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Universidade de Brasília Faculdade de Ceilândia Curso de Enfermagem A ENFERMAGEM E A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA Cuidar: um conceito central para a enfermagem, porque diz respeito a um aspecto fundamental da prática profissional. Em alguns sentidos o autor do cuidado e o usuário do cuidado se confundem. A pessoa que cuida é, ao mesmo tempo, o agente e o receptor do cuidado em outros sentidos o agente e o receptor do cuidado se diferenciam A sistematização da assistência de Enfermagem organiza o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do Processo de enfermagem Evolução histórica do Planejamento da Assistência de Enfermagem • Florence Nightingale diferencia as ações da enfermeira das atividades do médico • Surgimento de estudos de caso percursores dos planos de cuidado- Student's Handbook on Nursing Case Studies, em 1929, por Deborah Maclurg Jensen • 1937- Henderson - Plano de Cuidado Individualizado. • 1939-Princípios e Prática de Enfermagem, de Berta Harmer, em 1939, cujo capítulo 4 foi dedicado ao tópico e um plano escrito foi apresentado . • 1948-Enfermagem para o Futuro, a equipe de enfermagem foi descrita e os planos de cuidados foram discutidos em encontros locais, estaduais e nacionais Outros artigos Teixeira (1958); Fernandes (1959) e McGregor (1959) abordam a questão das atribuições do enfermeiro e propõem a inclusão da elaboração do plano de cuidados como uma atividade a ser desenvolvida por esse profissional. (DALRI 2009). No Brasil em 1934- a utilização de estudos de caso no ensino foi descrita por Zaira Cintra Vidal , em uma publicação intitulada O caso de estudo, na revista Annaes de Enfermagem. Compreensão da história, sintomas subjetivos e objetivos, exames, diagnóstico social e médico, tratamentos médico e de enfermagem, complicações e alta. Em 1948- Estudos contendo a história da doença, evolução da moléstia e tratamento médico e cuidados de enfermagem.No ano de 1950- tradução de um artigo de Behnken & Merril (1949) na Revista Brasileira de Enfermagem (1950)- cuidados de enf. após lobotomia. Em 1958 Lambertsen publicou uma pequena obra intitulada Equipe de Enfermagem, Organização e Funcionamento, a qual apresentava toda a filosofia do plano de cuidados e que foi amplamente divulgada, influenciando os líderes de enfermagem brasileiros.No ano de 1966- Bittencourt, Santos e Marques,publicam na REBEn artigo contendo a definição de plano de cuidados suas características seu conteúdo e sua aplicabilidade. E em 1970- essa metodologia invadiu as escolas de enfermagem, tendo por base a Contribuição para uma Teoria de Enfermagem, de Wanda de Aguiar Horta Para Garcia e Nóbrega(2000) o processo de enfermagem é o instrumento metodológico que nos possibilita identificar, compreender, descrever, explicar e/ou predizer como nossa clientela responde aos problemas de saúde ou aos processos vitais, e determinar quais aspectos dessas respostas exigem uma intervenção profissional.É um instrumento tecnológico de que lançamos mão: favorecer o cuidado; organizar as condições necessárias à realização do cuidado e documentar a prática profissional . (GARCIA; NÓBREGA, (2000); GARCIA TR; ANTUNES, MJM(2008); GAIDZINSKI E COLS(2008); JESUS(2009)) Evolução histórica do processo de enfermagem Três gerações de Processo de enfermagem � Problemas e processos (1950 a 1970) • Descrito em quatro fases (avaliação inicial, planejamento, intervenção e avaliação), foi marcada pela ênfase na identificação de problemas dos pacientes. • Ênfase na identificação de problemas dos pacientes • Organizar o pensamento, no sentido de que os problemas dos pacientes fossem identificados e solucionados pelos enfermeiros. • Decisões baseadas nos diagnósticos médicos • Intensificação das discussões “precisava-se compreender os problemas de enfermagem” • Inclusão da fase do Diagnóstico - raciocínio clínico, pois o estabelecimento de um diagnóstico requeria que os problemas identificados fossem interpretados em conjuntos (GARCIA TR; ANTUNES,( 2008)MJM(2008);PESUT; HERMAN, (1999)). Desde a década de 50, encontra-se referência na literatura sobre o termo diagnóstico de enfermagem, utilizado pela primeira vez por Vera Fry (KELLY, 1985). Como uma fase do processo de enfermagem, o diagnóstico foi introduzido na década de 70 por Bloch (1970), Roy (1975), Mundger e Jauron (1975), e Aspinall (1976), o que segundo IYER et al. (1986), resultou num processo de enfermagem constituído por cinco fases. Diferentes terminologias são utilizadas para designar a fase de diagnóstico, como: problemas de enfermagem; problemas do paciente; necessidades do paciente e diagnóstico de enfermagem (MAcFARLAND & MAcFARLENE, (1989,DALRI(2009)). Em 1955 – Lydia Hall formalmente afirmou: “a enfermagem é um processo e que a enfermeira atua com o paciente, para o paciente” No ínício dos anos 1960 – Ida Jean Orlando introduz a expressão PROCESSO DE ENFERMAGEM na literatura- comportamento do paciente; a reação do enfermeiro; e as ações da enfermagem que são destinadas ao benefício do paciente. Em 1967 – Helen Yura e Mary Walsh publicam livro-texto sobre o PROCESSO DE ENFERMAGEM, descrevendo-o em quatro fases (histórico, planejamento, implementação e avaliação) e reforçando a importância das habilidades técnicas, intelectuais e interpessoais na prática profissionalJohnson, em 1967, reforçou a importância da coleta sistemática, com análise rigorosa dos dados .O foco primário era a doença o que dava a impressão de um “esqueleto sem roupa( Gordon, 2002).” Segunda Fase -Diagnóstico e Raciocínio: 1970-1990 � Ênfase começou a ser dada aos processos de pensamento para lidar com as informações dos pacientes e para tomar decisões clínicas � Vantagens � Estrutura o conteúdo e o processo do pensamento � Provê estrutura para o ensino aprendizagem � Desvantagens � Não valoriza o pensamento criativo � Transforma-se em rotina � Vários processos de pensamento que não são refletidos Os modelos ou sistemas conceituais e as teorias de enfermagem, que estão sendo desenvolvidos desde os anos 1950, fornecem a “roupagem” que faltava ao Processo de enfermagem e modificaram sua orientação: a ênfase dos problemas e diagnósticos para os resultados dos cuidados de