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Resumo de Direito de Empresa: Propriedade Industrial: Ramo do direito empresarial que estuda os objetos protegidos pela Lei de propriedade industrial (Lei 9.279 de 1996). OBS: Propriedade Intelectual - protege o direito do autor de obra intelectual como obras literárias, artísticas musicais e programas de computador. Patentes: Art. 6º: Ao autor de invenção ou modelo de utilidade será assegurado o direito de obter a patente que lhe garanta a propriedade, nas condições estabelecidas nesta lei. Natureza Jurídica: Os objetos protegidos pela lei de propriedade industrial são considerados bens imateriais buscando a legislação equilibrar o interesse público da população às novas tecnologias com o interesse do inventor de beneficiar-se economicamente do objeto protegido. Por esse motivo, as cartas patentes conferirão aos seus titulares o direito de explorar o objeto de forma exclusiva, durante a vigência da patente sendo que terminando a proteção, o objeto cairá em domínio público, podendo ser reproduzido por qualquer interessado. Requisitos: Novidade- Será preenchido o requisito de novidade quando o inventor desenvolver o produto que não esteja compreendido no da técnica. O estado da técnica compreende em todo o conhecimento produzido até a data da de depósito do pedido da patente. Após o depósito, o conteúdo do pedido fará parte do estado da técnica. Na invenção, o requisito de novidade se refere ao próprio objeto que deverá ser desconhecido de especialistas no assunto. No modelo de utilidade esse requisito restringe-se aos aperfeiçoamentos e novas características que forem obtidas com o modelo de utilidade. Atividade inventiva: Para ser patenteável deverá ser desenvolvido e trabalhado pelo inventor a fim de serem atingidos os objetivos da invenção ou do UM. Por esse motivo, descobertas científicas, cálculos matemáticos, substâncias naturais ou biológicas não são registráveis. OBS: Os itens descritos nos incisos IV e V do Art. 10 não são protegidos pelo direito empresarial, mas sim pelo civil. Todavia, poderão ser registrados os produtos modificados geneticamente e os medicamentos obtidos a partir dessas substâncias e descobertas científicas. Processo da Concessão de Patente: Art.30, Lei 9279/96 Prazo de 18 meses se estiver parado. • O prazo de vigência começa a partir do depósito. Requisitos necessários à formalização da patente: • O art. 14, da lei supra. • O inciso III é o mais importante, por diferenciar a invenção dos outros disponíveis no mercado. • O ar.19 traz os elementos que deverão acompanhar o pedido de patente. • As reinvindicações constituem a parte mais importante do pedido de concessão da patente, pois dentro deste tópico o inventor apresenta as características que distinguem o seu objeto dos demais protegidos no mercado. E ainda deverá apresentar as inovações tecnológicas que exigem proteção. Prazo: Após a publicação do pedido de patente, o requerente deverá aguardar no mínimo 60 dias a contar da publicação e no máximo 36 meses contados do depósito para efetuar o pedido de início de fase de exame. OBS: Caso o pedido tenha sido arquivado por ter transcorrido o prazo de 36 meses contados do depósito para a fase de exame, o requerente poderá requerer o desarquivamento no prazo de 60 dias, mediante o pagamento de retribuição específica. Na fase de exame, o requerente deverá cumprir as exigências no prazo de 60 dias, conforme art. 34. O art. 35 prevê o final da fase de exame, que poderá proferir laudo pela patenteabilidade ou formular exigências técnicas ou até a adaptação ou reformulação do pedido. Por último, também será possível parecer técnico pela não patenteabilidade. De acordo com o art. 36, caso o parecer seja pela não patenteabilidade, o requerente poderá apresentar recurso, pedindo a reforma da decisão no prazo de 90 dias. Art. 37 - Decisão deferindo ou indeferindo a concessão da patente. Vigência da Patente: A patente vigorará pelo período de 20 anos a contar do depósito para invenções e 15 anos a contar do depósito para os modelos de utilidade. É comum que os processos de concessão de patente durem muitos anos para chegar ao seu termo. Desta forma o legislador estabeleceu que seria assegurada a vigência mínima de 10 anos a contar da concessão da para a patente de invenção e a vigência mínima de 7 anos, também contados da concessão para o modelo de utilidade (M.U). Das Licenças Seção I Da Licença Voluntária Permite que outro empresário utilize sua invenção, explorando economicamente, mas você não perde a titularidade. Licença: Através da patente o seu titular permite que outro empresário se utilize economicamente do objeto protegido mediante remuneração. O contrato deverá ser averbado no INPI a fim de que o mesmo produza efeitos com relação a terceiros. OBS: