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PSICOLOGIA FREUD

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Resumo
O presente trabalho apresenta algumas considerações preliminares para uma abordagem cognitiva da doutrina psicológica presente na obra de Freud. Analisam-se as teorias freudianas da representação, do pensamento e da linguagem com a finalidade de mostra a coerência de seus conceitos com modelos que estão sendo debatidos atualmente nas ciências cognitivas. Os aspectos relevantes da teoria freudiana e alguns conceitos sobre o assunto procuram-se mostrar como os modelos atuais e os modelos freudianos que concebem o pensamento como originário da experiência do sujeito, argumentando-se que não há dois processos de pensamento distinto, mas diferentes padrões de conexão entre representantes. A psicanálise é assumida como ato, isto é, trabalho de tratamento de neurose. “Psicanálise” foi o nome dado por Freud a esse trabalho.
A psicologia psicanalítica, ou metapsicologia, como Freud a chamava, é a construção teórica empreendida para descrever e explicar o funcionamento psíquico implícito nas formações do inconsciente, cuja analise mostrava de modo sistemático o desdobramento da vida mental em dois conjuntos organizados de pensamento, independentes um do outro, embora referentes a mesma questão. Freud considera as representações como entidades analógicas e imagéticas. Elas se originam da percepção, seja interna (os traços mnésicos das excitações internas), seja externa (as imagens mnésicas dos objetos), e são concebidas como unidades mentais, fundamentalmente imagens psíquicas de objetos e sensações exteriores ao aparelho psíquico. Como não são entidades isoladas, mas estão relacionadas em redes associativas que espelham sua ocorrência na realidade externa, são capazes de representar também relações e eventos. A psicanálise é um método de tratamento para perturbações ou distúrbios nervosos ou psíquicos, ou seja, provenientes da psique; bastante diferente da hipnose ou do método catártico. A terapêutica pela catarse hipnótica deu excelentes resultados, não obstante as inevitáveis relações que se estabeleciam entre médico e paciente. 
Posteriores investigações levaram Freud a modificar essa técnica, substituindo a hipnose por um método de livre associação de idéias (psicanálise). O método psicanalítico de Sigmund Freud consistia em estabelecer relações entre tudo àquilo que o paciente lhe mostrava, desde conversas, comentários feitos por ele, até os mais diversos sinais dados do inconsciente. O psicanalista deveria "quebrar" os vínculos, os tratos que fazemos ao nos comunicarmos uns com os outros. Ele não poderia ficar sentado ouvindo e compreendendo apenas aquilo que o seu paciente queria dizer conscientemente, mas perceber as entrelinhas daquilo que ele o diz.
É o que se chama de quebra do acordo consensual. Há uma ruptura de campo, pois o analista não se restringe somente aos assuntos específicos, e sim ao todo, ao sentido geral. Freud sempre achou que existia certo conflito entre os impulsos humanos e as regras que regem a sociedade. Muitas vezes, impulsos irracionais determinam nossos pensamentos, nossas ações e até mesmo nossos sonhos. Estes impulsos são capazes de trazer à tona necessidades básicas do ser humano que foram reprimidas, como por exemplo, o instinto sexual. Freud vai mostrar que estas necessidades vêm à tona disfarçadas de várias maneiras, e nós muitas vezes nem vamos ter consciência desses desejos, de tão reprimidos que estão. Freud ainda supõe, contrariando aqueles que dizem que a sexualidade só surge no início da puberdade, que existe uma sexualidade infantil, o que era um absurdo para a época. E muitos de nossos desejos sexuais foram reprimidos quando éramos crianças. Estes desejos e instintos, sensibilidade sensitiva que todos nós temos, são a parte inconsciente de nossa mente chamada id. É onde armazenamos tudo o que foi reprimido, todas as nossas necessidades insatisfeitas. "Princípio do prazer" é esta parte que existe em cada um de nós. Mas existe uma função reguladora deste "princípio do prazer", que atua como uma censura ante aos nossos desejos, que é chamada de ego. Precisamos desta função reguladora para nos adaptar ao meio em que vivemos. Nós mesmos começamos a reprimir nossos próprios desejos, já que percebemos que não vamos poder realizar tudo o que quisermos. Vivemos em uma sociedade que é regida por leis morais, as quais tomaram consciência desde pequenos, quando somos educados.
