita através dos seguintes passos: 1,0) levantamento das operações e das datas em que deverão ser ou em que foram realizadas; 2.0) levantamento 
dos aspectos quantitativos envolvidos nas operações; 3.0) elaboração do mapa cronológico, com base nos passos anteriores. 
Para melhor esclarecer como essa técnica de análise operacional é empregada, tomemos o seguinte exemplo (2): planejar, através do gráfico de Gantt, as operações agrícolas requeridas para a restau- ração de 300 ha de cana-de-açúcar, para produção de cana de ano e meio. O primeiro passo constitui no levantamento das operações envolvidas e das datas em que deverão ser realizadas, através do seguinte diagrama de blocos: 
, .-- D estabelecimento das respectivas datas de realização. Os períodos 
em que essas operações devem ser executadas são estabelecidos em função das recomendações agronômicas, que levam em conta as condições climáticas da região considerada e as fases naturais do ciclo vegetativo das plantas. 
Consideremos, portanto, as recomendações geralmente aceitas pelos especialistas {3) sobre as épocas mais adequadas para execução das operações {práticas agrícolas) na cultura de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo: 
.destruição de soqueiras, envolvendo ara- agosto a rão {1.8) e gradagem {1.8) novembro 
.preparo do solo para plantio, envolvendo dezembro aração (2.a) e gradagem (2.a) a março 
.plantio e adubação, com plantadora-abu- dezembro badora cortadora de toletes a março 
.tratos culturais, envolvendo: 
-1.0 cultivo mecânico, 30 dias após o janeiro plantio a abril 
-2.0 cultivo mecânico, 60 dias após o fevereiro plantio. a maio 
-3.0 cultivo mecânico. agosto a setembro 
O segundo passo envolve o levantamento dos aspectos quantitativos, isto é, o tempo disponível, a área a ser trabalhada e a intensidade operacional (quantidade de trabalho a ser realizado na unidade de tempo). Inicialmente, é necessário determinar quantos dias de trabalho existem nos períodos recomendados para realização das operações. Nesse particular, são considerados os seguintes fatores: a) domingos e feriados; b) probabilidade de dias chuvosos (com precipitação pluviométrica que torne impraticável o trabalho); c) probabilidade de imprevistos (quebra das máquinas, falta de operadores, acidentes etc.). Num dado período, é relativamente fácil saber quais são os domingos e feriados, a fim de obter os dias úteis de jornada de trabalho. Entretanto, saber quantos não serão aproveitados devido a chuvas ou à ocorrência de imprevistos, é problema bem mais complexo. A previsão de ocorrência de dias secos e chuvosos, baseada na teoria das probabilidades, já foi objeto de estudos nos E.U.A. (4). Com relação a imprevistos, a forma mais simples de proceder é considerar uma percentagem sobre o total de dias úteis do período em estudo. Para isso, são de particular importância as anotações de controle dos serviços das máquinas, através das quais poderá ser estimada a percentagem de dias úteis em que elas permanecerão paradas devido a quebras, imprevistos etc., em perío- dos idênticos do ano agrícola anterior. 
Após terem sido considerados os fatores acima, os aspectos quantitativos das operações a realizar são relatados da forma apresentada no quadro da figura 2.4. Neste, as datas sob a coluna intitu- lada período recomendado, foram estabelecidas a partir das recomen- dações agronômicas (3) e levando em conta as características das 
atividades da propriedade agrícola considerada. Os dias viáveis de trabalho foram determinados tendo em vista os domingos e feriados, as condições climáticas e uma tolerância arbitrária para imprevistos, nos respectivos períodos de interesse. Dois dados são considerados na coluna de intensidade operacional: a) a área que deverá ser, em média, trabalhada diariamente; b) a área a ser trabalhada em cada quinzena. São necessários esses dois dados para que o planejamento se torne suficientemente flexível para atender a condições supervenientes. 
o terceiro e último passo é a elaboração do gráfico de Gantt, comumente designado, de maneira imprópria, cronograma*. A figura 2.5 mostra o gráfico de Gantt obtido a partir dos dados fornecidos pelo quadro da figura 2.4. Os períodos de execução das operações são assinalados por linhas horizontais contendo, no início e no término, indicação dos dias em que a operação deve ser iniciada e terminada. 
Figura 2.4- Datas de realização das operações e áreas a serem trabalhadas, no exemplo iIustrativo de aplicação do gráfico de Gantt em planejamento. 
Além da aplicação em planejamento, o gráfico de Gantt poderá. ser utilizado em controle, comando e coordenação. 
Exemplos da aplicação em controle são mostrados nos quadros das figuras 2.6 e 2.7. 
Com relação à aplicação do gráfico de Gantt em comando e coordenação, o quadro da figura 2.8 ilustra um exemplo típico: a distribuição semanal dos serviços de tratores de uma propriedade agrícola. 
Figura 2.5 -Gráfico de Gantt do planejamento das operações agrícolas envolvidas na restauração de 300 hectares de canavial para produção de "cana de ano e meio".

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