No contrato de cessão de patente, o titular transfere os seus direitos para outro empresário. Perde definitivamente a sua titularidade. Art. 61. O titular de patente ou o depositante poderá celebrar contrato de licença para exploração. Parágrafo único. O licenciado poderá ser investido pelo titular de todos os poderes para agir em defesa da patente. Art. 62. O contrato de licença deverá ser averbado no INPI para que produza efeitos em relação a terceiros. § 1º A averbação produzirá efeitos em relação a terceiros a partir da data de sua publicação. § 2º Para efeito de validade de prova de uso, o contrato de licença não precisará estar averbado no INPI. Art. 63. O aperfeiçoamento introduzido em patente licenciada pertence a quem o fizer, sendo assegurado à outra parte contratante o direito de preferência para seu licenciamento. Da Licença Compulsória Poderá ser concedida a licença compulsória quando o titular da patente cometer alguma das hipóteses previstas no Art. 68. Art. 68. O titular ficará sujeito a ter a patente licenciada compulsoriamente se exercer os direitos dela decorrentes de forma abusiva, ou por meio dela praticar abuso de poder econômico, comprovado nos termos da lei, por decisão administrativa ou judicial. Art. 69. A licença compulsória não será concedida se, à data do requerimento, o titular: I - Justificar o desuso por razões legítimas; II - Comprovar a realização de sérios e efetivos preparativos para a exploração; ou III - justificar a falta de fabricação ou comercialização por obstáculo de ordem legal. Art. 70. A licença compulsória será ainda concedida quando, cumulativamente, se verificarem as seguintes hipóteses: I - Ficar caracterizada situação de dependência de uma patente em relação a outra; II - O objeto da patente dependente constituir substancial progresso técnico em relação à patente anterior; e III - o titular não realizar acordo com o titular da patente dependente para exploração da patente anterior. § 1º Para os fins deste artigo considera-se patente dependente aquela cuja exploração depende obrigatoriamente da utilização do objeto de patente anterior. § 2º Para efeito deste artigo, uma patente de processo poderá ser considerada dependente de patente do produto respectivo, bem como uma patente de produto poderá ser dependente de patente de processo. § 3º O titular da patente licenciada na forma deste artigo terá direito a licença compulsória cruzada da patente dependente. Art. 71. Nos casos de emergência nacional ou interesse público, declarados em ato do Poder Executivo Federal, desde que o titular da patente ou seu licenciado não atenda a essa necessidade, poderá ser concedida, de ofício, licença compulsória, temporária e não exclusiva, para a exploração da patente, sem prejuízo dos direitos do respectivo titular. Parágrafoúnico. O ato de concessão da licença estabelecerá seu prazo de vigência e a possibilidade de prorrogação. Art. 72. As licenças compulsórias serão sempre concedidas sem exclusividade, não se admitindo o sub licenciamento. Art. 73. O pedido de licença compulsória deverá ser formulado mediante indicação das condições oferecidas ao titular da patente Art. 74. Salvo razões legítimas, o licenciado deverá iniciar a exploração do objeto da patente no prazo de 1 (um) ano da concessão da licença, admitida a interrupção por igual prazo. Desenho Industrial: -Art. 94 Atualmente grande parte dos objetos consumidos pela população possuí a proteção do desenho industrial (ex.: móveis, automóveis, celulares) É a configuração externa aplicada em produtos que torna possível a distinção do objeto protegido em relação aos demais disponíveis no mercado. Art. 95. Considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial. Art. 96. O desenho industrial é considerado novo quando não compreendido no estado da técnica. Aqui se o produto já existe ou foi apresentado ao público, não pode ser objeto de proteção. Prazo - Art. 108. O registro vigorará pelo prazo de 10 (dez) anos contados da data do depósito, prorrogável por 3 (três) períodos sucessivos de 5 (cinco) anos cada. Marcas: É a inscrição visualmente perceptível aplicada em produtos ou serviços, a proteção conferida pela marca se dará em todo o território nacional dentro do campo de atividade do titular da marca. Quantos a forma: Nominativa: Confere ao seu titular a proteção sobre uma expressão nominativa. Figurativa: O titular da marca também poderá pedir o registro de marcas figurativas, criando figuras para representar sua marca. (ex.: a maça da apple) • A marca é protegida enquanto o proprietário quiser pagar. Marca Mista: Possui elementos nominativos e figurativos em sua figuração. (ex.: Puma) Marcas Tridimensionais: As marcas também serão consideradas tridimensionais quando forem apresentadas nos três planos visuais (largura, altura e