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Avaliação do Sistema respiratório

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Avaliação do Sistema respiratório 
Professora : Francileni Monteiro
 Conhecer a avaliação do sistema respiratório e de fundamental importância para os profissionais de enfermagem. Em virtude da alta taxa de mortalidade associada a afecções do trato respiratório.
 Durante a entrevista o enfermeiro deve se direcionar para esse sistema, fazendo a colete dos seguintes dados:
-Queixa de dispneia: que é dificuldade respiratória, ela constitui‑se num sintoma subjetivo percebido como falta de ar, sufoco, aperto no peito, perda de fôlego.
 A dispneia pode ocorrer diante de pequenos, médios ou grandes esforços. O estado emocional, tal como ansiedade e depressão, pode desencadear a falta de ar psicogênica.
-Tosse: é uma resposta reflexa a estímulos irritantes da laringe, traqueia ou brônquios e pode ser ocasionada por processos inflamatórios, fatores mecânicos, químicos e térmicos. Deve‑se avaliar o tempo de presença desse sintoma, frequência, intensidade, se é seca ou produtiva. 
 Na expectoração, a árvore traquobrônquica produz aproximadamente 100 mL de muco por dia, que fluem pelos cílios, das vias aéreas menores para as maiores, e ao alcançarem a traqueia, normalmente misturam‑se com a saliva e são deglutidos. O escarro é a substância expelida pela tosse e deve ser avaliado com relação ao início e frequência. Além disso, devem ser observado quantidade, cor (claro, amarelo, verde, sanguinolento e róseo), odor, qualidade (aquoso, mucoide, espumoso e espesso ).
-Tabagismo ( quantidade de cigarro por dia e o tempo de uso);
-Ocupação; ( muitas doenças respiratórias estão associadas com ao trabalho)
-condições de habitação ( presença de humidade , mofo nas paredes); 
-Dor torácica observar o tipo, intensidade e duração. Em caso de dor torácica, é necessário diferenciar se ela está associada a problemas pulmonares ou cardíacos. O parênquima pulmonar, as vias respiratórias e a pleura visceral não transmitem sensações dolorosas para o cérebro, assim, a ocorrência de dor de origem pulmonar pode estar relacionada à pleura parietal, às vias aéreas, à parede torácica, ao diafragma ou a estruturas do mediastino.
 Após a coleta dos dados inicia o exame físico, aplicando as técnicas de inspeção, palpação, percussão e ausculta, além disso é importante ter conhecimento da anatomia e fisiologia desse sistema.
Inspeção torácica 
 Para realizar o exame da inspeção na área torácica deve-se orientar o paciente manter-se sentado em uma cadeira ou beira do leito. Realiza-se a inspeção estática e dinâmica comparando a região torácica bilateralmente.
1-Inspeção torácica estática:
 Deve-se observar simetria do tórax, em lactentes apresenta-se de forma arredondada que é modificada durante o crescimento. Observa-se a as condições da pele (coloração, cicatrizes, presença de lesões, distribuição de pêlos, circulação colateral, abaulamentos, sinais de hipoxemia – cianoses e retrações entre os espaços intercostais ).
 Em um estado saudável o tórax possui expansão simétrica, porém pode haver deformidades da caixa torácica como: 
-Infundibuliforme: a caixa torácica apresenta o esterno deprimido ao nível do terço inferior ; há compressão dos órgão contidos na caixa torácica e ocorre diminuição do diâmetro anteroposterior , geralmente associado ao raquitismo e a doenças congênitas .
-Tórax em tonel: o diâmetro anteroposterior apresenta-se igual à largura, associa-se a doenças como enfisema pulmonar, e pode está acompanhado pelo envelhecimento fisiológico.
-Tórax pectus carinatum: o esterno apresenta-se projetado anteriormente com consequente aumento do diâmetro anteroposterior. Associado a comunicação interatrial ou intraventricular congênita, pode ser observado em indivíduos portadores de asma , raquitismo, síndrome de marfan e cifoescoliose congênita grave.
-Cifoescoliose torácica: caracterizada por uma curvatura no tórax posterior, e que faz com que o paciente mantenha-se uma postura encurvada. Geralmente É associada à osteoporose, tuberculose na coluna e artrite reumatoide. 
2-Inspeção dinâmica 
 Para realizar a inspeção dinâmica, o profissional deve observar os movimentos ventilatórios, a frequência respiratória, o uso de musculatura acessória e o padrão respiratório apresentado pelo paciente, observa-se também a presença de tiragem intercostal, que se apresenta quando a passagem de ar para os pulmões é obstruídas , ocasionando depressão dos espaços intercostais.
