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Processo do Trabalho Resumo II

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Atos processuais: são manifestações de vontade praticadas pelas partes ou pelo juiz visando determinado efeito processual.
Classificação: Quanto ao conteúdo - atos postulatórios - atos instrutórios - atos de provimento
Quanto ao Sujeito - atos das partes - atos do juiz - atos dos auxiliares da justiça
 Comunicação dos atos – Notificação – Intimação – Citação
 Prazos Processuais / Espécies: 
Quanto a Origem da Fixação: Legais/Judiciais/Convencionais
 Quanto à natureza: Dilatórios/Peremptórios;
 Quanto aos Destinatários: Próprios/Impróprios
CONTEGEM DE PRAZOS COM A REFORMA TRABALHISTA:
Art. 775.  Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
§ 1o  Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas seguintes hipóteses:
I - quando o juízo entender necessário;
II - em virtude de força maior, devidamente comprovada.
§ 2o  Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito.” (NR)
 
Na seara trabalhista a reforma trabalhista não tratou dos prazos em dobro quando há litisconsórcio e estes estiverem representados por advogados distintos, vigora a IN 39/2016 e art. 229 do CPC.
Todavia por não haver norma expressa na reforma trabalhista continua aplicável o Decreto-Lei n. 779/69 que atribui à União, Estados, DF, Municípios suas autarquias e fundações: - prazo em quádruplo para notificação para audiência 5 x 4; 
 prazo em dobro para recursos;
 dispensa de depósito recursal;
Nulidades no Processo do Trabalho:
 Princípio do pas nullité sans grief: não se declara nulidade sem prova de prejuízo.
  Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes. (não alterado pela reforma)
Necessidade de Provocação e extensão da nulidade: 
 REGRA: Requerimento da parte, exceção nulidade fundada na incompetência de foro, caso em que serão considerados nulos os atos decisórios. 
Nas demais hipóteses o juiz deve declarar qual a extensão da nulidade sendo certo que a nulidade só pode prejudicar o ato viciado e atos posteriores a este, nunca anteriores.
Tempo e preclusão - Primeira oportunidade de falar na audiência ou nos autos sob pena de preclusão;
Não se declara nulidade: - quando ainda for possível suprir a falta ou repetir o ato;
Quando alegada por quem tiver dado causa à mesma (art. 796).
AUDIÊNCIA NA JUSTIÇA DO TRABALHO: 
REALIZAÇÃO: Na sede do tribunal em dias úteis das 8h00 às 18h00;
A audiência é pública, podendo, contudo a lei limitar a presença em determinadas situações, às próprias partes e seus advogados ou somente a estes, para preservação do direito à intimidade.
NOTIFICAÇÃO: Art. 841 a reclamada deverá ser notificada com pelo menos 5 dias de antecedência da data da audiência, presumindo-se realizada a notificação caso emitida a mesma 48 horas antes dos aludidos 5 dias, cabendo à reclamada o ônus de demonstrar que não recebeu a notificação. 
PRESENÇA: Art. 815 da CLT, as partes poderão retirar-se do fórum caso o juiz não compareça ao mesmo até 15 minutos após o prazo marcado, devendo o ocorrido constar do livro de registro das audiências.
Os advogados poderão retirar-se após 30 minutos, mediante comunicação protocolada.
 Ausência do reclamante = arquivamento nos termos do art. 844, §2º da CLT ;após reforma será necessário pagar as custas para poder entrar novamente com ação. SE A AUDIÊNCIA FOR DE INSTRUÇÃO O PROCESSO NÃO SERÁ ARQUIVADO PODENDO HAVER CONFISSÃO QUANTO A MATÉRIA FÁTICA CASO O RECLAMANTE TENHA SIDO EXPRESSAMENTE INTIMADO A PRESTAR DEPOIMENTO PESSOAL NA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO:
 CONFISSÃO: Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor.
A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta, não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores.
A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo.
Ausência da reclamada: revelia, não produzindo efeito de presunção de veracidade se:
 houver pluralidade de reclamados e algum deles contestar a ação;
o litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
a petição não estiver acompanhada de instrumento que a lei considera indispensável à prova do ato;
alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem em contradição com a prova constante dos autos.
SE A AUDIÊNCIA FOR DE INSTRUÇÃO = MESMA CONSEQUENCIA = SÚM. 74 TST
APRESENTAÇÃO DA CONTESTAÇÃO art. 844, §5, após reforma permite que se a parte reclamada for ausente, porém, seu advogado estiver presente, serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados.
RECLAMADA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO:
 REVELIA. PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO. APLICÁVEL. Pessoa jurídica de direito público sujeita-se à revelia 844.
PREPOSTO: Como já dito antes na aula a respeito de partes a princípio a reclamada pode ser representada pelo próprio reclamado, sócio ou representante da empresa, por preposto.
 “O preposto a que se refere o §1º deste artigo não precisa ser empregado da parte reclamada.”. Portanto, ao que tudo indica, a partir de novembro de 2017 em quaisquer casos o preposto poderá ser pessoa estranha ao corpo da reclamada.
 PROPOSTA DE CONCILIAÇÃO: Obrigatória na abertura = art. 846 da CLT e após a apresentação de razões finais conforme art. 850 da CLT.
PODERES DO MAGISTRADO – os mesmos do CPC
 art. 360, I - manter a ordem e o decoro na audiência;
 II - ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem inconvenientemente;
 III - requisitar, quando necessário, força policial; 
IV - tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe do processo; 
V - registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência.
FRACIONAMENTO DA AUDIÊNCIA:
 Art. 849 da CLT prevê que a audiência trabalhista será una, permitindo seu fracionamento em situações de caso fortuito e força maior. Todavia, no procedimento ordinário é comum a divisão em:
Audiência inicial ou de conciliação
Audiência de Instrução: Audiência da Julgamento.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 Jurisdição x Competência
Análise das Competências Fixadas pelo art. 114 da CF/88
Ações oriundas da relação de trabalho:
 abrange demandas decorrentes de vínculo empregatício;
 trabalho autônomo, exceto quando tratar de relação de consumo - contrato de empreitada - avulso - estágio;
Relações de trabalho com entes de direito público externo: 
Aplica a jurisdição brasileira na fase de conhecimento; há imunidade quanto à execução, salvo hipótese de renúncia expressa em cláusula própria
Relação de trabalho no âmbito da administração pública:
Servidores estatutários e empregados públicos: restringe competência da justiça especializada aos litígios envolvendo empregados públicos. Todavia foi proposta para suspender o sistema dual de contratação inaugurado para a administração direta, autárquica e fundacional, sendo deferida liminar vigente desde 02/08/2007, assim tem-se que: 
 servidores públicos temporários: prevalece o entendimento de que quando contratados pela administração direta, autárquica ou fundacional vigora a liminar da AD 2135-4, para os contratados após o deferimento da mesma, fazendo com que a competência seja da justiça comum e para os anteriores a seu deferimento de04/06/ 1998 a 02/08/2007 justiça do trabalho.
 Servidor celetista:
a) para servidores de empresas públicas e sociedades de economia mista: justiça do trabalho 
b) servidores contratados antesda Lei n. 8.112/91 = celetista = justiça do trabalho 
c) para servidores públicos da administração direta, autárquica e fundacional:
-anteriores a 04/06/1998 = são todos estatutários, portanto, competência da justiça comum
- de 04/06/1998 a 02/08/2007 = celetistas = justiça do trabalho
- posteriores a 02/08/2007 = estatutários = justiça comum 
- Servidores de agências reguladoras: na vigência da Lei n. 9.986/00 era celetistas, porém a partir da edição da Lei n. 10;871/2004 todos foram transformados em estatutários cabendo à Justiça Federal comum dirimir litígios afetos.
- Servidores de cartórios extrajudiciais: STF firmou entendimento de que a relação de trabalho nestes casos é celetista, cabendo à Justiça do Trabalho dirimir eventuais litígios.
Cumulação de pedidos de competências diversas no mesmo processo: 
Juízo onde foi intentada a ação julga nos limites de sua competência, sem prejuízo de novo ajuizamento de nova causa com pedido remanescente no juízo próprio. 
Ações que envolvam direito de greve: a justiça do trabalho julga a legalidade ou ilegalidade da greve, abusos e danos provocado na greve é a Justiça do Trabalho competente para dirimir litígios possessórios a respeito do direito de greve. 
Ações sobre representação sindical: disputa por base territorial entre dois sindicatos; ação para cumprimento de cláusula de convenção coletiva ou cumprimento de sentença normativa; declaratórias de vínculo sindical; relacionadas à eleição sindical; ações envolvendo cobrança de contribuições assistenciais e confederativas etc. 
