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Métodos e Ferramentas de Gestão da Qualidade Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Me. Elaine Aparecida de Araújo Revisão Textual: Prof.ª Me. Natalia Conti Ferramentas e Técnicas para a Melhoria dos Processos e da Qualidade • Mapeamento do Processo · Abordar os processos de melhoria da qualidade utilizando gráficos e diagramas. OBJETIVO DE APRENDIZADO Ferramentas e Técnicas para a Melhoria dos Processos e da Qualidade Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Ferramentas e Técnicas para a Melhoria dos Processos e da Qualidade Mapeamento do Processo Neste capítulo do livro-texto, vocês, futuros administradores irão trabalhar com ferramentas e técnicas importantes para a melhoria dos processos para atingir a qualidade e proporcionar para a organização toda eficiência e eficácia dos processos organizacionais; e para dar sequência aos processos o fluxograma é a forma gráfica utilizada para descrever e mapeá-los. Vejamos: Início/ Fim Documentação Banco de Dados Aguardar Fluxo Atividade Decisão Conector Figura 1 Fonte: Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 O fluxograma representado pela figura 1 tem como objetivo reconhecer todas as etapas dos processos. Processos que tem como característica cumprir “metas”. Metas para: • Otimizar o ciclo – produtividade; • Eliminar os erros – através de identificar os erros; • Eliminar duplicidades – retrabalhos, duplicidades; • Eliminar tarefas – que não contribuem com os processos, tarefas sem valor agregado. INÍCIO AÇÃO AÇÃO AÇÃODECISÃO FIM Figura 2 Fonte: Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 8 9 Através da figura 2 podemos analisar um fluxograma e para a construção de um fluxograma, você, caro aluno, deve responder a algumas perguntas, como sugere o autor RODRIGUES (2012), conforme descrito: 1. As atividades do processo têm um bom desempenho? 2. As atividades podem ser simplifi cadas? 3. Como se pode evitar a ocorrência de erros e desperdícios? Importante! 1 escolher um processo específi co para documentar. 2 Defi nir os limites do processo: início e fi m. 3 Determinar quem vai documentar: uma pessoa ou um grupo. 4 Documentar as etapas reais. 5 Valiar o fl uxograma com especialidades e donos de outros processos. Importante! Como analisar um fluxograma, após mapear todo o processo. Vejamos a seguir um roteiro de questionamentos. Roteiro este que tem como objetivo verificar a eficácia do processo. 1. Quem é o responsável pela etapa? 2. Quem executará a etapa? 3. Qual a formação ou experiência do responsável pela etapa? 4. Qual a informação disponível? 5. Qual a informação que não está disponível? 6. Que indicadores são considerados? 7. Quais os valores agregados? 8. Como estes valores podem ser comparados com os de outros processos? 9. Qual a duração da etapa? 10. Qual o tempo que separa uma etapa da seguinte? 11. Qual a importância da etapa para todo o processo? Vamos praticar, construindo um fluxograma, com um fácil exemplo: “Ações de um profissional para ir ao trabalho no período matinal” 9 UNIDADE Ferramentas e Técnicas para a Melhoria dos Processos e da Qualidade INÍCIO FIM LEVANTAR DA CAMA LER O JORNAL VER TELEVISÃO IR DE CARRO PARA O TRABALHO PEGAR O ÔNIBUS ESTACIONAR NA RUA ANDAR ATÉ O TRABALHO ESPERAR PASSAR A ROUPA PREPARAR O CAFÉ LAVAR O ROSTO NO BANHEIRO OU EM OUTRO LOCAL TOMAR O CAFÉ DA MANHÃ 1 SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO TOMAR BANHO VESTIR-SE ACORDOU NO HORÁRIO? O CARRO ESTÁ LIVRE? PARAR NO ESTA- CIONAMENTO? O BANHEIRO ESTÁ LIVRE? ROUPAS ESTÃO PRONTAS? O CAFÉ ESTÁ PRONTO? 1 NÃO CHEGAR AO TRABALHO BUSCAR INFORMAÇÕES? Figura 3 – Como construir um Fluxograma Fonte: Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 Você, caro aluno, pode perceber através da figura 3 que é muito simples cons- truir o fluxograma. O fundamental é cumprir todas as etapas de forma sequenciada e detalhada. ENTRADA Produto antes do processamento VARIÁVEIS DE ENTRADA • Recursos a serem Transformados • Recursos de Transformação ... ... VARIÁVEIS DE SAÍDA • Bens • Serviços • Resultados Esperados • Situações Indesejadas Fornecedores Informações dos Componentes Informações de Processamento Informações do Produto Processo Clientes SAÍDA Produto após o processamento Figura 4 – Como construir um Mapa do Processo Fonte: Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 Analisando o Mapa de Processo descrito pelo autor Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 p. 94 podemos verificar de forma clara e concisa as informações relevantes, como: entradas, processamento e saídas. 