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prova2- 2014.1-solucao -Aldo.pdf CÁLCULO I - prova 2 - GABARITO Questão 1 Estude a função (achando domı́nio, máximos, mı́nimos, pontos de inflexão e asśıntotas) e esboçe seu gráfico. f (x) = 3 √ x2ex SOLUÇÃO 1) Domı́nio: D = R 2) Simmetrias: f (−x) = 3 √ (−x)2e−x = 3 √ x2e−x f (−x) 6= f (x) f (−x) 6= −f (x) f(x) não é nem par nem impar. 3) Interseções com os eixos cartesianos: f(x) = 0 ⇒ x = 0 Logo o gráfico da f corta os eixos X e Y só na origem O = (0, 0). 4) Sinal da f : f (x) ≥ 0 ∀x ∈ R 5) Limites: lim x→+∞ f (x) = lim x→+∞ x2/3ex = +∞ e em busca de um eventual assintota obliqua calculamos lim x→+∞ f (x) x = lim x→+∞ ex x1/3 = 3 lim x→+∞ ex x−2/3 = 3 lim x→+∞ x2/3ex = +∞ Logo para x → +∞ temos que f(x) → +∞ e não tem asśıntota obliqua. lim x→−∞ f (x) = lim x→−∞ x2/3ex = lim y→+∞ y2/3 ey = 2 3 lim y→+∞ y−1/3 ey = 0 Logo y = 0 é asśıntota horizontal para f quandi x→ −∞. 6) Derivadas: f (x) = x 2 3 · ex f ′ (x) = 2 3 x− 1 3 · ex + x 2 3 · ex = ex · ( 2 3 x− 1 3 + x 2 3 ) = ex 2 + 3x 3x1/3 Obs: a derivada f ′(x) não é definida em x = 0. f ′ (x) ≥ 0 ⇒ 2 3 x− 1 3 + x 2 3 ⇒ 2 + 3x 3x1/3 ≥ 0 Logo f ′ (x) > 0 ⇒ x ∈ (−∞,−2/3) ∪ (0,+∞) e f ′ (x) < 0 ⇒ x ∈ (−2/3, 0) e em x = −2/3 temos que a derivada zera i.e. f ′ (−2/3) = 0 e em x = 0 a derivada não existe. Logo para x < −2/3 e para x > 0 a função é crescente. Entre −2/3 e 0 a função é decrescente. A derivada se anula no ponto x = −2/3 e não existe no ponto x = 0. Logo em x = −2/3 a função tem um máximo sendo f(−2/3) = (4/9)1/3 · e−2/3 ≈ 0.39: o máximo ocorre então no ponto (−2/3, (4/9)1/3e−2/3) e, dado que a função decrescente a esquerda de x = 0 e crescente a direita de x = 0, em x = 0 a função tem um mı́nimo, sendo f(0) = 0: o mı́nimo ocorre então no ponto (0, 0). Em x = 0 a função de decrescente vira crescente, mas a derivada não existe em x = 0. Para entender o comportamento da derivada na vizinhança de x = 0 calculamos: lim x→0− f ′ (x) = lim x→0− ex 2 + 3x 3x1/3 = 2 0− = −∞ lim x→0+ f ′ (x) = lim x→0+ ex 2 + 3x 3x1/3 = 2 0+ = +∞ logo (0; 0) è una cúspide. Derivada segunda: f ′′ (x) = ex · ( 4 3 x− 1 3 + x 2 3 − 2 9 x− 4 3 ) = ex 9x 4 3 · ( 12x+ 9x2 − 2 ) f ′′ (x) = 0 ⇒ 9x2+12x−2 = 0 ⇒ x = −12± √ 216 18 = −2± √ 6 3 f ′′ (x) > 0 ⇒ 12x+ 9x2 − 2 > 0 ⇒ ⇒ x ∈ ( −2 + √ 6 3 ,+∞ )⋃( −∞, −2− √ 6 3 ) Logo a função é convexa se x > −2+ √ 6 3 e se x < −2− √ 6 3 e é concava no intervalo (−2− √ 6 3 , −2+ √ 6 3 ) (em x = 0 f ′′ non existe) tendo então 2 pontos de inflexão, a saber: xF1 = −2− √ 6 3 ≈ −1, 48 xF2 = −2 + √ 6 3 ≈ 0, 15 Veja o gráfico aqui em baixo Questão 2 Determine o valor da área A da região do plano entre a parábola y = 3− x2 e a reta y = x+ 1. SOLUÇÃO Reta e parábola se cruzam em dois pontos cujas abscissas são as soluções da equação 3− x2 = x+ 1 ⇒ x2 + x− 2 = 0 ⇒ x = −2 e x = 1 Veja um esboço da região do plano em questão. A área é dada então pela integral definida∫ 1 −2 [ (3− x2)− (x+ 1) ] dx = ∫ 1 −2 [ 2− x2 − x ] dx = = ( 2x− x 3 3 − x 2 2 )∣∣∣∣1 −2 = ( 2− 1 3 − 1 2 ) − ( −4 + 8 3 − 2 ) = 9 2 Questão 3 Encontre o máximo absoluto e o mı́nimo absoluto da função f (x) = 1 2 ln(1 + x2) + arctan(x)− x no intervalo [−1, √ 3] Lembrete 0, 693 ≤ ln 2 ≤ 0, 694 3.141 ≤ π ≤ 3.142 1.732 ≤ √ 3 ≤ 1.733 Solução Derivada: f ′(x) = x 1 + x2 + 1 1 + x2 − 1 = x− x 2 1 + x2 e f ′(x) = 0 ⇒ x = 1, x = 0. Ambos os pontos cŕıticos x = 0 e x = 1 estão no intervalo (−1, √ 3). Calculando a função nos pontos cŕıticos x = 0 e x = 1. Temos f(0) = 1 2 ln 1 + arctan(0) = 0 f(1) = 1 2 ln 2 + π 4 − 1 = 1 2 [ln 2 + π/2− 2] ≈ 0, 13 Calculando a função nos extremos. temos f(−1) = 1 2 ln 2− π 4 + 1 = 1 2 [ln 2− π/2 + 2] ≈ 0, 56 f( √ 3) = 1 2 ln 4 + π 3 − √ 3 = ln 2 + π 3 − √ 3 ≈ 0, 008 Logo 1 2 [ln 2− π/2 + 2] é o máximo absoluto e ocorre em x = −1 e 0 é o mı́nimo absoluto que ocorre em x = 0 prova3- 2014.1 - solu??o - Aldo.pdf CÁLCULO I - PROVA 3 - Turma D 1. Calcule a integral definida I = ∫ √3/2 0 x3√ 1− x2 dx Solução: com a substituição x = sen θ temos que dx = cos θdθ sendo que x = 0 corresponde a θ = 0 e x = √ 3/2 corresponde a sen θ = √ 3 2 , i.e. θ = π/3. Isto é, se x varia no intervalo x ∈ [0, √ 3 2 ] então θ varia no intervalo θ ∈ [0, π 3 ]. Observe que nesse intervalo cos θ ≥ 0 e portanto √ 1− sen 2θ =√ cos2 θ = | cos θ| = cos θ. Logo a integral vira I = ∫ √3/2 0 x3√ 1− x2 dx = ∫ π/3 0 sen 3θ cos θ√ 1− sen 2θ dθ = ∫ π/3 0 sen 3θdθ = = ∫ π/3 0 (1− cos2 θ) sen θdθ Pondo agora u = cos θ e logo du = − sen θdθ, sendo que θ = 0 corresponde a u = 1 e θ = π/3 a u = 12 , a integral vira I = ∫ π/3 0 (1− cos2 θ) sen θdθ = − ∫ 1/2 1 (1−u2)du = ∫ 1 1/2 (1−u2)du = = [ u− u 3 3 ]1 1/2 = ( 1− 1 3 ) − (1 2 − 1 24 ) = 5 24 11 pontos 2. Calcule a integral imprópria I = ∫ ∞ 0 2 (x2 + 1)(x+ 1) dx Solução Reescrevendo o integrando em frações parcias temos 2 (x2 + 1)(x+ 1) = 1 x+ 1 − x x2 + 1 + 1 x2 + 1 Logo I = ∫ ∞ 0 2 (x2 + 1)(x+ 1) dx = lim K→∞ ∫ K 0 [ 1 x+ 1 − x x2 + 1 + 1 x2 + 1 ] dx = lim K→∞ [ ln(x+ 1)− 1 2 ln(x2 + 1) + arctan x ]K 0 = = lim K→∞ [ ln x+ 1√ x2 + 1 + arctanx ]K 0 = lim K→∞ [ ln [ K + 1√ 1 +K2 ] + arctanK ] = lim K→∞ ln [ K + 1√ 1 +K2 ] + lim K→∞ arctanK = ln lim K→∞ (1 + 1K )√ 1 + 1K2 + lim K→∞ arctanK = ln 1 + π 2 = π 2 12 pontos 3. Calcule o volume do sólido obtido pela rotação da região do primeiro quadrante limitada pelas curvas y = e √ x, x = 0, , x = 1 em torno do eixo x. Solução. Veja abaixo um esboço da região do plano a ser rodada emvolta do eixo x. Integrando por fatias ciĺındricas o volume pedido é V = ∫ 1 0 π(e √ x)2dx = π ∫ 1 0 (e2 √ x)dx Fazendo a mudança de variáveis u = 2 √ x e logo du = dx√ x e logo dx = 12udu com u variando de 0 a 2, temos V = π ∫ 1 0 (e2 √ x)dx = π 2 ∫ 2 0 ueudu = π 2 [ ueu − eu ]2 0 = π 2 [ 2e2 − e2 − (0− 1) ] = π 2 [ e2 + 1 ] 11 pontos 3? Prova - 2008.pdf Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas – ICEx Departamento de Matemática Cálculo I 1o Semestre de 2008 – Resolução da 3a Prova - 25/06/2008 1a questão. (7 pontos) Calcule a área limitada pelas curvas x = y3 − y e x = 3y. Solução. Pontos de interseção: y3 − y = 3y ⇔ y3 − 4y = 0 ⇔ y(y2 − 4) = 0 ⇔ y = −2, y = 0 ou y = 2. Colocando x em função de y as funções são: x = f(y) = 3y, x = g(y) = y3 − y e a área pedida é: A = ∫ 0 −2 (g(y) − f(y)) dy + ∫ 2 0 (f(y)− g(y)) dy A = ∫ 0 −2 (y3 − y − 3y) dy + ∫ 2 0 (3y − y3 + y) dy A = ∫ 0 −2 (y3 − 4y) dy + ∫ 2 0 (4y − y3) dy A = ( y4 4 − 2y2)|0 −2 + ( −y4 4 + 2y2 )∣ ∣ ∣ ∣ 2 0 A = ( −2 4 4 + 2.4) − ((−2) 4 4 − 2.4 ) A = −4 + 8 − 4 + 8 = 8. 2a questão. (10 pontos) Ache o volume gerado pela rotação da região limitada pelas curvas y = 4x − x2, y = 8x − 2x2, ao redor de x = −2. Solução. Pontos de interseção das duas curvas: −2x2 + 8x = −x2 + 4x ⇔ −x2 + 4x = 0 ⇔ x = 0, x = 4. Por cascas ciĺındricas, a integral será de 0 até 4. Acima do ponto de abscissa x, temos: Raio da casca= x+2, f(x) = 8x−2x2, g(x) = 4x−x2. Altura da casca = f(x)−g(x). V = ∫ 4 0 2π(x + 2)[(8x − 2x2) − (4x − x2)] dx. V = 2π ∫ 4 0 (x + 2)(8x − 2x2 − 4x + x2) dx. V = 2π ∫ 4 0 (x + 2)(−x2 + 4x) dx ⇒ V = 2π ∫ 4 0 (−x3 + 4x2 − 2x2 + 8x) dx V = 2π ∫ 4 0 (−x3 + 2x2 + 8x) dx ⇒ V = 2π(−x 4 4 + 2 x3 3 + 4x2)|4 0 V = 2π(−4 4 4 + 2.43 3 + 4.(16)) V = 2π(−64 + 264 3 + 64) ⇒ V = 256 3 π. 1. (16 pontos) Calcule (a) I = ∫ 1 (4 + x2)2 dx. Solução . x = 2tgθ, dx = 2 sec2 θ dθ. I = ∫ 1 (4 + 4tg2θ)2 2 sec2 θ dθ = ∫ 1 16(1 + tg2θ)2 2 sec2 θ dθ = 1 8 ∫ sec2 θ sec4 θ dθ = 1 8 ∫ 1 sec2 θ dθ = 1 8 ∫ cos2 θ dθ = 1 8 ∫ 1 + cos 2θ 2 dθ = 1 16 (θ + sen2θ 2 ) + C = 1 16 θ + 1 16 senθ cos θ + C. Como tgθ = x 2 , então senθ = x√ 4 + x2 , cos θ = 2√ 4 + x2 , e I = ∫ 1 (4 + x2)2 dx = 1 16 arctg x 2 + 1 16 2x 4 + x2 + C I = 1 16 arctg x 2 + 1 8 x 4 + x2 + C (b) I = ∫ ∞ 1 x2e−3x dx. Solução . Por partes, u = x2, dv = e−3x, du = 2xdx, v = −e−3x 3 ∫ x2e−3x dx = −x2e−3x 3 + ∫ 2x 3 e−3x dx. De novo por partes, U = 2x 3 , dV = e−3x, dU = 2 3 dx, V = −e−3x 3 , e ∫ 2x 3 e−3x dx = −2x 9 e−3x+ 2 9 ∫ e−3x dx = −2x 9 e−3x − 2 27 e−3x Substituindo na 1a integral ∫ x2e−3x dx = −x2e−3x 3 + −2x 9 e−3x − 2 27 e−3x. Portanto I = lim t→∞ ∫ t 1 x2e−3x dx = lim t→∞ (−x2e−3x 3 + −2x 9 e−3x − 2 27 e−3x )∣ ∣ ∣ ∣ t 1 I = lim t→∞ ( −t2 3e3t + −2t 9e3t ︸ ︷︷ ︸ L’Hôpital − 2 27e3t ) − (−1 3e3 − 2 9e3 − 2 27e3 ) I = lim t→∞ ( −2t 9e3t ︸︷︷︸ L’Hôpital + −1 27e3t − 2 27e3t ) − (−1 3e3 − 2 9e3 − 2 27e3 ) I = ( 0 + 0 + 0 ) − (−1 3e3 − 2 9e3 − 2 27e3 ) ⇒ I = 17 27e3 (c) I = ∫ 1 − x + 2x2 − x3 x(x2 + 1)2 dx. Solução . Por frações parciais: 1 − x + 2x2 − x3 x(x2 + 1)2 = A x + Bx + C x2 + 1 + Dx + E (x2 + 1)2 −x3 + 2x2 − x + 1 = A(x2 + 1)2 + (Bx + C)x(x2 + 1) + (Dx + E)x x4 : A + B = 0 A = 1 x3 : C = −1 B = −1 x2 : 2A + B + D = 2 =⇒ C = −1 x : C + E = −1 D = 1 1 : A = 1 E = 0 Voltando à integral: I = ∫ ( 1 x + (−)x + (−1) x2 + 1 + x (x2 + 1)2 dx I = ∫ 1 x dx + ∫ −1 x2 + 1 dx + ∫ −x x2 + 1 dx + ∫ x (x2 + 1)2 dx I = ln|x| − 1 2 ln(x2 + 1) − arctgx − 1 2 1 x2 + 1 onde as duas últimas integrais saem pela substituição u = x2 + 1, du = 2xdx. (d) I = ∫ 3 1/3 √ x x2 + x dx. (Sugestão: Faça u = √ x.) Solução . u = √ x ⇒ u2 = x ⇒ 2udu = dx. Logo ∫ √ x x2 + x dx = ∫ u u4 + u2 2udu = ∫ 2 1 u2 + 1 du = 2 arctanu = 2 arctan √ x. Donde I = 2 arctan √ x ∣ ∣ ∣ ∣ 3 1/3 = 2 ( π 3 − π 6 ) ⇒ I = π 3 . exame especial 2014.1-solucao - Aldo.pdf CÁLCULO I - EXAME ESPECIAL 1. Considere a região R do plano delimitada pelo gráfico da função f(x) = (4x− x2 − 3)1/4 e pelo eixo x. Calcule o volume do sólido de rotação obtido girando a região R em torno do eixo x. Solução O dóminio Df de definição da f(x) é o conjunto dos pontos x ∈ R tais que 4x− x2 − 3 ≥ 0 =⇒ x ∈ [1, 3] Observe que f(1) = f(3) = 0 e que f(x) > 0 no intevalo aberto (1, 3). Além disso f ′(x) = 1 4 (4x− x2 − 3)3/4(4− 2x) =⇒ f ′(x) = 0 quando x = 2 i.e. f(x) tem um ponto de max em x = 2. Veja um esboço da região R entre o gráfico da f(x) e o eixo x em baixo. O volume do sólido de rotação obtido girando a região R em torno do eixo x se encontra integrando por fatias ciĺındricas V = ∫ 3 1 π[f(x)]2dx = π ∫ 3 1 √ 4x− x2−dx = π ∫ 3 1 √ 1− (x− 2)2dx tendo observado que 4x− x2 − 3 = 1− (x2 − 4x+ 4) = 1− (x− 2)2 Fazendo a mudança u = x− 2, du = dx, e x ∈ [1, 3]⇒ u ∈ [−1, 1] V = π ∫ 1 −1 √ 1− u2du = 2π ∫ 1 0 √ 1− u2du Fazendo a