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A TRAJETORIA DO SERVIÇO SOCIAL E SUA ATUAÇÃO NA ATUALIDADE

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A TRAJETORIA DO SERVIÇO SOCIAL E SUA ATUAÇÃO NA ATUALIDADE
 Ana Caroline S. Limeira ¹
 Marisa Antônia de Souza²
RESUMO
Este artigo buscar trazer a trajetória do Serviço Social, trazendo os seus momentos históricos, do rompimento com o conservadorismo e suas conquistas, como a construção do projeto ético-político e do seu Código de Ética. Buscar trazer o a cena atual da sua atuação e os desafios encontradas ainda hoje para a sua intervenção e efetivação do compromisso ético. Traz também a nova roupagem da “questão social” produzida pelo capital. Assim tonando relevante o compreendimento da profissão por profissionais da área 
Palavras chaves: Serviço Social, desafios, questão social 
INTRODUÇÃO 
Este presente é uma exigência da disciplina Núcleos de Temáticos I, e para sua construção foram usados grandes autores do Serviço Social como, Barroco (2009), Behring (2009), Iamamoto (2009), Teixeira e Braz (2009) e Yazbek (2009).
Todas essas autoras vão trazer um grande conhecimento sob a profissão, primeiro começamos sobre a trajetória do Serviço Social no brasil, aborda a construção do projeto ético-político que deu uma nova direção a profissão, tanto na sua intervenção quanto na sua visão sobre a realidade. 
Mostra todo o cenário capitalista, desde da sua implementação até os dias atuais, suas consequências, onde o Estado executa apenas interesses do capital, tornando assim a banalização humana e a produção de desigualdades.
O Serviço Social apesar das suas modificações ainda encontra vários desafios, e sua identidade profissional se constrói a partir das relações, é preciso desvendar estratégias para o enfrentamento da questão social. 
_______________________________
 Discente do 5° Semestre de Serviço Social, Ceunsp/Itu.
 Professora Mestre, docente responsável pela disciplina de Núcleos Temáticos I Ceunsp/Itu
DESEVOLVIMENTO
A construção teórico-metodológico do serviço social teve como ponto de partida a influência da Igreja Católica, que foi um dos maiores poder político da época , os primeiros referenciais emergiram do pensamento tomista ,e a relação da profissão com o ideário católico trás o primeiro aspecto do caráter profissional que entendia a “questão social” como um problema moral; e a intervenção se tornou moralizadora e conversadora com intuito de enquadrar o sujeito e sua família nas doutrinas da Igreja Católica.
Ao reconhecer a legitimidade da questão social no âmbito das relações entre capital e trabalho, o governo Vargas, buscou enquadrá-la juridicamente, visando a desmobilização da classe operária e a regulação das tensões entre classes sociais (YAZBEK, 2009). A partir dos anos 30 o Estado assumiu o ajuste da “questão social”e assim institucionalizou e legitimou a profissão, e o assistente social se tornou assalariado inserido no mercado de trabalho, assumindo o lugar de executor das políticas sociais criada pelo Estado; que tinha como objetivo esconder interesses econômicos, e transmitir a idéia de um Estado humanitário e digno,e a profissão passou a ser ferrementa fundamental para o controle social. 
Nos década de 1960 surge os primeiros questionamento sobre a profissão que até então seguia com uma intervenção manipuladora e imediata do ser social pautado na teoria social positivista.O Brasil passava pelo período de ditadura militar,um momento de repressão,perseguição políticas e direitos violados,e os conflitos eram sentidos por todos e a categoria profissional se posicionou a favor da democracia e de uma nova ordem societária.Então surgiu a importância da categoria profissional de Serviço Social se reconhecer como classe trabalhadora junto a necessidade de uma criação de um projeto profissional comprometido com as classes subalternas, neste processo aconteceram as primeiras aproximações da teoria de Marx,e logo mais tarde a profissão se apropria da teoria marxista e sua atuação começava a ter um olhar crítico,que compreende o ser através das mediações. De acordo com Yazbek (2009 a, p. 14)
È o desvelamento dessa mediação que vai permitir compreender as políticas socioassistenciais como espaços contraditório, onde se ocorrem muitas vezes o controle e o enquadramento dos subalternos, também ocorre a luta por direitos de cidadania e ainda o acesso real a serviços e recursos que essa população não consegue alcançar de outro modo.
