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QUESTÕES ABERTAS PRIMEIRA PROVA DE ENDODONTIA I

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2015 
 
 
ROBERTA GABRIELA 
AMARO 
 
[QUESTÕES ABERTAS ENDONTIA I] 
PRIMEIRA PROVA TEÓRICA 5º PERÍODO 
QUESTÕES ABERTAS PRIMEIRA PROVA DE ENDODONTIA I - 2015/01 
1) Descreva as características gerais da anatomia da cavidade pulpar nos dentes 
posteriores e anteriores. 
 Dentes posteriores apresentam câmara pulpar em forma cúbica, geralmente 
estreita no sentido mésio - distal e larga no sentido vestíbulo-lingual, com teto e soalho 
bem definidos e presença de uma convexidade que leva a entrada dos canais; 
Dentes anteriores não apresentam soalho bem definido e o canal radicular é um 
prolongamento da câmara pulpar. 
2) Dê os conceitos de CANAL CEMENTÁRIO e CONSTRIÇÃO APICAL. 
 Na região apical o cemento ultrapassa a dentina formando o canal cementário, 
sendo assim as paredes finais do ápice radicular são constituídas apenas por cemento, o 
tamanho desse canal é aproximadamente de 0,5 mm. A constrição apical corresponde ao 
ponto de menor diâmetro do canal radicular e coincide com término do canal dentinário 
e início do canal cementário. 
3) Quais são as ramificações do SCR e qual a importância do conhecimento dessas 
ramificações para o sucesso do tratamento endodôntico? 
 A maioria dos canais apresentam ramificações sendo que um sistema de único 
conduto e cônico é considerado uma exceção e não uma regra. Devido a existência 
dessas ramificações chamamos esse conjunto de canais de Sistemas de Canais 
Radiculares. 
CANAL PRINCIPAL – central e vai do soalho até o forame; 
CANAL COLATERAL – paralelo ao principal e pode ou não alcançar o forame; 
CANAL LATERAL – parte do canal principal e sai perpendicularmente ao ligamento 
periodontal; 
CANAL SECUNDÁRIO – parte obliquamente do canal principal na região apical em 
direção ao ligamento periodontal; 
CANAL ACESSÓRIO – parte do secundário em direção ao ligamento periodontal; 
INTERCONDUTO – liga canal principal, secundário e colateral e não se comunica com o 
ligamento periodontal; 
CANAL RECORRENTE – sai e retorna ao canal principal sem alcançar o forame 
percorrendo um trajeto dentinário; 
CANAIS RETICULARES – entrelaçamento de canais que seguem em paralelo conectados 
por intercondutos. 
DELTAS APICAIS – vários canais que partem do canal principal em direção ao ápice, dão 
origem aos forames múltiplos ou foraminas. 
Dayane
Highlight
CANAL CAVO INTER-RADICULAR – em dentes bi ou trirradiculares partem do soalho da 
câmara pulpar em direção ao ligamento periodontal entre as raízes. 
 O conhecimento do SCR é parte fundamental para o tratamento endodôntico, a 
instrumentação e a obturação adequada e hermética desse sistema é importante para o 
sucesso do tratamento. Caso não haja uma obturação adequada uma infecção 
endodôntica pode não ser solucionada e o tratamento ser insuficiente. 
4) Explique zona crítica apical. 
 A complexidade anatômica da região apical bem como as dificuldades de acesso 
para instrumentação e as limitações práticas de limpeza, levaram De Deus a descrever 
essa região como zona crítica apical. Essa região corresponde aos 3 a 4 mm apicais da 
raiz e canal radicular e a região periapical adjacente. 
5) Levando-se em consideração o conceito de zona crítica apical explique os 
motivos para que a instrumentação do canal radicular seja até sua patência. 
I) Corresponde a uma região com maiores ramificações do SCR e por isso deve ser bem 
tratada para que não aja proliferação bacteriana; 
II) Região apical tem mais microrganismos; 
III) A polpa apical é fibrosa, rica em fibras colágenas, todavia pobre em células de defesa, 
além de ter número reduzido de terminações nervosas, pouca vascularização e baixa 
capacidade de reparo; 
IV) O tratamento endodôntico juntamente com a região periapical adjacente, rica em 
células de defesa e com alta capacidade de reparo justificam a instrumentação dessa 
área. 
6) Cite e explique algumas variações morfológicas da cavidade pulpar. 
 Podemos citar algumas variações como: 
IDADE – ao longo da vida quantidades de dentina secundária vão sendo depositadas em 
toda periferia da câmara pulpar, o que contribui para diminuição do volume da câmara 
pulpar com a idade; 
FATORES IRRITANTES – altera a anatomia interna devido a deposição de dentina 
reacional, calcificações pulpares nodulares ou difusas, obliteração do canal, reabsorções 
internas; 
DEPOSIÇÃO DE DENTINA TERCIÁRIA – depósitos irregulares promovendo uma 
diminuição localizada do espaço da câmara pulpar; 
CALCIFICAÇÕES PULPARES – depósitos minerais no tecido pulpar; 
OBLITERAÇÃO DO CANAL PÓS-TRAUMÁTICA – deposição acelerada de dentina no 
interior do canal devido ao traumatismo; 
REABSORÇÕES INTERNAS – atividade descontrolada de células clásticas. 