enfermagem. � Terceira Fase: Especificação e teste de resultados (1990 ...) � Novo modelo de processo de enfermagem (The OPT Model –The Outcome- Present State-Test Model) � Esse modelo é uma forma de representação que acomoda melhor do que as representações clássicas o caráter dinâmico, a participação do cliente, e os processos de pensamento do processo de enfermagem, tendo como foco os resultados.Novas formas de raciocínio na enfermagem, e isso faz com que o próprio processo de enfermagem sofra transformações Alfaro (2005) compreende o processo de enfermagem como um método sistemático e organizado de prestar cuidados de enfermagem individualizados enfocando as respostas humanas, de uma pessoa ou grupos, a problemas de saúde atuais ou potenciais. Como essa autora, outros teóricos como Rines & Montag (1976), Field (1987) e Doenges & Moorhouse (1991) compreendem o processo de enfermagem como uma abordagem de solução de problemas( DALRI,2009). Para Kenney (1990), o processo de enf. é uma atividade deliberada, lógica e racional, através da qual a prática de enfermagem é desempenhada sistematicamente. A autora propõe cinco componentes interrelacionados para o seu desenvolvimento: coleta de dados, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação. Em meados dos anos 80, autores como Alfaro (2005), Kenney (1990), Doenges & Moorhouse (1991), Iyer et al. (1993),entre outros, apresentam a implementação dessa metodologia, utilizando na fase de diagnóstico a taxionomia de diagnósticos proposta pela NANDA( DALRI,2009). Sistemas de Classificação Sistemas de classificação ou taxonomias são conhecimentos estruturados em que os elementos ou conceitos substantivos de uma disciplina ou de especialidades de uma disciplina são organizados em grupos ou classes, com base em suas similaridades (BLEGEN E TRIPP-REIMER, 1997). Histórico dos Sistemas de Classificação A classificação dos 21 problemas de Faye Abdellah, considerados como problemas terapêuticos descreve os objetivos terapêuticos da Enfermagem e seu desenvolvimento, e teve como focos principais às necessidades do cliente (terapêutica das necessidades) e os problemas de enfermagem (terapêutica de problemas), que eram os modelos vigentes na década de 1950 (Gordon, 1994). A lista das 14 necessidades humanas básicas de Virginia Henderson que compreende os componentes ou funções da Enfermagem, e tem como objetivo “descrever os cuidados de que qualquer pessoa necessita, independente do diagnóstico e do tratamento prescrito pelo médico” (Henderson, 1969). Essa classificação teve como suporte teórico à abordagem funcional das necessidades. Ela não representa os problemas de saúde do cliente, mas as áreas nas quais os problemas podem ocorrer, e aplicam-se a qualquer ambiente, podendo tanto servir de guia na promoção da saúde, como na prestação de cuidados de enfermagem ao paciente. Os componentes incluídos nessas três tentativas de classificação dos elementos da prática descrevem áreas de problemas e, desta forma, os três exemplos podem ser considerados como classificações conceituais a partir das quais, utilizando-se a abordagem dedutiva, podem ser classificados entidades ou fenômenos empíricos. Nome do Grupo Foco Observações North American Nursing Diagnoses Association – NANDA Diagnóstico Finalidade de identificar, nomear, validar e classificar tratados pelos enfermeiros(NANDA, 2002) Nursing Intervention Classification – NIC; Intervenção Finalidade de identificar, nomear, validar e classificar ações(Bulechek e McCloskey, 200). Nursing Outcomes Classification – NOC Resultado Finalidade de identificar, nomear, validar e classificar resultados do pacientes sensíveis(Johnson, Maas e Morhead, 2000) Classificação de Omaha – Community Health System Diagnósticos, Intervenções e Resultados Organizar, identificar e denominar o que é de interesse da Enfermagem na prática e compreende três esquemas de classificação: Esquema de Classificação de Problemas, Esquema de Intervenções e a Escala de Resultados (Martin e Scheet, 1992). Periperative Nursing Data Set(PNDS) Diagnósticos, Intervenções e Resultados Desenvolver, refinar e validar um vocabulário relacionado ao perioperatório dos pacientes(Beyea, 2000) Classificação dos Cuidados Domiciliares de Saúde – Home Health Care Classification – HHCC Diagnósticos, Intervenções e Resultados Para codificação e categorização dos cuidados domiciliares de saúde prestados aos pacientes(SABA) Classificação Internacional da Prática de Enfermagem - CIPE Diagnósticos, Intervenções e Resultados Abarca as contribuições da enfermagem a saúde e oferece uma estrutura onde é possível cruzar as classificações e os vocabulários SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DA NANDA Iniciou em 1973, quando a primeira conferência para classificação de diagnósticos de enfermagem foi realizada nos Estados Unidos.Objetivo: Iniciar um diálogo entre enfermeiras docentes e assistenciais sobre a possibilidade de padronização de uma nomenclatura que pudesse descrever as situações ou condições que eram diagnosticadas e tratadas na prática profissional de Enfermagem. Em 1982, a NANDA (North American Nursing Diagnosis Association) foi formalmente constituída e, nesse mesmo ano, foram apresentados os resultados do trabalho de construção do sistema conceitual - uma taxonomia que refletia os Padrões do Ser Humano Unitário, denominação essa que evoluiu, em 1984, para os nove Padrões de Respostas Humanas:Trocar, Comunicar, Relacionar, Valorizar, Escolher, Mover, Perceber, Conhecer e Sentir. Essa Taxonomia “oferece às enfermeiras novo conhecimento de definições, características definidoras, fatores relacionados e fatores de risco para cada diagnóstico, o que proporciona o uso de uma linguagem que pode ser compartilhada por toda a comunidade de enfermagem” (Carlson-Catalano, 1993). � Razões para a mudança da Taxonomia I para Taxonomia II � Transformação em uma estrutura multiaxial; � Desenvolver uma linguagem clinicamente expressiva para os diagnósticos de enfermagem; � Desenvolver uma estrutura mais eficiente para inclusão em bases de dados informatizadas. � Atualmente se caracteriza por ser multiaxial e por organizar, a partir de 13 domínios e 46 classes, os 93 cconceitos diagnósticos e os 155 diagnósticos de enfermagem