Mandado de segurança, habeas corpus e habeas data: quando o ato questionado se sujeita a sua jurisdição.
Conflito de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista: ou seja: Conflito entre varas do trabalho ou entre vara do trabalho e juízo estadual investido de jurisdição trabalhista = TRT
Conflito entre TRTs ou Varas do Trabalho e juízes estaduais investidos de jurisdição trabalhista pertencentes a regiões distintas; - STJ: conflito entre vara do trabalho ou TRT e juiz comum não investido de jurisdição trabalhista ou tribunal comum; - STF: quando o conflito for suscitado pelo TST.
Ações de indenização por danos materiais e morais decorrentes da relação de trabalho: 
Até a EC 45/2004 vigorava a súmula 366 do STJ que impunha que quando a ação fosse proposta pelo empregado em face do empregador a competência seria da Justiça do Trabalho, quando proposta por viúva e filhos do empregado falecido em acidente de trabalho a competência seria da justiça comum. Em razão da edição da EC 45/2004 aludida súmula foi cancelada, de modo que hoje independentemente de quem mova a ação se a indenização decorre de relação de trabalho o juízo competente é a Justiça do Trabalho.
Ações relativas a penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho: 
Ação questionando auto de infração lavrado pelo Ministério do Trabalho, por exemplo.
Execução de ofício das contribuições sociais:
As reclamações trabalhistas podem verter no reconhecimento de verbas de índole salarial sobre as quais deva incidir contribuição previdenciária.
Atribuiu à Justiça do Trabalho competência para executar de ofício o valor destas contribuições. Dúvida existiu se a cobrança destas contribuições verteria sobre todo contrato de trabalho ou apenas com relação às verbas reconhecidas na sentença ou acordo, isto porque, enquanto a Lei n. 11.457/2007 determinou que a cobrança devesse incidir sobre todo contrato a OJ 376 determinou que incidisse apenas sobre as parcelas reconhecidas em sentença ou acordo. A questão foi pacificada pelo RE 569056/PA no qual o STF definiu que a incidência é apenas restrita às verbas reconhecidas em acordo ou sentença.
De acordo com o art. 832, §6º da CLT o acordo realizado entre as partes após o trânsito em julgado da sentença não acarretará prejuízos à União quanto às contribuições previdenciárias que podem ser cobradas por seus valores totais reconhecidos em sentença.
COMPETÊNCIAS FIXADAS NA CLT
REGRA = Competência territorial = Local da prestação dos serviços 
QUANDO FOREM VÁRIOS OS LOCAIS DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO: último local da prestação de serviços.
Se o empregado trabalhou tanto no Brasil quanto no estrangeiro o TST através do RR 385.900, viabilizou a possibilidade de opção, ou seja, pode o mesmo tanto promover a ação no Brasil quanto no estrangeiro.
Agente ou Viajante Comercial: art. 651, §1º competência será da agencia ou filiar da qual o empregado estiver subordinado ou na falta a vara do domicílio do empregado ou localidade mais próxima de seu domicílio.
Empregado brasileiro que trabalhou no estrangeiro: poderá optar em propor a ação no local de situação da sede da empresa no Brasil ou no local da contratação realizada antes do empregado ir ao exterior
Empregado que promova atividades fora do lugar do contrato de trabalho: trata-se da situação dos empregados que exercer atividades em locais incertos de modo transitório e eventual, como por exemplo: construtores em rodovias; trabalhadores rurais em diversas áreas rurais etc. neste caso o empregado poderá propor a ação tanto no local da celebração do contrato quanto em qualquer dos locais da prestação do serviço.
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA Foro de eleição: só se for a benefício do trabalhador.
Conexão: quando entre duas ações há igualdade de pedidos ou de causa de pedir finalidade evitar decisões conflitantes. Ex.: ação que julga danos relacionados ao exercício de greve, ação possessória relacionada à mesma greve, e ação que julga a legalidade da greve. 
Continência: quando entre duas ações há identidade de partes, causa de pedir e o pedido de uma ação é maior do que o da outra (art. 56);
 Prevenção: quando houver processo anterior extinto sem análise de mérito ou com relação de prejudicialidade.
CONCEITO – AUTONOMIA – PRINCÍPIOS: 
Conceito: DPT é “... ramo da ciência jurídica, constituído por um sistema de princípios, normas e instituições próprias, que tem por objeto promover a pacificação justa dos conflitos das relações jurídicas tuteladas pelo direito material do trabalho e regular o funcionamento dos órgãos que compõem a Justiça do Trabalho.” 
Autonomia: Perante o direito processual comum, várias divergências ainda pululam na doutrina, existindo adeptos da teoria monista e da teoria dualista.
Teoria monista, atualmente minoritária.Para esta teoria, portanto, existiria apenas o direito processual e não o direito processual civil, processual penal e processual trabalhista.
Teoria dualista, amplamente majoritária na atualidade, sustenta a autonomia do direito processual do trabalho perante o direito processual comum. Tal conclusão se embasa nos seguintes indícios: - possui o DPT regulamentação própria inserida na CLT; - possui o DPT princípios e peculiaridades próprias que o distingue dos demais ramos do direito processual; - a própria CLT determina que DPT acima dos demais processos.
Princípios em Espécie:
 Princípio da Proteção ou tutelar: baseado no princípio constitucional da igualdade material, visa colocar os litigantes no processo do trabalho em condição de igualdade, garantido à parte hipossuficiente economicamente tratamento diferenciado. Ex. Retrata-se a gratuidade da justiça.
Princípio da Celeridade: embora aplicável a todos os ramos do direito na forma do art. 5ºCF, ganha maior aplicação ainda na Justiça do Trabalho eis que esta trata quase sempre de verbas de natureza alimentar. Razão disso, na justiça do trabalho a maior parte dos atos de instrução probatória é concentrado na audiência, as decisões interlocutórias são irrecorríveis, os prazos são contados em dias corridos e não em dias úteis, a execução pode ser feita de ofício pelo próprio juízo etc.
 Princípio da Gratuidade Processual: “É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a trasladose instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família.”
Princípio da Simplicidade das Formas: decorre do princípio da instrumentalidade das formas e da oralidade dispensando na Justiça do Trabalho formalismos excessivos na prática dos atos processuais. 
 Princípio da Oralidade: este princípio não se encontra expressamente previsto nem no CPC, nem na CLT, somente a Lei dos Juizados Especiais trata literalmente do mesmo, porém, na seara trabalhista, entende-se que o mesmo fora adotado, por uma conjunção de artigos que remetem a requerimentos e atos orais que devam ser praticados.
 Princípio da Concentração dos Atos em Audiência: prestigia a agrupamento de atos processuais com a finalidade de permitir a entrega mais ágil da tutela jurisdicional, contribuindo para com a duração razoável do processo. O primeiro determinando a concentração dos atos de instrução processual numa audiência contínua e o segundo, determinando que as causas trabalhistas de rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas numa audiência uma. 
Princípio da Conciliação: determina que na Justiça do Trabalho se deverá buscar sempre a solução via conciliação entre as partes. A CLT aliás determina dois momentos em que é obrigatória a tentativa de conciliação entre as partes: - art. 846, na abertura da audiência; - art. 850, antes da sentença, após a apresentação das razões finais. Ademais, a teor do art. 831 da CLT obtida a conciliação, sendo a mesma homologada, a sentença é irrecorrível às partes, sendo passível de impugnação apenas por parte da Previdência Social. 
Princípio da busca da verdade real: este princípio decorre do princípio da primazia da realidade do contrato de trabalho aplicado no direito material e determina que o juiz possa conduzir o processo com o objetivo de alcançar a verdade real, podendo determinar diligências necessárias ao esclarecimento de fatos e indeferir aqueles que considerarem inúteis ou meramente protelatórias.
 Princípio do Jus Postulandi: o art. 791 da CLT permite aos empregados que formulem pessoalmente, sem a intervenção de advogado suas próprias reclamações perante a Justiça do Trabalho. Entretanto sua atividade postulatória fica restrita a atuação perante as Varas e Tribunais Regionais do Trabalho.
 Princípio da Irrecorribilidade Imediata das Decisões Interlocutórias: na CLT encontra-se previsto no artigo 893, §1º, o qual determina que as questões incidentes resolvidas no processo por meio de decisões interlocutórias somente serão objeto de reapreciação em recurso contra a decisão definitiva, ou seja, na seara trabalhista não há recurso específico imediato contra as decisões interlocutórias, devendo as mesmas serem combatidas quando da interposição do recurso ordinário tirado contra a sentença. são exceções: - decisão contraria ao TST - recurso interno (recurso para o próprio Tribunal – ex. MS perante TRT – indeferimento de liminar posso interpor agravo regimental) - exceção de incompetência .