 
Dayane
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7) Diferencie os tipos de calcificações pulpares. 
 Os depósitos minerais podem ser: 
CÁLCULOS PULPARES  massas calcificadas concêntricas de tecido mineralizado que 
ocorrem na câmara pulpar. Quando verdadeiros o tecido mineralizado é a dentina, 
quando falsos o tecido mineralizado é formado por trombos sanguíneos, células mortas, 
fibras colágenas e íons. Esses cálculos podem ser aderidos, livres ou incluídos. 
CALCIFICAÇÕES DIFUSAS  ocorrem no canal radicular em forma de bastão ou folha e 
são resultantes da calcificação de feixes de fibras colágenas. 
8) Quais os objetivos do preparo intracoronário? 
 O preparo intracoronário visa obter acesso à cavidade pulpar, um acesso direto 
sem interferências das paredes coronárias de forma que a instrumentação do canal 
possa ocorrer sem problemas. 
9) Descreva a sequência operatória do preparo intracoronário dos incisivos e 
caninos superiores e inferiores, pré-molares superiores e inferiores e molares 
superiores e inferiores. 
 INCISIVOS E CANINOS SUPERIORES E INFERIORES 
- ACESSO À CÂMARA PULPAR: é feito na face palatina/lingual, divide-se a face em 
terços no sentido M/D e C/O, o ponto de eleição é o terço central. A trepanação inicial é 
feita com ponta adiamantada esférica perpendicular a superfície externa do dente. Após 
alcançar a dentina a trepanação final é feita com broca 1557 inclinada a 45 graus na 
direção do longo eixo do dente objetivando penetrar no teto da câmara pulpar e removê-
lo. 
- FORMA DE CONTORNO – Nos incisivos a forma de contorno é triangular com ângulos 
arredondados, com base voltada para incisal e vértice voltado para cervical. Nos caninos 
a forma de contorno é uma lança com ponta menor voltada para incisal. 
- FORMA DE CONVENIÊNCIA – Usando broca de Batt remover paredes laterais de 
dentina e esmalte, e o ombro lingual possibilitando o livre acesso à câmara pulpar. 
PRÉ-MOLARES SUPERIORES E INFERIORES 
- ACESSO À CÂMARA PULPAR – é feito na face oclusal, após fazer a divisão da face em 
terços no sentido M/D e V/L, eleger a fossa central como ponto de eleição. A abertura é 
feita com ponta esférica adiamantada ou broca 1557 perpendicular à superfície oclusal 
até atingir a dentina. Após isso continuar a penetração até que se atinja o teto da 
câmara pulpar. Se o dente possuir uma só canal a direção da penetração será 
perpendicular, nos casos de dois canais inclinar a broca ligeiramente para o lado 
lingual. 
- FORMA DE CONTORNO – Nos pré-molares a forma de contorno é elíptica nos 
superiores e oval nos inferiores. 
- FORMA DE CONVENIÊNCIA – Usando broca de Batt ou Endo Z remover paredes 
laterais de dentina e esmalte, além de remover remanescentes do teto da câmara. 
Dayane
Highlight
MOLARES SUPERIORES E INFERIORES 
- ACESSO À CÂMARA PULPAR – é feito na face oclusal, o ponto de eleição será o centro 
da fossa mesial. A abertura é feita com broca esférica ou broca 1557 perpendicular à 
superfície oclusal. A penetração com broca1557 para alcançar o teto da câmara, deverá 
ser ligeiramente inclinada para o lado palatino no caso dos molares superiores e 
ligeiramente inclinado para lingual no caso dos molares inferiores. 
- FORMA DE CONTORNO – Nos molares superiores é forma trapezoidal com base maior 
voltada para a vestibular, nos inferiores a base maior é voltada para mesial. 
- FORMA DE CONVENIÊNCIA – remover projeções laterais de dentina e todo o teto da 
câmara pulpar com broca Endo Z ou Batt. 
10) Por que devemos retirar restaurações existentes nos dentes antes do 
procedimento de abertura coronária? 
 As restaurações de amálgama e resina devem ser retiradas antes da abertura 
coronária, isso porque remanescentes dessas restaurações podem se soltar durante o 
tratamento endodôntico e contaminar o SCR. 
11) Cite quais são e a função de cada uma das partes que compõe uma lima. 
 As limas são constituídas por três partes: CABO, PARTE INTERMEDIÁRIA E 
PARTE ATIVA. 