A consciência do que podemos ou não fazer, segundo as regras da sociedade em que vivemos é a parte da nossa mente denominada superego (princípio da realidade). O ego, vai se apresentar como o regulador entre o id e o superego, para que possamos conciliar nossos desejos com o que podemos moralmente fazer. O paciente neurótico nada mais é do que uma pessoa que despende energia demais na tentativa de banir de seu consciente tudo aquilo que o incomoda (reprimir), por ser moralmente inaceitável. 
A psicanálise se apoia sobre três pilares: a censura, o conteúdo psíquico dos instintos sexuais e o mecanismo de transferência. A censura é representada pelo superego, que inibe os instintos inconscientes para que eles não sejam exteriorizados. Nem sempre isso ocorre, pode ser que eles burlem a censura, por um processo de disfarce, manifestando-se assim com sintomas neuróticos. Existem diversas formas de exteriorizarmos nossos instintos inconscientes: os atos falhos, que podem revelar os segredos mais íntimos e os sonhos. Os atos falhos são ações inconscientes que estão em nosso cotidiano; são coisas que dizemos ou fazemos que um dia tenha reprimido. 
Os instintos sexuais são os mais reprimidos, visto que a religião e a moral da sociedade concorrem para isso. Mas, é aí que o mecanismo de censura torna-se mais falho, permitindo assim que apareçam sintomas neuróticos. Explicando a sua teoria da sexualidade, Freud afirma que há sinais desta logo no início da vida extra uterina, constituindo a libido. 
Último dos pilares da psicanálise, a transferência, é também uma arma, um trunfo usado pelos psicanalistas para ajudar no tratamento do paciente. Naturalmente, o paciente irá transferir para o analista as suas pulsões, positivas ou negativas, criando vínculos entre eles. O tratamento psicológico deve, então, ser entendido como uma reeducação do adulto, ou seja, uma correção de sua educação enquanto criança. 
Assim, Freud desenvolveu um método de tratamento que se pode igualar a uma "arqueologia da alma", onde o psicanalista busca trazer à luz as experiências traumáticas passadas que provocaram os distúrbios psíquicos do paciente, fazendo com que assim, ele encontre a cura. Vários conceitos desenvolvidos por Freud serviram a diversos ramos da psicologia e possibilitaram o avanço dessa ciência que é muito mais do que um simples complemento da psiquiatria, quanto uma especialidade médica. 
Freud teve grande contribuição nas correntes da ciência, arte e da filosofia. É o pai da psicanálise, e o que é psicanálise? É uma teoria que pretende explicar o funcionamento da mente humana, a partir dessa explicação ela se transforma num método de tratamento de transtornos mentais.
Conclusão
Sigismund Schlomo Freud, mais conhecido como Sigmund Freud, foi um médico neurologista criador da psicanálise. É considerado o grande nome da psicanálise de todos os tempos. Ele foi o responsável pela revolução no estudo da mente humana. O rápido percurso feito até aqui mostra que a noção freudiana de representação e pensamento é compatível com o sistema categorial proposto por Kosslyn. Lembremos que Freud concebe as representações de coisa como complexos abertos de sensações, representados por uma sensação saliente, no caso a visual, sensações que são imagens mnésicas ou traços de memória deixados no aparelho pela experiência perceptual. A psicanálise pode levar as pessoas a entenderem que os conflitos internos são inerentes ao ser humano normal, auxiliando-os a conviver com eles.Referências Bibliográficas
 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000100009
(1915/1974a) "O inconsciente", v. XIV.

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