Princípio da Normatização Coletiva: permite à Justiça do Trabalho que através dos processos e dissídios coletivos do trabalho venha a criar normas e condições abstratas e gerais de trabalho aplicáveis a sem número de contratos de trabalho. Trata-se do exercício de uma função de edição de normas, realizada atipicamente pelo Poder Judiciário e que tem sua base no art. 114, §2º, da CF. Esse poder normativo não é absoluto, pois que deve respeitar limites impostos pela própria CF, assim como normas de ordem pública. 
 Princípio Dispositivo ou da Demanda: também chamado princípio da inércia encontra-se retratado no art. 2º que estabelece que: “O processo começará por iniciativa da parte ...”, ou seja, ao menos via de regra, a jurisdição civil ou trabalhista é inerte, aguarda a provocação da parte interessada sem a qual nenhum juiz, ao menos a princípio, prestará a tutela jurisdicional de ofício (Nemo judex sine actore ou Nemo iudex procedat ex officio).
No direito processual do trabalho a aplicação deste princípio é quase absoluta, ou seja, na maioria absoluta das situações o Juiz do Trabalho não prestará tutela jurisdicional se não for instado a tanto por meio de manifestação do autor. Todavia, há pelo menos duas situações previstas na CLT nas quais o juiz pode iniciar processo sem pedido inicial do próprio autor.
 Princípio Inquisitivo ou do Impulso Oficial: previsto no art. 2º do CPC, parte final, dita que uma vez instaurado o processo este “... se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.” Assim, após o ajuizamento da demanda pelo autor, o juiz assume o dever de prestar a jurisdição quer lhe permite praticar os atos necessários a impulsionar o processo a sua próxima fase, até seus atos finais. No processo do trabalho o princípio encontra-se substanciado no art. 765 da CLT, segundo o qual o julgador detém ampla liberdade na direção do processo, devendo velar pelo andamento rápido das causas, podendo inclusive, determinar quaisquer diligências necessárias ao esclarecimento do imbróglio, mesmo que as partes tenham permanecido inertes, podendo da mesma forma limitar e indeferir provas julgadas impertinentes, protelatórias ou excessivas. Em razão desse princípio o juiz pode por exemplo ter a iniciativa de formação de litisconsórcio, por exemplo no caso de grupo econômico,sucessão de empregadores ou de responsabilidade do empreiteiro principal nas subempreitadas. 
Princípio da Extrapetição: autoriza ao juiz do trabalho o julgamento da causa com a outorga de decisão que não tenha sido postulada pela parte e também com a concessão de direitos que não tenham sido expressamente postulados pelo trabalhador, o que corresponde a uma mitigação do princípio dispositivo ou da inércia da jurisdição. Ex. registro do contrato de trabalho na CTPS, quando se reconhece o vínculo, m esmo que não haja pedido ; a f ixação de multa de 5 % para o cumprimento da sentença que obriga a conceder férias ; a condenação n a multa de 50% as parcelas não quitadas na rescisão; e a substituição de reintegração por indenização da estabilidade. 
 Princípio da Subsidiariedade: esse princípio é peculiar ao Direito Processual Trabalhista. A CLT é a lei ordinária que rege o processo trabalhista. Entretanto, no que respeita aos dissídios individuais e em alguns casos aos dissídios coletivos, é a própria C LT que estabelece através do didatismo do art. 769, verbis: " nos casos omissos e quando não haja incompatibilidade, o direito processual comum será usado subsidiariamente pelo direito processual do trabalho”.
O princípio da subsidiariedade, então, é com a previsão da aplicação de regras processuais do processo comum em complementação das regras processuais da CLT. Quanto a preceitos do CPC aplicáveis e inaplicáveis à seara trabalhista.
DISSÍDIO INDIVIDUAL DO TRABALHO: 
Procedimento Comum Rito Sumário 
Rito Sumaríssimo – Rito Ordinário 
Procedimentos Especiais - Inquérito para apuração de falta grave- Ação de consignação em pagamento - Mandado de segurança - Ação Rescisória.
Do Procedimento Comum Sumário: Cabimento: ações cujo valor da causa não supere 2 salários mínimos
Características: Realização de audiência uma ou única;Juízo é dispensado de fazer resumo dos depoimentos das partes e testemunhas devendo apenas constar em ata a conclusão do Juízo sobre a matéria de fato;
- Decisões e sentenças são irrecorríveis, cabendo apenas o pedido de revisão nos termos do art. 2º, §1º, da Lei 5.584/70 ao TRT para questionar o valor atribuído à causa; e se as questões versarem sobre matéria constitucional é cabível o recurso extraordinário nos termos do art. 2º, §4º, da mesma lei.
Constitucionalidade do Rito Sumário: Possível afronta ao art. 7º,IV da CF/88 = salário mínimo e ao duplo grau de jurisdição Súmula 356 TST - O art. 2º, § 4º, da Lei n. 5.584, de 26.06.1970 foi recepcionado pela CF/1988, sendo lícita a fixação do valor da alçada com base no salário mínimo. 
Procedimento Sumaríssimo: Cabimento: causas cujo valor da causa superem 2 salários mínimos e não extrapolem 40 salários mínimo. 
Da aplicabilidade do rito sumaríssimo: quaisquer matérias de índole trabalhista, independentemente da complexidade da causa, pode ser objeto de postulação pelo rito sumaríssimo, quer sejam pretensões condenatórias ou referentes às obrigações de fazer, dar ou não fazer. Ficam excluídas do rito sumaríssimo, as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional por expressa exclusão legal; e ações coletivas, pois estas têm procedimento próprio. 
 Da petição inicial no rito sumaríssimo: a inicial deve preencher os requisitos do art.840 da CLT e também dos incisos I e II do art.852-B. Isso impõe:
Pedido certo e determinado Correta indicação da reclamada e endereço, pois não há citação por edital nesse procedimento. Em caso de erro –- arquivamento e condenação em custas
Possibilidade de conversão de rito: tem-se admitido na hipótese em que há necessidade de citação por edital, por necessidade de acesso ao Judiciário (art. 5º, inc. XXXV, da CF/88);
Demais peculiaridade: Apreciação da petição inicial em 15 dias no máximo; -Pauta diferenciada de audiência zelando pela celeridade; -Audiência uma; -Máximo de 2 testemunhas por parte -Incidentes decididos de plano na própria audiência. Se houver necessidade de perícia quesitos na própria petição inicial. 
Não cabe intervenção de terceiros : Sentença na própria audiência dispensando relatório ; Não há intimação por edital 
Intimação das testemunhas: (art. 852 – H) as testemunhas comparecerão à audiência independentemente de intimação, sendo que somente serão intimadas se comprovadamente convidada deixar de comparecer à audiência.
Procedimento obrigatório ou facultativo? Art. 852-A - ... Ficam submetidos...
Procedimento Ordinário Comum: 
Rito residual: mais de 40 salários mínimos
Petição Inicial: a reforma trabalhista modificou o art. 840 da CLT, assim embora a petição inicial ainda possa ser apresentada de forma escrita ou verbal, se escrita, a teor do §1º do aludido artigo ela deverá conter:
- a designação do juízo; - a qualificação das partes; - breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio; - o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor; a data e a assinatura do reclamante ou seu representante. A teor do §3º do mesmo artigo a petição que não atender ao disposto no §1º, será extinta sem análise de mérito Se a petição for verbal o art. 840, exige que se observe no que couber os requisitos do §1º.
Número de testemunhas: 03 no máximo por parte, podendo ser intimadas a requerimento da parte - Embora não preveja a CLT, na prática se tem:
 A) audiência inicial - a respeito da qual a parte reclamada será notificada para comparecer e será nesta a oportunidade na qual terá para apresentar as defesas que tiver sob pena de revelia.
A teor do art. 847 da CLT com as modificações da reforma: a contestação deverá ser apresentada eletronicamente até a data da audiência (parágrafo único do art. 847), e não sendo possível em 20 minutos na própria audiência.
De acordo com o art. 841 da CLT a parte reclamada será notificada com 5 dias de antecedência da audiência e presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua postagem, incumbindo à reclamada fazer prova do não recebimento da mesma. 