 CABO – são confeccionados de material plástico e com forma anatômica adaptável 
aos dedos, trazem a numeração dos instrumentos que indica o calibre da ponta ativa; 
 PARTE INTERMEDIÁRIA – entre o cabo e a parte ativa, não deve ter diâmetro 
muito acentuado com relação à parte ativa para permitir livre acesso para 
instrumentação; 
 PARTE ATIVA – corresponde a um tamanho de 16mm nos instrumentos de aço 
inoxidável, apresenta forma cônica, na extremidade mais fina tem-se o diâmetro D0 que 
corresponde ao número do instrumento. Na extremidade próxima a haste tem o diâmetro 
D16. De D0 para D16 há aumento de 0,32 mm. Na extremidade mais fina há uma guia 
de penetração que pode ser 
 As hastes podem possuir formato quadrangular que são mais resistentes à fratura 
porém menos flexíveis ou então formato triangular que são menos resistentes e mais 
flexíveis. 
12) Quais são as vantagens e desvantagens dos instrumentos de aço inoxidável? 
 Podemos citar como vantagens: permitem boa exploração do SCR, mantém a 
direção dos canais, podem ser usados para canais extras, atresiados e calcificados. 
Como desvantagens tem-se a dificuldade de se instrumentar canais curvos, há 
necessidade de se pré-curvar o instrumento e podem formar degraus. 
 
 
13) O que é a TRÍADE DE TAYLOR? 
 A tríade de Taylor ressalta as três condições básicas para o tratamento 
endodôntico. Imaginando-se uma pirâmide, o acesso à câmara pulpar e ao SCR ocuparia 
a base dessa pirâmide constituindo o passo mais importante do processo. A parte 
intermediária seria ocupada pelo preparo do canal e a ponta de pirâmide o processo de 
obturação do SCR. Ao abordar a tríade, Taylor não apenas listou essas etapas do 
tratamento de acordo com sua importância, ele também demonstrou como essas etapas 
estão relacionadas e são interdependentes. 
14) Quais são os objetivos principais do preparo mecânico e químico do SCR? 
 O preparo mecânico e químico deve oferecer forma adequada – cônica contínua, 
mantendo o canal apicalmente estreito e nunca transportar o forame; deve garantir a 
limpeza – em todos os planos do SCR, mantendo o forame pequeno e prático; e garantir 
antissepsia do SCR por meio da ação de solução irrigadora solvente de matéria orgânica 
e antibactericida. 
15) Quais as características da solução de hipoclorito de sódio que o torna uma 
escolha de solução irrigadora no preparo mecânico e químico do SCR? Qual é a 
concentração preconizada pela nossa escola FOUFMG? 
 O hipoclorito de sódio mantém o canal úmido, é solvente de matéria orgânica 
removendo as lascas de dentina e tecido pulpar, antimicrobiano, neutraliza produtos 
tóxicos, favorece boa instrumentação diminuindo o atrito dos instrumentos com as 
paredes do canal além de possuir baixa tensão superficial. A concentração preconizada 
pela FOUFMG é de 2,5% de NaOCl. Conhecida como solução de LABARAQUE. 
16) Como deve ser a técnica de irrigação? 
 A ponta da seringa de irrigação deve ser dobrada num a 45º permitindo um 
melhor posicionamento. O líquido injetado NaOCl não deverá ser jogado para além da 
zona crítica apical. No momento da irrigação deve-se fazer movimento de vai-vem com a 
agulha permitindo que a solução irrigadora alcance a patência do canal, nunca 
introduzir a agulha e injetar diretamente a solução sem fazer os movimentos de vai-vem. 
Isso porque é necessário que a solução irrigadora tenha um refluxo em direção à 
abertura coronária. A irrigação deverá ser feita sempre após a instrumentação e o 
conteúdo deve ser aspirado sempre que estiver saturado de lascas de dentina e tecido 
pulpar necrótico. Sempre manter o canal irrigado. 
17) Tendo em vista o conceito de patência do canal, explique a razão biológica e 
mecânica desse conceito. 
 A razão biológica do conceito de patência refere-se à necessidade de se eliminar o 
máximo de contaminação do canal, mantendo forame limpo, prático e pequeno. A razão 
mecânica refere-se a minimizar o risco de perfuração durante a instrumentação, isso 
porque ao se estabelecer a patência a tendência da lima é manter o trajeto do canal até o 
limite estabelecido. 
 
Dayane
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Dayane
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Dayane
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18) Quais são e como funcionam os métodos para se determinar o CPC 
(comprimento de patência do canal)? 
 O CPC pode ser determinado pelo método radiográfico, de posse da radiografia é 
possível medir com régua o tamanho em mm do CPC. Nos dentes anteriores a medida é 
dada da borda incisal até o ápice radícula, nos pré-molares a medida é dada da cúspide 
vestibular até o ápice radicular. E nos molares ... 
 O CPC também pode ser determinado com a ajuda de aparelhos eletrônicos 
localizadores apicais – o aparelho detecta o final do canal dentinário e assim estabelece o 
CPC. 
19) Durante a exploração do sistema de canais radiculares almeja-se atingir o 
término radiográfico do dente. Cite cinco possíveis causas prováveis de não se 
atingir este objetivo. 