profundidade). De acordo com a lei 9279/96 as marcas serão classificadas quanto a sua utilização como: A) Marca de produto ou serviço, art. 123, desta lei. É aquela aplicada sobre produtos ou serviços de titularidade de seu titular para distinguir os seus produtos dos demais disponíveis no mercado. É importante observar que o mesmo empresário pode ser titular de diversas marcas. Marca de Certificação: É aquela emitida por entidade certificadora atestando a qualidade de produtos ou de serviços. Marcas Coletivas: (123, III) São aquelas que identificam os membros de uma entidade, geralmente uma associação. Quanto a relevância: As marcas podem ser classificadas como marcas notórias ou de alto renome. (art. 125 e 126) As marcas notoriamente conhecidas em diversos países do mundo podem requerer o reconhecimento desta condição perante a convenção da União de Paris sobre propriedade industrial, todos os países signatários da convenção são obrigados a conferir proteção especial as marcas notórias, independentemente de registro. Marca de alto renome: O legislador brasileiro criou as marcas de alto renome para proteger as, mas muito conhecidas no Brasil, o reconhecimento de marca como alto renome confere ao titular proteção em todos os ramos. • A diferença entre as duas está na extensão da proteção. De acordo com o parágrafo segundo do art. 126, da LIP, o INPI pode impedir o registro de marca que reproduz ou imite marca notoriamente conhecida ainda que em outro ramo de atividade. Vigência da Marca (Art. 133): A marca vigorará pelo período de 10 anos contados do depósito, prorrogáveis por períodos sucessivos e iguais. INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS Art. 176. Constitui indicação geográfica a indicação de procedência ou a denominação de origem. Trata-se da denominação que indica a origem de um produto ou de um serviço. Champagne é uma região da França conhecida pela produção de espumantes sendo uma das indicações geográficas mais conhecidas e também desrespeitadas no mundo. CONTRATOS MERCANTIS - Contrato de Compra e Venda Mercantil - Contrato típico do direito empresarial. Trata-se do contrato de compra e venda no qual comprador e vendedor são empresários. O comprador adquire os produtos com a intenção de obter lucro com a sua revenda. No Direito Cambiário será possível a emissão de duplicata mercantil com base em faturas de compra e venda mercantil ou prestação de serviços. As duplicatas são utilizadas para o financiamento, parcelamento das obrigações dos empresários. É um contrato parecido com o contrato de Compra e Venda no Código Civil. Porém a uma diferença importante: A compra e venda mercantil não tem como objetivo o uso do produto como no Código Civil, e sim tem como objetivo o comércio, com o intuito de revender. Isso acontece, pois, o empresário não é o destinatário final daquele produto e sim compra apenas para revender. - Franquia - Contrato de colaboração entre franqueador e franqueados. O franqueador é titular das marcas, produtos e tecnologia empregados na atividade. A principal atribuição do franqueador é fornecer a divulgação da sua marca, em muitos casos, também presta assessoria para a organização dos franqueados. O franqueado por sua vez deverá remunerar o franqueador pela utilização das marcas e serviços prestados. Normalmente é cobrada uma taxa inicial de franquia e royalties fixados sobre o faturamento. OBS: É comum a presença de cláusulas especiais como a proibição de concorrência após o término do contrato de franquia. Água de cheiro foi a primeira rede de franquia no Brasil. Seguro - É um contrato aleatório. É um contrato pelo qual prevê um evento, que caso ele aconteça, a pessoa é indenizada por esse prejuízo. Neste contrato a seguradora se compromete a efetuar o pagamento da indenização, caso ocorra fatos que ensejam o seu pagamento, por exemplo o sinistro. Ocorrendo o sinistro, e tendo sido pago o prêmio (valor pago pelo segurado para ter acesso as proteções previstas do seguro), que ensejará o pagamento da indenização pela seguradora. Franquia do Seguro - Coparticipação caso aconteça o sinistro com terceiros. - Alienação Fiduciária - Neste contrato a financeira assume o domínio indireto sob o bem objeto do financiamento, em confiança ao mutuário o agente financeiro abre mão do direito de usar e fruir do bem. Quando terminar o contrato de financiamento o mutuário adquire plena titularidade sobre o Objeto. - Leasing ou Arrendamento Mercantil - Contrato através do qual o arrendador adquire bens que serão utilizados pelo arrendatário, mediante remunerações periódicas. Ao final do contrato será conferida ao arrendatário a opção de compra dos bens, devidamente depreciados, mediante o pagamento do VRG (Valor Residual de Garantia ou Garantido).
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