aprovados até o momento Sistema de Classificação de Intervenções de Enfermagem-NIC Iniciou em 1987 da Universidade de Iowa,EUA Nomeia e descreve intervenções que os profissionais de enfermagem executam na prática clínica em resposta a um diagnóstico de enfermagem que foi estabelecido. Nessa classificação a intervenção de enfermagem é definida como sendo qualquer procedimento ou tratamento de cuidado direto, baseado no julgamento clínico e no conhecimento que a enfermeira executa em benefício de um cliente, objetivando alcançar os resultados esperados, que incluem aspectos psicossociais e fisiológicos (BULECHEK E MCCLOSKEY, 1992). Vantagens: � Documentação clínica; � Comunicação acerca do cuidado realizado, quer entre profissionais, quer entre os diversos setores que o cliente percorre durante a atenção à saúde; � Agregação de informações em pesquisas e em bases de dados relacionados; � Avaliar a produtividade em termos da relação custo-benefício da intervenção de enfermagem; � Inclusão nos currículos de formação de profissionais de enfermagem. Classificação de resultados de enfermagem (NOC) Os resultados do paciente servem como o critério com base no qual é julgado o sucesso de uma intervenção de enfermagem. Um resultado é definido como “ um estado, comportamento ou percepção de um indivíduo, família ou comunidade, medido ao longo de um continuum, em resposta a uma intervenção(ções) de enfermagem” (MOORHEAD, JOHNSON E MAAS, 2004, P. XIX). Essa classificação representa uma lista de 190 resultados, com definições, indicadores e escala de mensuração utilizados tanto para pacientes individuais como para os elementos de uma família Os seus autores afirmam que é preciso lembrar que esse é um processo em desenvolvimento, o que significa que a lista atual de resultados não inclui todos os resultados que possam ser importantes para a Enfermagem. A linguagem usada nessa classificação reflete a linguagem usada pelas enfermeiras na literatura da Enfermagem. Ela provê uma estrutura de trabalho para avaliar a prática de enfermagem, tanto na área clínica, como na pesquisa (JOHNSON E MAAS, 1997). Considerações Finais Os diagnósticos correspondem à decisão sobre quais são as necessidades de atendimento da pessoa sob cuidados de enfermagem. Já as intervenções correspondem à decisão sobre quais são as melhores intervenções para atender àquelas necessidades; e os resultados correspondem à decisão sobre quais são os resultados que se deseja obter com as intervenções ou quais são os resultados que foram obtidos com as intervenções selecionadas e realizadas.Diagnósticos,intervenções e resultados são os elementos de que tratam o movimento de classificações na enfermagem. Processo e classificações de enfermagem são instrumentos importantes para a disciplina, mas não se atribuem a eles expectativas que só podem ser atendidas pelo genuíno e simultâneo exercício de saberes empírico, ético, pessoal e estético (Chin; Kramer, 2003). Esses saberes envolvem contínua reflexão sobre questões como: Eu sei o que estou fazendo? Eu faço o que eu sei que devo fazer? O que é isso? Como isso funciona? Isso é certo? Isso é responsável? O que isso significa? Quão significativo isso é? (CHIN; KRAMER, 2003). PROCESSO DE ENFERMAGEM O processo de enfermagem – que consiste em cinco etapas inter-relacionadas ,Investigação, Diagnóstico, Planejamento, Implementação e Avaliação – é uma forma sistemática e dinâmica de prestar os cuidados de enfermagem. 1. INVESTIGAÇÃO Processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado através de métodos e técnicas variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre o cliente e sobre suas respostas a uma situação específica 2. DIAGNÓSTICO Julgamento e deliberação acerca das respostas do cliente (indivíduo, família ou comunidade) a processos vitais ou a problemas de saúde, sejam reais ou potenciais. 3. PLANEJAMENTO Determinação de como ajudar o cliente a resolver problemas relacionados à restauração, manutenção ou promoção da saúde.São realizadas 4 etapas: Determinação de prioridades imediatas, Estabelecimento de resultados esperados (metas), Determinação das intervenções e Registro ou individualização do plano de cuidados. 4.IMPLEMENTAÇÃO A realização do plano de cuidado pelo cliente e enfermeira, e a observação das respostas iniciais. Pensar sobre o plano e refletir sobre o que você está fazendo:Investigar a situação atual da pessoa antes de agir. Realizar as intervenções e reinvestigar para determinar as respostas iniciais.Comunicar e registrar. 5. AVALIAÇÃO Processo sistemático e contínuo de comparação das respostas do cliente com as metas e objetivos estabelecidos, para determinar se o plano funcionou e para fazer as mudanças necessárias. � Exemplo – Investigação: O Sr. Martin tem 80 anos e mora sozinho. Deseja ser independente e manter a casa muito limpa. Hoje, entretanto, ele está resfriado e fraco, e diz sentir-se muito cansado. A não ser por isso sua saúde está igual. – Diagnóstico: Você analisa os dados da Investigação e percebe que a fadiga coloca o Sr. Martin em risco para quedas. Você reconhece de que seu desejo de independência constitui um ponto forte, embora você saiba que pode constituir uma fraqueza, uma vez que o paciente pode não pedir ajuda. Você conversa com Mr. Martin e diz a ele que gostaria que ele obtivesse uma ajuda extra enquanto estivesse doente, uma vez que está preocupada com o fato de a fraqueza vir a colocá-lo em risco para quedas simples, que podem causar lesões sérias. – Planejamento: Junto com Mr. Martin, você concorda quanto ao seguinte resultado: O Sr. Martin estará livre de lesões, com redução de fatores de risco para quedas. Você, então, elabora um plano para prevenir quedas (p. ex., os móveis são retirados do caminho, ocorrendo mudanças ainda para facilitar que o paciente tenha onde apoiar-se, se desequilibrado; você acentua a importância de uma nutrição e hidratação adequadas durante um resfriado, e investiga sobre alguma pessoa que possa vire ajudar o paciente durante alguns dias). Você decide monitorar sua pressão sangüínea, porque sabe que pressão baixa é fator de risco para quedas. – Implementação: Ele é monitorado com cuidado, com verificação de sinais vitais e da ingestão de alimentos e líquidos, além