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Webconferencia 1 - Didática

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Didática
WEBCONFERÊNCIA I
PROFESSORA: Vládia Medeiros
Tudo caminha, tudo flui, nada está imóvel. O universo é como um rio: “ninguém se banha duas vezes no mesmo rio". Esta célebre frase de Heráclito ilustra bem o movimento do constante aprendizado pelo qual passamos ao longo da vida. Conhecer é um aspecto fundamental na constituição do sujeito humano e este processo ocorre nas interações entre os indivíduos e deles com o mundo. O sujeito se estrutura na medida em que vivencia estas interações, num movimento permanente originado no início de sua própria vida e evolui gradativamente a partir do desenvolvimento de seu pensamento. 
Convite à reflexão 
Sem pensar, o sujeito não pode buscar soluções para os problemas a serem enfrentados. Com o pensamento, o sujeito enfrenta a vida, busca alternativas, propõe soluções, vislumbra novas possibilidades. Na constituição do sujeito enquanto ser pensante é vital que o cérebro seja utilizado em sua plenitude para que este sujeito, de fato, pense.
João Beauclair
Convite à reflexão 
Didática é proposta que sintetiza formas de organizar a prática pedagógica, e o ensino; e tem como objeto de estudo aspectos técnicos, para os meios de ensino. Mas, as contradições geradas pelo processo histórico questionam a natureza, objeto de estudo e o conteúdo da Didática. Porém, os pressupostos deste questionamento não devem ser encontrados unicamente na análise do conteúdo da Didática, estes devem ser buscados na compreensão entre a relação deste com a prática social, ou seja, na contribuição para a formação do professor, e para transformar a prática pedagogia em prol do ensino e da sociedade na construção da educação. 
Didática 
Análise histórica da Didática na educação brasileira e do processo de ensino, seus pressupostos básicos, sua conotação política e o papel do professor
Nos últimos anos, diversos estudos têm sido dedicados à história da Didática no Brasil, suas relações com as tendências pedagógicas e à investigação do seu campo de conhecimentos. Os autores, em geral, concordam em classificar as tendências pedagógicas em dois grupos: as de cunho liberal - Pedagogia Tradicional, Pedagogia Renovada e Tecnicismo Educacional; as de cunho progressista - Pedagogia Libertadora e Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos. Certamente existem outras correntes vinculadas a uma ou outra dessas tendências, mas essas são as mais conhecidas.
Na Pedagogia Tradicional, a Didática é uma disciplina normativa, um conjunto de princípios e regras que regulam o ensino. A atividade de ensinar é centrada no professor que expõe e interpreta a matéria. Às vezes são utilizados meios como a apresentação de objetos, ilustrações, exemplos, mas o meio principal é a palavra, a exposição oral. Supõe-se que ouvindo e fazendo exercícios repetitivos, os alunos "gravam” a matéria para depois, reproduzi-la, seja através das interrogações do professor, seja através das provas.
Os objetivos, explícitos ou implícitos, referem-se à formação de um aluno ideal, desvinculado da sua realidade concreta.
Tendências pedagógicas da educação, assim como, a cultura no currículo escolar
A Pedagogia Renovada inclui várias correntes: a progressivista, (que se baseia na teoria educacional de John Dewey), a não-diretiva (principalmente inspirada em Carl Rogers), a ativista-espiritualista (de orientação católica), a culturalista, a piagetiana, a montessoriana e outras. Todas, de alguma forma, estão ligadas ao movimento da pedagogia ativa que surge no final do século XIX como contraposição à Pedagogia Tradicional. Entretanto, segundo estudo feito por Castro (1984), os conhecimentos e a experiência da Didática brasileira pautam-se, em boa parte, no movimento da Escola Nova, inspirado principalmente na corrente progressivista.
Pedagogias liberais e progressistas
A Didática da Escola Nova ou Didática ativa é entendida como "direção da aprendizagem", considerando o aluno como sujeito da aprendizagem. O que o professor tem a fazer é colocar o aluno em condições propícias para que, partindo das suas necessidades e estimulando interesses, possa buscar por si mesmo conhecimentos e experiências. A ideia é a de que o aluno aprende melhor o que faz por si próprio. Não se trata apenas de aprender fazendo, no sentido de trabalho manual, ações de manipulação de objetos. Trata-se de colocar o aluno em situações que seja mobilizada a sua atividade global e que se manifesta em atividades intelectual, atividade de criação, de expressão verbal, escrita, plástica. O centro da atividade escolar não é o professor nem a matéria, é o aluno ativo e investigador.