1) Abertura do canal insuficiente; 
2) Tamanho do instrumento incompatível com o diâmetro do canal; 
3) Pré-curvar muito ou menos o instrumento; 
4) Presença de calcificações; 
5) Formação de um calo no coto pulpar remanescente em casos de dentes parcialmente 
vitais em que a instrumentação não pode ser concluída na mesma sessão. 
20) Qual a classificação dos canais radiculares de acordo com De Deus (1992)? 
 A classificação segundo De Deus considera o diâmetro, o acesso à região apical e o 
grau de curvatura. 
CANAIS CLASSE I – Diâmetro (amplo, mediano ou ligeiramente constrito); Grau de 
curvatura ( reto ou com curvatura gradual discreta); Acesso à região apical (com lima 
k#15). 
CANAIS CLASSE II – Diâmetro (constrito); Grau de curvatura (gradual acentuda); Acesso 
à região apical (dificultado penetração com lima k#10 com dificuldade). 
CANAIS CLASSE III – Diâmetro (mediano ou constrito); Grau de curvatura (acentuada); 
Acesso á região apical (difícil com lima k#8 e às vezes k#6). 
21) Descreva a técnica manual de RUDDLE e suas indicações. 
INDICAÇÕES – Canais Classe I, II e III. 
 FASE I - A primeira fase é o alargamento preliminar – de posse do CDR ele será 
CTP – instrumentar de forma passiva com limas k#10 até k#35 fazendo irrigação e 
recapitulação com lima #10 após as limas k#20 e K#35.Usar Gates Glidden 4, 3 e 2 
passivamente, irrigar e recapitular com lima k#10. 
 FASE II - Segunda fase é a determinação do CPC e CT – analisar qual lima se 
adapta melhor a medida do CDR (k#8, #10, #15) – fazer a tomada radiográfica e 
determinar o CPC e o CT=CPC –0,5mm. 
Dayane
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Dayane
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 FASE III – Terceira fase de alargamento apical – instrumentar com limas k#35 até 
k# 60 fazendo irrigação e recapitulação com lima #10 após as limas k#45 e k#60. Todainstrumentação deverá ser feita no CPC. 
 Obs.: voltar com as Gates Glidden se necessário; 
 FASE IV – Quarta fase de refinamento apical – usar no CPC limas k# 10 e k# 15 e 
irrigar, depois no CT usar limas k#20 e k#25. Escalonamento de 0,5 em 0,5 mm da lima 
k#30 até a k#50 a partir do CT. Recapitular com lima k#10 no CPC e irrigar. 
22) O que são limas de memória 1 e de memória 2? 
 A lima de memória 1 é a última do CPC e a lima de memória 2 é a última do CT. 
23) Explique a técnica de Oregon modificada e todos os seus passos. 
 FASE I – Preparo dos 2/3 coronários do canal radicular – primeiro faz-se uma 
tomada radiográfica para se obter o CTP = CDR-1,0mm. Dependendo da lima que melhor 
se adaptar ao diâmetro do canal k#35, k#60 ou k#80 estará determinado uma sequencia 
de uso das brocas Gates Glidden. Essa brocas trabalharão na sequência, nos 2/3 
coronários, nos 2/3 – 2mm e nos 2/3 -4mm. 
 FASE II – Obtenção do CT – de acordo com a lima que melhor se adaptou ao 
diâmetro do canal começar a instrumentação até que se alcance o CTP. Realizar um 
tomada radiográfica nesse momento com a última lima (aquela que alcançou o CTP). O 
CT será 0,5 a 1mm aquém do CPC. 
 FASE III – De posse do CT, instrumentar para obter o preparo radicular a partir da 
lima que se fez o raio x. Realizar a sequência até quatro limas acima. 
 FASE IV – limpeza do forame apical com limas k#10 e k#15 
24) Quais as vantagens do preparo Crown down? 
 Permite um alargamento do terço médio e cervical antes de instrumentar o terço 
apical. Assim ocorre menos extrusão/transporte de material contaminado em direção 
aos tecidos periapicais além de diminuir a possibilidade de fratura do instrumento que 
pode trabalhar de forma mais livre no canal. 
25) Escrever as propriedades das ligas de NiTi, empregadas na fabricação de 
instrumentos endodônticos rotatórios, que justificam o melhor desempenho 
clínico no preparo de canais radiculares curvos. 
 Os instrumentos de NiTi apresentam SUPERELASTICIDADE e por apresentarem 
essa propriedade recuperam sua forma original assim que a tensão imposta pela 
curvatura no interior do canal é retirada. Apresentam também FLEXIBILIDADE, são 
duas a três vezes mais flexíveis que os instrumentos de aço inoxidável causando menos 
transporte do canal durante a instrumentação. Também possuem EFEITO DE 
MEMÓRIA DE FORMA, se recuperam de grandes deformações lineares através de 
aquecimento moderado, apesar de o material ter sofrido uma deformação aparentemente 
permanente. 