de investigação quanto à presença diária de ajuda. Sabedora do seu desejo de independência, você acentua a importância de aceitar ajuda de outras pessoas. Você o encoraja a manter as forças, evitando que permaneça na cama durante o dia inteiro. – Avaliação: Você investiga o Sr. Martin e determina se está livre de lesão e se os fatores de risco de fraqueza e fadiga ainda estão presentes. Se ele recuperou as forças, é encorajado a manter seu estilo de vida independente. Em caso negativo,você reinvestiga o estado de saúde e decide se faz modificações no plano. � QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DO USO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM? – Dados do Médico (enfoque da doença): “A Sra. Garcia tem dor e edema em todas as articulações. Os estudos diagnósticos indicam artrite reumatóide. Será iniciada a administração de antiinflamatórios para o tratamento da artrite reumatóide.” (Enfoque no tratamento da artrite.) – Dados da Enfermeira (enfoque holístico, considerando tanto os problemas quanto seus efeitos sobre a capacidade de funcionamento independente da pessoa): “A Sra. Garcia tem dor e edema em todas as articulações, o que dificulta a alimentação e o vestir-se. Ela mencionou a dificuldade de sentir- se valorizada, quando nem mesmo consegue alimentar-se.Relata estar deprimida, pela falta que sente dos dois netos menores. Necessitamos desenvolver um plano para ajudá-la em sua dor, auxiliá-la a alimentar-se e a vestir-se, a elaborar seus sentimentos de baixa auto-estima e para providenciar visitas dos netos.” (Enfoque na Sra. Garcia.) � Outros benefícios – Agiliza o diagnóstico e o tratamento de problemas de saúde reais e potenciais, reduzindo a incidência (e a duração) das estadias hospitalares. – Cria um plano com eficácia de custos. – Tem exigências precisas quanto à documentação – Humanização – Promove a flexibilidade e o pensamento independente. – Elabora intervenções para o indivíduo (não apenas para a doença). – Auxilia:–Os pacientes e as pessoas significativas a perceberem que sua participação é importante e que os pontos fortes são vantagens.–As enfermeiras a terem satisfação com a obtenção de resultados. Pensamento crítico Diferente do pensamento despretensioso utilizado no nosso dia a dia, o pensamento crítico é: – cuidadoso, – deliberado, – focalizado nos resultados Qualificação dos cuidados � PENSAMENTO CRÍTICO E O JULGAMENTO DE ENFERMAGEM – Enfermeiro é responsável por assistir pessoas na manutenção, recuperação ou melhoria de sua saúde; – Enfermeiro deve raciocinar criticamente para solucionar o problema e encontrar a melhor solução para as necessidades do cliente. � O que é Pensamento Crítico em enfermagem? – Requer um pensamento com um propósito. – É motivado pelas necessidades do paciente, da família e da comunidade. – Exige conhecimentos, habilidades e experiência. – É orientado por padrões profissionais e código de ética. – Está sempre reavaliando, autocorringido e fazendo máximo para melhorar. � Como tornar-se um pensador crítico? Pensadores críticos são: � Conscientes de seus pontos fortes e de suas capacidades: confiam que podem raciocinar para encontrar respostas e tomar boas decisões. � Sensíveis às próprias limitações e predisposições: conhecem suas fraquezas, valores e crenças e reconhecem quando esses elementos podem prejudicar sua capacidade de investigar uma situação e resolver um problema. � Mentalmente abertos: ouvem as novas ideias e pontos de vista e analisam a situação a partir de várias perspectivas. � Humildes: ultrapassam a própria tendência de sentir que tem todas as respostas. � Criativos: buscam constantemente formas melhores de fazer as coisas. Seguem os procedimentos recomendados; contudo, examinam se são há melhor forma de obter metas e objetivos. � Conhecedores do fato de que não vivemos num mundo perfeito: muitas vezes a melhor resposta talvez não seja a resposta perfeita. � Introspectivos: avaliam e corrigemo próprio pensamento. � Mantêm uma atitude questionadora � Pedem esclarecimentos quando não entendem � Aplicam conhecimentos prévios a novas situações � Encaram a situação a partir de várias perspectivas � Pensam os riscos e os benefícios (vantagens e desvantagens) antes de tomar uma decisão � Buscam ajudar quando necessário � Colocam o mais importante em primeiro lugar � As pessoas que pensam criticamente... • Testam as primeiras impressões para garantir que são o que aparentam. • Distinguem fatos de falácias • Distinguem o fato da inferência (o que acreditam que o fato signifique) • Sustentam pontos de vista com evidências • Determinam o que é relevante ou irrelevante • Aplicam o conceito de causa e efeito • Suspendem seu julgamento, até que possuam todos os fatos necessários. � Habilidade técnicas – Constitui elemento importante no desenvolvimento da capacidade de pensar criticamente, na área clínica. – Uma vez familiarizada com os princípios e as habilidades manuais envolvidos no uso de novos equipamentos, está liberada para direcionar seu raciocínio para o que está fazendo com o paciente, mais do que para com o equipamento. � Praticar uso de equipamentos e o domínio de procedimentos de enfermagem antes de cuidar dos pacientes melhora a capacidade de raciocinar clinicamente. � Habilidade interpessoais – Estas são desenvolvidas tanto por nosso comportamento, quanto por nossa forma de comunicação: os atos falam mais alto do que as palavras. – Para que sejam estabelecidas relações interpessoais positivas, há necessidade de desenvolvimento de comportamentos que enviem mensagens do tipo: – Sou confiável... – Respeito você... – Pode confiar em mim... – Quero fazer um bom trabalho. CONHECIMENTO DE ENFERMAGEM:AMPLO E VARIADO � Essas habilidades e capacidades ajudam a determinar : – o que deve ser feito, – porque deve ser feito, por quem deve ser feito; – como deve ser feito, – com que deve ser feito e – que resultados são esperados com a execução da ação/intervenção de enfermagem (para que deve ser feito). � Desejo e Capacidade de Cuidar • Desejar cuidar significa optar por fazer o que for preciso para ajudar os outros. Essa opção inclui: • Enfocar o que for melhor para o consumidor (paciente, família, comunidade). • Respeitar os valores e as crenças dos outros. • Permanecer