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Fase sólida: Consistência do solo Consistência do solo ► É a manifestação das forças físicas de coesão e adesão atuando em diferentes condições de umidade do solo ► É uma resposta do solo à ação de forças externas que tendem a deformá-lo, promovendo fraturas, compressão ou fluxo da matriz porosa (colapsar agregados) ► Força Tangenciais Tração de hastes de preparo de solo, semeadoras etc. Aplicação de tensões no solo = aplicação de forças externas ► Forças Normais Tráfego de animais, máquinas, pessoas etc. ► Raízes de plantas Consistência do solo ► Coesão Atração entre partículas de mesma natureza (S-S; L-L) devido: - Atração eletrostática entre superfícies (cargas + e -) - Atração molecular (forças de Van der Waals) - Materiais coloidais (ex. argila fina + areia) - Pontes catiônicas etc. Consistência do solo ► f (ASE, H2O, distância e orientação das partículas) ► Adesão Atração entre partículas de naturezas distintas (S-L; S-M) devido: -f (H2O) - Quanto menor o diâmetro partículas, maior é a força de adesão? - Tensão superficial da água (interface água-ar) Consistência do solo Coesão x Adesão x Tensão superficial Estados de umidade Seco Úmido Molhado Teor de água Equilíbrio com o ar Abaixo da CC Capacidade de campo (CC) Acima da CC Predomina fase líquida Formas de consistência Tenaz (duro) Friável Plástica Pegajosa (aderente) Fluída Consistência do solo 1 2 3 4 5 Formas de consistência do solo Pontos de contato Efeito cimentante minimizado Manejo Efeito lubrificante Compactação Capacidade de hidratação Qtde. de água: > saturação Estados de umidade Seco Úmido Molhado Teor de água Equilíbrio com o ar Abaixo da CC Capacidade de campo (CC) Acima da CC Predomina fase líquida Formas de consistência Tenaz (duro) Friável Plástica Pegajosa (aderente) Fluída Consistência do solo A d ap ta d o d e A m ar o F ilh o et al .( 20 08 ) Friabilidade Plasticidade Pegajosidade Consistência do solo: percepção tátil-visual ► Solo seco: coesão é máxima e não há adesão (caracterizado pela dureza). Solo altamente resistente ► Solo úmido: ambas, coesão e adesão ocorrem juntas, porém coesão e adesão . Solo menos suscetível à compactação ► Solo molhado: adesão (máx. a mín.) e coesão mínima Grau de molhamento: 1. Plástica: solo deforma com aplicação pressão e após remoção desta, não retorna à condição original H2O: Lubrificante 2. Pegajosa: idem à plástica, porém após separação há aderência aos dedos H2O: Hidratação 3. Fluída: solo saturado pode fluir sob pressão ou por ação da força gravitacional (é possível cultivar?) Consistência do solo: resumo Exemplos de formas de consistência do solo Estados de umidade Seco Úmido Molhado Teor de água Equilíbrio com o ar Abaixo da CC Capacidade de campo (CC) Acima da CC Predomina fase líquida Formas de consistência Tenaz (duro) Friável Plástica Pegajosa (aderente) Fluída Consistência do solo: Limites de Atterberg (1912) A d ap ta d o d e A m ar o F ilh o et al .( 20 08 ) 1. Limite de contração – LC 2. Limite de plasticidade – LP 3. Limite de liquidez – LL 4. Índice de plasticidade – IP 1. Limite de contração – LC - Menor teor de água onde permanece somente água residual, não sendo possível sua utilização pelas plantas - Relação deformação e preparo do solo? ► Limites de Atterberg (1912) Consistência do solo: Como determinar? 2. Limite de plasticidade – LP - É o menor conteúdo de água em que o solo apresenta mínima coesão e pode ser moldado por forças externas para formar um cilindro: filmes de água - Difícil determinar em solos não plásticos (solos arenosos) - Base: Conteúdo de água em que um “cilindro” de solo úmido passa a se romper - Umidade máxima e limite para tráfego de máquinas em lavouras - Apresenta boa relação com CTC e carbono orgânico do solo Nota: resistência ao cisalhamento é mínima. Preparo do solo? ► Limites de Atterberg (1912) Consistência do solo: Como determinar? Limite de plasticidade: Ruptura do cilindro (Ø 3 mm x 100 mm) Materiais: vidro esmerilhado, balança, frascos, estufa 3. Limite de liquidez – LL - É o menor