Dayane
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Dayane
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Dayane
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26) Em relação ao sistema NiTi ProTaper Universal, descrever as características 
geométricas e dimensionais dos instrumentos de formatação, bem como a 
cinemática empregada durante o uso, justificando a sua utilização nas fases 
iniciais do preparo. 
 Os instrumentos de formatação: 
 Apresentam aumento da conicidade ao longo do comprimento permitindo que cada 
instrumento (S1,S2 e Sx) trabalhe em uma área específica do canal – preparando terços 
coronário e médio. 
Área seccional triangular convexa melhora a ação do corte; 
Taper progressivo diminui tensão torcional, fadiga e potencial de fratura; 
Comprimento de pich e ângulos helicoidais variados facilitando a remoção de debris 
para fora do canal; 
Ponta modificada inativa – a remoção do ângulo de transição confere segurança e 
menor risco de transporte do canal. 
 Esses instrumentos de formatação são empregados na FASE II para dilatação dos 
terços coronário e médio. Essa pré-dilatação é fundamental para aumentar o raio de 
curvatura e reduzir a força de restauração (em canais curvos) além de permitir acesso 
livre e direto para os instrumentos de acabamento na FASE III de preparo apical e 
também diminuir o risco de fratura dos instrumentos. Os instrumentos de formatação 
devem ser usados da seguinte forma de acordo com o CTP: 
S1 CTP-3mm 
S2 CTP-3mm Sempre com MOVIMENTOS DE PRESSÃO LATERAL 
Sx CTP-5mm 
27) O que é FORÇA DE RESTAURAÇÃO e como diminuí-la? 
 Força que o instrumento exerce no interior do canal radicular curvo na região de 
maior curvatura – essa força tende a tornar o instrumento reto e todas as vezes que ela 
age a tendência é transportar o forame e o canal no sentido da força. Uma das formas de 
diminuir a força de restauração é pré-curvar os instrumentos antes do uso e fazer 
pressão lateral contrária a direção da força. 
28) Explique como ocorre a transformação martensítica (TM). 
 A TM ocorre na fase sólida da liga NiTi e está relacionada com as propriedade de 
Superelasticidade e Efeito de Memória de Forma que esses materiais apresentam. Essa 
transformação acontece quando há uma aplicação de tensão ou quando há uma redução 
da temperatura. A TM aumenta a flexibilidade e elasticidade do material. A fase 
AUSTENITA é uma fase de alta simetria da estrutura cristalina enquanto que a fase 
MARTENSITA é uma fase de baixa simetria da estrutura cristalina. Ou seja, a principal 
mudança que acontece refere-se ao arranjo da estrutura cristalina do material. A 
austenita é estável em altas temperaturas e baixos valores de tensão enquanto que a 
martensita é estável em baixas temperaturas e altos valores de tensão. No caso dos 
Dayane
Highlight
instrumentos endodônticos a TM ocorre em função da tensão imposta pela curvatura no 
interior do canal radicular. Assim que a tensão cessa ocorre a transformação reversa e o 
material volta a fase austenita. O instrumento não sofre deformação permanente quando 
ocorre a TM. Todavia se a tensão for mantida a valores elevados na forma martensita o 
instrumento poderá sofrer deformação elástica e plástica e fraturar. 
29) Explique o que é raio de curvatura e ângulo de curvatura e sua relação com a 
força de restauração. 
 O raio de curvatura e o ângulo de curvatura revelam a forma de curvatura do 
canal. O raio de curvatura é o raio de um círculo que coincide com o caminho tomado 
pelo canal na área de curvatura mais abrupta. O ângulo de curvatura é formado entre as 
linhas perpendiculares traçadas das tangentes, cuja interseção ocorre no centro do 
círculo. Quanto menor o raio de curvatura, mais abrupto é o desvio do canal e 
consequentemente maior é a força de restauração gerada e maior possibilidade de 
transportar o forame. Quanto mais abrupta a curvatura mais concentradas serão as 
tensões flexurais a que os instrumentos serão submetidos. 
 
30) O que pode estar ocorrendo se um instrumento rotatório de NiTi cessar seu 
avanço em direção apical no canal? 
 O DIÂMETRO DO CANAL pode estar insuficiente para que o instrumento de NiTi 
penetre passivamente até o ápice, quando isso ocorrer é necessário voltar com as limas 
manuais k#10 e k#15, ou até com os instrumentos de formatação (S1 e S2) para alargar 
mais o diâmetro do canal e remover interferências. Também pode estar ocorrendo um 
depósito de DEBRIS no interior do canal, ou seja, restos de tecido dentinário podem 
estar compactados e impedindo o avanço do instrumento, nesse caso faz-se necessário 
uma irrigação e recapitulação com instrumentos manuais k#10, por exemplo. A 
presença de DEBRIS ENTRE AS LÂMINAS DE CORTE também impede o avanço do 
instrumento daí a importância de se removê-los a cada uso. O canal radicular pode 
também apresentar DIFICULDADE ANATÔMICAS e impedir o avanço do instrumento, 
quando isso ocorre devemos ter mais cuidado e reforçar o uso dos instrumentos 
manuais e os de formatação, e nunca fazer pressão apical na tentativa de fazer o 
instrumento de NiTi avançar pelo canal. 