mudança u = sen θ, du = cos θdθ, e u ∈ [0, 1] ⇒ θ ∈ [0, π/2] e usando a identidade cos θ = 12 [1 + cos(2θ)] obtemos V = 2π ∫ π 2 0 cos2 θdθ = π ∫ π 2 0 (1+cos(2θ)dθ = π [ θ + sen (2θ) 2 ]π 2 0 = π2 2 2. Calcule os seguintes limites lim x→+∞ e √ lnx √ x , lim x→0 √ 2x3 + 1− √ cosx x2 Solução. • limite 1 Fazendo a mudança y = √ lnx e logo x = ey 2 , sendo que x→∞⇒ y →∞ lim x→+∞ e √ lnx √ x = lim y→+∞ ey√ ey2 = lim y→+∞ ey ey2/2 = lim y→+∞ 1 ey2/2−y = 1 limy→+∞ ey 2[1/2−1/y] = 1 elimy→+∞(y 2[1/2−1/y] = 1 e(∞) 2[ 12− 1 ∞ ] = 1 ∞ = 0 OBS: para esse limite l’Hopital é inconclusivo. • limite 2 Usando l’Hopital e o limite notável limx→0 senx x = 1 lim x→0 √ 2x3 + 1− √ cosx x2 = lim x→0 6x2√ 2x3+1 + senx 2 √ cosx 2x = = lim x→0 3x√ 2x3 + 1 + senx 4x √ cosx = 3 lim x→0 3x√ 2x3 + 1 + 1 4 lim x→0 senx x lim x→0 1√ cosx = = 3 0√ 0 + 1 + 1 4 · 1 · 1 1 = 1 4 Alternativamente, usando o limite notável limx→0 (1−cosx) x2 = 1 2 lim x→0 √ 2x3 + 1− √ cosx x2 = lim x→0 2x3 + 1− cosx x2( √ 2x3 + 1 + √ cosx) = lim x→0 2x ( √ 2x3 + 1 + √ cosx) +lim x→0 (1− cosx) x2 lim x→0 1√ 2x3 + 1 + √ cosx = 0√ 1 + √ cos 0 + 1 2 1√ 1 + √ cos 0 = 1 4 3. Estude a função f(x) = ln(e2x − 4ex + 5) e esboçe seu gráfico. O domı́nio Df da f(x é o conjunto dos x tais que e 2x− 4ex + 5 > 0, i.e. fazendo y = ex, y2 − 4y + 5 > 0 que é sempre verificada. Logo Df = R. Sendo f(x = 0) = ln 2, temos que a função cruza o eixo y no ponto (0, ln 2). Sendo f(x) = 0 ⇒ e2x − 4ex + 5 = 10 ⇒ e2x − 4ex + 4 = 0 ⇒ (ex− 2)2 = 0⇒ x = ln 2, temos que a função intercepta o eixo x no ponto (ln 2, 0). Observe ainda que f(x) = ln(e2x − 4ex + 5) = ln[1 + (ex − 2)2] Logo f(x) > 0 para todo x 6= ln 2 e f(x) = 0 para x = ln 2. Isto é, o gráfico da f está todo acima do eixo x e o toca somente no ponto (ln 2, 0) que é portanto o ponto de mı́nimo absoluto da f(x). Procuramos eventuais asśıntotas. Temos lim x→+∞ f(x) = lim x→+∞ ln[e2x−4ex+5] = lim x→+∞ ln[e2x(1−4/ex+5/e2x)] = = lim x→∞ [ 2x+ ln(1− 4/ex + 5/e2x) ] = +∞+ ln(1− 4 ∞ + 5 ∞ ) = +∞ lim x→−∞ f(x) = lim x→−∞ ln[e2x − 4ex + 5] = ln 5 Logof(x) tem asśıntota horizontal a reta y = ln 5 para x→ −∞. Vamos checar se f(x) tem assintota obliquo quando x→ +∞ lim x→∞ f(x) x = lim x→∞ [ 2x+ ln(1− 4/ex + 5/e2x) ] x = 2 e lim x→∞ f(x)− 2x = lim x→∞ ln(1− 4/ex + 5/e2x) = 0 Logo f(x) tem assintota obliqua a reta y = 2x para x→ +∞. Calculando as derivadas f ′(x) = 2e2x − 4ex e2x − 4ex + 5 f ′(x) = 0 =⇒ 2e2x − 4ex = 0 =⇒ ex − 2 = 0 =⇒ x = ln 2 Logo f(x) so tem um ponto cŕıtico em x = ln 2 que já sabemos ser o ponto de mı́nimo absoluto da f . Observe ainda que f ′(x) < 0 quendo x < ln 2 e f ′(x) > 0 quando x > ln 2. Logo f(x) é decres- cente no intervalo (−∞, ln 2) e crescente no intervalo (ln 2,+∞). f ′′(x) = (4e2x − 4ex)[e2x − 4ex + 5]− (2e2x − 4ex)2 [e2x − 4ex + 5]2 = = −4e3x + 20e2x − 20ex [e2x − 4ex + 5]2 f ′′(x) = 0 =⇒ −4e3x+20e2x−20ex = 0 =⇒ −e2x+5ex−5 = 0 =⇒ =⇒ ex = 5± √ 5 2 =⇒ x = ln [ 5− √ 5 2 ] e x = ln [ 5 + √ 5 2 ] Observe ainda que f ′(x) > 0 quando x ∈ (ln 5− √ 5 2 , ln 5+ √ 5 2 ) f ′(x) < 0 quando x ∈ (−∞, ln 5− √ 5 2 ) ∪ (ln 5+ √ 5 2 ,+∞) Logo f(x) é convexa no intervalo x ∈ (ln 5− √ 5 2 , ln 5+ √ 5 2 ), é cóncava para x ∈ (−∞, ln 5− √ 5 2 ) ∪ (ln 5+ √ 5 2 ,+∞) e tem 2 pontos de inflexão em x = ln 5+ √ 5 2 e x = ln 5− √ 5 2 . Veja abaixo um esboço do gráfico 4. Ache os pontos de máximo absoluto e de mı́nimo absoluto da função f(x) = x3 − x+ 1 no intervalo fechado [−1, 2]. Achamos os pontos cŕıticos da f . f ′(x) = 3x2 − 1 i.e. f ′(x) = 0 =⇒ 3x2 − 1 = 0 =⇒ x = ± 1√ 3 Logo, f(x) tem 2 pontos cŕıticos x = − 1√ 3 e x = + 1√ 3 , ambos contidos dentro do intervalo (−1, 2). Temos ainda que f(−1/ √ 3) = 1 + 2 3 √ 3 f(1/ √ 3) == 1− 2 3 √ 3 f(−1) = 1 f(2) = 7 Logo o mı́nimo absoluto da f no intervalo [−1, 2] é 1 − 2 3 √ 3 que é atingido no ponto x = 1/ √ 3. O máximo absoluto da f no intervalo [−1, 2] é 7 que é atingido no ponto x = 2 exemplo de prova 1 - guerassimov.pdf Exemplo da 1a prova de Cálculo 1 Nota máxima: 33 pontos. É permitido o uso de livros e cadernos. É estritamente proibido copiar de livros, cadernos, trabalhos dos colegas. Para ter nota máxima deve-se explicar cada passo do racioćınio e justificar toda conclusão. 1. Encontrar lim x→1 3√x−1 4√x−1 . 2. Encontrar δ>0 tal que |tg x− √ 3| < 0, 1 para todo x tal que |x−π 3 |<δ. 3. Encontrar lim x→a aa x−axa ax−xa , onde a>1. 4. Encontrar a reta tangente à curva xy=16 no ponto (2, 4). 5. Para a função f(x) = 2arc tg x − arc sen x encontrar os intervalos de crescimento e decresci- mento. Esboçar o gráfico. exemplo de prova 2 -guerassimov.pdf Exemplo da 2a prova de Cálculo 1 Nota máxima: 33 pontos. É permitido o uso de livros e cadernos. É estritamente proibido copiar de livros, cadernos, trabalhos dos colegas. Para ter nota máxima deve-se explicar cada passo do racioćınio e justificar toda conclusão. 1. Encontrar a derivada da função f(x) = (senx)arc senx. 2. Encontrar os pontos onde existe derivada f ′(x) para função f(x) = |(x−1)(x−2)2(x−3)3|. 3. Encontrar lim x→1 ( 1 lnx − πctg(πx) ) . 4. Analisar a função f(x) = (x−5) 3 √ x2 e esboçar o gráfico. 