10 11 Entradas estas descritas através da figura “fornecedor”, processamento que podemos detalhar que tem como objetivo descrever o “fluxo” e a saída “clientes”. Dentre as diversas informações que podem constar em um Mapa de Processo, podemos citar: • As operações e ações envolvidas. • Os agentes envolvidos. • Os custos. • As tecnologias utilizadas. • A infraestrutura necessária. • As limitações internas/externas. • O sistema de controle. • O nível de competitividade. • O potencial do mercado. • A satisfação do cliente. • A eficácia ou efetividade. Entradas estas descritas através da figura “fornecedor”, processamento que po- demos detalhar que tem como objetivo descrever o “fluxo” e a saída. Vejamos as etapas para a construção do Mapa do Processo: • Definir o processo ou etapa que vai ser analisado. • Definir a metodologia e os responsáveis pelo mapeamento. • Identificar e detalhar as ações na entrada (variáveis de entrada), no processa- mento (variáveis de processamento) e na saída do processo (variáveis de saída). • Identificar aspectos operacionais e admirativos relativos a cada etapa. • Definir os parâmetros do processo.• Associar os parâmetros do processo e as variáveis de entrada, de processa- mento e saída. ENTRADA SAÍDAPROCESSSAMENTO Tomar Banho Sair do Banheiro Entrar no Banheiro C: Necessidade de tomar banho *C: Necessidade de higiene bucal C: Necessidade de lavar os cabelos *R:Banheiro Disponível R: Limpeza do banheiro C: Existência de energia para aquecer a água C: Integridade da tubulação da água *C: Nível de limpeza pessoal realizado C: Desgaste dos produtos de limpeza C: Tempo gasto no banheiro R: Temperatura do ambiente ao sair do banho C: Fluxo de água R: Temperatura da água *C: Produtos de uso pessoal C: Metodologia utilizada para o banho Figura 5 – Vamos ver um exemplo da Construção de um Mapa de Processo 11 UNIDADE Ferramentas e Técnicas para a Melhoria dos Processos e da Qualidade Lista de verificação A lista de verificação serve como ferramenta de apoio para identificação de pro- blemas e avaliação de posicionamento sobre os processos organizacionais. É descrito através de um formulário onde são tabulados dados, a partir de uma amostra, com o objetivo de identificar a frequência dos processos por um determinado período. Tabela 1 GEIQ – Etapas do SIASP 1 Identificação do processo a ser trabalhado 2 Mapeamento do processo 3 Avaliação do posicionamento do processo 4 Identificação de problemas 5 Seleção do problema prioritário 6 Identificação de causas 7 Seleção da causa mais provável 8 Busca de soluções 9 Plano de ação para implantação da solução 10 Implantação e avaliação 11 Ações alternativas para otimização do processo Fonte: Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 p.95 Figura 6 Fonte: iStock/Getty Images Vejamos cuidados ao construir uma lista de verificação: • Definir o evento ou problema a ser observado. • Definir o período de observação. • Definir a metodologia a ser utilizada na observação. • Construir um formulário. • Definir quem vai coletar os dados. • Verificar a relevância dos dados coletados. 12 13 • Verificar como os dados serão processados e analisados. • Verificar como e onde as informações serão utilizadas. Após verificar os cuidados ao construir uma lista de verificação, é importante deixar claro que a função desta lista é coletar dados, para o processamento de ações para decisões gerenciais. Histograma Histograma são diagramas de barras verticais de Distribuição de Frequência de um conjunto de dados numéricos. A sua finalidade é apresentar a variabilidade dos dados em um determinado período. Vamos entender melhor com as etapas para a construção de um histograma segundo o autor. Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012, p. 95 - teremos as seguintes etapas: Etapa 1: • Escolher o processo. • Definir o indicador de desempenho a ser considerado. • Definir o período de análise ou quantidade de dados. • Coletar dados. Etapa 2: • Calcular a amplitude da amostra Etapa 3: • Calcular o número de classes. Etapa 4: • Calcular amplitude de cada classe. Etapa 5: • Calcular as fronteiras de classe. Etapa 6: • Calcular a quantidade de dados. Etapa 7: • Calcular o ponto médio de cada classe. Etapa 8: • Calcular a frequência de cada classe. Etapa 9: • Construir o histograma 13 UNIDADE Ferramentas e Técnicas para a Melhoria dos Processos e da Qualidade Quanto à Variabilidade Quanto à Assimetria Quanto à Moda Quanto ao Truncamento Variabilidade Pequena Variabilidade Grande Assimetria Positiva Assimetria Negativa Unimodal Bimodal Truncamento no Limite Inferior Truncamento no Limite Superior Figura 7 – Histogramas: Quanto à Forma Fonte: Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 Importante! 1. O histograma apresenta a tendência de um processo e um determinado período. 2. A forma do histograma explicita o tipo de variação ocorrida. 3. Quanto maior a quantidade de dados, mais precisa será a informação sobre a variabilidade do processo. 4. Não é aconselhável tirar conclusões definitivas apenas com a análise de um histograma, é preciso recorrer a outras ferramentas. Importante! O Histograma pode ser construído utilizando o apoio de alguns sistemas ge- renciais, porém o Excel nos permite criar um histograma para este exemplo. Será utilizado Microsoft Excel 2010. 14 15 Vejamos as etapas: Etapa 1 Habilitando o Microsoft Excel 2010 para a Análise de Dados: 1. Entrar em Arquivo; 2. Entrar em Opções; 3. Entrar em Suplementos; 4. Acionar Ferramentas de Analise; 5. Clicar em Ir; 6. Acionar novamente Ferramentas de Analise na janela suplementos; 7. Clicar em Ok. Etapa 2 Construindo o Histograma 1. Digitar os dados em uma só Coluna ou Linha em uma planilha Excel; 2. Entrar em Dados no Menu Principal; 3. Entrar em Análise de Dados; 4. Entrar em Histograma; 5. Clicar em OK; 6. Inserir Dados; 7. Clicar em Nova Planilha ou em Nova Pasta de Trabalho; 8. Clicar em Resultado Gráfi co; 9. Clicar em OK. Fonte: Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 p.103-104. Aplicação das principais medidas estatísticas A aplicação de técnicas estatísticas é fundamental para os processos gerenciais para melhoria da qualidade. Importante! Outros conceitos básicos Evento: é qualquer resultado de um fenômeno aleatório. Fenômeno Aleatório – é qualquer fenômeno que apresenta resultado imprevisível. Espaço Amostral – é o conjunto de todos os resultados possíveis de um fenômeno. Probabilidade - é a medida que apresenta a chance de ocorrência de um evento em um sistema aleatório, e é representada pela razão entre o número de ocorrência deste evento e o número total de casos possíveis. Importante! 15 UNIDADE Ferramentas e Técnicas para a Melhoria dos Processos e da Qualidade Cálculos das Medidas Estatísticas utilizando Microsoft Excel 2010: Seguem os passos necessários para o cálculo das medidas de posição e de varia- bilidade, utilizando o Microsoft Excel (versão 2010): 1. Digitar os dados em uma só Coluna ou Linha em uma planilha Excel; 2. Entrar em Dados no Menu Principal; 3. Entrar em Análise de Dados; 4. Entrar em Estatística Descritiva; 5. Clicar em OK; 6. Inserir Dados; 7. Verificar se os dados foram digitados em Coluna ou Linha; 8. Clicar em Nova Planilha ou em Nova Pasta de Trabalho; 9. Clicar em Resumo Estatístico; 10. Clicar em OK. Calcular, utilizando o Microsoft Excel, as medidas estatísticas do tempo total de cada dia referente ao processo “Ações de um profissional para ir ao trabalho no período matinal”, Caso Referência. Tabela 2 – Tempo total (em minutos), por dia, que um profissional gasta, desde a hora de acordar até a chegada ao trabalho, em 60 dias (Aplicação 3.2) Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Tempo 61 63 65 66 58 69 70 72 75 75 79 78 77 76 80 76 82 83 82 87 Dia 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 Tempo 88 86 84 85 86 85 86 87 108 115 88 89 94 90 91 92 89 93 94 90 Dia 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 Tempo 88 89 92 92 93 94 105 108 103 102 95 101 100 99 98 96 96 98 100 101 Utilizando o Microsoft Excel: Média 87,4 Amplitude 57 Mediana 88,5 Mínimo 58 Moda 88 Máximo 115 Desvio-padrão 12,3 Soma dos dados 5.244 Variânca da amostra 151,1 Nº de dados 60 Fonte: Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 p.113. 