B) Não comparecimento do Reclamante ou da Reclamada: 
 DO RECLAMANTE: processo será arquivado e a teor do §2º do art. 844 após reforma este será condenado no pagamento de custas, ainda que beneficiário da Justiça Gratuita, calculadas na forma do art. 789 também após reforma que as custas serão de 2% , com mínimo de R$ 10,64 e o máximo de quatro vezes o limite máximo do valor maior benefício do RGPS, calculados sobre, o valor da condenação quando houver, o valor da causa ou do pedido no caso de extinção sem análise de mérito e no valor fixado pelo juiz nos casos de pedido indeterminado.
Há salientar que o reclamante poderá no prazo de 15 dias justificar sua ausência situação em que se acolhida sua justificativa ficará isento do pagamento das custas.
A teor do §3º do art. 844 o pagamento das custas é condição para a propositura de nova demanda (situação que pode ser inconstitucional por condicionar o acesso ao Poder Judiciário).
A reforma trabalhista mantém a dicção do art. 732 da CLT que trata da perempção, ou seja, caso o reclamante der ensejo por duas vezes à extinção do processo por não comparecimento à audiência ficará ele obrigado a esperar carência de 6 meses para só então poder novamente mover a mesma reclamação.
 DA RECLAMADA: importará em revelia, sendo que com a reforma trabalhista o art. 844 foi acrescido do §3º que dita que a revelia não induzirá a confissão quanto a matéria de fato quando: - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação; - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
 - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;
- as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos. Além disso, o §5º do mesmo artigo, criado pela reforma trabalhista possibilita que: “Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados”.
B) audiência de instrução e julgamento. Ônus da Prova: 
 Reforma Trabalhista - “Art. 818, CLT O ônus da prova incumbe:
I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante. 
§ 1o  Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
 (DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO ÔNUS DA PROVA ADOCAÇÃO DO SISTEMA DO CPC)
§ 2o  A decisão referida no § 1o deste artigo deverá ser proferida antes da abertura da instrução e, a requerimento da parte, implicará o adiamento da audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito admitido.
§ 3o  A decisão referida no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.” (NR)
Prova pericial: A parte sucumbente no objeto de perícia é responsável pelo pagamento dos honorários periciais, ainda que beneficiária da justiça gratuita, o que contraria hoje o entendimento do TST na Súmula 457; os honorários periciais podem ser parcelados, mas o juiz não poderá exigir o adiantamento de valores para a realização de perícias.
Suspensão da audiência: com a reforma trabalhista o art. 844, §1º, permite que o juiz suspenda o processo designando nova audiência em caso de reconhecimento de motivo relevante.
Ações Plúrimas:  Art. 842 - Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou estabelecimento.
MÉTODOS DE SOLUÇÃO DOS CONFLITOS TRABALHISTAS
Autodefesa ou Autotutela: consiste no mais antigo método de solução de conflitos, através do qual alguém mediante suas próprias forças e instrumentos de defesa impõe à outra parte um sacrifício não consentido.Na área trabalhista as formas mais comuns de autodefesa são a greve e o lockout. A primeira é direito social devidamente previsto no art. 9º, da CF/88 regulamentada pela Lei n. 7.783/89, por meio do qual os trabalhadoresse organizam coletivamente paralisando suas atividades de forma total ou parcial com a finalidade de defender ou buscar a proteção de seus direito. Já o lockout é prática expressamente vedada pela Lei n. 7.783/89 – art. 17 – e art. 722 da CLT - e consiste na paralisação das atividades, por iniciativa do empregador, com a finalidade de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos empregados. Há salientar que o lockout tem raríssima ocorrência em território nacional, não apenas em razão da vedação legal, mas também porque o direito material do trabalho não permite a interrupção do pagamento de salários neste caso, uma vez que o empregado estará à disposição da empresa.
Auto composição: trata-se também de forma direta de solução do conflito de interesses, na qual os litigantes, de comum acordo e sem emprego da força, fazem concessões recíprocas mediante ajuste de vontades com a finalidade de prevenir ou extinguir conflitos de interesses.
No âmbito coletivo temos auto composição na celebração de Convenções Coletivas do Trabalho e de Acordos Coletivos, bem como na mediação e na conciliação, inclusive a firmada perante as Comissões de Conciliação Prévia (entendimento majoritário, pois há aqueles que entendem que havendo alguma intervenção de terceiro não se pode mais falar em auto, mas sim em hetero composição).
Hetero composição: se dá quando um terceiro é chamado a solucionar o conflito de interesses substituindo a vontade das partes por sua decisão. Tal método ocorre na arbitragem e na jurisdição, embora no Brasil a primeira seja bastante mitigada na seara trabalhista, haja vista que, são passiveis de arbitragem apenas os direitos patrimoniais disponíveis e como retratado nos princípios tópicos acima, grande parte dos direitos sociais do trabalho são considerados indisponíveis.
PARTES E PROCURADORES NA JUSTIÇA DO TRABALHO
1 – Espécies de Capacidade: Capacidade de direito: aptidão para ser parte no processo;
Qualidade própria a todos os entes portadores de personalidade inclusive de personalidade anômala ou capacidade ativa como os entes despersonificados.
Capacidade de fato ou ad processum: qualidade atribuída àqueles que podem se apresentar em juízo sem a necessidade de assistência ou representação.
Capacidade postulatória ou jus postulandi: é a capacidade de postular em juízo, via de regra por imposição do art. 133 da CF/88 e da Lei n. 8.906/94 a princípio somente o advogado detém capacidade postulatória. Todavia há exceções, e no caso da Justiça do Trabalho o art. 791 da CLT c/c súmula 425 do TST, permite aos empregados e empregadores nas varas do trabalho e TRTs postularem em causa própria sem a necessidade de advogados. Tal capacidade não abarca propositura de ação rescisória, ação de cunho cautelar, mandado de segurança e recursos de competência do TST.
2 – Questões relacionadas à Capacidade Processual na Justiça do Trabalho
Menores e incapazes: devem se apresentar devidamente assistidos ou representados por seus representantes legais (pais/tutores/curadores) sob pena de nulidade processual. Além disso, o instrumento de mandato deve ser firmado na forma pública e, finalmente, por imposição do art. 178, inc. II, do CPC, há intervenção obrigatória do MPT como custos legis.
Representação da reclamada em juízo: a princípio a reclamada pode ser representada pelo próprio reclamado, sócio ou representante da empresa, ou nos termos do art. 843, §1º, da CLT por preposto. Com relação a este último, com a reforma trabalhista o art. 843 §3º, cuja redação indica que: “O preposto a que se refere o §1º deste artigo não precisa ser empregado da parte reclamada.”. Portanto, ao que tudo indica a partir de novembro de 2017 em quaisquer casos o preposto poderá ser pessoa estranha ao corpo da reclamada.
Sucessão de partes em razão de evento causa mortis: se acontecer no curso do processo haverá suspensão para habilitação dos herdeiros, normalmente em 30 dias; caso o falecimento do trabalhador seja antes do ingresso com a ação esta já deverá ser movida pelos substitutos processuais. No caso dos direitos patrimoniais deixados pelo falecido empregado, a Lei n. 6.858/80 em seu art. 1º especifica que o trabalhador poderá ser substituído por seus dependentes habilitados perante a Previdência Social, e na falta pelo espólio representado pelo inventariante.
Sucessão Empresarial: até a reforma trabalhista tinha-se o entendimento de que a mudança na estrutura ou na propriedade da empresa reclamada não tinha o condão de afetar o contrato de trabalho havendo solidariedade como regra entre a sucessora e a sucedida nos termos do art. 10 c/c art. 448 da CLT. Todavia com a reforma criou-se o art. 448-A que prevê: 
Art. 448-A.  Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.  
Parágrafo único.  A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.
Regularização da representação processual: a teor do art. 5º e §1º da Lei n. 8.906/94, para postular em juízo o advogado deve estar munido de procuração, podendo pleitear prazo de 15 dias para juntá-la nos autos em caso de prática de ato urgente. O CPC por sua vez, no seu art. 76 especifica que o juiz verificando irregularidade da representação processual, suspenderá o processo designando prazo razoável para que a parte sane o vício.
Na Justiça do Trabalho a procuração pode ser feita de forma apud acta, ou seja, por registro na ata de audiência nos termos do art. 791, §3º, da CLT.
Quanto ao limite temporal de regularização da representação processual estabelece a súmula 383 do TST:
SÚMULA 383. RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. CPC DE 2015, ARTS. 104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 2015)
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso.
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015).
Substituição processual: a princípio ninguém pode pleitear direito alheio em nome próprio (art. 18, do CPC). Todavia há casos em que a própria legislação permite a figura dos substitutos processuais.
No caso da Justiça do Trabalho o principal substituto é o Sindicato que nos termos do art. 8º, inc. III, da CF/88 detém legitimidade para defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais de sua categoria.