5. Nos lados de retângulo ABCD com |AB|=12 e |BC|=8 marcam-se pontos P∈[AB], Q∈[BC], R∈[CD] de modo que os triângulos PBQ e PRQ são congruentes. Encontrar o valor mı́nimo de |PQ|. exemplo prova 3- guerassimov.pdf Exemplo da 3a prova de Cálculo 1 Nota máxima: 34 pontos. É permitido o uso de livros e cadernos. É estritamente proibido copiar de livros, cadernos, trabalhos dos colegas. Para ter nota máxima deve-se explicar cada passo do racioćınio e justificar toda conclusão. 1. Calcular as integrais indefinidas: (a) ∫ dx (x2−1)2 ; (b) ∫ dx x √ lnx . 2. Calcular o comprimento do gráfico da função f(x) = ln(senx) no intervalo [0, π 3 ]. 3. Calcular a área da superf́ıcie obtida pela rotação da curva 9x = y2+18, 2 ≤ x ≤ 6 ao redor do eixo x. 4. Calcular o volume do sólido obtido pela rotação da região limitada pelas curvas y=lnx, y=0, x=e ao redor do eixo x. Prova 1 - 2011-1.pdf Prova 1 - 2013-1.pdf Prova 1 - 2014.01 - solu??o - Aldo.pdf 1a PROVA CÁLCULO I: 15/03/2014 1. Calcule os seguintes ĺımites a) lim x→2 ln(x− 1) x2 + x− 6 b) lim x→0 ex 2 − cos(3x) x2 Solução a): 1 5 lim x→2 ln(x− 1) x2 + x− 6 = lim x→2 ln(x− 1) (x+ 3)(x− 2) = lim x→2 ln[1 + (x− 2)] (x+ 3)(x− 2) = = lim x→2 1 (x+ 3) lim x→2 ln[1 + (x− 2)] (x− 2) = 1 5 lim t→0 ln[1 + t] t = 1 5 Pois limt→0 ln[1+t] t = 1 é limite notável Solução b): 11 2 lim x→0 ex 2 − cos(3x) x2 = lim x→0 ex 2 − 1 + 1− cos(3x) x2 = lim x→0 ex 2 − 1 x2 + 1− cos(3x) x2 = = lim x→0 ex 2 − 1 x2 + lim x→0 1− cos(3x) x2 = lim y→0 ey − 1 y + 9 lim x→0 1− cos(3x) (3x)2 = = 1+9 lim z→0 1− cos z z2 = 1+9 lim z→0 sen 2z (1 + cos z)z2 = 1+9 lim z→0 [ sen z z ]2 1 (1 + cos z) = = 1 + 9 [ lim z→0 sen z z ]2 lim z→0 1 (1 + cos z) = 1 + 9 · 1 · 1 2 = 11 2 Pois limy→0 ey−1 y = 1 e limz→0 sen z z = 1 são limites notáveis. 2. Considere a função f(x) = arctan [ 3x+ 2 3x− 2 ] + π 4 a) Prove que o gráfico da função f(x) passa pela origem (0, 0). b) Calcule f ′(x) c) Ache a equação da reta tangente ao gráfico da f(x) na origem (0, 0) Solução a): É só verificar que f(0) = 0. Com efeito f(0) = arctan [ 3·0+2 3·0−2 ] + π 4 = arctan(−1) + π 4 = 0 [pois arctan(−1) = −π 4 ] Solução b): Seja u(x) = 3x+ 2 ; v(x) = 3x− 2 w(x) = u(x) v(x) Temos que u′(x) = 3 v′(x) = 3 f ′(x) = d dx [ arctan(w(x)) + π 4 ] = d dx arctan(w(x)) = 1 1 + w2(x) dw(x) dx = = 1 1 + w2(x) d dx ( u(x) v(x) ) = 1 1 + w2(x) ×u ′(x)v(x)− u(x)v′(x) v2(x) = = 3(3x− 2)− 3(3x+ 2) (3x− 2)2 + (3x+ 2) = −12 18x2 + 8 = −6 9x2 + 4 Solução c): A reta tangente procurada passa pela origem (0, 0) e tem coeficiente angular m tal que m = f ′(x)|x=0 (i.e. m é igual ao o valor da derivada da f(x) no ponto x = 0). Calculamos então f ′(x)|x=0. f ′(x)|x=0 = −6 9 · 0 + 4 = −6 4 = −3 2 Logo é a reta que passa por (0, 0) e tem inclinação m = −3 2 , i.e. a reta procurada tem equação y = −3 2 x. 3. Considere a função f(x) = √ x2 + 3x− √ x2 − 1 a) Ache o domı́nio de f(x) b) Encontre, caso existam, as asśıntotas horizontais do gráfico da f(x), ou, caso o gráfico da f(x) não possua asśıntotas horizontais, justifique. Solução a) Para que f(x) seja definido tem que ser x2 + 3x ≥ 0 e simul- tanemanete x2 − 1 ≥ 0. Temos x2+3x ≥ 0 ⇒ x(x+3) > 0 ⇒ [{x ≤ 0} ∩ {x ≤ −3}] ⋃ [{x ≤ 0} ∩ {x ≤ −3}] i.e. x2 + 3x ≥ 0 ⇒ (−∞,−3] ∪ [0,+∞) e x2 − 1 ≥ 0 ⇒ x2 ≥ 1 ⇒ [{x ≤ −1}] ⋃ [{x ≥ 1}] i.e. x2 − 1 ≥ 0 ⇒ (−∞,−1] ∪ [1,+∞) Logo x2 + 3x ≥ 0 e simultaneamente x2 − 1 ≥ 0 se e somente se x ≤ −3 ou x ≥ 1. Logo o domı́nio Df da f(x) é Df = (−∞,−3] ∪ [1,+∞) = R \ (−3,1) Solução. b) Para encontrar as eventuais asśıntotas horizontais temos que calcular limx→±∞ f(x). Temos lim x→+∞ f(x) = lim x→∞ √ x2 + 3x− √ x2 − 1 = lim x→+∞ 3x+ 1√ x2 + 3x+ √ x2 − 1 = = lim x→+∞ x |x| (3 + 1 x )(√ 1 + 3 x + √ 1− 1 x2 ) = lim x→+∞ (3 + 1 x )√ 1 + 3 x + √ 1− 1 x2 = 3 2 [Aqui usamos que limx→∞ x |x| = 1]. Logo limx→∞ f(x) = 3 2 e logo y = 3 2 é asśıntota horizontal do gráfico de f(x). Por outro lado, procedendo como antes, lim x→−∞ f(x) = lim x→−∞ x |x| (3 + 1 x )(√ 1 + 3 x + √ 1− 1 x2 ) = lim x→−∞ −(3 + 1 x )√ 1 + 3 x + √ 1− 1 x2 = −3 2 [Aqui usamos que limx→−∞ x |x| = −1]. Logo limx→∞ f(x) = − 3 2 e portanto y = −3 2 é também asśıntota horizontal do gráfico de f(x). Em conclusâo:o gráfico da f(x) possui duas asśıntotas horizontais, a saber, y = +3 2 e y = −3 2 . prova 1 2013.1.pdf Cálculo I: Gabarito 1a prova, Turmas R1, R2, OL. 13 de abril de 2013, 8h00, Duração: 1h40. 1. (7pts) Resolva 1x ≥ 1 2−x . Para começar, observe que é preciso considerar somente x 6= 0, x 6= 2. Colocando os termos do mesmo lado e colocando no mesmo denominador, obtemos 2(x−1)x(x−2) ≥ 0 (1pts). Montando uma linha para cada termo que depende de x, x x − 1 x − 2 2(x−1) x(x−2) 0 1 2 − 0 + + + − − 0 + + − − − 0 + − + 0 − + Portanto, o conjunto de soluções da desigualdade é S = (0, 1] ∪ (2,∞) (6pts). Observação: Multiplicar os dois lados da desigualdade por x(2 − x) para obter a desigualdade 2 − x ≥ x é um erro, pois não é verdade que x(2− x) ≥ 0 para todo x. Quem fez isso deve ter encontrado a solução errada (−∞, 1]. Neste caso demos 2 pontos. 