16 17 Gráfi co de Controle O gráfico de controle começou a ser utilizado em 1920 com objetivo de controlar a qualidade e em 1992 estabelece o conceito de “tolerância específica” em cada lote. Em 1924 usou-se pela primeira vez o gráfico de controle de qualidade de produtos de fabricação. Vejamos: EVOLUÇÃO NO CONTROLE DO PROCESSO AJUSTAR O PROCESSO MONITORAR E AJUSTAR O PROCESSO PRODUTOINSUMOS INSUMOS PRODUTO PRODUTOREJEITADO INSPEÇÃOINSPEÇÃO PROCESSO REFUGO RETRABALHO MERCADO PRODUTO ACEITO Visão Taylorista Utilização do CEP PRODUTO REJEITADO REFUGO RETRABALHO MERCADO PRODUTO ACEITO CEP INSPEÇÃO Figura 8 Fonte: Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 Podemos verificar na figura 5.5.1. que o processo de Evolução no Controle de Processo da Visão Taylorista é utilizado para avaliar os sistemas da produção. O CEP controla os resultados dos processos. Construção de um Gráfico de Controle com Variáveis - Carta x e R As etapas para a construção de um Gráfico de Controle com variáveis de identificação dos respectivos limites de controle, são as que seguem: Etapa 1 – Tabular os dados por grupos ou lotes. Etapa 2 – Calcular a média (x) dos dados de cada grupo ou lote. Etapa 3 – Calcular a amplitude (R) dos dados de cada grupo ou lote. Etapa 4 – Calcular a média (x), das médias (x) dos grupos ou lote. 17 UNIDADE Ferramentas e Técnicas para a Melhoria dos Processos e da Qualidade Etapa 5 – Calcular a amplitude média (R), das amplitudes dos grupos ou lotes. Etapa 6 – Calcular os Limites de Controle (LCx) através da fórmula: LCx = x ± A2 . R LSCx = x + A2 . R e LICx = x - A2 . R Fonte: Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 p.115. Importante! Devido à limitação do Caso Referência e a complexidade de construção das Cartas x e R utilizando o Microsoft Excel, não apresentaremos aplicações deste item. Sugerimos ao leitor procurar literatura específica e conhecer o Minitab. Importante! Análise utilizando o gráfico de distribuição de Frequência Analisar, através de um gráfico de distribuição de frequência, a situação real do tempo gasto no processo “Ações de um profissional para ir ao trabalho no período matinal”, Caso Referência, e comparar com as seguintes situações ideiais: 1. Tempo médio para se chegar ao trabalho de 80 minutos, com 95% das ocorrências entre 70 e 90 mniutos. 2. Tempo médio para se chegar ao trabalho de 80 minutos, com 99% das ocorrências entre 75 e 85 minutos. Tabela 3 – Tempo total (em minutos), por dia, que um profissional gasta, desde a hora de acordar até a chegada ao trabalho, em 60 dias (Aplicação 3.2) Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Tempo 61 63 65 66 58 69 70 72 75 75 79 78 77 76 80 76 82 83 82 87 Dia 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 Tempo 88 86 84 85 86 85 86 87 108 115 88 89 94 90 91 92 89 93 94 90 Dia 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 Tempo 88 89 92 92 93 94 105 108 103 102 95 101 100 99 98 96 96 98 100 101 Cálculo das medidas estatísticas (Aplicação 3.4): Média 87,4 Moda 88 Mínimo 58 Desvio-padrão 12,3 Intervalo 57 Máximo 115 Fonte: Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 p.117. 18 19 As informações cedidas para o controle gerencial devem contribuir para deixar as estratégias e metas organizacionais mais competitivas com o intuito de vencer os concorrentes trabalhando em conjunto com a tecnologia. Capacidade de um processo A capacidade de um processo é considerando instável quando podemos considerar que os processos estão de acordo com o controle, e só sabemos se este processo está adaptado e aprovado quando temos o aval do controle da qualidade. Segundo o autor RODRIGUES (2012), a capacidade de um processo determina a relação entre o desempenho real e o desempenho detalhado especificado. Um processo é considerado capaz quando: • Atende os limites de especificação definidos pelos clientes; • Encontra-se controlado, ou seja, tem todas as causas comuns entre os limites de controle. Análise da capacidade de um processo Analisar a capacidade do processo “Ações de um profissional para ir ao trabalho no período matinal”, Caso Referência, considerando as duas situações ideais apresentadas na Aplicação 3.5. Situação Ideal 1 O tempo médio para se chegar ao trabalho é de 80 minutos, com 95% das ocorrências entre 70 e 90 minutos. x = 80 σ = 5 LIE = 70 LSE = 90 Cp = −( ) + ×( ) − − ×( ) = < 90 70 80 3 5 80 3 5 0 66 1, Observação: O processo não atende as especificações → Cp<1 Fonte: Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 p.122. 