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Águas Subterrâneas e hidráulica de poços Águas subterrâneas Do ponto de vista hidrológico, a água encontrada na zona saturada do solo é dita subterrânea zona saturada Em geral, exige menos tratamento antes do consumo do que a água superficial, em função de uma qualidade inicial melhor. Em regiões áridas e semi-áridas pode ser o único recurso disponível para consumo. Percolação abastecimento dos aqüíferos (mantém vazão dos rios durante as estiagens); Redução do escoamento superficial: cheias, erosão É a passagem de água da zona não-saturada (zona de aeração) para a zona saturada Qualidade das águas subterrâneas Durante o percurso no qual a água percola entre os poros do subsolo e das rochas, ocorre a depuração da mesma através de uma série 'de processos físico-químicos e bacteriológicos, tais como: troca iônica remoção de sólidos em suspensão neutralização de pH em meio poroso eliminação de microorganismos devido à ausência de nutrientes e oxigênio que os viabilizem Ou seja, as águas subterrâneas são filtradas e purificadas naturalmente no processo de percolação Uso das águas subterrâneas A exploração de água subterrânea está condicionada a fatores quantitativos, qualitativos e econômicos: Quantidade: intimamente ligada à condutividade hidráulica e ao coeficiente de armazenamento dos terrenos Qualidade: influenciada pela composição das rochas e condições climáticas e de renovação das águas Econômico: depende da profundidade do aqüífero e das condições de bombeamento. Principais Aquíferos Formação Barreiras O Aquífero Guarani O Aquífero Guarani é a maior reserva subterrânea de água doce do mundo, sendo também um dos maiores em todas as categorias Volume de aproximadamente 55 mil km³ e profundidade máxima por volta de 1.800 m, com uma capacidade de recarregamento de aproximadamente 166 km³ ao ano por precipitação É dito que esta vasta reserva subterrânea pode fornecer água potável ao mundo por duzentos anos O Aquífero Guarani No Brasil, o aquífero guarani integra o território de oito estados: Mato Grosso do Sul 213 200km² Rio Grande do Sul 157 600km² São Paulo 155 800km² Paraná 131 300km² Goiás 55 000 km² Minas Gerais 51 300 km² Santa Catarina 49 200 km² Mato Grosso 26 400km² AQUÍFEROS E TIPOS DE POROSIDADE É aquele formado por rochas sedimentares consolidadas, sedimentos inconsolidados ou solos arenosos, onde a circulação da água se faz nos poros formados entre os grãos de areia, silte e argila de granulação variada Aquífero poroso ou sedimentar Formado por rochas ígneas, metamórficas ou cristalinas, duras e maciças, onde a circulação da água se faz nas fraturas, fendas e falhas, abertas devido ao movimento tectônico Ex.: basalto, granitos, gabros, filões de quartzo, etc.. Poços perfurados nessas rochas fornecem poucos metros cúbicos de água por hora Aquífero fraturado ou fissural Formado em rochas calcáreas ou carbonáticas, onde a circulação da água se faz nas fraturas e outras descontinuidades (diáclases) que resultaram da dissolução do carbonato pela água. Essas aberturas podem atingir grandes dimensões, criando, nesse caso, verdadeiros rios subterrâneos Aquífero cárstico (Karst) Aquífero cárstico (Karst) Tipos de aquíferos Livres São aqueles cujo o topo é demarcado pelo nível freático, estando em contato com a atmosfera. Normalmente ocorrem a profundidades de alguns metros a poucas dezenas de metros da superfície Confinados ocorre quando um estrato permeável (aquífero) está confinado entre duas unidades pouco permeáveis (aquiclude) ou impermeáveis Funções dos aquíferos Produção: consumo humano, industrial ou irrigação Estocagem e regularização: estocar excedentes de água que ocorrem durante as enchentes dos rios Filtro: corresponde à utilização da capacidade filtrante e de depuração bio-geoquímica do maciço natural permeável Transporte: é utilizado como um sistema de transporte de água entre zonas de recarga artificial ou natural e áreas de extração excessiva Estratégica: o gerenciamento integrado das águas subterrâneas Energética: aquecimento pelo gradiente geotermal como fonte de energia elétrica ou termal Mantenedora: mantém o fluxo de base dos rios Qual são os impactos sobre os aquíferos? Os Impactos Ambientais diferenciam em sua causa e efeito Fontes de poluição QUAIS SÃO OS IMPACTOS? Contaminação por agrotóxicos em solos que não favorece a degradação do agentes químicos, principalmente na zona de recarga dos aqüíferos Superexploração de aquiferos, que é a exploração da água subterrânea que ultrapassa os limites de produção das reservas reguladoras ou ativas do aqüífero, iniciando um processo de