envolvida, mesmo quando os problemas se tornam crônicos ou mais graves. • Manter um estilo de vida saudável, para que você possa ajudar. • Padrões de desempenho profissional, ou comportamentos profissionais, que favorecem o uso do processo de enfermagem. • Ter o desejo de cuidar envolve querer trabalhar para transformar tais comportamentos em hábitos de desempenho. PROCESSO DE ENFERMAGEM: FOCO NA INVESTIGAÇÃO A fase inicial do processo de enfermagem, comumente conhecida como coleta de dados ou levantamento de dados do paciente, foi denominada como: história de enfermagem (modelo de Horta, 1979) ou avaliação inicial (modelo de Gordon, 1994) e corresponde ao levantamento de dados do método científico. Essa etapa do processo diz respeito, basicamente, a três atividades: coleta de dados objetivos e subjetivos, organização dos dados coletados e documentação metódica. Seu propósito é identificar e obter informações pertinentes sobre o paciente (Carpenito,1997; Christensen; Griffith-Kenney, 1990). Tal como ocorre com o método científico, a coleta de dados é fundamental para todo o desenvolvimento do processo de enfermagem, constituindo o alicerce no qual se baseiam as etapas seguintes (Pimenta et al., 1993). Todas as decisões quanto a diagnósticos e intervenções de enfermagem, além da avaliação dos resultados, são baseadas nas informações obtidas nesse momento, que diz respeito não só à coleta dos dados, mas também à sua validação e organização, à identificação de padrões e teste de impressões iniciais e ao relato e registro desses dados (ALFARO-LEFEVRE, 2005). A percepção dessa importância tem suscitado inúmeras propostas de instrumentos de coleta, com variações de forma e de conteúdo, visando a obtenção de dados, os mais completos possíveis, tanto do ponto de vista da quantidade como da qualidade. Vários autores relatam que a enfermagem não conta com instrumentos de coleta de dados universalmente aceitos, os quais podem ser desenvolvidos com base em qualquer uma das abordagens teóricas ou conceituais de enfermagem, devendo descrever as características do indivíduo e suas respostas ao estado de saúde (CARNEIRO, 1998). Há instrumentos de coleta de dados baseados, por exemplo, na Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Horta (1979), nos Padrões Funcionais de Saúde propostos por Gordon (1994), na proposta de autocuidado de Orem (1995) ou, ainda, nos Padrões de Resposta Humana da NANDA (North American Nursing Diagnosis Association, 2000).A construção de um instrumento de coleta de dados deve refletir, de certa forma, um pouco da cultura da instituição em que ele será utilizado, demonstrando a filosofia de trabalho adotada e as crenças dos enfermeiros com relação ao cuidado dos pacientes/clientes (Barros, 1998). O instrumento também pode ser composto de diversas partes, com diferentes referenciais teóricos. Cada uma dessas partes pode revelar os conceitos interligados desses referenciais teóricos em sua concepção (Michel, 1999). Quais são os recursos utilizados: Paciente, família ou comunidade Pessoas significativas Registros de enfermagem e médicos Consultas verbais e escritas Estudos diagnósticos e laboratoriais Base de dados Cada examinador precisa coletar 4 tipos diferentes de base dados dependendo da situação: Base de dados completa:anamenese abrangente e exame físico completo.Descreve a história e patológica atual e pregressa, de modo a fornecer uma linha de base para informações futuras .Utilizada em Centro de Saúde Base de dados episódica ou centrada no problema: aplica-se a problemas de curto prazo ou limitados. Utilizada em todos locais. CS, hospitais e ambulatórios entre outros.Enfoca principalmente o sistema respiratório e cardiovascular.A anamenese e o exame físico voltam-se para a queixa do indivíduo, tal como o aparecimento dos sintomas. Base de dados do acompanhamento: o estado de qualquer problema precisa ser avaliado a intervalos regulares e apropriados. É empregada e todos os contextos, de modo a acompanhar os problemas de saúde de curto prazo ou crônicos. Base de dados de emergência: coleta de dados com freqüência compilada juntamente com as manobras de urgência. Processo de investigação Para coletar dados exatos, o enfermeiro deve ser capaz de: Comunicar-se efetivamente Ouvir atentamente Observar sistematicamente Realizar exame físico Interpretar dados Validar dados � Comunicar-se efetivamente Técnicas comunicação: verbais e não verbais � Verbais : • Questões com final aberto- iniciam com “como” ou “o quê” . • Questões com final fechado- útil para obtenção dos dados. • Questões de múltipla escolha- proporciona opções de resposta • Reformular – encoraja o indivíduo a compartilhar mais informações. • Inferir – ajuda esclarecer informações compartilhadas • Proporcionar informações - oportunidade de proporcionar informações relacionadas a discussão � Ouvir atentamente � Ficar em silêncio consigo mesmo. � Reduzir ou eliminar barreiras de ruídos. � Manter o contato visual. � Posicionar seu corpo � Evitar interrupções � Pausas para reflexão acerca do assunto. � Ouvir os sentimentos � Observar sistematicamente A medida que progride você aumenta seus conhecimentos: aoexaminar um paciente com HAS deveremos aferir sua PA. � Investigação física Em diferentes momentos do curso você irá desenvolver algumas habilidades para realização do exame físico. � Interpretação dos dados � Quais dados são significativos? • Ex: sapato por R$ 20,00 • Cor amarela • É o seu número • Desliza ao caminhar Quando estiver interpretando os dados do paciente, todas as alternativas devem ser feitas para reconhecer quando se está sendo negativamente parcial. Sugestões versus inferências Sugestões – parte dos dados que o enfermeiro obtém vendo, tocando, provando, ouvindo ou cheirando. Ver pele escura Tocar mãos frias Provar bebida amarga Ouvir eu estou com frio Cheirar secreção vaginal com odor forte Inferências – são julgamentos ou interpretação de sugestões ou dados. A interpretação baseia-se no conhecimento, nos valores e nas experiências. 