2. (8pts) Determine todas as assíntotas de f(x) = x 2−7x+10 x2−2x . A reta x = 2 é assíntota vertical? Justi�que. Procuremos primeiro assíntotas horizontais, calculando limites quando x tende a +∞ e −∞. Para começar, calculemos limx→∞ f(x). Quando x toma valores grandes, os termos de grau maior são mais importantes. No caso, são os termos de grau 2 que devem ser mais importantes. Portanto, coloquemos eles em evidência, e simpli�quemos: lim x→∞ f(x) = lim x→∞ x2(1− 7x + 10 x2 ) x2(1− 2x ) = lim x→∞ 1− 7x + 10 x2 1− 2x . Como cada um dos termos 7/x, 10/x2 e 2/x tende a zero quando x → ∞, o numerador e o denominador ambos tendem a 1. Logo, lim x→∞ f(x) = 1 1 = 1 .(2.5pts) Portanto, a reta horizontal de equação y = 1 é assíntota horizontal (a direita)(0.5pts). Mas quando x tende a −∞, são também os termos de grau 2 que dominam, e a mesma colocação em evidência pode ser feita, e conclui-se que lim x→−∞ f(x) = 1 1 = 1 . Portanto, a reta horizontal de equação y = 1 é assíntota horizontal (a esquerda). Finalmente, procuremos assíntotas verticais. Para isso, os candidatos só podem vir de uma divisão por zero. Mas o denominador se anula se e somente se x2 − 2x = x(x− 2) = 0. Assim, os candidatos são x = 0 e x = 2. Para determinar se tem de fato assíntotas verticais nesses pontos, é preciso calcular limites laterais. Comecemos com lim x→0+ f(x) = lim x→0+ 1 x︸︷︷︸ tende a +∞ x2 − 7x+ 10 x− 2︸ ︷︷ ︸ tende a 10 −2=−5 Logo, limx→0+ f(x) = −∞ (1.5pts). Portanto, a reta vertical de equação x = 0 é assíntota vertical (0.5pts). (Lembre-se que, para que haja uma assíntota vertical em um ponto, basta que um dos limites laterais nesse ponto seja igual a ±∞. Assim, mesma conclusão pode ser obtida calculando-se o seguinte limite: lim x→0− f(x) = lim x→0− 1 x︸︷︷︸ tende a −∞ x2 − 7x+ 10 x− 2︸ ︷︷ ︸ tende a 10 −2=−5 Logo, limx→0− f(x) = +∞.) Falta estudar os limites laterais em 2. Neste caso, o limite é da forma � 00 �, mas dá pra fatorar o numerador também, obtendo lim x→2 f(x) = lim x→2 (x− 5)(x− 2) x(x− 2) = lim x→2 x− 5 x = −3 2 = − 32 (2pts). Logo, os dois limites laterais limx→2± f(x) existem e são �nitos (ambos valem 3/2!). Portanto, a reta vertical x = 2 não é assíntota vertical (para ser, pelo menos um dos limites laterais x→ 2± deveria ser ±∞) (1.0pts). 3. (7pts) Se f(x) = √ x+ 2, calcule limh→0 f(1+h)−f(1) h . Injetando os valores na função, o limite que se trata de calcular é lim h→0 f(1 + h)− f(1) h = lim h→0 √ (1 + h) + 2− √ 3 h (2pts) = lim h→0 √ 3 + h− √ 3 h , que é da forma indeterminada � 00 �. Multiplicando e dividindo pelo conjugado, lim h→0 √ 3 + h− √ 3 h = lim h→0 ( √ 3 + h− √ 3)( √ 3 + h+ √ 3) h( √ 3 + h+ √ 3) (2pts) = lim h→0 ( √ 3 + h)2 − √ 3 2 ) h( √ 3 + h+ √ 3) = lim h→0 1√ 3 + h+ √ 3 (2pts) = 1 2 √ 3 (1pts) = √ 3 6 . 4. (8pts) Seja f(x) = −2 se x ≤ 0 , x− 1 se 0 < x ≤ 2 , x2 − 2x+ 1 se x > 2 . . f é contínua em x = 0? em x = 2? Justi�que, usando a de�nição de continuidade. 1) Vamos calcular os limites de f(x) quando x → 0− e x → 0+. Para qualquer valor de x ≤ 0 temos que f(x) = −2, assim limx→0− f(x) = −2. Por outro lado, para valores de x ≥ 0, mas próximo de 0, temos que f(x) = x − 1. Assim, limx→0+ f(x) = limx→0+ x− 1 = −1. Como esses limites laterais calculados são distintos, a função não é contínua em x = 0 (4pts). 3) Vamos calcular os limites de f(x) quando x→ 2− e x→ 2+. Para valor esde x ≤ 2 próximo a 2, temos que f(x) = x− 1, assim limx→2− f(x) = limx→2− x − 1 = 1. Por outro lado, para qualquer valores de x > 2 temos que f(x) = x2 − 2x + 1 assim, limx→2+ f(x) = limx→2+ x 2− 2x+1 = 22− 2 · 2+1 = 1. Como os limites laterais são iguais, temos que existe o limite limx→2 f(x) = 1 (2pts). Como ainda f(2) = 1, temos que a função é contínua (2pts). −2 −1 −2 5. (BONUS) Considere f : [−1, 0]→ C de�nida por f(x) = 2x +1. Determine C para que f seja uma bijeção, e dê a expressão completa da sua função inversa. A função f(x) = 2x + 1 é crescente e contínua. Como f(−1) = 3/2 e f(0) = 2, temos que a imagem do intervalo [−1, 0] pela função f é igual ao intervalo [3/2, 2]. Além disso ela é uma bijeção entre esses dois intervalos. Assim, C = [3/2, 2] é o conjunto C procurado. Vamos agora encontrar uma expressão para a função inversa f−1 : [3/2, 2]→ [−1, 0]. Para um dado x ∈ [−1, 0] seja y ∈ [3/2, 2] tal que y = 2x + 1. Então temos que: y = 2x + 1⇔ y − 1 = 2x ⇔ x = log2(y − 1). Logo a função inversa é f−1(y) = log2(y − 1) (5pts). 2 Prova 1.png Prova 2 - 2008.pdf Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas – ICEx Departamento de Matemática Cálculo I 1o Semestre de 2008 – 2a Prova - 30/05/2008 1. (8 pontos) Calcule (a) ∫ (3senx + 3x + 5)10(cos x + 1) dx. Solução . Integrando por substituição: u = 3senx + 3x + 5, du = (3 cosx + 3)dx, dx = du 3(cos x + 1) ∫ (3senx+3x+5)10(cos x+1) dx = ∫ u10(cos x+1) du 3(cosx + 1) . = 1 3 ∫ u10du = 1 3 ( u11 11 + C) = 1 33 (3senx + 3x + 5)11 + C 3 . (b) ∫ 3 √ 8(t − 2)6(t + 1 2 )3 dt. Solução . ∫ 3 √ 8(t − 2)6(t + 1 2 )3 dt = ∫ 2(t − 2)2(t + 1 2 ) dt = ∫ 2(t2 − 4t + 4)(t + 1 2 ) dt = 2 ∫ (t3−4t2+4t+1 2 t2−2t+2) dt = 2 ∫ (t3−7 2 t2+2t+2) dt = ∫ (2t3−7t2+4t+4) dt = 2 t4 4 − 7t 3 3 + 4 t2 2 + 4t + C = t4 2 − 7 3 t3 + 2t2 + 4t + C. (c) lim x→π 2 ( x cotgx − π 2 cosx ) Solução . lim x→π 2 ( xsenx cos x − π 2 cosx ) = lim x→π 2 ( 2xsenx − π 2 cosx ) (L’Hôpital) = lim x→π 2 ( 2senx + x cos x −2senx ) = 2 −2 = −1 . (d) lim x→0 x3/(x 4+ln x). Solução . y = x3/(x 4+lnx) ⇒ ln y = 3 x4 + lnx ln x. L’Hôpital =⇒ lim x→0 ln y = lim x→0 3 lnx x4 + ln x = lim x→0 3 x 4x3 + 1 x = lim x→0 3 4x4 + 1 = 3. ⇒ lim x→0 y = lim x→0 eln y = e lim x→0 ln y = e3. 