19 UNIDADE Ferramentas e Técnicas para a Melhoria dos Processos e da Qualidade Situação Ideal 2 O tempo médio para se chegar ao trabalho é de 80 minutos, com 99% das ocorrências entre 75 e 85 minutos. x = 80 σ = 1,7 LIE = 75 LSE = 85 Cp = −( ) + ×( ) − − ×( ) = ≅ 85 75 80 3 1 7 80 3 1 7 0 99 1 , , , Observação: O processo atende as especificações, em situações críticas → Cp=1. Fonte: Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 p. 123 Diagrama de Pareto O Diagrama de Pareto é um gráfico de barras verticais que nos permite determinar quais problemas resolver e quais as prioridades, utilizando como suporte para a sua construção a lista de verificação já abordada neste livro-texto, segundo o autor Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 p. 124. O Diagrama de Pareto tem como característica deste processo um percentual de análise sendo: 20% das causas explicam 80% dos problemas, passando assim a ser conhecido como o método 20/80. O Diagrama de Pareto deve ser aplicado em todos os níveis organizacionais, passando a ser uma ferramenta fundamental para o planejamento e implantação de melhorias dos processos. Problemas Qu an tid ad e d e P ro bl em as Fr eq uê nc ia Cu m ul at ivaCurva dafrequência cumulativa 80% MUITOS E TRIVIAIS 20% POUCOS E VITAIS 20% das Causas Explicam 80% dos Problemas Figura 9 Fonte: Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 p.124. 20 21 Vejamos as etapas para a construção de um Diagrama de Pareto: Segundo o autor (Rodrigues, 2012, p. 125), vejamos as etapas para a construção de um Diagrama de Pareto: Etapa 1 – selecionar processo Etapa 2 – selecionar as etapas do processo, determinar um período de análise e coletar dados em uma lista de verificação Etapa 3 – Definir metas para as etapas do processo Etapa 4 – Comparar dados coletados com metas das etapas e identificar as não conformidades Etapa 5 – Selecionar as não conformidades em ordem decrescente Etapa 6 – Calcular frequência cumulativa, considerando o total de não confor- midade, com as não conformidades Etapa 7 – Construir o diagrama em colunas verticais, com as não conformidades identificadas utilizando um sistema de eixos cartesianos, em ordem decrescente. Etapa 8 – Construir a curva da frequência cumulativa (Curva de Pareto) Etapa 9 – Verificar quais problemas à ordenada 80% no eixo de frequência cumulativa. Construção de um Diagrama de Pareto Construir um Diagrama de Pareto utilizando o caso “ações de um profissional para ir ao trabalho no período matinal”. Caso Referência, vejamos: • Selecionar o processo a ser analisado (etapa 1); • Selecionar etapas do processo, determinar um período de análise e coletar dados em uma lista de verificação (etapa 2) • Selecionar as não conformidades em ordem decrescente (etapa 3) • Comparar os dados coletados e identificar as não conformidades (etapa 4) • Construção do diagrama em colunas verticais (etapa 5) • Construir a curva da frequência cumulativa (etapa 6) • Verificar quais não conformidades correspondem à ordenada 80% ou mais próxima deste valor (etapa 7) Tabela 4 Etapas do Processo Levantar da cama Preparar café De ônibus ao trabalho Espera banheiro Tomar café Tempo para estacionar Tomar banho Ler jornal Estacionamento no trabalho Passar roupas Noticiário na TV Vestir roupas De carro ao trabalho Fonte: Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 p.125 21 UNIDADE Ferramentas e Técnicas para a Melhoria dos Processos e da Qualidade Brainstorming: TempestadeCerebral Brainstorming ou Tempestade Cerebral é uma técnica utilizada para criação de ideias, estratégias no menor tempo possível para a organização, tornando-se