31) Explique o motivo da exploração e dilatação inicial antes da instrumentação 
rotatória? 
 A exploração inicial juntamente com a dilatação prévia dos terços coronário emédio permite uma melhor formatação do canal, a retificação do acesso, a eliminação de 
interferências coronárias, o aumento do raio de curvatura e consequentemente a 
diminuição da tensão flexural sobre os instrumentos rotatórios e o risco de travamento 
nas paredes e consequente fratura. 
 
 
 
32) Descreva a sequência da técnica de instrumentação rotatória ProTape 
Universal. 
 FASE I – Primeiro é feito uma tomada radiográfica inicial de forma a determinar o 
CTP que será o CDR. Nessa fase é feito uma exploração e dilatação inicial com limas 
k#8, k#10 e k#15 no CTP. 
 FASE II – Faz-se a dilatação dos terços coronário e médio com os instrumentos de 
formatação NiTi (S1, S2 e Sx) e recapitulação com lima k#10. Cada instrumento de 
formatação irá trabalhar da seguinte forma tomando-se as medidas de CTP: 
S1 CTP – 3 mm ; S2 CTP – 3mm; Sx CTP – 5mm  Sempre fazendo movimento de 
pressão lateral nas paredes do canal e nunca de pressão apical. 
 FASE III – Faz-se a odontometria com lima k#15 no CPC – determinar assim o 
CT=CPC – 0,5mm. 
 FASE IV – Dá-se início ao preparo apical com instrumentos de acabamento no CT 
(S1, S2, F1, F2, F3). Recapitular com lima k#15 
 Obs.: a odontometria pode ser feita após a fase I ou após a fase II. 
 
33) O que é pich e qual sua relação com capacidade de corte e resistência dos 
instrumentos rotatórios? 
 O pich corresponde à distância entre as estrias cortantes dos instrumentos de 
NiTi. Na ponta do instrumento o comprimento de pich é menor dando mais resistência e 
menos poder de corte, enquanto que na haste o comprimento de pich é maior oferecendo 
maior poder de corte e menos resistência. 
 
34) Quais são os estágios da fratura por fadiga de um material metálico e o que é 
fratura por fadiga estrutural? 
 Quando um material sofre fratura por fadiga, antes de a fratura ocorrer temos três 
estágios: a nucleação de trincas, o crescimento lento e progressivo dessas trincas à 
medida que o instrumento vai sendo utilizado e a fratura final rápida. Essas 
microdeformações podem não ser detectadas macroscopicamente uma vez que podem 
estar ocorrendo quando o instrumento estiver sofrendo apenas deformação elástica. A 
fratura nesses casos ocorre quando as trincas cobrem uma área tal, que a área restante 
não suporta a força aplicada. A fadiga estrutural refere-se a esses danos superficiais na 
estrutura do instrumento causados pela repetição cíclicas dos movimentos, formando as 
trincas. 
35) O que é fratura por fadiga funcional? 
 Já a fratura por fadiga funcional refere-se às deformações residuais que o 
instrumento sofre seja por uma transformação reversa incompleta, seja por uma 
mudança na temperatura de transformação. Quando as deformações residuais se 
tornam permanentes o instrumento fratura. 
36) O que determina a resistência à fadiga em instrumentos rotatórios de NiTi? 
 O fator mais significativo na determinação da resistência à fadiga dos 
instrumentos de NiTi é o raio de curvatura do canal radicular, quando o raio diminui a 
deformação sobre o instrumento aumenta e a vida útil diminui, ou seja, menor é a 
resistência que esse instrumento terá à fadiga. Quanto mais abrupta a curvatura do 
canal, menor o raio de curvatura e consequentemente menos tempo até a fratura do 
instrumento. 
37) Qual a relação do diâmetro do instrumento com a força de restauração e o que 
é tensão de compressão e tensão de tração nesses casos? 
 Quanto maior o diâmetro do instrumento maior a força de restauração que ele 
exerce quando estiver no ponto máximo de curvatura do canal. A tensão de compressão 
ocorre na superfície interna da curvatura e a tensão de tração ocorre na superfície 
externa da curvatura. 
38) Qual a relação do diâmetro do instrumento com a resistência à fadiga e tempo 
até a fratura? 
 Quanto maior o diâmetro do instrumento menos resistência à fadiga devido a força 
de restauração e menor o tempo até a fratura do instrumento. 
39) O que é fratura por torção? 
 Esse tipo de fratura se dá quando a ponta ou qualquer outra parte do instrumento 
se prende às paredes do canal, enquanto a haste continua girando. O limite elástico do 
metal é excedido e o instrumento sofre deformação plástica seguida de fratura. A fratura 
ocorre quando a tensão no ponto de fratura é maior que a resistência do instrumento. 