 — Platipneia: dificuldade de respirar na posição ereta;
— Ortopneia: dificuldade de respirar na posição deitada;
— Trepopneia: pessoa sente‑se mais confortável para respirar em decúbito lateral;
Palpação torácica 
Durante a palpação, é importante avaliar:
 • Traqueia: desvio da traqueia, que deve ser simétrica bilateralmente, deve-se pesquisar também presença de massas.
 • Estrutura da parede torácica (pele, tecido subcutâneo, cartilagens e ossos): ajuda a avaliar a simetria da amplitude dos movimentos, além de verificar crepitações, dor, tônus muscular, presença de massas, frêmito palpável e presença de edemas.
 • Expansibilidade torácica: avaliação da simetria de movimentos a partir da movimentação das mãos espalmadas sobre o tórax.
 • Frêmito toracovocal: transmissão da vibração do ar na parede torácica durante a fonação. Vibrações mais fortes são sentidas em áreas com condensação pulmonar, por exemplo, pneumonia.
 • Frêmito brônquico: vibração das secreções nos brônquios de médio e grosso calibre durante a respiração.
Percussão torácica 
 A percussão torácica tem como objetivo a identificar sons que evidenciem a presença de ar, líquidos, massas, é realizada entre os espaços intercostais, em toda extensão do tórax. Os sons que podem se notados durante a percussão são divididos em:
-Claro pulmonar: timbre grave e oco
-Hipersonoridade : timbre mais grave , claro e intenso em relação ao som claro pulmonar é evidente em pacientes portadores de enfisema pulmonar;
-Maciço: som surdo e seco, que apresenta redução ou ausência de ar nos alvéolos, apresenta-se em pacientes que apresentam derrame pleural e regiões com presença de massas.
-Submaciço : som grave de frequência alta, similar ao som encontrado na percussão do fígado 
-Timpânico : som oco como um tambor , mais evidente na região epigástrica e no tórax , comum em paciente com pneumotórax .
Ausculta pulmonar
 Realizada com ajuda de estetoscópio, que deve ser colocado no tórax, seu principal objetivo é avaliar o fluxo de ar na área traqueobrônquica. Os sons normais são os murmúrios alveolares, que apresentam-se em sons suaves ou com tom grave, e os ruídos broncovesiculares, que refletem os ruídos inspiratórios e expiratórios .
 O exame deve ser realizado no tórax anterior e posterior, aplicando-se o diafragma do estetoscópio sobre o tórax, preferencialmente sem vestuário e entre os espaços intercostais, deve-se também orientar o paciente a inspirar e expirar normalmente com a boca entreaberta.
São considerados sons respiratórios normais:
• Som traqueal: presente nas áreas de projeção da traqueia (fenda glótica) e região supraesternal. Mais audível na fase expiratória.
• Murmúrio vesicular: presente em toda a extensão do tórax, é mais intenso na fase inspiratória.
• Som broncovesicular: características que somam os dois sons anteriores. Auscultado, em condições normais, entre o 1º e 2º espaços intercostais no tórax anterior e entre as escápulas entre a 3ª e 4ª vértebras dorsais.
 A ausculta é realizada para captar sons anormais de qualquer parte da caixa torácica. Tais sons podem indicar condições patológicas do aparelho respiratório. São denominados ruídos adventícios como: 
• Creptações ou estertores finos: sons agudos, mais nítidos na inspiração, com curta duração e que não se modificam com a tosse. Podem se modificar conforme o posicionamento da pessoa. Som semelhante ao de se esfregar uma mecha de cabelo. Possíveis causas: pneumonia,congestão pulmonar, doenças intersticiais.
• Creptações grossas ou estertores grossos/bolhosos: sons mais graves e de maior duração, perceptíveis no início da inspiração e ao longo da expiração. Modificam‑se com a tosse e não são influenciados pela alteração de postura da pessoa. Possíveis causas: doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e bronquiectasias.
• Roncos: sons mais graves, com maior duração, auscultados durante a inspiração e a expiração, modificam‑se com a tosse. São decorrentes da passagem do ar por canais estreitos pela grande presença de líquidos e secreções. Possíveis causas: pneumonia, bronquite, bronquiectasias.
• Sibilos: sons musicais e sussurrantes, agudos, com maior duração, não se modificam com a tosse e são auscultados na inspiração e na expiração. São resultado da passagem de ar por vias estreitas. As principais causas são broncoconstrição e presença de corpos estranhos.
• Atrito pleural: decorrente de inflamação pleural, pneumonia e infarto pleural. Assemelha‑se ao som de esfregar dois pedaços de couro, e é mais intenso na inspiração.
• Cornagem ou estridor: decorrente de obstrução na região da laringe e traqueia, intensa na inspiração. Possíveis causas: laringite, edema de glote, corpos estranhos, tumores e estenoses de traqueia.

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