Roseane Pimenta Fargnoli
Pedagogias liberais e progressistas
Didática na Educação Brasileira
A Educação Jesuítica
Características do Ensino
Os Jesuítas voltavam-se para a catequese e a instrução dos indígenas, mas a elite recebia um outro tipo de educação, onde buscava-se a formação do homem cristão, humanista e universal. Nesta época, a educação não possuía valor social, e preocupava-se, apenas, com o ensino enciclopédico, de cultura geral.
A Metodologia do Ensino está centrada no seu caráter formal, tendo por base o intelecto, o conhecimento, e, também, está marcada pela visão essencialista do homem. Privilegiavam-se as formas dogmáticas de pensamento contra o pensamento crítico, o exercício da memória, o desenvolvimento do raciocínio, e dava-se ênfase ao preparo dos padres-mestres, visando à formação psicológica e do caráter para o conhecimento de si e do aluno.
O Período de 1930 – 1945
No âmbito educacional, constituiu-se o Ministério da Educação e Saúde Pública, efetivou-se a Reforma Francisco Campos, que organizou o ensino comercial, adotou o regime universitário para o ensino superior e fundou a primeira universidade brasileira. A origem da Didática está associada à criação desta faculdade. Em 1934, associou-se a renovação do ensino à qualificação do magistério, onde, a disciplina Metodologia do Ensino Secundário estava ligada à formação dos professores. Em 1939, a Didática foi instituída como curso e disciplina com duração de um ano. Em 1941, passou a ser um curso independente, realizado após o curso do bacharelado. Nesta época, há o predomínio do aspecto psicológico sobre o lógico. O Escolanovismo defende os princípios democráticos, ou seja, todos tem o direito de se desenvolver, sendo que numa sociedade estratificada as possibilidades estão todas voltadas para a classe dominante. E a sua característica mais importante é a valorização da criança. A Didática acentua o caráter prático-técnico do processo ensino-aprendizagem, onde teoria e prática são justapostas. O ensino é concebido como um processo de pesquisa, onde os assuntos são vistos como problemas. Esta didática propiciou a formação de um novo perfil de professor: o técnico.
O Período de 1945 a 1960
Neste momento, a política educacional reflete a ambivalência dos grupos no poder – tendência populista e anti-populista.
Em 1946, há a desobrigação do curso de Didática. Em 1962, há a extinção do esquema três mais um (realizado após o bacharelado). A Didática perdeu seus qualificativos gerais e especiais e introduz-se a Prática de Ensino sob a forma de estágio supervisionado. Entre 1948-1961 ocorrem lutas ideológicas sobre a escola particular e pública, novas ideias são disseminadas pelo INEP, as escolas católicas inserem-se no movimento renovador, difundindo o método de Montessori e Lubienska e ocorrem outros indícios renovadores como: O Ginásio Orientado para o Trabalho, os Ginásios Pluricurriculares e os Ginásios Vocacionais. Acentuava-se o enfoque renovador-tecnicista da Didática.
O Período pós-1964 (descaminho)
De acordo com a concepção economicista, a educação era importante na preparação dos recursos humanos necessários ao incremento do crescimento econômico e tecnológico da sociedade. 
Entre o período de 60 a 68, ocorre a crise da Pedagogia Nova e a articulação da tendência tecnicista, caracterizada pela neutralidade científica, racionalidade, eficiência e produtividade. Buscou-se a objetivaçãodo trabalho pedagógico e fabril.
Neste enfoque, os cursos de Didática centram-se na organização racional do processo do ensino, isto é, no planejamento formal, e na elaboração de materiais instrucionais. O processo é que define como, quando e como agirão os professores e alunos.
O Período pós-1964 (descaminho)
Na Didática Tecnicista, ocorre: uma maior desvinculação entre teoria e prática; acentua-se o formalismo didático através dos planos elaborados segundo normas pré-fixadas. Esta Didática é concebida como estratégia para o alcance dos produtos previstos para o processo ensino-aprendizagem.
A partir de 1974, surgiram as Teorias crítico-reprodutivistas que denunciavam a minimização das questões didático-pedagógicas, diante do caráter reprodutor da escola. A Didática passa a ter discurso reprodutivista. Sob, esta ótica, nos cursos de formação de professores passa a assumir discurso sociológico, filosófico e histórico, secundarizando a sua dimensão técnica. A atitude crítica dos alunos e professores procurou rever a prática pedagógica a fim de torná-la mais coerente com a realidade sócio-cultural.