Acontece mais em canais curvos e atrésicos, esse tipo de canal submete os instrumentos 
a mais cargas torcionais. 
40) Qual a importância da velocidade de rotação na resistência à torção de 
instrumentos rotatórios de NiTi? 
 Se a velocidade de rotação for muito alta aumentamos o risco de o instrumento 
parafusar nas paredes do canal predispondo à fratura. Já se a velocidade for baixa o 
instrumento perde a eficiência de corte. Por isso quanto maior a constância da 
velocidade (300R) maior resistência à torção o instrumento terá. 
41) O que determina a resistência à fadiga? 
 Determinam a resistência à fadiga: o diâmetro da haste, o raio de curvatura e a 
distância do ponto de flexão máxima até a ponta da raiz. 
42) Cite as condições necessárias para a obturação do canal explicando cada uma 
delas. 
 Para que a obturação do SCR ocorra é necessário: 
1) Ausência de exsudação persistente – o canal deve estar seco; 
2) Ausência de sintomatologia local – dor. 
3) Ausência de qualquer outro sinal clínico de inflamação – dor, edema, rubor. 
43) Quais são os objetivos da obturação do SCR? 
 Eliminar todas as vias de infiltração a partir da cavidade oral ou tecidos 
perirradiculares. Promover selamento hermético de qualquer irritante que possa não ter 
sido totalmente removido. 
44) Quais são os requisitos de um material obturador ideal? 
 Deve ser radiopaco – para ser visto na radiografia de controle; 
 Dimensionalmente estável – não pode sofre contração ou dilatação; 
 Insolúvel a solventes orgânicos – fluidos orais; 
 Solúvel a solventes inorgânicos – para ser removido em casos de retratamento; 
 De fácil remoção; 
 Biocompatível – com os tecidos dentais que faz contato; 
 Inerte – não pode reagir com os outros materiais. 
45) Quando se trata de material obturador qual o padrão ouro usado na 
endodontia? 
 A combinação mais utilizada na endodontia é a combinação de cones de guta-
percha e cimentos endodônticos. 
46) Quais são as características dos cones de guta percha? 
 São cones com 19 a 20% de guta percha, 60 a 75 % de óxido de zinco para conferir 
firmeza e radiopacidade ao cone e outros componentes. São materiais biocompatíveis, 
não sofrem deterioração, possuem certo grau de amolecimento quando aquecidos, fácil 
remoção e colocação, podem ser condensados, são inertes, possuem estabilidade 
dimensional e radiopacidade. 
47) Quais são os requisitos de um cimento ideal? 
 Um cimento ideal deve ser homogêneo permitindo ser aplicado em uma fina 
película entre o cone e a parede do canal. Deve oferecer adesão promovendo um 
selamento hermético adequado. Precisa ser biocompatível - tolerável aos tecidos 
perirradiculares. Oferecer escoamento adequado. Ser solúvel para remoção. Não deve 
induzir ao manchamento do dente. Deve ser radiopaco. Ter estabilidade dimensional. 
Além de propriedade bactericida e um tempo de presa ideal para permitir a cimentação. 
48) Cite o que deve ser observado em uma radiografia de raios X para 
identificarmos se o canal é único ou não. 
 Com o auxílio de uma lupa e de um negatoscópio observar a localização e diâmetro 
da câmara pulpar e visualizar a luz dos canais, sua trajetória, curvaturas radiculares e 
se há ou não bifurcações. 
Dayane
Highlight
49) Com relação ao Cimento à Base de Óxido de Zinco e Eugenol descreva as 
propriedades do óxido de zinco e do eugenol.O óxido de zinco tem propriedades antimicrobianas e em altas quantidades pode 
gerar citotoxidade. O eugenol é antibacteriano, anestésico, anti-inflamatório e em altas 
quantidades também pode gerar citotoxidade. 
50)Qual o cimento utilizado pela FOUFMG e suas propriedades. 
 O cimento usado na FOUFMG é o CIMENTO DE GROSSMAN. É um cimento que 
tem baixa adesividade, baixo escoamento, boa capacidade de selamento, baixa 
permeabilidade, boa estabilidade dimensional, atividade antimicrobiana e boa tolerância 
tecidual. 
51) Descreva os passos para remoção da smear layer. 
 Para remoção da smear layer aplicar solução de EDTA, 17%, e deixar agir por 5 
minutos. Lavar com solução de hipoclorito de sódio, 2,5%. 
52) Objetivos da irrigação com EDTA e Hipoclorito de Sódio. 
 O EDTA é uma solução quelante cujo objetivo é remover o conteúdo inorgânico da 
smear layer, no caso o fosfato de cálcio. Já o hipoclorito de sódio remove o conteúdo 
orgânico como as lascas de dentina e remanescentes de tecido pulpar necrótico. 
53) Explique como deve ser realizada a seleção e colocação do cone principal na 
hora da obturação. 
