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Aula 17

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AULA 17 PG 1 
LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA
AULA 17 PG 2 
LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA 
Este material é parte integrante da disciplina “Linguagem e Argumentação Jurídica” 
oferecido  pela  UNINOVE.  O  acesso  às  atividades,  as  leituras  interativas,  os 
exercícios, chats, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser 
feitos diretamente no ambiente de aprendizagem on­line.
AULA 17 PG 3 
LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA 
Sumário 
AULA 17 • LINGUAGEM NA PETIÇÃO INICIAL..............................................................................4 
BIBLIOGRAFIA ...............................................................................................................................7
AULA 17 PG 4 
LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA 
AULA 17 • LINGUAGEM NA PETIÇÃO INICIAL 
É por meio da petição inicial, e disso já tratamos em outro momento de nossas aulas, que 
o Poder Judiciário toma conhecimento dos fatos que desencadearam algum conflito de interesses 
que não pode ser resolvido por meio de algum tipo de transação, isto é de acordo extrajudicial, por 
isso a petição inicial é de extremada importância. 
Desde  logo,  precisamos  dizer  que  a  redação  da  petição  inicial  não  é  livre,  mas,  sim, 
engessada pelo artigo 282, do Código de Processo Civil que elenca os requisitos indispensáveis 
da petição inicial. 
Uma petição inicial só deve ser feita depois da busca da literatura técnica atualizada que 
trate do assunto a ser discutido na petição inicial, bem como depois da pesquisa de acórdãos, isto 
é, decisões recentes dos tribunais, acerca do tema. 
Essa  pesquisa  prévia  e  necessária  ajuda  na  construção  do  raciocínio  lógico­jurídico 
necessário  para  a  redação  da  petição  inicial,  que  deverá  retratar  o  fato,  descrevendo­o 
circunstancialmente, numa sequência lógico­temporal que marca o texto narrativo, como já vimos 
em aula anterior ao discutir essa modalidade redacional. 
A  pesquisa  preparatória  e  anterior  à  petição  inicial  é  importante,  principalmente  porque 
ajuda a preparar os argumentos necessários para a parte dissertativa da petição inicial, em que o 
advogado  deverá  mostrar,  de  forma  indutiva  ou  dedutiva,  o  direito  a  ser  aplicado  aos  fatos, 
apontando a solução que deseja ver estampado na sentença. Vale ressaltar que a petição inicial é 
o espelho da sentença. 
Nesta  aula  você  conhecerá  a  estrutura  da  petição  inicial  e  seus  elementos 
estruturantes, ou seja, seus elementos essenciais enumerados no artigo 282, do Código 
de Processo Civil. Além disso,  compreenderá o nível de  linguagem empregada nesse 
tipo de redação. 
Ao redigir uma petição inicial pode o advogado dar o seu toque pessoal. Impregná­la de 
um estilo pessoal, no entanto, sem transformá­la numa peça literária ou jornalística. Na 
petição  inicial, o advogado deve mostrar­se discreto, elegante, coeso, claro, preciso e 
conhecedor do vernáculo e da linguagem técnica.
AULA 17 PG 5 
LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA 
Embora  a  lei  não  exija,  a  prática  forense  e  o  costume  profissional  fazem  com  que  as 
petições iniciais tragam o nome da ação que está se propondo. Após a qualificação das partes e 
talvez  da  indicação  do  nome  da  ação,  a  critério  do  advogado,  a  petição  inicial  segue  com  a 
narração dos  fatos que deram origem ao conflito de  interesse e, ainda,  dos  fatos  violadores do 
direito do autor. Numa relação lógica, o advogado deve indicar os fatos e as suas consequências 
jurídicas. 
Nessa parte da petição inicial, deve o advogado tomar o cuidado de não cometer erros de 
ortografia, pontuação e, especialmente, apresentar uma linguagem coesa, escorreita, inteligível e, 
ao mesmo tempo, rica, isto é, sofisticada, mas sem excessos e rebuscamentos que comprometem 
uma leitura fácil, tanto pelo juiz quanto pela parte contrária. 
Depois de narrados os fatos e as consequências decorrentes do fato  jurídico eleito como 
relevante,  o advogado dá  início  à parte dissertativa­argumentativa da petição  inicial. Em outras 
palavras, depois de apresentar os fatos, deve o advogado apontar qual a solução que entender 
ser a mais adequada para o que foi apresentado. 