assim a empresa mais competitiva de acordo com Rodrigues (2012 p. 128). Vejamos as etapas para Brainstorming • Etapa 1 – estabelecer o objetivo a ser tratado claramente. • Etapa 2 – Convocar equipe. • Etapa 3 – Indicar um coordenador para dirigir a equipe • Etapa 4 – Indicar um membro da equipe que irá registrar as ideias e administrar o tempo. • Etapa 5 – Definir regras de funcionamento como: » Definir metodologia, a forma de participação ou intervenção dos membros; » Todas as ideias devem ser registradas onde possam ser vistas por todos. » Nenhuma ideia pode ser criticada ou rejeitada. » Outras ideias podem e devem ser criadas a partir de ideias anteriores. Vantagens do Brainstorming Quebra de paradigmas Muitas ideias: Multidisciplinares, originais, inovadoras, impulsivas e ousadas. 1. Fase de Geração O líder da equipe estabelece as regras e os membros passam a gerar uma lista de ideias 4. Fase Final Selecionam-se as ideias mais apropriadas ao caso em questão. 2. Fase de Classi�cação A equipe repassa toda a lista para ter certeza de que todos entenderam todas as ideias 3. Fase de Avaliação A equipe revê a lista para eliminar as duplicidades ou irrelevâncias. Figura 10 Fonte: Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 p.128. Diagrama de causa e efeito O Diagrama de causa e efeito, também chamado de Diagrama de Espinha de Peixe ou Diagrama de Ishikawa, é um diagrama com objetivo de detalhar a relação entre o efeito e as causas de um processo. 22 23 O Diagrama de causa e efeito denominado 4M (método, mão de obra, material e máquina), 4P (políticas, procedimentos, pessoal e planta) e 4V (viabilidade do projeto, viabilidade física, viabilidade financeira e viabilidade de apoio). Na figura 10 é apresentado o 4M, um dos mais utilizados como suporte; vejamos: • Mão de Obra – depende de treinamento, supervisão e motivação • Máquina – depende de manutenção, adequação, capacidade e instrumentação. • Material – depende de estocagem, qualidade, especificação, rendimento e perdas. • Método – depende de processo de fabricação, fluxo, tolerância e instrumentação. PR OB LE M A MÉTODO MÁQUINA MÃO DE OBRAMATERIAL CAUSAS EFEITO Figura 11 Fonte: Rodrigues, M. Ações para a Qualidade, 2012 p.130. Vejamos as etapas para a construção de um diagrama de causa e efeito • Etapa 1 – definir e delimitar o problema ou a não conformidade a ser analisada. • Etapa 2 – convocar a equipe para análise do problema ou não conformidade e definir a metodologia ser utilizada. Utilizar o Brainstorning. • Etapa 3 – definir as principais categorias e buscar as possíveis causas, coletando junto à equipe o maior número possível de sugestões (causas). • Etapa 4 – Construir o diagrama no formato “espinha de peixe” e agrupar as causas nas categorias previamente definidas (mão de obra; maquinas; métodos; matéria; meio ambiente; ou outras de acordo com as especificidades do problema em análise. • Etapa 5 – Detalhar cada causa identificada “preenchendo o diagrama”. • Etapa 6 – Analisar e identificar no diagrama as causas mais prováveis. 23 UNIDADE Ferramentas e Técnicas para a Melhoria dos Processos e da Qualidade Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Observações participantes: métodos de coleta de dados DIAS, C. Observações participantes: métodos de coleta de dados. In: Anotações de campo, junho, 2002. Vídeos Como Construir um Histograma https://youtu.be/dM7T8ix6l9s Leitura ESTUDO DE CASO SOBRE QUALIDADE TOTAL – MEIA-VOLTA, VOLVER Fonte: Extraído do artigo de Eduardo Ferraz, publicado na Revista Exame de 18 de outubro de 2000. Levantamento Bibliográfico do Uso das Ferramentas da Qualidade https://goo.gl/UN2ZfT 24 25 Referências ISHIKAWA, K. Controle da qualidade total. Rio de janeiro: Campus, 1993. RODRIGUES, M.V. Ações para a qualidade. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. ________. Qualidade de vida no trabalho: uma análise no nível gerencial. 12o. Edição. Petrópolis: Vozes, 2009. ________. Ritos e excelência nas empresas. Petrópolis: Vozes, 2002. ________. Entendendo, aprendendo, desenvolvendo qualidade padrão. Seis Sigma. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2009. 25
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