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caso concreto semana 13

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II - CCJ0036
Título	
Coisa julgada: limites objetivos e subjetivos. Relativização da coisa julgada.
Descrição	
Questão Discursiva
Maurício vendeu seu carro para seu grande amigo Gilson pelo valor de R$15.000,00. Na ocasião Gilson se comprometeu a realizar a comunicação junto ao DETRAN e regularizar a propriedade do veículo. Passados 02 anos, Maurício é notificado para responder a um processo de suspensão do direito de dirigir em razão do excesso de multas referentes ao veículo vendido, que ainda estava em seu nome. Muito chateado com a situação e sem conseguir localizar seu amigo, Maurício propôs ação de obrigação de fazer em face de Gilson cujo objeto era a condenação do réu na obrigação de regularizar a propriedade do carro junto ao DETRAN. Após a instrução da causa, o juiz julgou procedente o pedido para determinar que o réu regularize a propriedade do veículo, no prazo de 20 dias, sob pena de multa diária de R$1.000,00. Após o término do prazo, sem o cumprimento da obrigação, o juiz, a requerimento do autor, aumenta a multa diária para R$2.000,00. O réu apresentou petição requerendo a reconsideração da decisão, pois, de acordo com o art. 502 do CPC, a coisa julgada torna imutável a decisão sendo incabível o aumento da multa diária após o trânsito em julgado. Diante do caso indaga-se:
Esta correta a argumentação do réu?
Resposta: Não assiste razão alguma ao réu do caso ora sob análise, tendo em vista que a imposição de multa, mesmo que ela se dê de maneira progressiva, é uma forma que o magistrado dispõe para compelir que o mesmo faça a obrigação de fazer imposta na sentença, conforme disposição do artigo 497 do CPC.
Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
A coisa julgada material é imutável no que diz respeito ao mérito do feito decidido entre as partes da relação processual, sendo indiscutível depois do trânsito em julgado qualquer nova pretensão que baseie em uma tentativa de modificar ou extinguir decisão sem que a mesma já não permita interposição de qualquer recurso, salvo nas hipóteses de cabimento da ação rescisória previstas no artigo 966 do CPC.
Considerando a doutrina sobre o tema, qual é a distinção entre coisa julgada e preclusão?
Resposta: A coisa julgada, quer seja material ou formal, diz respeito a impossibilidade de se modificar a decisão em que já se dera o trânsito em julgado, sendo, pois, obstado qualquer interposição de novo recurso.
Já a preclusão dá-se quando se deixa de praticar determinado ato subjetivo que cabia a parte interessada, sendo este concedido de forma temporal ou por mandamento de lei. Caso a parte não exerça o direito subjetivo que possui, resta-se precluso a oportunidade, não cabendo, deste modo, nova chance para efetuar o ato perdido.
Exemplo: a oportunidade de manifestar toda a defesa do réu no processo civil se dá pela contestação, no prazo de 15 dias úteis (art. 335.CPC), não oferecendo-a no tempo proposto, resta preclusa e prejudicada tal utilidade, não sendo mais cabível nova chance. Nesse sentido:
Art. 507. É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão.
Art. 508. Transitada em julgado a decisão de mérito, considerar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e as defesas que a parte poderia opor tanto ao acolhimento quanto à rejeição do pedido. (CPC)
Questões Objetivas 1ª Questão
Não fazem coisa julgada material:
os motivos e a verdade dos fatos no processo. (X)
a questão incidental, ainda que decidida pelo juiz após contraditório.
os resultados de laudos de provas periciais.
as sentenças que resolvem o direito material. 2ª Questão
A respeito da relativização da coisa julgada no Brasil é correto afirmar que:
Não vigora e não se aplica ao nosso direito as teorias de relativização da mesma.
Apenas encontra guarida na ação rescisória do art. 966 do NCPC.
Pode ocorrer, em caos extremos e pontuais, sob pena de banalização e
enfraquecimento da segurança jurídica dos julgados.(X)
Pode ser feita por qualquer juiz ou tribunal, a livre distribuição.
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