A princípio o TST fixou por meio da súmula n. 310 entendimento no sentido de que este direito dependeria de regulamentação. Todavia o STF manifestou-se em diversos casos posicionamento literalmente contrário ao do TST, o que gerou o cancelamento da Súmula 310 aos 25/09/2003.
Litisconsórcio na Justiça do Trabalho: perfeitamente possível que haja litisconsórcio ativo ou passivo nas ações da Justiça do Trabalho. Este poderá ser:
Quanto a sua formação:
 Inicial: quando surge desde a propositura da ação;
Ulterior: quando formado após a propositura da ação, seja por uma forma de intervenção de terceiros seja por reunião de feitos, seja pela desconsideração da personalidade jurídica;
Quanto à obrigatoriedade:Facultativo: quando a formação do litisconsórcio é livre iniciativa da parte;
Necessário: quando a lei impõe a presença de mais de um litigante no processo. Ex.: Ação anulatória de convenção coletiva – todos os sindicatos
Quanto aos pólos:
Ativo: quando há pluralidade de reclamantes;
Passivo: quando há pluralidade de reclamadas;
Misto: quando há pluralidade de reclamantes e reclamadas
Quanto aos efeitos:
Simples: no caso em que a decisão possa ser diferente para cada um dos litisconsortes;
Unitário: quando a decisão deva ser igual para ambos
Há salientar que nas causas cíveis o art. 229 do CPC determina que havendo litisconsórcio passivo e sendo os réus representados por advogados distintos eles terão prazo em dobro para se manifestarem no processo. Na seara cível a OJ 310 determina que não se aplicam os prazos em dobro na Justiça do Trabalho.
Advogado na Justiça do Trabalho: como já visto é faculdade das partes até o âmbito dos TRTs e embora o §1º, do art. 791 da CLT permita que a parte seja representada por solicitador ou provisionado, o entendimento é de que esta disposição conflita com o art. 1º e 3º, §2º, da Lei n. 8.906/94 e, portanto, estaria revogada.
Honorários advocatícios na Justiça do trabalho: 
Com a reforma trabalhista: art. 791-A dispõe que: “Art. 791-A.  Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
§ 1o  Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria.
§ 2o  Ao fixar os honorários, o juízo observará:
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
§ 3o  Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários.
§ 4o  Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
 § 5o  São devidos honorários de sucumbência na reconvenção.”
Justiça Gratuita: com a reforma: art. 790, §§3º e 4º:
§ 3o  É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência.
§ “4o  O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.” (NR)
Deveres das partes e procuradores: os mesmos da seara cível, ou seja, arts. 77 e 78 do CPC, podendo sofrer penas consistentes em:
Multa de até 20% sobre o valor da causa arbitrada de acordo com a gravidade da conduta, sem prejuízo de sanções cíveis, penais e processuais. Quando o valor da causa for irrisório a multa será de até 10 salários mínimos.
Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica o as punições supra, devendo a responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará.
Aplicável também causas de litigância de má-fé do art. 80 do CPC até a reforma, pois com esta a matéria foi regulamentada pelos art. 793A a 793D, de seguinte teor:
‘Art. 793-A.  Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como reclamante, reclamado ou interveniente.’
Art. 793-C. De ofício ou a requerimento, o juízo condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a 1% (um por cento) e inferior a 10% (dez por cento) do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou. § 1o  Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juízo condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária.
PODER JUDICIÁRIO DO TRABALHO: 
Organização
A Justiça do Trabalho é composta por: Tribunal Superior do Trabalho; Tribunais Regionais do Trabalho; Juízes do Trabalho.
Tribunal Superior do Trabalho – TST - Tem sede em Brasília, com jurisdição em todo o território nacional, sendo composto por 27 (vinte e sete) Ministros dentre os brasileiros (natos ou naturalizados), com mais de 35 (trinta e cinco) anos e menos de 65 (sessenta e cinco anos), com notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República e aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal (art. 111-A da CF/88 c/c art. 690 da CLT). Na nomeação destes Ministros, deve-se observar a seguinte proporção: 1/5 entre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício;4/5 entre os juízes dos TRTs, indicados pelo próprio TST.
Junto ao TST funcionarão: Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento dos Magistrados; e 
Conselho Superior da Justiça do Trabalho.
A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento dos Magistrados tem como precípuas funções, regulamentar cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira. Já o Conselho Superior da Justiça do Trabalho exerce a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, e cujas decisões terão efeito vinculante.
Quanto à competência do TST o art. 111-A, §1º, da CF/88 determina que lei própria disporá sobre o assunto, sendo que atualmente a competência do órgão máximo da Justiça do Trabalho é regulada pela Lei n. 7.701/88 e pelo Regimento Interno do próprio TST.
O Regimento Interno do TST em seu art. 59 dispõe que são seus órgãos:
O Tribunal Pleno, que é constituído por todos os Ministros da Corte, com quórum de instalação mínimo de 14 Ministros e cujas principais funções são as de: escolher os nomes da lista para preenchimento de vaga de Ministro do TST; aprovar emendas regimentais; eleger Ministros para o cargo de direção do Tribunal; aprovar, revisar ou cancelar Súmula ou Precedente Normativo; e declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público. Competência completa do Tribunal Pleno está no art. 68 do RI;
O Órgão Especial – OE, é composto pelo Presidente e Vice Presidente do Tribunal, Corregedor Geral da Justiça do Trabalho e os sete Ministros mais antigos. O quórum de instalação é 8 membros, sendo as principais atribuições: deliberar sobre disponibilidade ou aposentadoria dos magistrados; deliberação preliminar sobre a existência de relevante interesse público que fundamenta a proposta de edição de Súmula. 
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos – SDC: é constituída pelo Presidente e vice do Tribunal, o Corregedor Geral da Justiça do Trabalho e mais seis Ministros. O quórum de instalação é de 5 membros, com competência para a análise de dissídios coletivos em sede originária e recursal. 
A Seção Especializada em Dissídios Individuais: é composta por 21 Ministros, sendo o Presidente e vice do Tribunal, o Corregedor Geral da Justiça do Trabalho e mais 18 Ministros e funciona em composição plena ou divididaem duas subseções para julgamento dos processos de sua competência. Quórum de instalação é de 11 membros, sendo competente para análise original e recursal em último aspecto de demandas individuais. A competência completa desse órgão encontra-se no art. 71 do RI;
As Turmas: cada uma delas é constituída por 3 Ministros. O quórum exige a presença de todos os Ministros integrantes da turma com competência para analisar recursos de revista contra decisões dos TRTs, agravos e agravos regimentais interpostos contra despachos exarados em processos de sua competência e recursos ordinários em ação cautelar quando a competência do processo principal for atribuída à Turma (art. 72 do RI).
Tribunais Regionais do Trabalho – TRTs: na redação originária da CF/88 havia a previsão no art. 112 da instalação de no mínimo um TRT por estado-membro e um no DF. Todavia a EC 45/2004 suprimiu esta disposição, de modo que hoje prevalece a dicção do art. 674 da CLT que divide o território nacional em 24 Regiões com um TRT em cada uma delas. Portanto, não é mais obrigatória a existência de um TRT por Estado.
Os Desembargadores do Trabalho são nomeados pelo Presidente da República dentre os brasileiros (natos ou naturalizados) com mais de 30 e menos de 65 anos, sendo que 1/5 entre os advogados e membros do Ministério Público do Trabalho, em exercício há mais de 10 anos e os demais dentre os Juízes do Trabalho de carreira através de promoção por antiguidade ou merecimento.
 O número de desembargadores nos TRTs varia em função do número de processo analisados pelo Tribunal (art. 115), tendo número mínimo de 7 desembargadores.
Compete aos TRTs julgar ações de sua competência originária, como dissídios coletivos, mandados de segurança e ações rescisórias e em grau de recurso, os recursos das decisões tomadas pelas Varas do Trabalho, como por exemplo o recurso ordinário.
Juiz do Trabalho – Varas do Trabalho: são os órgãos de primeira instância da Justiça do Trabalho, com competência territorial que normalmente abrange alguns municípios.
O ingresso na carreira se dá por meio de concurso público de provas e títulos sendo que a vitaliciedade é alcançada após 2 anos de exercício da atividade.
A competência encontra-se descrita no art. 114 da CF, competindo-lhes basicamente processar e julgar as ações oriundas das relações de trabalho, excluídas aqueles de competência dos Tribunais Trabalhistas.
A teor do art. 668 da CLT nas localidades não compreendidas por Varas do Trabalho, o Juiz de Direito será investido na competência da Justiça do Trabalho.