A Década de 80 
Os professores empenham-se para reconquistar o direito e o dever de participarem da política educacional e na luta pela recuperação da escola pública. Nesta época, ocorre a I Conferência Brasileira de Educação. A educação está voltada para o ser humano e sua realização na sociedade. A Pedagogia Crítica identifica-se com os interesses do homem das camadas economicamente desfavorecidas, e foca trabalhar indo além dos métodos e técnicas, procurando associar escola-sociedade, teoria-prática, conteúdo-forma técnico-político, ensino-pesquisa, professor-aluno.
A Didática, neste momento, auxilia no processo de politização do professor, buscando superar o intelectualismo formal, evitando os efeitos do Escolanovismo e combatendo a orientação desmobilizadora do tecnicismo, recuperando as tarefas especificamente pedagógicas desprestigiadas.
A internet, os celulares, as redes sociais: mudanças significativas para os fundamentos do processo de ensino/aprendizagem
 Processo amplo e flexível de construção do saber;
 O professor incentiva, orienta, organiza as situações de aprendizagem, adequando-as às capacidades de características individuais dos alunos. Por isso, a Didática ativa dá grande importância aos métodos e técnicas como o trabalho de grupo, atividades cooperativas, estudo individual, pesquisas, projetos, experimentações etc.;
 O melhor método é aquele que atende às exigências psicológicas do aprender.
Primeira preocupação: como usar tantos conhecimentos com grupos de motivações tão distintas, como temos atualmente em sala de aula?
[...] Uma das principais qualidades profissionais de um professor é estabelecer uma ponte de ligação entre as tarefas cognitivas (objetivos e conteúdos) e as capacidades dos alunos para enfrentá-las de modo que os objetivos da matéria sejam transformados em objetivos dos alunos.
	 (Libâneo, 1994)	 
Estes são alguns dos requisitos de que necessita o professor para o desempenho de suas tarefas docentes e que formam o campo de estudo da Didática. Evidentemente, as mesmas expectativas que o professor tem em relação ao desenvolvimento intelectual dos alunos aplicam-se a ele próprio. Não pode exigir que os alunos adquiram um domínio sólido de conhecimentos se ele próprio não domina com segurança a disciplina que ensina; não pode exigir dos alunos o domínio de métodos de estudo, das formas científicas de raciocinar e de hábitos de pensamento independente e criativo, se ele próprio não os detém. 
Considerações Finais
Do mesmo modo se o professor encaminha o processo de ensino para objetivos educativos de formação de traços de personalidade, de aquisição de princípios norteadores da conduta. De tomada de posição frente aos problemas da realidade, também ele precisa desenvolver suas próprias qualidades de personalidade, suas convicções.
Considerações Finais
A dimensão educativa do ensino que, como dissemos, implica que os resultados da assimilação de conhecimentos e habilidades se transformem em princípios e modos de agir frente à realidade, isto é, em convicções, requerem do professor uma compreensão clara do significado social e político do seu trabalho, do papel da escolarização no processo de democratização da sociedade, do caráter político-ideológico de toda educação, bem como das qualidades morais da personalidade para a tarefa de educar.
Considerações Finais
No seu trabalho cotidiano como profissional e como cidadão, o professor precisa permanentemente desenvolver a capacidade de avaliar os fatos, os acontecimentos, os conteúdos da matéria de um modo mais abrangente, mais globalizante. Trata-se de um exercício de pensamento constante para descobrir as relações sociais reais que estão por detrás dos fatos, dos textos do livro didático, dos discursos, das formas de exercício do poder. É preciso desenvolver o hábito de desconfiar das aparências, desconfiar da normalidade das coisas, porque os fatos, os acontecimentos, a vida do dia a dia estão carregados de significados sociais que não são "normais"; neles estão implicados interesses sociais diversos e muitas vezes antagônicos dos grupos e classes sociais.
Considerações Finais
A Didática, assim, oferece uma contribuição indispensável à formação dos professores, sintetizando no seu conteúdo a contribuição de conhecimentos de outras disciplinas que convergem para o esclarecimento dos fatores condicionantes do processo de instrução e ensino, intimamente vinculado com a educação e, ao mesmo tempo, provendo os conhecimentos específicos necessários para o exercício das tarefas docentes.
Considerações Finais
E eu acredito na transformação e evolução das pessoas, por tudo isso, desejo muito sucesso na VIDA!
Profª Vládia Medeiros

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