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Peça Prática trabalhista II

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EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA _____ VARA DO TRABALHO DA CIDADE DE NATAL/RN.
SUZANA, brasileira, ----------, trabalhadora doméstica, portadora da carteira de identidade --------- e do CPF---------, residente na Rua---------,nº ----, CEP:-------, domiciliada na cidade de --------- estado , com endereço eletrônico-------------por seu advogado, com endereço profissional na rua---------nº------, bairro-----, na cidade de--------, estado do ----------- , local onde recebe notificações, vem propor
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
a luz da Lei 150/2015 e demais dispositivos legais.
Em face de:
FAMÍLIA MORAES, qualificação ignorada, com endereço na rua---------, nº---------, bairro--------, na cidade de Natal/RN, pelos motivos de fato e direito que se passa a expor:
I – SINTESE DOS FATOS
 Reclamante foi admitida pela reclamada em 15/06/2017, para exercer a função de trabalhadora doméstica.
Laborava de segunda à sexta-feira, das 07:00 h. às 16:00 h., com intervalo de 30(trinta) minutos para alimentação.
Todos os meses eram descontados de seu salário 10% referente a vale-transporte, cota-parte do INSS e 25% do valor da alimentação consumida no emprego.
Foi dispensada em 15/09/2017, momento que recebeu as seguintes verbas rescisórias quitadas:
Férias: 3/12 avos, acrescidas de 1/3;
13º salário proporcional de 3/12 avos.
II - DA INDETERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
A reclamante foi contratada pela reclamante a título de experiência pelo período de 45 (quarenta e cinco) dias. Findo estes, continuou trabalhando, motivo pelo qual seu contrato de trabalho passou a ser por prazo indeterminado, em consonância com o artigo 5º,§ 2º da Lei complementar 150/2015.
Desta feita, os reflexos da indeterminação contratual deve atingir as verbas por ela já recebida e as demais que tem direito, passando ao percentual de 4/12 avos.
III – DO AVISO PRÉVIO
Verifica-se que a reclamante não cumpriu aviso-prévio, nem teve este indenizado. Assim tem direito ao recebimento de 30 dias de salário a título de aviso prévio, bem como seus reflexos sobre as verbas já recebidas, passando a ser considerado o cálculo de 4/12 avos.
IV - DO SEGURO DESEMPREGO E FGTS
Conforme os fatos descritos, a reclamante tem direito ao recebimento do seguro desemprego pelo período de 03 (três) meses. Assim como, levantar as devidas guias do FGTS, de acordo com os artigos 26 e 22 da Lei complementar 150/2015.
V- DOS DESCONTOS
O artigo 18 da lei complementar 150/2015 veda os descontos salariais a título de alimentação efetuados pelo empregador doméstico, assim os descontos por ela sofridos são arbitrários e vai ao desencontro ao texto de Lei citado.
Na mesma esteira, a reclamante sofria abatimento de 10% de vale-transporte. Ocorre que, conforme a Lei complementar 7.418/85, o valor máximo de descontos com transporte é de 6%. Assim, a reclamante extrapolou em 4% mensal o valor do desconto legal.
A reclamante também sofria descontos da cota salarial – salário família. Todavia, em conformidade com a Lei 8.213/1991,§ 65, o salário família é devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive o doméstico. 
Assim sendo, a reclamante roga a devolução dos valores retro descritos, referentes a essas benesses, uma vez que esses ferem texto de lei já citados. 
VI – DA INDENIZAÇÃOS DOS INTERVALOS SUPRIMIDOS
Como já relatado, a reclamante laborava de segunda a sexta-feira das 07:00h às 16:00h, descansava apenas 30(trinta) minutos para alimentação.
O artigo 13 da Lei 150/2015 preceitua que o descanso para alimentação devido a essa classe de empregados é de no mínimo 01(uma) hora e máximo 02(duas) horas. 
A reclamante mal conseguia fazer suas refeições adequadamente, pois o horário a ela oferecido era extremamente escasso.
Portanto, de acordo com a Súmula 437 do TST, a reclamante faz jus a indenização integral do intervalo suprimido acrescido de 50%.
VII – DA JORNADA DE TRABALHO EM VIAGEM
A reclamante acompanhou a família, ora reclamada, em viagem de 4 (quatro) dias, exercendo a função de babá, com horário de trabalho das 08:00h às 17:00h., com intervalo de 01 (uma) hora. Todavia, reza o artigo 11 § 2º da Lei complementar 150/2015, que os serviços prestados em viagem, a remuneração da hora será, no mínimo 25% superior ao valor do salário-hora normal, acrescidos de 50%.
VIII – DOS PEDIDOS
Com base nos fatos descritos, REQUER a procedência do feito para condenar a reclamada 
Os benefícios da gratuidade de justiça;
O reconhecimento da indeterminação contratual, para o pagamento das seguintes verbas:
Aviso prévio, 30 dias..................................................................R$
Seguro desemprego – 03 parcelas.............................................R$
Guias FGTS 11,2% mensais.......................................................R$
Desconto alimentação 25% mensais...........................................R$
Vale-Transporte – devolução de 4% mensal................................R$
Cota salarial – salário-família........................................................R$
Indenização dos intervalos – 30 minutos diários + 50%...............R$
Complemento do valor das horas de trabalho em viagem, valor normal da hora + 25%...............................................................................R$
Requer ainda:
A condenação da reclamada ao pagamento das custas processuais e honorários sucumbenciais no importe de 15% do valor da condenação.
Seja imputado à reclamada o pagamento de todos os reflexos das verbas já quitadas, passando ao percentual de 4/12 avos.
Protesta a reclamante a comprovar o alegado por oitiva de testemunhas e depoimento pessoal da reclamada.
Dá-se a causa o valor de R$.................
Cidade/UF,........data.......
Advogado
OAB/UF

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