Aqui  os  argumentos  de  autoridade,  que  vimos  em  aulas  anteriores,  serão  usados, 
representados pela  transcrição de  trechos de doutrinas, acórdãos, súmulas e artigos de  lei, que 
embora não sejam obrigatórios,  enriquecem o  texto. Só não se pode esquecer da estrutura do 
texto dissertativo­argumentativo. 
A  parte  conclusiva dessa  parte  dissertativa­argumentativa  da petição  inicial  é  ou  são  os 
pedidos que o advogado deve formular ao juiz. O pedido deve ser preciso, extremado de dúvida, 
por isso determina a lei que o autor deve formular o pedido com todas as suas especificidades, ou 
seja, com detalhes, sob pena de não poder ser atendido pelo juiz na sentença. 
Na parte final da petição inicial, deve o advogado formular os requerimentos, cuja estrutura 
vimos em outra aula e aqui estão inseridos os requerimentos de citação do réu, de produção de 
provas  em  todas  as  suas  modalidades,  previstas  no  artigo  212,  do  Código  Civil,  benefício  da 
justiça gratuita, de condenação da parte contrária na sucumbência. 
De acordo com os termos do artigo 282, do Código de Processo Civil, a petição inicial 
deve  conter  a  indicação  do  juízo  competente,  segundo  as  regras  de  fixação  de 
competência descritas nos artigos 88 a 100, do Código de Processo Civil, bem como a 
qualificação  completa  das  partes,  isto  é,  a  indicação  de  todos  os  dados  necessários 
para  a  exata  identificação  daqueles  que  vão  demandar,  ou  seja,  autor  e  réu.  Essa 
qualificação consiste, nos termos da lei, na indicação do nome completo, no apelido, na 
nacionalidade, na profissão, no domicílio, na residência, no estado civil.
AULA 17 PG 6 
LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA 
Estruturalmente, a petição vem na forma de articulado, isto é, depois da indicação do juízo 
competente com o uso adequado do pronome de tratamento correto e sempre por extenso e da 
indicação das partes, o texto narrativo e dissertativo­argumentativo vem antecedido de números 
ou de rubricas. 
A petição inicial, como qualquer peça técnica, deve sempre ser escrita em terceira pessoa. 
Não se usa, portanto, a primeira pessoa do plural, nem mesmo o plural majestático. 
Evite  os  latinismos,  isto  é,  o  uso  de  expressões  em  latim,  ainda  que  tenham  seu  uso 
consagrado pelos brocardos jurídicos, eles não podem ser inseridos a esmo nas petições iniciais, 
na medida em que mais do que demonstrar erudição, essas expressões tornam difícil a leitura das 
peças técnicas. 
Não se quer aqui negar ou proibir o uso do latim, mormente porque essa foi a  língua em 
que  todo  o  direito  ocidental  foi  escrito.  Recomenda­se,  isso  sim,  que  seu  emprego  seja  feito 
apenas quando se conhecer o sentido e o contexto em que a expressão for usada. 
A petição inicial e o tribunal não são existem para a prática de exibicionismos linguísticos e 
erudição desnecessária. É preciso evitar o uso de uma linguagem hermética, isto é, fechada em si 
mesmo  e  impenetrável,  que,  geralmente,  só é  agradável a  quem  escreve  e não  a  quem  lê. O 
preciosismo  e  o  rebuscamento  da  linguagem  jurídica  se  tornaram,  no  mundo  contemporâneo, 
vício de linguagem. 
Evite, portanto, na petição inicial o emprego de uma linguagem artificial e postiça, porque 
mais do que causar uma boa impressão, sacrifica a ideia a ser transmitida e muito possivelmente 
o direito do cliente. 
Causa  melhor  impressão  quem  escreve  com  simplicidade,  humildade  e  clarezado  que 
aquele que pernosticamente se expressa de forma a não se compreendido. 
Assim,  o  advogado  poderá  numerar  cada  parágrafo  da  petição  inicial,  que  se 
recomenda não ter mais do que de seis a oito linhas ou encimar cada parágrafo com as 
seguintes rubricas: Dos Fatos, Dos Fundamentos, Do Pedido, Dos Requerimentos.
AULA 17 PG 7 
LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA 
BIBLIOGRAFIA 
Acquaviva, Marcus. Cláudio redação forense e petições iniciais. São Paulo: Ícone, 1991. 
Blikstein, Izidoro. Técnicas de comunicação escrita. São Paulo: Ática, 1985.

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