teor de água com que o solo flui pela ação de sua própria massa - Sofre maior influência do carbono orgânico do solo. Implicações? Num mesmo solo pode variar com o manejo - Metodologia 12 < Nº batidas < 38 Correção para 25 batidas - Material Aparelho de Casagrande ► Limites de Atterberg (1912) Im ag em da in te rn et y = -0.0046x + 0.6494 R² = 0.9551 0.48 0.50 0.52 0.54 0.56 0.58 15 20 25 30 35 U m id ad e g ra vi m ét ri ca ( g /g ) N = número de batidas no Aparelho de Casagrande Determinação do Limite de liquidez Batidas ΘN (g/g) 18 0,57 22 0,54 28 0,52 32 0,50 30 0,52 LL = 0,5344 g g-1 ► Limites de Atterberg (1912) LL = ΘN / (1,419 – 0,3 log N) ou LL = ΘN (N / 25) 0,12 4. Índice de Plasticidade – IP - Intervalo entre LP (umidade limite para tráfego/manejo) e LL (solo flui) - Faixa umidade que solos coesivos apresentam propriedades de material plástico - Comparação entre solos - Adimensional (embora relacionado com H2O) Índice de plasticidade (%, g/g) Consistência do solo <1 Sem plasticidade 1 a 7 Fracamente plástico >7 até 15 Medianamente plástico Acima de 15 Altamente plástico IP (%, g/g) = (LL – LP) x 100 ► Limites de Atterberg (1912) ► Depende - Textura: diâmetro de partículas - Mineralogia: solos com predomínio de 2:1 x 1:1 x Óxidos (Fe, Al) - MOS: relacionado com retenção de água - Estrutura: agregação x retenção de água Consistência do solo (“2:1”) ► Influencia - Momento de preparo e cultivo do solo - Resistência à penetração de raízes (tenacidade) - Erodibilidade (coesão: solos argilosos x arenosos) - Estrutura: estabilidade de agregados (seco x úmido) Consistência do solo Umidade do solo Exemplo de aplicação ► Identifique as formas de consistência do solo: Consistência de um Latossolo Vermelho Distrófico S ilv a et a l. (2 00 4) Aplicação de tensões (cargas) no solo: Comportamento da matriz porosa Tensões no solo Aplicação de forças (externas; internas) ► Compressão ► Cisalhamento F F ► Pressão aplicada ao solo por diferentes tipos de tráfego Adaptado de Klein (2008) Danos provocados ao solo pelo tráfego de máquinas Mesma massa sobre diferentes pneus agrícolas e seu recalque no solo Disposição das lonas (tranças) em pneus agrícolas Determinação da umidade do solo 1- Método termogravimétrico, padrão Ug (g/g) = (massa H2O) / (massa sólidos) ou Ug (g/g) = Uv / Ds 1º. Estufa: • 105 ºC; ≥ 24 h 2º. Micro-ondas: • Aquecimento: 20 min • Repouso: 5-10 min • Aquecimento final: 10 min Imagens da web Determinação da umidade do solo 2- Técnicas eletromagnéticas Reflectometria no domínio do tempo - TDR • “Era” do telégrafo • Necessidade de calibração Imagens da web Determinação da umidade do solo 3- Técnicas nucleares Sonda de nêutrons – não destrutiva Im ag em d a w eb Não há necessidade de coletar amostras Possibilita a realização de medições repetidas Medição instantânea Custo elevado Radioativo Influência da MOS e raízes Inadequado para leituras à superfície Determinação da umidadedo solo 3- Técnicas nucleares - Sonda de nêutrons • Fonte de nêutrons rápidos (Am-Be) Interação com “H” e materiais orgânicos • Necessidade de calibração U m id ad e v o lu m ét ri ca m 3 / m 3 Contagem relativa, CR K le in ( 2 0 1 4 ) Determinação da umidade do solo 3- Técnicas nucleares - Sonda de nêutrons • Exemplo de aplicação: Após a medição com uma sonda de nêutrons, calibrada conforme a figura anterior, qual a umidade do solo quando a CR = 1,7? U m id ad e v o lu m ét ri ca m 3 / m 3 Contagem relativa de nêutrons lentos K le in ( 2 0 1 4 ) Determinação da umidade do solo 4- Outras técnicas • Atenuação de raios gama Imagem da web Determinação da umidade do solo 4- Outras técnicas • Blocos de resistência elétrica (blocos de gesso / náilon) – não destrutivo Efeito da salinidade do solo versus [sais], textura, densidade do bloco de gesso Im ag en s d a w eb Determinação da umidade do solo 4- Outras técnicas • Método do acetileno: carbureto de cálcio + água = acetileno Im ag en s d a w eb Quando a umidade do solo é importante ser expressa em termos volumétricos?
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