89 anos de idade Secreção vaginal com odor ruim Altura 1,54m e peso 100 kg Consome de 4 a 6 copos de cerveja por dia Não é possível fazer inferências válidas sem saber o significado dos dados. o Diabete melito o Sede excessiva o Micção excessiva o Visão turva o Perda de peso Paciente queixa-se de sentir sede o tempo todo o Possível diabete melito o Possível desidratação o Possível ingesta excessiva de sal Lembre-se!!!!!!!! Os indicadores são dados que o enfermeiro coleta por meio de entrevistas,observação, exame e revisão dos registros do cliente (p. ex., sinais vitais, sentimentos,resultados laboratoriais). Já as inferências são julgamentos que o enfermeiro faz a respeito dos indícios. � Validação dos dados A capacidade de reconhecer dados anormais está diretamente relacionada ao seu conhecimento. A validação ajuda evitar: Pressuposições Ausência de informações relevantes Compreensão errônea das situações Conclusões apressadas Erros na identificação dos problemas � Avaliação dos dados � A avaliação dos dados envolve: Diferenciar indicadores de inferências Garantir a validação Determinar a quantidade de dados necessária � Identificação dos dados Dados subjetivos- aqueles que a pessoa declara verbalmente ou por escrito. Dados objetivos- aqueles que você observa Ex: DS- Afirma sinto que meu coração está acelerado DO- pulso 150 bpm � Organização (agrupamento) de dados Princípio do pensamento crítico que favorece você ter visão clara da situação de saúde. Ajuda a ter uma noção dos vários aspectos da situação de saúde Se o instrumento investigativo é bem elaborado, boa parte da organização já é feita. p. ex. Agrupar as informação relativas a nutrição, exercícios... � Agrupamento dos dados Se você agrupar os dados somente de acordo com os sistemas do organismo, há possibilidade de deixar de obter informações essenciais que auxiliem a identificar os problemas de enfermagem. Se você agrupar somente de acordo com um modelo de enfermagem você poderá agrupá-los de forma que os problemas de médicos não fiquem tão aparentes. Exercício 1-Mulher de 35 anos de idade 2-Casada dois filhos pequenos 3-Profissão: decoradora e dona-de-casa 4-altura:1,63m, peso:66Kg 5-Temperatura: 36,6, pulso:60, respiração:16 6-PA:110/60 7-afirma estar preocupada com os filhos em casa 8- tosse e expele secreção amarelada e espessa 9-apetite insatisfatório, aceita metade da dieta oferecida, recusa-se a tomar líquidos 10- afirma não poder descansar pois não para de tossir 11- antes fumava um maço de cigarros/dia 12- afirma boa saúde e que nunca ficou internada 13- informa que os testes realizados deixaram-na nervosa, está preocupada com a possibilidade de contrair AIDS em decorrência de picadas de agulhas Resposta do Exercício Padrões funcionais de saúde (Gordon) � Percepção da saúde/controle da saúde, � Nutricionais/metabólicos: 4, 5, 6, 9, 11, 12 � Eliminação � Atividade/exercício: 5, 8 � Cognitivo/perceptivo � Sono/repouso: 10, � Autopercepção/autoconceito � Papel/relacionamento: 1, 3, 7 � Sexualidade/reprodução: 1, 2, � Enfrentamento/tolerância ao estresse: 11, 13 � Valor/crença � Pensar como obter as informações que faltam. � Identificação de padrões/teste das primeiras impressões � Testar impressões e decidir se os padrões são realmente o que parecem ser. � Decidir o que é relevante � Tomar decisões experimentais sobre o que os dados podem sugerir. � Focalizar a investigação para que sejam obtidas mais informações para uma compreensão total. � Reunião das peças É comum que as últimas peças surpreendam com detalhes essenciais que podem mudar o quadro 1. Determinar o que é relevante e o que não é. Pergunta a si mesma quais seriam as informações relevantes que podem estar faltando. 2. Lembrar-se de causa e efeito. Descubra como ou por que o padrão se criou Busque fatores contribuintes � Exercício � Homem 68 anos � Cego � Refere que está sempre batendo em tudo � Informa se movimentar com auxílio da bengala � Apresenta escoriações e hematomas visíveis nos braços e cabeça. � Comunicação e registro dos dados A comunicação dos dados anormais no momento oportuno agiliza o diagnóstico e o tratamento de problemas urgentes. O registro promove: � Continuidade: ninguém pode ler suas orientações se estiver no bolso. � Exatidão: maior probabilidade de suas informações serem precisas e completas, quando em sua memória recente. � Pensamento crítico: escrever as anotações e depois avaliá-las de forma a interpretar seu significado e o que pode estar faltando favorece o pensamento crítico. � Decidir o que comunicar � Tudo com suspeita de anormalidade � Decidir o que é anormal � Pergunta a pessoa � Pergunte a si mesma � Registrar tudo que você comunicar � Obedecer políticas e procedimentos institucionais DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM “Diagnóstico de enfermagem é um julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo, família ou comunidade aos problemas de saúde reais ou potenciais ou aos processos vitais. O diagnóstico de enfermagem fornece a base para a seleção das intervenções para alcançar os resultados pelos quais a enfermeira é responsável” (NANDA, 2010). Categoria Estrutural: Refere-se aos componentes dos Diagnósticos de Enfermagem - TÍTULO, DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS e FATORES RELACIONADOS (ou FATORES DE RISCO para os diagnósticos de Risco). Usualmente, esses componentes são referenciados pela sigla PES, onde: P = problema de saúde (título do diagnóstico) E = fator relacionado (ou etiologia): qualquer elemento, interno ou externo, que exerce influência sobre a pessoa, e que contribui para a existência ou manutenção do problema de saúde. S = características definidoras: dados subjetivos e objetivos que evidenciam (comprovam) a presença de um determinado diagnóstico de enfermagem. Componentes do diagnóstico de enfermagem TÍTULO - termo ou frase concisa que representa um padrão de aspectos relacionados. Pode incluir qualificadores. DEFINIÇÃO - fornece uma descrição clara e precisa do conceito diagnóstico; delineia seu significado e ajuda a diferenciá-lo de diagnósticos similares. CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS - sinais observáveis (dados objetivos), inferências ou sintomas (dados subjetivos) que se agrupam como manifestações de um diagnóstico de enfermagem. FATORES RELACIONADOS - condições ou circunstâncias que contribuem para o desenvolvimento ou manutenção de um diagnóstico de enfermagem. FATORES DE RISCO - fatores sócio-ambientais e