2a questão. (8 pontos) Ache o domı́nio, máximos e mı́nimos, pontos de inflexão, conca- vidade, asśıntotas e trace o gráfico de f(t) = t2 + 9 (t − 3)2 . Solução. (Usando o procedimento da aluna Júlia Hott para as derivadas) Domı́nio: t 6= 3. Asśıntota vertical t = 3 : lim x→3 t2 + 9 (t − 3)2 = +∞ Asśıntota horizontal y = 1 : lim x→−∞ t2 + 9 (t − 3)2 = limx→−∞ 1 + 9 t2 1 − 6 t + 9 t2 = 1 1 = 1 = lim x→∞ t2 + 9 (t − 3)2 . Derivadas: (Fazendo u=t-3) f(t) = t2 + 9 u2 ⇒ f ′(t) = u 2(2t) − (t2 + 9)2uu′ u4 f ′(t) = (t − 3)(2t) − 2(t2 + 9)u′ u3 = u(2t) − 2(t2 + 9) (t − 3)3 = −6t − 18 (t − 3)3 = −6t − 18 u3 . f ′′(t) = u3(−6) − (−6t − 18)3u2u′ u6 = u(−6) − (−6t − 18)3uu′ u4 = (t − 3)(−6) + (6t + 18)3 (t − 3)4 f ′′(t) = 12(t + 6) (t − 3)4 . Pontos cŕıticos: f ′(x) = 0 ⇔ −6t − 18 = 0 ⇔ t = −3 f ′′(−3) = 12(3) (−6)4 = 1 36 > 0 ⇒ t = −3 é mı́nimo. Concavidade: Temos que 12(t+6) junto com f ′′(t) mudam de sinal de negativo para positivo em t = −6. Portanto f(t) é côncavo para baixo em (−∞,−6) , f(t) é côncavo para cima em (−6,∞) ⇒ t = −6 é ponto de inflexão de f(t). VALORES DE f(t) t −∞ −6 −3 0 3 4 +∞ f(t) 1 5/9 1/2 1 +∞ 25 1 questão. (8 pontos) Um fazendeiro deve cercar dois pastos retangulares, cada um deles com lados a e b, com um lado comum a. Se cada pasto deve medir 400m2 de área, determinar as dimensões a e b de maneira que o comprimento da cerca seja mı́nimo. Solução. C = comprimento da cerca, A = área de um pasto. Função: C = 3a + 4b Condição: A = ab = 400 ⇒ b = 400 a C(a) = 3a + 1600 a, a > 0. C ′(a) = 3 − 1600 a2 = 0 ⇒ 3 = 1600 a2 ⇒ a2 = 1600 3 ⇒ a = 40√ 3 é ponto cŕıtico. C ′′(a) = 3200 a3 > 0 ⇒ C ′′ ( 400√ 3 ) > 0 ⇒ a = 40√ 3 é mı́nimo. Resp: Dimensões: a = 40√ 3 , b = 10 √ 3. 2. 4a questão. (8 pontos)] Acumula-se areia em um monte com a forma de um cone onde a altura é igual ao raio da base. Se o volume de areia cresce a uma taxa de 10m3/h, a que razão aumenta a área da base quando a altura é de 4m ? Solução. r = raio do cone, V = volume do cone, A = área da base do cone. V = 1 3 πr3 ⇒ r = 3 √ 9πV 1/3 ⇒ A = πr2 = π ( 3 √ 3 π V 1/3 )2 = 3 √ 9πV 2/3 dA dt = 3 √ 9π ( 2 3 ) V −1/3. dV dt = 2 3 3 √ 9π V . dV dt Quando r = 4, V = 64π 3, dV dt = 10 e dA dt = 2 3 3 √ 9π 64π 3 = 2 3 3 √ 27 64 .10 = 2 3 3 4 .10 = 5 ⇒ dA dt = 5m2/hora. Prova 2 - 2011-1.pdf Prova 2 - 2013.pdf Cálculo I: Gabarito 2a prova, Turmas R1, R2, OL. 18 de maio de 2013, 8h00, Duração: 1h40. 1. (12pts) Uma corda de tamanho L é cortada em dois pedaços (não necessariamente iguais), e cada pedaço é usado para fazer um quadrado. Qual é o jeito de cortar a corda que maximiza/minimiza a soma das áreas dos dois quadrados? Suponha que o primeiro pedaço de corda tenha comprimento x ∈ [0, L]. Logo, a área do primeiro quadrado é igual a (x/4)2. O segundo pedaço tem comprimento L−x, logo a área do segundo quadrado é igual a ((L−x)/4)2. Portanto, a soma das áreas dos quadrados é dada por A(x) = 116 ( x2 + (L− x)2 ) , x ∈ [0, L] .(3pts) Procuremos os extremos globais de A em [0, L]. Primeiro procuremos os pontos críticos de A em (0, L). Como A é obviamente derivável (polinômio de segundo grau em x), procuremos soluções de A′(x) = 0. Mas A′(x) = 1 16 (2x − 2(L − x)) = 1 8 (2x − L) (1pts). Logo, o único ponto crítico é x∗ = L/2 (1pts). O valor da área total nesse ponto é A(x∗) = 1 162(L/2) 2 = L2/32 (1pts). Considerando os valores de A na fronteira do intervalo: A(0) = 116L 2 e A(L) = 116L 2 (2pts). Logo, comparando com o valor de A no ponto crítico, vemos que o mínimo global de A é atingido em x∗ e o máximo global em x = 0 e x = L. Isto é, a área total é máxima quando a corda inteira é usada para criar um quadrado só, e a área mínima é obtida cortando a corda em dois pedaços iguais (de tamanho L/2), e formando dois quadrados idênticos (cada um de lado L/8) (4pts). 2. (15pts) Considere f(x) = (x2 − 3)e−x. Estude: o sinal, os zeros, as assíntotas (se tiver), a variação, e as posições dos pontos de mínimos/máximos (locais, se tiver) no plano cartesiano. Em seguida, monte o grá�co detalhado. Os zeros de f são − √ 3 e + √ 3. Como e−x > 0 para todo x e x2 − 3 = (x − √ 3)(x + √ 3), o sinal de f é dado por (2pts) f(x) − √ 3 + √ 3 + 0 − 0 + Procurando as assíntotas ((2pts)): quando x → ∞, (x2 − 3)e−x = x 2−3 ex é da forma � ∞ ∞ �, mas a Regra de Bernoulli- l'Hôpital se aplica: lim x→∞ x2 − 3 ex = lim x→∞ 2x ex = lim x→∞ 2 ex = 0 . Logo, y = 0 é assíntota horizontal (quando x → +∞). Quando x → −∞, o numerador de x 2−3 ex tende a +∞ e o denominador é > 0 e tende a 0. Logo (a Regra de Bernoulli-l'Hôpital não se aplica, e) limx→−∞ f(x) = +∞ (não tem assíntota horizontal quando x→ −∞). A derivada se calcula da seguinte maneira: f ′(x) = 2x · e−x + (x2 − 3) · (−e−x) = −e−x(x+ 1)(x− 3) (3pts). Logo, a variação de f é dada por: x f ′(x) Var. de f −1 3 − 0 + 0 − min.min. máx.máx. Logo, f decresce em (−∞,−1], cresce em [−1, 3], e decresce em [3,∞), (−1, f(−1)) = (−1,−2e) é um ponto de mínimo local, e (3, f(3)) = (3, 6e−3) é um ponto de máximo local (4pts). Finalmente, o grá�co é dado por x (x2 − 3)e−x − √ 3 + √ 3 (−1,−2e) (3, 6e−3) (4pts) Observe que o mínimo em (−1,−2e) é também global. 