rebaixamento do nível potenciométrico do mesmo Subsidência de solos – movimento para baixo ou afundamento do solo causado pela perda de suporte subjacente, que leva ao colapso das construções civis Avanço da cunha salina – avanço da água do mar em superfície , sobre a água doce salinizando o aquífero Os aquíferos costeiros fluem quase sempre para o mar, em gradiente variável Impactos Ambientais sobre os aquíferos Impactos Ambientais sobre os aquíferos Porosidade razão entre o volume de vazios e o volume total Depende da forma, do grau de compactação e da distribuição do tamanho das partículas Material Intervalo Média Limite inferior Limite superior Argila 0,34 0,57 0,42 Silte 0,34 0,61 0,46 Areia fina 0,26 0,53 0,43 Areia grossa 0,31 0,46 0,39 Cascalho fino 0,25 0,38 0,34 Cascalhogrosso 0,24 0,36 0,28 Propriedades Hidrogeológicas Umidade ou retenção ou conteúdo volumétrico da água razão entre o volume de água e o volume total; para condições saturadas, todos os vazios estão preenchidos com água e, portanto, a umidade é dita saturada e se aproxima do valor da porosidade: Varia de zero (meio poroso completamente seco) até o valor máximo (porosidade) curva de retenção Propriedades Hidrogeológicas Armazenabilidade coeficientes de armazenamento Aquífero freático porosidade efetiva ou eficaz ou produção específica ou ainda capacidade específica (ηe) volume drenável por gravidade / volume total porosidade aparente ou coeficiente de armazenamento (S) volume retirado / redução de volume devido ao rebaixamento Propriedades Hidrogeológicas Porosidade efetiva (ηe) Onde: ηe = porosidade efetiva VD = volume de água drenada por gravidade Vt = volume total 1 m 1 m 1 m 0,1 m Nível de saturação inicial Nível de saturação final Volume drenado Propriedades Hidrogeológicas Q Vb Vb = Q.t Vb volume bombeado no tempo t Vr Vr volume rebaixado por causa do bombeamento Aquífero freático porosidade aparente ou coeficiente de armazenamento (S) Propriedades Hidrogeológicas S = Vb / Vr Propriedades Hidrogeológicas Aquífero confinado Armazenamento específico ou armazenabilidade específica (SS) volume retirado por unidade de volume do aquífero, resultante do decréscimo de carga piezométrica de 1 m.c.a. Coeficiente de armazenamento (S) semelhante ao anterior aquífero de área unitária e espessura constante b Armazenabilidade coeficientes de armazenamento Propriedades Hidrogeológicas Condutividade Hidráulica K medida da habilidade de um aqüífero conduzir água através do meio poroso; é expressa em m/dia, m/s, mm/h [K = v/(dh/dx)]. Condutividade Hidráulica é a não resistência ao fluxo, por exemplo: Na areia a velocidade do fluxo é maior, então K é maior Na argila a velocidade do fluxo é menor, então o K é menor Propriedades Hidrogeológicas Trasmissividade T taxa volumétrica de fluxo através de uma secção de espessura “b” T = K . b Onde: T é a coeficiente de transmissividade (m2/s) K é a condutividade hidráulica (m/dia; m/s); b é a espessura do aqüífero confinado (m). b A= l .h v = k . dh/dx Q = v. A Q = (k.dh/dx).(l.h) Q = k.l.h.dh/dx Integrando: l Q h1h h2 L Δh As cargas h1 e h2 são avaliadas através de piezômetros Q = k.l.(h12 - h22)/(2.L) Lei de Darcy (Aquífero Livre) Algumas Definições Importantes Perda de Carga: Decréscimo na carga hidráulica causada pela dissipação de energia (fricção no meio poroso) Para o aquífero livre (ou freático): Nível Freático ou Nível de Água (NA): Altura da água de um aquífero não-confinado, freático ou livre medida num poço de observação. Superfície Freática: Superfície cujos pontos em relação igual ao nível de água no aquífero freático. Calcule a vazão no aqüífero livre. Dados: K= 1 x 10-3 m/s e I = 10m 1 2 L= 780m 15m 18m Impermeável Datum 10m 7m Exercício Q = k.l.(h12 - h22)/(2.L) h1 = 10m h2 = 7m Q = 0,00032 m3/s Q = V . A Q =[ K . dh/dx] . A Como: A = l . b , então: Q = K . l . b . dh/dx Integrando: As cargas h1 e h2 são avaliadas através de manômetros l Q h1 h2 L Δh b Q = k.l.b.(h1 - h2)/L Lei de Darcy (Aquífero Confinado) Perda de Carga: Decréscimo na carga hidráulica causada pela dissipação de energia (fricção no meio poroso). Para o Aquífero Confinado: Carga Piezométrica ou Altura Piezométrica: Altura da água de um aquífero confinado medida num piezômetro em relação ao fundo do aqüífero (z + P/). Superfície Piezométrica: Superfície cujos pontos estão em elevação igual à altura piezométrica Algumas Definições Importantes Calcule a vazão no aqüífero confinado. Dados: K= 1 x 10-3 m/s l = 10m Impermeável Datum 1 2 L= 780m 10m 13m 5m Exercício Q = k.l.b.(h1- h2)/L h1 - h2 = 3m b = 5m Q = 0,0019 m3/s thypha sp
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