O Serviço Social então tomou uma nova direção, rompeu com a intervenção conservadora e passou a ter um olhar crítico e investigativo, com objetivo de uma compreensão da realidade a partir da sua totalidade. 
O processo de reprodução da totalidade das relações sociais na sociedade é um processo complexo, que contém a possibilidade do novo, do diverso, do contraditório, da mudança. Trata-se, pois, de uma totalidade em permanente reelaboração, na qual o mesmo movimento que cria resultantes dessa relação e as possibilidades de sua superação (YAZBEK,2009 a, p. 4).
Diante desse contexto histórico foi construído o projeto ético-político em meados de 1970 a 1980, que visava a transformação da sociedade, com princípios em defesa da liberdade como valor central e expansão e emancipação dos indivíduos entre outros que iluminaria e profissão. O projeto ético-político se constituiu com base no Código de Ética de 1986 que expressava a importância ética da profissão, onde definia direitos e deveres dos assistentes sociais, porem este Código foi renovado em 1993 junto com a Lei de Regulamentação da profissão (Lei 8662/93). E a profissão teve um amadurecimento teórico-metólogico, com novas Diretrizes Curriculares, e técnico-operativo que vem construindo particularidade sob influência marxista.
O Estado passa a aderir as idéias neoliberais a partir de 1990, que tinha como foco principal a acumulação do capital, que tinha como objetivo Estado mínimo para o trabalhador e Estado Maximo para o capital. Segundo Iamamoto (2009) a mundialização do capital tem profundas repercussões na órbita das políticas públicas, em suas conhecidas diretrizes de focalização, descentralização, desfinaciamento e regressão do legado dos direitos do trabalho. Ou seja o Estado passa a transferir a responsabilidade social para sociedade civil, e o tal conhecido terceiro setor, ONGS e instituições filantrópicas, e as conquistas sociais vem sido caracterizadas em “gastos sociais excedentes “ assim legitimando o mercado como regulador da crise e de relação social, descaracterizando a cidadania ao associá-lo ao consumo.
 	Diante deste cenário caótico a “questão social” se torna a banalização da vida humana e o Serviço Social é desafiado a compreender e intervir nessas novas demandas produzidas pelo capital, que se manifesta na precarização do trabalho e o sofrimento dos trabalhadores na sociedade contemporânea. E as políticas sociais continuam focalizadas em ações, e programas compensatório, onde o indivíduo as reconhecem como benefícios e não como direito. Por isso a importância do assistente social está comprometido como afirma Iamamoto (2009, p. 6)
Os assistentes Sociais realizam uma ação de cunho socioeducativo na prestação de serviço sociais. viabilizando o acesso aos direitos e aos meio de exercê-los, contribuindo para que a necessidade e interesses dos sujeitos sociais adquiram visibilidade na cena publica e possam ser reconhecidos,estimulando a organização dos diferentes segmentos dos trabalhadores na defesa e ampliação dos seus direito,especialmente os direitos sociais.
O assistente social tem que ter um dialogo crítico,buscar constantemente novos conhecimentos,compreender o significado da profissão,reconhecer que a profissão trabalha em um espaço contraditório em que a “questão social” serve para preservar o sistema capitalista, e muitas das políticas sociais existente serve para contribuir para o acumulo do capital,negar ser concebido como um mediador de conflitos e se reconhecer como articulador e potencializador de mediações,ter o compromisso fiel com osprincípios que regem a profissão o Código de Ética do assistente social.