3. (8pts) Procure os intervalos em que a função f(x) = ln(1 + x2) é convexa/côncava. Como a função é sempre bem de�nida e duas vezes derivavel, podemos estudar o sinal da sua segunda derivada. Mas f ′(x) = 2x1+x2 (2pts), logo f ′′(x) = ( 2x 1 + x2 )′ = 2 1 · (1 + x2)− x · (2x) (1 + x2)2 = 2 1− x2 (1 + x2)2 .(2pts) Como o denominador dessa fração é sempre > 0, o sinal de f ′′(x) é determinado pelo sinal de 1−x2. Portanto (2pts): x f ′′(x) Conc. de f −1 +1 − 0 + 0 − _ ^ _ Assim vemos que f é côncava em (−∞,−1], convexa em [−1, 1], e côncava em [1,+∞) (2pts). Observe que (−1, ln 2) e (+1, ln 2) são pontos de in�exão. 4. (BONUS) Enuncie as hipóteses e as conclusões do Teorema de Rolle para uma função f : [a, b] → R com f(a) = f(b) = 0. Em seguida, considere f(x) = (senx)2 no intervalo [0, π]. Caso as hipóteses do Teorema de Rolle sejam veri�cadas, veri�que que a conclusão é verdadeira. (O bônus vale (5pts).) Para o enunciado do Teorema de Rolle: apostila, Seção 5.5. A função f(x) = (senx)2 é contínua em [0, π] e derivável em (0, π). Além disso, f(0) = f(π) = 0. Portanto, o Teorema de Rolle garante a existência de pelo menos um ponto c ∈ (0, π) tal que f ′(c) = 0. No caso, temos f ′(x) = 2senx cosx, e vemos que f ′(π2 ) = 0. Logo, c = π 2 é um ponto em que a conclusão do teorema é verdadeira. 2 Prova 2 - 2013-1.pdf Prova 2 - 2014.01 (2).png Prova 2 - 2014.01.jpg prova 3 2013.1.pdf Cálculo I: Gabarito 3a prova, Turmas R1, R2, OL. 29 de junho de 2013, 8h00, Duração: 1h40. 1. (12pts) Calcule as primitivas: ∫ x3 x2−1 dx, ∫ xe3x dx. O jeito mais simples de calcular a primeira é de fazer a substituição u = x2 − 1, que dá du = 2x dx, assim∫ x3 x2 − 1 dx = ∫ x2 x2 − 1 x dx = 12 ∫ u+ 1 u du = 12 ∫ { 1 + 1u } du = 12 {u+ ln |u|}+ C = 1 2 { x2 − 1 + ln |x2 − 1| } + C (6pts) . Pode também considerar a função x 3 x2−1 como um caso P (x) Q(x) . Como o grau de P é maior que o grau de Q, comecemos com uma divisão de polinômio, que dá x 3 x2−1 = x+ x x2−1 (3pts). A primitiva do primeiro termo dá ∫ x dx = 12x 2+C1. Para o segundo podemos chamar w = x2 − 1, dw = 2x dx, logo∫ x x2 − 1 dx = 12 ∫ 1 w dw = 1 2 ln |w|+ C2 = 1 2 ln |x 2 − 1|+ C2(3pts) A primitiva desse segundo termo pode ser calculada também fazendo uma decomposição em frações parciais, mesmo se �ca um pouco mais complicado:∫ x x2 − 1 dx = 12 ∫ { 1 x− 1 + 1 x+ 1 } dx = 12 { ln |x− 1|+ ln |x+ 1| } + C2 = 1 2 ln |x 2 − 1|+ C2 .(3pts) Juntando com o primeiro termo obtemos de novo ∫ x3 x2−1 dx = 1 2 { x2 + ln |x2 − 1| } + C ′. Para a segunda primitiva, basta usar integração por partes. Como 13e 3x é primitiva de e3x,∫ xe3x dx = x( 13e 3x)− ∫ 1 · ( 13e 3x) dx (3pts) = 13xe 3x − 13 ∫ e3x dx = 13xe 3x − 13 ( 1 3e 3x) + C (3pts) = 19e 3x(3x− 1) + C 2. Considere a região R �nita delimitada pela parábola f(x) = x2 − 7x+ 12 e pelo eixo x. (JUSTIFIQUE!) (a) (5pts) Monte uma integral (sem calculá-la) que represente a área de R. (b) (9pts) Monte uma integral (sem calculá-la) que represente o volume do sólido obtido girando R em torno da reta 1) y = 0, 2) y = 2, 3) x = 5. (a) x y = 2 x = 5 f(x) 3 4 R Como a parábola corta o eixo x em a = 3 e b = 4, e está abaixo do eixo x entre esses dois valores, a área de R é dada pela integral de Riemann (lembre da �área entre dois grá�cos�)∫ 4 3 (0− f(x))dx (5pts) (b) Em torno da reta y = 0, usando cilíndros (pode também fazer com cascas mas �ca mais complicado):∫ 4 3 π(−f(x))2dx . (3pts) Obs: formalmente, é preciso mudar o sinal de f(x) entre 3 e 4, pois o raio dos cilíndros usados na construção têm que ser positivos! Em torno da reta y = 2, usando também cilíndros:∫ 4 3 π(2− f(x))2dx− ∫ 4 3 π22dx . (3pts) Obs: Os cilíndros externos têm raio dado pela diferença de altura entre a reta y = 2 e o grá�co da função f(x), que dá 2− f(x). Os cilíndros internos têm todos o mesmo raio 2. Em torno da reta x = 5, é mais fácil usando cascas:∫ 4 3 2π(5− x)(0− f(x)) dx . (3pts) Obs: Uma casca tem raio dado pela distância do ponto x até a reta x = 5, que é 5− x; a sua altura é −f(x). 3. (8pts) De�na o que signi�ca uma integral imprópria ∫∞ a f(x) dx convergir. A integral imprópria ∫∞ 0 e−x 1+x2 dx converge? Por de�nição, se f : [a,∞)→ R é contínua, diz-se que a integral imprópria ∫∞ a f(x)dx converge se o limite lim L→∞ ∫ L a f(x) dx existir e for �nito (Obs: a integral ∫ L a f(x) dx é no sentido de Riemann) (4pts). Para ∫∞ 0 e−x 1+x2 dx, é preciso usar comparação (não dá para calcular a primitiva de e−x 1+x2 ). Uma comparação possível é de observar que para todo x ≥ 0, 0 ≤ e −x 1+x2 ≤ e−x 1+0 = e −x. Logo, 0 ≤ ∫ ∞ 0 e−x 1 + x2 dx ≤ ∫ ∞ 0 e−x dx = lim L→∞ ∫ L 0 e−x dx = lim L→∞ {1− e−L} = 1 <∞ . Logo ∫∞ 0 e−x dx converge, portanto ∫∞ 0 e−x 1+x2 dx converge também (4pts). Um outro jeito: para todo x ≥ 0, 0 ≤ e−x ≤ 1, logo 0 ≤ e −x 1+x2 ≤ 1 1+x2 . Logo,∫ ∞ 0 e−x 1 + x2 dx ≤ ∫ ∞ 0 1 1 + x2 dx = lim L→∞ ∫ L 0 dx 1 + x2 = lim L→∞ arctanL = π2 <∞ . Portanto, ∫∞ 0 1 1+x2 dx converge, logo ∫∞ 0 e−x 1+x2 dx converge também (4pts). Obs: dá pra escrever também 0 ≤ e −x 1+x2 ≤ 1 x2 , só que a desigualdade para a integral imprópria,∫ ∞ 0 e−x 1 + x2 dx ≤ ∫ ∞ 0 dx x2 é inútil, já que a integral do lado direito é in�nita (o problema dela está em 0, não em →∞...) 