 Se a lima de memória 2 for maior que a lima k#40 utiliza-se o cone padronizado, 
que tem a numeração da lima correspondente. Se a lima M2 for até k#40 utiliza-se os 
cones acessórios FM ou M. O sistema rotatório ProTaper Universal possui seus cones 
correspondentes. A colocação do cone deverá ser feita após lubrificar as paredes do 
canal com o cimento (auxílio de lima k#15). Aprender o cone com pinça e lubrifica-lo na 
porção que ficará no canal radicular. A introdução deve ser feita em movimentos de vai e 
vem até que ele atinja o CT. Nos dentes multirradiculares todos os cones principais 
devem ser colocados e só depois é feita a condensação lateral. 
54) Como deve ser feita a esterilização dos cones de guta-percha? 
 Os cones de guta-percha devem ser esterilizados em solução de hipoclorito de 
sódio a 2,5% por um período 5 minutos. 
55) O que fazer se durante a prova do cone este ficar aquém do CT? E se ficar além 
do CT? 
 Se o cone principal ficar aquém do CT, confere-se a odontometria e se ela estiver 
correta é necessário instrumentar mais o canal para alargar, após isso selecionar um 
novo cone. Se o cone ficar além do CT é necessário remover a parte que ultrapassou o 
forame. 
 
 
56) Como deve ser a manipulação do cimento? 
 Deve-se colocar na placa uma medida de pó para uma medida de gota. Colocar 
uma gota de reserva caso seja necessário. Espatular com espátula flexível até dissolver 
todas as partículas de pó. A consistência ideal é quando o cimento formar um fio de 
mais ou menos 1 cm de comprimento. 
57) A técnica de condensação lateral, proposto inicialmente por Callahan em 1914, 
preconiza a utilização de cones auxiliares lateralmente a um cone principal, 
através do uso de espaçadores. Qual o papel dos espaçadores nesta técnica? Em 
quais momentos no processo de obturação através da condensação lateral devemos 
realizar tomadas radiográficas e qual o objetivo das mesmas? 
 Os espaçadores abrem espaço no canal lateralmente ao cone principal para a 
colocação dos cones secundários. As tomadas radiográficas devem ser feitas após o 
posicionamento do cone principal (prova do cone) para avaliar sua adaptação e extensão 
até o CT, e depois da condensação lateral para avaliar a qualidade da obturação. 
58) Como deve ser feito o seccionamento dos cones? 
 O seccionamento dos cones deve ser feito na altura da embocadura do canal com 
instrumento de Lucas aquecido. Com um condensador frio faz-se uma adaptação da 
guta-percha ainda plastificada com compressão vertical por 10 a 15 segundos. 
59) Como deve ser feito a limpeza da cavidade de acesso e o selamento coronário 
provisório? 
 A limpeza da cavidade de acesso após o procedimento de obturação deve ser feita 
com bolinhas de algodão estéril embebidas em álcool-éter. O selamento coronário é feito 
com uma camada de guta-percha branca por cima da câmara pulpar e posterior 
aplicação de um cimento de óxido de zinco e eugenol de presa rápida. 
60) Como deve ser feito o curativo de demora? 
 Quando o procedimento de obturação não puder ser feito numa mesma sessão o 
curativo de demora é realizado. Se o dente apresentar polpa vital e não for possível fazer 
preparo mecânico e químico imediato, aplicar sobre a área de exposição pulpar uma 
bolinha de algodão estéril embebida em Otosporin a selar a cavidade com material 
provisório. Caso o dente apresente necrose pulpar e não for possível fazer preparo 
mecânico químico imediato, o curativo deve ser feito com uma bolinha de algodão estéril 
umedecida com Paramonoclorofenol canforado e selar a cavidade com material 
provisório. Dentes cujo preparo mecânico químico estiver sido concluído, o canal 
radicular deverá ser preenchido com pasta de hidróxido de cálcio e soro fisiológico 
(mistura com consistência firme) – esse material deverá ser condensado no interior do 
canal, é feito uma limpeza da cavidade e após isso uma bolinha de algodão estéril é 
colocada em seguida realiza-se o selamento provisório. 
 
 
61) Como deve ser feita a remoção do curativo de demora à base de hidróxido de 
cálcio? 
 O SCR deverá ser irrigado com hipoclorito de sódio e de posse da lima M2 com 
lima de patência k#10 ou k#15 (M1) remover a pasta de hidróxido de cálcio. 
62) Explique o mecanismo de ação do hidróxido de cálcio em dentes com lesão 
periapical? 
 O hidróxido de cálcio tem ação antimicrobiana e sua dissociação iônica inibe 
enzimas bacterianas. Também tem ação de reparação tecidual uma vez que ativa 
enzimas teciduais como a fosfatase alcalina, promovendo efeito mineralizante. 
63) O que é infecção cruzada e como evita-la? 
 A infecção cruzada ocorre sempre que se rompe a cadeia asséptica durante o 
procedimento. Para evita-la devemos obedecer os princípios de biossegurança tanto para 
o profissional quanto para o paciente, além de medidas como desinfecção do equipo e 
bancadas.

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