Conforme Iamamoto (2009), ”isso significa que o exercício profissional participa de um processo que tanto permite a continuidade da sociedade de classes quanto cria as possibilidades de sua transformação”(p. 12).
Decorrente a sua situação a todo o processo histórico da profissão, e também do contexto atual da sociedade a profissão vem sofrendo grandes desafios; devido ao aumento de formação a distância houve uma padronização impulsiona e facilita o profissional a submissão das “normas do mercado”. E por isso ainda hoje existem muitos profissionais que cometem o tecnicismo e ainda continuam com o olhar e intervenção conservadora, e não que não acompanha a categoria profissional nas suas renovações. 
Importa salientar que aqui não se trata simplesmente de uma recusa ingênua da tecnologia do ensino a distância, o que atesta a iniciativa deste curso. O problema está no contexto de privatização do ensino superior em que ocorre o ensino graduado e sua incidência em um curso universitário de caráter teórico-prático que exige estágio supervisionado e que tem uma relação direta com a vida cotidiana do sujeito com que se trabalha (IAMAMOTO, 2009, p. 37).
A partir da crítica feita pela autora, podemos identificar que há uma grande perda para categoria profissional, onde fica difícil a atuação do assistente social nas expressões da “questão social” onde a falta de competência profissional, e a dificuldade de romper com o olhar conservador, pode direcionar a atuação apenas em uma ferramenta de controle social, se comprometendo com o capital, deixando de lado os princípios do projeto ético-político da profissão.
Perante a esses desafios postos aos assistentes sociais no contexto contemporânea, é preciso que o profissional tenha uma permanente reflexão e assuma uma postura ética. Porque a sociedade burguesa além de acumular riquezas também controla através da mídia, defini para todos o que imoral e determina o que é moral exprimindo assim todos os tipos de pensamento que vá contra a ordem burguesa, criando uma função ideologia a favor do capital. È de extrema relevância como destaca Barroco (2009, p. 5).
 O agir consciente supõe a capacidade de transformar repostas em novas perguntas e as necessidades em novas formas de satisfação. Só o homem é capar de agir teologicamente, projetando a sua ação como base em escolhas de valor, de modo que o produto de sua ação possa materializar sua autoconsciência como sujeito da práxis.
A partir da sua consciência o homem é capaz de tomar suas próprias decisões sem se pautar no que é imposto a ele, assim eliminando todos os valores já construído historicamente, e nesse exercício de refletir a sua ação de acordo com sua consciência o sujeito assumi uma postura ética.
De acordo com Teixeira e Braz (2009, p.7 ) Em suma, o projeto articula em si mesmo os seguintes elementos constitutivos: ”uma imagem ideal da profissão, os valores que a legitimam, sua função social e seus objetivos, conhecimentos teóricos, saberes interventivos, normas etc.” Por isso a necessidade do comprometimento continuo com o projeto ético-político da profissão, onde permite escolher caminhos, criar habilidade político-profissional e decidir os rumos da atuação profissional, deixando claro em qual lado a categoria profissional se posiciona. 
Porem a consolidação do projeto ético-político da profissão encontrou vários obstáculos na sua consolidação e ainda hoje tem muitos desafios a serem superados, as políticas neoliberais, e os pensamentos de impossibilidade de vencer o sistema capitalismo, o enfraquecimento da classe trabalhadora e entre outros. 
Conforme Teixeira e Braz (2009) A sua afirmação[...]”quanto das ações profissionais nas diversas áreas de atuação, intervenções qualificadas, éticas e socialmente comprometidas” (p.16).