4. (BONUS) Use uma substituição trigonométrica para calcular ∫ x3√ 1−x2 dx. Considere a substituição x = sent (dx = cos t dt). Como x é restrito ao intervalo −1 < x < 1, podemos supor que −π/2 < t < π/2. Para esses valores de t temos que cos t > 0, logo √ 1− (sent)2 = | cos t| = cos t. Assim,∫ x3√ 1− x2 dx = ∫ (sent)3√ 1− (sent)2 cos t dt = ∫ (sent)3 dt (3pts) = ∫ (1− cos2 t)sent dt . Com uma segunda substituição u = cos t (du = −sent dt),∫ (1− cos2 t)sent dt = − ∫ (1− u2) du = −u+ 13u 3 + C = − cos t+ 13 (cos t) 3 + C . Voltando para a variável x, ∫ x3√ 1− x2 dx = − √ 1− x2 + 13 √ 1− x2 3 + C . (3pts) 2 prova suplementar 2014.1-solucao - Aldo.pdf CÁLCULO I - SUPLEMENTAR 1. Considere a função f(x) = √ 2x− x2 x Calcule o volume do sólido de rotação obtido girando o gráfico da f(x) em torno do seu asśıntota. SOLUÇÃO A função f(x) não é definida em x = 0 e além disso tem que haver que 2x− x2 ≥ 0, i.e. 0 ≤ x ≤ 2. Logo o domı́nio da f(x) é o intervalo (0, 2]. Temos ainda que lim x→0+ f(x) = lim x→0+ √ 2x− x2 x = lim x→0+ √ 2− x√ x = 2 0+ = +∞ Logo o eixo y é assintota (vertical) para o gráfico da f , cuja projeção no eixo x é o intervalo (0, 2]. Veja abaixo um esboço desse gráfico com o eixo de rotação. Rodando esse gráfico em volta do eixo y se obtem um volume ili- mitado (mas finito, como veremos adiante) que pode ser calculado por cascas ciĺındricas. V = lim �→0 ∫ 2 � 2πxf(x)dx = 2π lim �→0 ∫ 2 � √ 2x− x2 = = 2π ∫ 2 0 √ 2x− x2 = 2π ∫ 2 0 √ 1− (x− 1)2dx Fazendo u = x− 1, du = dx e logo u ∈ [−1, 1] V = 2π ∫ 1 −1 √ 1− u2du = 4π ∫ 1 0 √ 1− u2du Fazendo u = sen θ, du = cos θdθ e logo θ ∈ [0, π/2] V = 4π ∫ π 2 0 cos2 θdθ = 2π ∫ π 2 0 (1 + cos 2θ)dθ = = 2π [ θ + sen 2θ 2 ]π 2 0 = π2 3.Calcule a seguinte integral definida I = ∫ π/2 0 (cosx)3( senx)2dx SOLUÇÃO I = ∫ π/2 0 (cosx)3( senx)2dx = ∫ π/2 0 cosx(1− ( senx)2)( senx)2dx = = ∫ π/2 0 [( senx)2 − ( senx)4] cosxdx Fazendo a substituição u = sen x, e logo du = cosxdx, e também x ∈ [0, π/2] =⇒ u ∈ [0, 1] a integral vira I = ∫ 1 0 [u2 − u4]du = [ u3 3 − u 5 5 ]1 0 = 1 3 − 1 5 = 2 15 3. Estude a função f(x) = e x2 2x−1 e esboçe seu gráfico. SOLUÇÃO: Em x = 1/2 o denominador ao expoente se anula e logo o domı́nio da f(x) é Df = R \ {1/2}. Temos que f(x) > 0 em todo o domı́nio. Logo o gráfico da f vai estar todo acima do eixo x e nunca cruza o eixo x. Temos que lim x→1/2+ e x2 2x−1 = e 1/4 0+ = e+∞ = +∞ lim x→1/2− e x2 2x−1 = e 1/4 0− = e−∞ = 0 Temos também que lim x→+∞ e x2 2x−1 = lim x→+∞ e x 2−1/x = e+∞ = +∞ lim x→−∞ e x2 2x−1 = lim x→−∞ e x 2−1/x = e−∞ = 0 Logo y = 0 é assintota horizontal para f quando x→ −∞. Calcu- lando a derivada primeira f ′(x) = 2e x2 2x−1x(x− 1) (2x− 1)2 Logo f ′(x) = 0 em x = 1 e x = 0, f ′(x) não definida em x = 1/2. Temos portanto que x = 1 e x = 0 são pontos cŕıticos para a f (x = 1/2 não é ponto cŕıtico pois está fora do domı́nio da f). Quanto ao sinal temos f(x) < 0 quando x ∈ (0, 1/2) ∪ (1/2, 1) e f ′(x) > 0 quando x ∈ (−∞, 0) ∪ (1,+∞). Logo f é crescente em (−∞, 0), passa a ser decrescente em (0, 1/2) e fica arbitrariamente próxima de 0 quando x→ 1/2−. É arbitrariamente grande positiva quando x → 1/2+, decresce em (1/2, 1), chegando ao valor e em x = 1 e volta a crescer indefinitamente quando x ∈ (1,+∞). Logo o ponto x = 0 é ponto de máximo local com f(0) = 1 e x = 1 é ponto de mı́nimo local com f(1) = e. Observamos ainda que lim x→1/2− f ′(x) = 0 lim x→1/2+ f ′(x) = +∞ Logo o gráfico da f(x) chega com inclinação que tende a zero quando x→ 1/2− e com inclinacão que tende a +∞ quando x→ 1/2+. A derivada segunda é f ′′(x) = 2e x2 2x−1 [2x4 − 4x3 + 2x2 + 2x− 1] (2x− 1)4 para entender onde se anula tem que achar as raizez do polinomio p(x) = 2x4 − 4x3 + 2x2 + 2x− 1 = 2x2(x− 1)2 + 2x− 1 Não tendo p(x) fatoração simples procedemos da seguinte forma. p(x) = 0⇐⇒ g(x) = h(x) com g(x) = 2x2(x− 1)2 h(x) = 1− 2x Estudamos a equação g(x) = h(x) graficamente. É imediato verificar que g(x) ≥ 0, g(x) tem dois mı́nimos em x = 0 e x = 1 onde g(1) = g(0) = 0 e tem um máximo para x = 1/2 onde vale g(1/2) = 1/8 e limx→±∞ g(x) = +∞. Por outro lado a função h(x) é a reta que passa pelos pontos (0, 1) e (1/2, 0), logo a tradução gráfica da equação g(x) = h(x) cujas soluções são as raizes de p(x) = 0 é a esboçada abaixo onde se observa que g(x) = h(x) em dois pontos x = a ≈ 0.45 e x = b ≈ −0.65. Logo f ′′(x) = 0 nos pontos x = a ≈ 0.45 e x = b ≈ −0.65 que são os pontos de inflexão do gráfico da f(x). Veja abaixo um esboço do gráfico da f(x)
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