Corregedoria Geral do Trabalho: é órgão de direção do TST dirigida por um Corregedor-Geral eleitos entre os Ministros do TST (art. 709, da CLT), para mandato de 2 anos, com principais atribuições de:
Exercer inspeção e correição permanente dos TRTs;
Decidir reclamações contra atos atentatórios da boa ordem processual praticados pelos TRTs e seus presidentes, quando inexistir recurso específico.
O Corregedor Geral não participa das Turmas do TST nem concorre na distribuição de processos.
Corregedoria Regional do Trabalho: a CLT não trata destas corregedorias, dispondo, aliás em seu artigo 682, inc. XI, que o exercício da correição caberá aos Presidentes dos TRTs. Todavia, o art. 96, inc. I, alíneas ‘a’ e ‘b’, da CF/88 permitem aos Tribunais criar órgão de correição. 
Com base na previsão constitucional supra, alguns TRTs criaram regimentalmente suas próprias corregedorias observando o princípio federativo, ou seja, elegendo um Corregedor Regional dentre seus Desembargadores com competência fixadas no Regimento Interno, similares às do Corregedor Geral.
Ministério Público do Trabalho: Origem:
No Mundo com a Ordenança Organização:Art. 128 da CF/88:
Ministério Público da União, o qual abarca o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Militar e o Ministério Público do DF e territórios;
Ministério Público dos Estados.
O MP do Trabalho: Chefe: Procurador Geral do Trabalho, nomeado pelo Procurador Geral da República dentre os membros da instituição com mais de 35 anos de idade, 5 anos de carreira, integrante da lista tríplice escolhida mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, pelo Colégio de Procuradores, para mandato de 2 anos, permitida uma recondução.
Órgãos: Art. 85 da LC 75/93:
Procurador Geral do Trabalho
Colégio de Procuradores do Trabalho (é presidido pelo PGT e constituído por todos os membros em atividade do MPT - elabora lista tríplice de escolha do Procurador Geral do Trabalho e lista sêxtupla para composição do TST e dos TRTs)
Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho (órgão máximo de deliberação do MPT – dele partem as orientações normativas que pautam as ações do órgão e cabe a ele avaliar a atuação dos Procuradores. Constituído por 10 subprocuradores presididos pelo PGT;
Câmara de Coordenação e Revisão do MPT composta por 3 membros da Procuradoria Geral do Trabalho e 6 das Procuradorias Regionais, tendo por atribuição a realização da revisão da atividade funcional, objetivando a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. Além disso decide os conflitos de atribuições entre os órgãos e resolve sobre a distribuição de procedimentos, levando em conta a natureza da matéria ou a necessidade de procedimento uniforme;
Corregedoria do MPT é órgão fiscalizados das atividades e da conduta dos membros do MPT. Presidida pelo Corregedor Geraç que é nomeado pelo PGT, dentre os Subprocuradores Gerais do Trabalho, para mandato de 2 anos admitida uma recondução;
Subproduradores-Gerais do Trabalho (MP atuante no TST);
Procuradores Regionais do Trabalho (MP atuante nos TRTs);
Procuradores do Trabalho (MP atuante nas Varas do Trabalho).
Principais Atribuições:
Judiciais: - Promover ações civis públicas na defesa de direitos coletivos e homogêneos;
- Promover ações anulatórias de acordos coletivos do trabalho e convenções coletivas do trabalho;
- Atuar como substituto processual ou custos legis nos processo que envolvam interesses de menores;
- instaurar instância em caso de greve; Rol completo de atribuições no art. 83 da LC n. 75/93.
Extrajudiciais: - instaurar Inquérito Civil de ofício ou mediante requerimento;
- formular Termos de Ajustamento de Conduta – TACs;
- zelar pela erradição do trabalho infantil, escravo e por todas as discriminações no mercado de trabalho;
- fomentar a inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho;
- defender o meio ambiente de trabalho, mormente na área da segurança e medicina do trabalho.
Rol completo das atribuições no art. 84 da LC n. 75/93.
DEFESAS DO RECLAMADO 
É desenvolvida de forma bastante semelhante à fixada no CPC podendo envolver exceções processuais, de incompetência e de impedimento e de suspeição; contestação e reconvenção.
Exceções no Processo do Trabalho
Exceção de incompetência - Peça autônoma (salvo situações de incompetência absoluta em que a matéria será veiculada como preliminar em contestação): para alegação tanto da incompetência relativa quanto da suspeição ou do impedimento do Juízo, isto porque, a CLT detém regras próprias distintas do CPC, a IN 39/2016 é omissa e ademais a reforma trabalhista alterou o art. 800 dizendo que a exceção de incompetência territorial será apresentada no prazo de 5 dias a contar do recebimento da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção;
Suspensão do processo: prevê o art. 800, §1º, da CLT que protocolada a petição de exceção, o processo será suspenso,não se realizando audiência de apresentação da defesa até que a exceção seja decidida
Apresentada a exceção os autos serão conclusos ao juiz que determinará a intimação da parte reclamante atribuindo-lhe prazo de 5 dias para manifestação: art. 800, §2º, da CLT;
- Se houver necessidade de prova o juiz designará audiência de instrução da exceção, garantindo o direito do excipiente em ser ouvido juntamente com suas testemunhas por carta precatória.
 As decisões sobre exceções de incompetênciae suspeição são em regra irrecorríveis: a teor do §2º do art. 799 da CLT o acolhimento ou rejeição da exceção não sujeita-se a recurso de imediato, prevalecendo o princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias. As exceções a esta regra são encontradas na leitura conjunta do §2º, do art. 799 da CLT c/c súmula 214 do TST, ou seja, quando o acolhimento da exceção importar em remessa dos autos para vara ou tribunal distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado.
Exceção de Impedimento e suspeição: Mesmas causas de impedimento e de suspeição art. 801 da CLT – visa garantir a imparcialidade do juiz (arts. 144 e 145 do CPC podem ser utilizados supletivamente).
A doutrina entende que suspeição estaria ligada a razões de foro íntimo, portanto, retratariam as causas das alíneas a, b e d do art. 801, ou seja, amizade íntima, inimizade capital ou interesse particular na causa; lado outro as causas de impedimento se referem a relações de parentesco impossibilitando o magistrado de julgar causas de seus parentes até o terceiro grau por consangüinidade ou afinidade.
O impedimento é considerado mais grave do que a suspeição gerando vício insanável, podendo ser alegado a qualquer momento, não estando assim sujeito à preclusão. A suspeição por sua vez, como o próprio parágrafo único do art. 801 impõe, deve ser alegada na primeira oportunidade em que o recusante teve para falar nos autos quando já conhecia da causa de suspeição, sob pena de preclusão sendo ainda convalidado o vício caso o recusante tenha anteriormente se manifestado nos autos consentindo com a pessoa do juízo.
Assim como a exceção de incompetência territorial são defesas indiretas e que devem ser alegadas em peças apartadas no processo trabalhista.
Apresentada qualquer destas exceções, a teor do art. 802, da CLT o juiz designará dentro de 48 horas audiência de instrução para julgamento da exceção.
Julgada procedente a exceção será convocado juiz substituto para atuar até o final da ação (art. 802,§1º, da CLT). Se julgada improcedente a exceção, não caberá recurso de imediato, por se tratar de decisão interlocutória (art. 893, §1º, da CLT),entretanto, poderá o vencido manifestar seu inconformismo em preliminar do recurso ordinário eventualmente apresentado contra a sentença proferida no feito principal (art. 799, §2º, da CLT).
As exceções de impedimento e suspeição, até a EC 24/99 que extinguiu os juízes classistas determinava que o juiz apontado como suspeito ou impedido participasse como membro do órgão julgador da exceção. A partir de então, recomenda-se que o julgamento da exceção seja encaminhado a outro juiz do trabalho e no caso de juiz estadual exercendo jurisdição trabalhista a competência será do TRT.
Contestação:
Principal peça de defesa da reclamada na qual a parte carreia os principais temas contra os pedidos formulados pelo reclamante.
Até a reforma trabalhista a CLT dispunha que a contestação seria apresentada oralmente em 20 minutos na primeira audiência designada (art. 847, caput), com a reforma trabalhista o art. 847 ganhou um parágrafo único adequando a norma à realidade atual permitindo a apresentação de defesa escrita pelo sistema eletrônico até a audiência.
Aplicável os princípios da:
- eventualidade: momento oportuno para alegação de todas as matérias de defesa sob pena de preclusão;
- ônus da impugnação específica: dever de contradizer todos os argumentos da inicial sob pena de presunção de veracidade;
- Concentração: momento oportuno para apresentação de todas as provas documentais.