Podemos afirmar que o Serviço Social, constrói sua identidade profissional, a partir das relações sociais, e a partir delas façam uma reflexão diária e questionem os seus conhecimentos sempre buscando novos conhecimento. O modo de pensar pode direcionar sua intervenção no rompimento ou não com o conservadorismo marcado no início da profissão. Afirma Yazbek (2009 a) o que se pretende assinalar é que o significado e a direção social do trabalho profissional se explicam a partir e no conjunto das relações e dos projetos colocados em confronto na trama social (p.15).
E mesmo o assistente social dependendo de relações contratuais ele dispõe de uma autonomia na ação profissional assim podendo enxergar através de limites novas possibilidades.
O trabalho do assistente social está profundamente condicionado pela trama de relações vigentes na sociedade e, sem dúvida, o atual cenário do desenvolvimento capitalista coloca para o Serviço Social contemporâneo novas demandas e competências, quer no nível de conhecimentos, quer no plano concreto da intervenção e negociação política no âmbito das Políticas Sociais (YAZBEK,2009 p.18).
De acordo com Iamamoto (2009). Reafirma-se [..]tanto o movimento do capital quanto dos direitos, valores e princípios que fazem parte das conquistas e do ideário dos trabalhadores. São essas forças contraditórias, inscritas na própria dinâmica dos processos sociais, que criam as bases reais para a renovação do estatuto da profissão conjugadas á intencionalidade dos seus agentes (p.11).
Como vimos o Serviço Social está ligado sempre a essa contradição de classes, onde ele trabalha no campo de lutas de interesses, e ao longo da sua trajetória sempre vem enfrentando novos desafios. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Na trajetória do Serviço Social, houve grandes mudanças significativas, e que agregaram para a profissão, o Serviço Social conseguiu se liberta da visão conservadora e assim possibilitando um olhar mais amplo e crítico pautada na teoria Marxista. 
Atuação do Serviço Social atualmente ela se torno mais intensa, e consegue atingir além do cotidiano, e daquilo que parece ser o limite, por isso é preciso que o profissional seja criativo, proativo e comprometido com o projeto ético-político e com o Código de Ética que são os guias que iriam iluminar e guiar o seu agir profissional, para que o profissional tenha uma intervenção consciente. Suas demandas estão cada vez mais complexas devido a banalização da vida, onde o capital vem crescendo exageradamente se preocupando a penas acumulação de riqueza, fortalecendo cada vez mais o capital, e enfraquecendo a classe trabalhadora tanto na precarização do trabalho, quanto na individualidade tornando assim difícil movimentos de lutas por direitos. 
Importante lembrar que o Serviço Social sempre vai atuar nessa contradição, e é a partir dela que dará significado para sua profissão, é preciso saber se articular, para que nossas ações não beneficie somente o capital, é indispensável sabermos em qual lado nossa categorial profissional se posiciona, a partir disto trava uma luta diária em defesa dos princípios que constituiu o projeto profissional. 
E por trabalhar diretamente com os mais fragilizados, vítimas de um sistema que é produtor de desigualdades, o assistente social tem de romper com valores morais construídos socialmente do que é certo ou errado, reafirmando sempre seu compromisso ético-político da categoria profissional, para atuar com competência, e a sua atuação tem que contribuir para o que a exploração do capital seja superada, visando assim uma construção de uma nova ordem societária.
 	
 
REFERÊNCIAS 
BARROCO, M. L. S. Fundamentos éticos do Serviço Social. Brasília: in CFESS 2009.
BEHRING, E. R. As novas configurações do Estado e da Sociedade Civil no contexto da crise do capital. Brasília: in CFESS 2009.
IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na cena contemporânea. Brasília: in CFESS 2009.
TEIXEIRA, J. B; BRAZ, M. O projeto ético-político do Serviço Social. Brasília: in CFESS 2009.
YAZBEK, M. C. (a) O significado sócio-hístorico da profissão. Brasília: in CFESS 2009.
YAZBEK, M. C. (b)Os fundamentos históricos e teórico-metodológico do Serviço Social brasileiro na contemporaneidade. Brasília: in CFESS 2009.

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