Defesas veiculadas em contestação:
Defesas processuais: se voltam contra algum defeito processual e não contra o direito material invocado em si, podem ser:
a)peremptórias: as quais uma vez acolhidas levam à extinção do processo sem análise de mérito, como inépcia da inicial, litispendência, coisa julgada, perempção etc; e
b) Dilatórias:que quando acolhidas não levam à extinção do processo,mas à ampliação ou dilação do curso da causa como nulidade da citação, incompetência absoluta do juízo, conexão, deficiência de representação da parte ou falta de autorização para a causa etc.
Incompetência absoluta: (defesa processual dilatória): relacionada à matéria ou à pessoa, ex. quando a justiça do trabalho não é competente para a causa, ou quando em razão da pessoa envolvida o foro é diferenciado;
Incapacidade de parte: menores de 18 anos ou incapazes não assistidos ou representados;
Coisa Julgada: art. 836 da CLT veda aos órgãos da justiça do trabalho conhecer de questões já decididas. Lembrando que o acordo formulado na justiça do trabalho é irrecorrível.
Inépcia da Inicial: art. 330, § 1o , do CPC:
“Considera-se inepta a petição inicial quando: I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.”
Impugnação ao valor da causa: pode ser alegada em contestação, eis que a CLT é omissa e o CPC determina a mesma como matéria preliminar à contestação.
Perempção: art. 732, da CLT
Defesas indiretas de mérito: 1-Prescrição ou Decadência:
Prescrição bienal e qüinqüenal: art. 7º, XXIX da CF/88 e art. 11 da CLT
A teor da súmula 153 do TST a prescrição tem que ser alegada pela parte interessa, podendo o ser a qualquer tempo no processo. Tal posicionamento, entretanto não é uníssono, principalmente frente ao art. 336 do CPC que permite o reconhecimento de ofício nos processos civis.
A decadência, por exemplo,ocorro quando o empregador não respeita o prazo de 30 dias para instaurar inquérito para a apuração de falta grave; ou o prazo de 2 anos para propositura de ação rescisória.
2 - Compensação: art. 767 da CLT 
Defesas diretas de mérito: impugnações específicas aos direitos materiais formulados pelo reclamante.
RECONVENÇÃO: prevalece o entendimento de apresentação em peça autônoma, embora haja jurisprudência admitindo pedido contraposto em contestação.
- Requisitos:
Gerais: - Condições da ação e pressupostos processuais
Específicos: - que o juiz da causa principal não seja absolutamente incompetente para julgar a reconvenção; - que haja compatibilidade entre os ritos da ação principal e da ação reconvencional; - haver processo pendente; - haver conexão entre a reconvenção e a ação principal 
Ação de caráter dúplice - Art. 495 da CLT – Inquérito para apuração de falta grave:
Art. 495 - Reconhecida a inexistência de falta grave praticada pelo empregado, fica o empregador obrigado a readmiti-lo no serviço e a pagar-lhe os salários a que teria direito no período da suspensão.
 Art. 545, §2º, do CPC – Consignação em pagamento:
§ 2o A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe o cumprimento nos mesmos autos, após liquidação, se necessária. 
Só cabe se o objeto da reconvenção for mais amplo abarcando, por exemplo danos morais e outras parcelas distintas de salário. 
 RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO
Embargos de declaração: art. 897-A da CLT
Cabimento: Recurso dirigido ao próprio órgão prolator da decisão embargada com o objetivo de sanar omissão, contradição ou manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso (tempestividade, preparo, regularidade formal). O §1º do art. 897-A prevê que erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou por meio de mera petição, de modo a demonstrar a desnecessidade do recurso para esse fim.
Ampliação das hipóteses de cabimento: súmula 297 do TST = para prequestionamento da matéria a fim de viabilizar recurso de revista ou extraordinário, por exemplo
Efeito modificativo: exceção colocada pelo §2º do art. 897-A, possível apenas com abertura de contraditório – parte adversa intimada a se manifestar em 5 dias.
Efeito Interruptivo: a teor do §3º, do art. 897-A a interposição dos embargos de declaraçãointerrompem o prazo para a propositura de outros recursos.
Preparo e depósito: isento 
Prazo: 5 dias
RECURSO ORDINÁRIO: art. 895 da CLT
Cabimento: decisões terminativas ou definitivas proferidas por Varas do Trabalho ou por TRTs no exercício de sua competência originária.
Não é cabível no procedimento sumário por expressa menção do art. 2º, §4º, da Lei 5.584/70. Neste procedimento aliás somente são cabíveis embargos de declaração, pedido de revisão e recurso extraordinário.
Nos processos sumaríssimo o §1º do art. 895 prevê tramitação mais célere.
Endereçamento: juízo prolator da sentença = juiz do trabalho ou TRT
Juízo de destino: TRT no caso das causas provenientes de varas trabalhistas e TST no caso de ações de competência originária dos TRT
Prazo: 8 dias
Matérias: questões de fato e de direito, bem como relacionadas à validade e mensuração das provas.
Efeitos: 
- dissídio individual = devolutivo (podendo em casos excepcionais ser pleiteado mediante tutela cautelar ou MS concessão de efeito suspensivo)
- dissídio coletivo = devolutivo 
Impossibilidade de recorrer de sentença que homologa o acordo: por ausência de interesse processual, já que entendimento doutrinário na hipótese é de inexistência de sucumbência. Conforme art. 831, § único da CLT, somente o INSS poderá interpor recurso, já que alguma verba com reflexos previdenciários pode estar sendo sonegada, em prejuízo àquele, que detêm legitimidade e interesse recursais.
Juízo de admissibilidade: realizado tanto na origem quanto no destino
Preparo: art. 789 da CLT 2% do valor da condenação mais demais despesas fixadas na sentença e mais depósito recursal de R$ 9.189,00.
Da mesma forma que no depósito recursal, nas custas o recolhimento deve ser feito no mesmo prazo do recurso. Além disso, o recolhimento a menor das custas arbitradas na sentença recorrida resulta na deserção do recurso caso o recorrente intimado a complementa-las no prazo de 5 dias não o faça, nos termos da OJ n. 140 da SDI-1 do TST.
RECURSO DE REVISTA:
Cabimento: contra decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelo TRTs quando:
a)derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal;   
 b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a;
 c)proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal
Nas Execuções: das decisões prolatadas em execução só cabe revista em caso de ofensa literal à CF – art. 896, §2º.
Nas causas de procedimento sumaríssimo: somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal.
Efeitos: apenas devolutivo (art. 896, §1º)
Matérias: apenas matérias de direito
Preparo: art. 789 da CLT 2% do valor da condenação mais demais despesas fixadas na sentença e mais depósito recursal de R$ 18.378,00
Prazo: 8 dias.
PRESSUPOSTOS ESPECÍFICOS:
Prequestionamento – Para que se conheça da Revista é necessário que tenha ocorrido o prequestionamento, ou seja, que a questão tenha sido posta para o juízo "a quo", para que se tenha condições de mensurar se ocorreu a alegada violação de lei federal ou da Constituição Federal ou interpretação divergente.
Comprovação da divergência – Necessário que seja transcrita, nas razões
recursais, a ementa do acórdão indicado como paradigma e a indicação precisa da fonte oriunda de um repositório idôneo de jurisprudência, isso no caso de dissídio jurisprudencial, e para a hipótese de violação literal de texto de lei, a indicação precisa da lei ou dispositivo constitucional violado.
Quaestio juris – Somente matéria de direito será devolvida ao Tribunal "ad quem", sendo vedada devolver matéria fática ou probatória. Conforme asseverou o Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Dr. VANTUIL ABDALA, "se os fatos estiverem narrados pelo Regional nada impede que, embora a matéria seja fática, a questão seja reexaminada pelo Tribunal Superior, mas não para dizer se ocorreu ou não ocorreu esse fato, porque isso aí cabe ao Regional dizer. Isto era matéria de prova. Mas simplesmente para dizer que partindo desse fato o Tribunal aplicou mal a lei. Por isso os fatos têm importância". 
Admissibilidade: tanto na origem quanto no destino. Não admitido na origem cabe agravo de instrumento e no destino agravo regimental.
RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO
Pressupostos Processuais
Subjetivos:
-Legitimidade (parte, terceiro prejudicado ou MP)
-Capacidade
-Interesse recursal (sucumbência)
Objetivos
-Recorribilidade do ato
-Adequação (fungibilidade)
-Tempestividade
-Representação processual
-Preparo (custas processuais e depósito recursal – art. 789 CLT)
Demais regras quanto ao depósito recursal e custas
-Depósito recursal só é exigido da reclamada, o reclamante, quando não beneficiado pela Justiça Gratuita, pagará apenas as custas processuais;
-Pessoas de direito público estão isentas (art. 790-A da CLT)), porém entidades fiscalizadoras do exercício profissional não estão. Sindicatos são isentos nas ações coletivas salvo comprovada má fé nos termos do art. 87 do CDC, sendo que a massa falida também o é a teor da súmula 86 do TST
-Prazo para recolhimento é o prazo do recurso, OJ 140/TST determina porém que no caso de recolhimento insuficiente seja intimada a parte a complementar em 5 dias sob pena de deserção
-Em recursos na fase de execução só há depósito recursal caso a execução não estiver garantida 
Demais Regras do Depósito Recursal
-Reforma trabalhista – art. 899:
-§9º O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, empregadores -domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte.
-§10º São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial.
-§11O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial.
Valores das custas
-Custas 2%
-Agravo de instrumentoR$ 44,26Art. 789-A, III, da CLT 
-Agravo de petição R$ 44,26Art. 789-A, IV, da CLT
-Recurso de revistaR$ 55,35Art. 789-A, VI, da CLT 
Valores dos Depósitos
-Recurso ordinário em dissídios individuais no processo de conhecimento R$ 9.189,00
-Recurso de revista, embargos e recurso extraordinário R$ 18.378,00
-Recurso em ação rescisória R$ 18.378,00
-Agravo de instrumento de despacho denegatório dos recursos supra citados 50% do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar
Valores dos Depósitos
Agravo de instrumento para destrancar recurso de revista interposto contra jurisprudência unificada do TST Depósito não obrigatório (§ 8º do art. 899 da CLT), todavia se o agravo de instrumento for referente a uma parcela da condenação pelo menos, não lhe seja imputada, qualquer contrariedade a súmula que a orientação jurisprudencial do TST, devendo ser efetuado o depósito, sendo a arguição infundada, temerária ou artificiosa o agravo será considerado deserto (art. 23 do Ato nº 491/2014)
Efeitos dos Recursos
-Efeito devolutivo: devolve ao Tribunal a análise das questões que foram decididas em primeiro grau, ainda que não sob os mesmos fundamentos e as questões que podem ser conhecidas de ofício.
-Efeito suspensivo: suspende a eficácia da decisão até o julgamento do recurso impedindo a execução provisória. Exceção no processo do trabalhoaplicável por exemplo nos casos em que atendendo a pedido de tutela cautelar o tribunal atribua efeito suspensivo. 
- Efeito Translativo: permite ao órgão recursal conhecer matéria não suscitada pela parte recorrente, tendo em vista a natureza de ordem pública das questões que admitem tal efeito. Esse entendimento decorre notadamente da redação do § 3º do art. 485 do NCPC (pressupostos de constituição e desenvolvimento válidos dos processo, perempção, litispendência e coisa julgada, condições da ação), recepcionado pela legislação laboral pelo art. 769 da CLT 
- Efeito substitutivo: ocorre quando o Tribunal julga o mérito recursal e dá provimento ao recurso substituindo a sentença original 
-Efeito Extensivo: art. 1.005 do CPC – nas hipóteses de litisconsórcio unitário a interposição de recurso por um dos litisconsortes faz estender os efeitos do acórdão a todos.
-Efeito Regressivo: possibilidade de retratação aberta ao órgão de origem (agravo de instrumento e agravo regimental). 
RECURSOS EM ESPÉCIE 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Cabimento – art. 897-A CLT : Recurso dirigido ao próprio órgão prolator da decisão embargada com o objetivo de sanar omissão, contradição ou manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso (tempestividade, preparo, regularidade formal).
O §1º do art. 897-A prevê que erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou por meio de mera petição, de modo a demonstrar a desnecessidade do recurso para esse fim.
Ampliação das hipóteses de cabimento: súmula 297 do TST = para prequestionamento da matéria a fim de viabilizar recurso de revista ou extraordinário, por exemplo
Efeito modificativo: exceção colocada pelo §2º do art. 897-A, possível apenas com abertura de contraditório – parte adversa intimada a se manifestar em 5 dias.
Efeito Interruptivo: a teor do §3º, do art. 897-A a interposição dos embargos de declaração interrompem o prazo para a propositura de outros recursos.
Preparo e depósito: isento 
Prazo: 5 dias
Recursos em Espécie – Recurso Ordinário
Cabimento – art. 895 da CLT - decisões terminativas ou definitivas proferidas por Varas do Trabalho ou por TRTs no exercício de sua competência originária. §1º prevê tramitação mais célere para rito sumaríssimo.
Não cabimento - no procedimento sumário por expressa menção do art. 2º, §4º, da Lei 5.584/70. Neste procedimento, aliás, somente são cabíveis embargos de declaração, pedido de revisão e recurso extraordinário
RECURSO ORDINÁRIO 
Juízo de endereçamento = prolator da sentença
Juízo de destino = TRT no caso das causas provenientes de varas trabalhistas e TST no caso de ações de competência originária dos TRT
Prazo: 8 dias
Matérias: questões de fato e de direito, bem como relacionadas à validade e mensuração das provas.
Efeitos: 
- dissídio individual = devolutivo (podendo em casos excepcionais ser pleiteado mediante tutela cautelar ou MS concessão de efeito suspensivo)
- dissídio coletivo = devolutivo 
Impossibilidade de recorrer de sentença que homologa o acordo: por ausência de interesse processual, já que o entendimento doutrinário na hipótese é de inexistência de sucumbência. Conforme art. 831, § único da CLT, somente o INSS poderá interpor recurso, já que alguma verba com reflexos previdenciários pode estar sendo sonegada, em prejuízo àquele, que detêm legitimidade e interesse recursais.
RECURSO DE REVISTA
Cabimento: contra decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelo TRTs quando:derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal;   
 derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a;
 proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal
Recurso de Revista
Cabimento: 
Nas Execuções: das decisões prolatadas em execução só cabe revista em caso de ofensa literal à CF – art. 896, §2º.
Nas causas de procedimento sumaríssimo: somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal.
Efeitos: apenas devolutivo (art. 896, §1º)
Matérias: apenas matérias de direito
Prazo: 8 dias.
Pressupostos específicos:
Prequestionamento (súm. 297 do TST)
Comprovação analítica da divergência jurisprudencial ou legal
Quaestio juris 
Inadmissibilidade = recurso de agravo de instrumento se na origem ou agravo regimental se no destino 
Recursos em Espécie - Agravo de Petição
Cabimento: é o recurso cabível em face das decisões do Juiz do Trabalho proferidas em execução de sentença.
Quais decisões?
Até a fase processual em que será possível a oposição de embargos à execução, não será possível o manejo do agravo de petição.
Desse modo, pensamos ser cabível o agravo de petição em face das seguintes decisões do Juiz do Trabalho nas execuções: 
a) decisão que aprecia os embargos à execução; 
b) decisões terminativas na execução que não são impugnáveis pelos embargos à execução, como a decisão que acolhe a exceção de pré-executividade; 
c) decisões interlocutórias que não encerram o processo executivo, mas trazem
gravame à parte, não impugnáveis pelos embargos à execução (ver § 1º do art. 897 da CLT).
Delimitação da Lide e Viabilidade de Prosseguimento qto a parte Incontroversa
 Art. 897-  § 1º - O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença.
Súmula 416 do TST. Devendo o agravo de petição delimitar justificadamente a matéria e os valores objeto de discordância, não fere direito líquido e certo o prosseguimento da execução quanto aos tópicos e valores não especificados no agravo.   
O objetivo desta delimitação é que a execução continue sendo processada em relação à parte incontroversa dos valores. 
Competência
O agravo de petição deve ser interposto perante o Juiz da Vara do Trabalho onde se processa a execução em petição acompanhada das respectivas razões, com a delimitação das matérias e dos valores objeto da controvérsia.
Prazo
O prazo para interposição do agravo é de oito dias, tendo o agravado o prazo de oito dias para
contraminuta. 
Efeito e Custas
Meramente devolutivo, não lhe sendo atribuído efeito suspensivo, admitindo a jurisprudência a propositura de medida cautelar ou MS para tal finalidade.
Não há pagamento de custas no agravo de petição, pois essas são pagas ao final da execução (art. 789- A da CLT). Valor R$ 44,26 
Depósito Recursal
Lei n. 8.177/91 (art. 40) dispôs sobre recursos que demanda depósito recursal, não incluindo o agravo de petição.
Só é exigível se a execução não estiver integralmente garantida. Neste sentido IN 3, IV, ‘c’, do TST e súm. 128 do TST.

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