elementos fisiológicos,psicológicos, genéticos ou químicos que aumentam a vulnerabilidade de um indivíduo, família ou comunidade para a ocorrência de um evento não saudável. Exemplo de um Diagnóstico de Enfermagem da NANDA Ansiedade Definição: Um vago e incômodo sentimento de desconforto ou temor, acompanhado por uma resposta autonômica; a fonte é freqüentemente não específica ou desconhecida para o indivíduo; um sentimento de apreensão causado pela antecipação de perigo. É um sinal de alerta que avisa para um perigo iminente e permite ao indivíduo tomar medidas para lidar com a ameaça. Características definidoras: Comportamentais – produtividade diminuída; observação atenta e vigilância; pouco contato olho-a-olho; agitação; olhar em torno; movimentos estranhos (por exemplo, arrastar os pés, movimentos das mãos, braços); preocupações expressas devido a mudanças em eventos da vida; insônia; inquietação. Afetivas – pesaroso; irritabilidade; angústia; assustado; nervoso; excessivamente excitado; desamparo aumentado doloroso e persistente; incerteza; cautela aumentada; foco em si mesmo; sentimentos de inadequação; receoso; aflito; apreensão; ansioso. Fisiológicas – voz trêmula; tremores das mãos; insônia; respiração aumentada; urgência urinária; pulso aumentado; dilatação pupilar; reflexos aumentados; dor abdominal; distúrbio do sono; formigamento nas extremidades; tensão aumentada; excitação cardiovascular; perspiração aumentada; tensão facial; palpitação; diarréia; hesitação urinária; fadiga; boca seca; fraqueza; pulso diminuído; rubor facial; vasoconstrição superficial; contração muscular; pressão sangüínea diminuída; náusea; freqüência urinária; tontura; dificuldades respiratórias; pressão sangüínea aumentada. Cognitivas – bloqueio de pensamento; confusão; preocupação; esquecimento; ruminação; atenção prejudicada; campo de percepção diminuído; medo de conseqüências inespecíficas; tendência a culpar os outros; dificuldade para concentra- se; capacidade diminuída de solucionar problemas; capacidade de aprendizado diminuída; consciência dos sintomas fisiológicos. Fatores Relacionados: Exposição a toxinas; ameaça de mudança no status do papel; relacionado a conflito inconsciente quanto a objetivos e valores essenciais da vida; associação familiar/hereditariedade; necessidades não-satisfeitas; transmissão/contágio interpessoal; crises situacionais/maturacionais; ameaça de morte; ameaça ou mudança no estado de saúde; ameaça ou mudança nos padrões de interação; ameaça ou mudança na função do papel; ameaça ao autoconceito; ameaça ou mudança no ambiente; estresse; ameaça de mudança no status econômico; abuso de substância. ENUNCIADO DIAGNÓSTICO: O enunciado do diagnóstico de enfermagem descreve o estado de saúde de um indivíduo ou grupo e os fatores que contribuíram para esse estado. 1. DIAGNÓSTICO REAL Descreve as respostas humanas às condições de saúde ou aos processos vitais, presentes no indivíduo, família ou comunidade. EXEMPLO: Comunicação verbal prejudicada relacionada a barreira de linguagem, evidenciada por incapacidade de falar ou compreender chinês. 2. DIAGNÓSTICO DE RISCO Descreve respostas humanas às condições de saúde ou aos processos vitais, que podem se desenvolver em um indivíduo, família ou comunidade vulnerável (exposição a fatores de risco). EXEMPLO: Risco para integridade da pele prejudicada relacionada a obesidade, diaforese excessiva e confinamento no leito. 3. DIAGNÓSTICO DE BEM-ESTAR OU SAÚDE Descreve respostas humanas, de um indivíduo, família ou comunidade, que revelam um potencial para elevar-se a um nível superior de bem-estar comparado ao atual. EXEMPLO: Disposição para melhoria do bem-estar espiritual, evidenciado por desejo de aumentar uma filosofia de vida satisfatória. 4. DIAGNÓSTICO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE Comportamento motivado pelo desejo de aumentar o bem estar e concretizar o potencial de saúde humana conforme manifestado em sua disposição para melhorar comportamentos específicos. EXEMPLO:Disposição para o estado de imunização melhorado relacionada ao uso regular da vacina antigripal evidenciada por desejo de reforçar a condição de imunização 5. DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME Um agrupamento de diagnósticos de enfermagem atuais ou de alto risco, que se prevê em decorrência de um determinado evento ou situação. EXEMPLO: Síndrome do trauma de estupro relacionada a estupro evidenciada por culpar a si mesmo, ansiedade e negação. 5. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM POSSÍVEIS São declarações que descrevem um problema suspeitado que exige a coleta de mais dados. Eles são uma opção de quem diagnostica, indicando que alguns dados estão presentes para confirmar diagnóstico, mas não são suficientes até aquele momento. EXEMPLO: Possível imagem do corpo perturbada relacionada a comportamento de isolamento pós cirurgia ETAPAS DO PROCESSO DIAGNÓSTICO GORDON (1994): � Coleta de informações � Interpretação das informações � Agrupamento da informações � Denominação do agrupamento RISNER (1986): � Categorização dos dados coletados � Identificação de lacunas e de dados divergentes � Agrupamento dos dados em padrões � Comparação dos agrupamentos a padrões, normas, conceitos � Inferência ou proposição de hipóteses diagnósticas � Proposição de relações etiológicas RISNER (1990) enfoca o processo de enfermagem dividindo-o em duas etapas: � 1ª etapa: composta pelas fases de análise dos dados e síntese: � Análise dos dados: nessa fase examina-se os dados coletados quanto à congruência ou lacunas; � Identificação de lacunas e de dados divergentes � Síntese: Agrupam-se os dados em padrões, comparando-se estes a conceitos, literatura; faz-se inferências ou geração de hipóteses e elabora-se causas relacionadas a inferências. � Agrupamento dos dados em padrões � Comparação dos agrupamentos a padrões, normas, conceitos � Inferência ou proposição de hipóteses diagnósticas � Proposição de relações etiológicas � 2ª etapa: diz respeito à construção redacional de diagnósticos, a partir de uma taxonomia. No caso se utilizará a taxonomia da NANDA, em que os diagnósticos constituem-se de: Título + fatores relacionados + características definidoras. ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A FORMULAÇÃO DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM 1. O DE é usualmente composto por dois componentes: o título e o fator relacionado. EXEMPLO: Deglutição prejudicada relacionada a edema da cavidade orofaríngea. 2. O DE é uma afirmativa clara e concisa. EXEMPLO: Alteração na nutrição: menos do que o corpo necessita relacionada a apetite diminuído. 3. Evitar julgamentos de valor ao escrever o DE. EXEMPLO: Angústia espiritual relacionada a ateísmo, evidenciada por relato verbal de que nunca acreditou em Deus. 4. Não incluir sinais e sintomas na primeira parte da afirmativa diagnóstica. EXEMPLO: Cianose e palidez relacionada a circulação prejudicada. 5. Não incluir diagnóstico médico no DE. EXEMPLO: Mastectomia relacionada a câncer. 6. Escrever o DE em termos legalmente corretos. EXEMPLO - Incorreto: Risco para integridade da pele prejudicada relacionada a excesso de tempo no leito em uma mesma posição. Correto: Risco para integridade da pele prejudicada relacionado a imobilização física e a alteração no turgor e na elasticidade da pele. 7. Não incluir dois problemas ao mesmo tempo. EXEMPLO: Dor e medo relacionados a procedimento diagnóstico. 8. Assegurar-se de que as duas partes do DE não significam a mesma coisa. EXEMPLO: Comunicação verbal prejudicada relacionada a interação inefetiva. COMO FAZER UM DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEMPRECISO Para fazer um diagnóstico de enfermagem correto, o enfermeiro deve ser capaz de: 1. Coletar dados válidos e pertinentes 2. Agrupar os dados 3. Diferenciar os diagnósticos de enfermagem de problemas colaborativos 4. Formular corretamente os diagnósticos de enfermagem 5. Selecionar os diagnósticos prioritários COLETA DE DADOS VÁLIDOS E PERTINENTES Conceitos-chave Investigação focalizada na enfermagem Coleta ampla versus investigação focalizada Importância dos dados Avaliação dos dados Investigação focalizada na enfermagem A enfermagem é definida como o diagnóstico e o tratamento das respostas humanas a problemas reais ou potenciais e a situações de vida (Nursing: A Social Policy Statement, 1985; NANDA, 1990). O formato de investigação empregado pelo enfermeiro deve ser capaz de direcionar a coleta de dados para as respostas humanas, que variam da condição da pele, passando pela função urinária e chegando à saúde espiritual e à capacidade de autocuidado. Em outras palavras, o conhecimento que o enfermeiro possui dos sinais e dos sintomas para os diagnósticos vigentes, dos fatores de risco para os diagnósticos de risco ou das possíveis complicações fisiológicas orienta a coleta de dados. Os enfermeiros também utilizam esse conhecimento para validar a precisão do diagnóstico. Coleta ampla versus investigação focalizada Existem dois tipos de investigação: 1. Coleta ampla: coleta de dados predeterminados, geralmente durante o contato inicial. 2. Focalizada: coleta de dados específicos conforme determinado pelo cliente, pela família ou pela situação. Freqüentemente, durante os primeiros encontros com o cliente, o enfermeiro enfoca questões investigativas para uma coleta ampla de dados, a fim de determinar como está o funcionamento da pessoa nas mais diversas áreas. Por exemplo: Você tem problemas para dormir? Você tem problemas alimentares? Qual a freqüência de sua evacuação? Têm ocorrido situações difíceis de enfrentar em sua vida? Se a pessoa tem uma queixa sobre determinado problema ou uma preocupação específica, o enfermeiro deve limitar a investigação. Uma investigação focalizada limitada pode incluir as seguintes perguntas: Você poderia me falar sobre a sua dor (surgimento, localização, intensidade, duração, o que a ameniza, o que a agrava)? Que outros sintomas você tem? Como essa dor afeta o sono, a alimentação, o trabalho e o lazer? Em outra situação, o enfermeiro pode estar atendendo uma mulher submetida, recentemente, a uma cirurgia, completando a investigação focalizada dos sinais vitais, da aparência da incisão, da ingesta, da eliminação e do nível de conforto. Em muitos casos, o enfermeiro não estará investigando os problemas diagnosticados pela enfermagem, mas estilos de vida saudáveis e de bem-estar. Por exemplo, uma mulher saudável de 42 anos pode ser investigada quanto ao conteúdo de fibras de sua dieta. Importância dos dados Os estudantes iniciantes deverão aprender a determinar se os dados são significativos ou não nos padrões ou nas necessidades funcionais básicas, como nutrição, segurança, eliminação, mobilidade e autocuidado. Para reconhecer a importância dos dados, o enfermeiro deve saber, primeiramente, o que é esperado ou normal. Por exemplo, para determinar se a pessoa tem um problema nutricional, deve-se conhecer, em primeiro lugar, a pirâmide dos cinco grupos de alimentos, o peso normal para a altura e o preparo dos alimentos. Além disso, deve-se saber que determinados fatores, como a náusea, os dentes em mau estado, a boca inflamada ou o dinheiro insuficiente podem interferir na busca dos alimentos, na sua preparação, na ingesta e no metabolismo. De forma simplificada, para que a investigação seja objetiva, o enfermeiro precisa saber o seguinte: Qual a variação da normalidade? Qual a variação da anormalidade? Quais os fatores de risco? Avaliação dos dados A avaliação dos dados envolve: Diferenciar indicadores de inferências Garantir a validação Determinar a quantidade de dados necessária Os indicadores são dados que o enfermeiro coleta por meio de entrevistas, observação, exame e revisão dos registros do cliente (p. ex., sinais vitais, sentimentos, resultados laboratoriais). Já as inferências são julgamentos que o enfermeiro faz a respeito dos indícios. Por exemplo: A validação é o alcance da credibilidade dos dados como fatuais e verdadeiros (Alfaro-Lefevre, 2002). Alguns dados, como a diminuição da pressão sangüínea, são corretos porque existem padrões aceitos. Para as situações nas quais não existem critérios claramente estabelecidos, como as respostas psicossociais, o enfermeiro pode aumentar a validade dos dados ou do diagnóstico acrescentando mais evidências para apoiar a inferência. Os julgamentos feitos pelos enfermeiros são válidos somente quanto aos dados usados. A validação ou a exatidão dos dados pode ser aumentada se o enfermeiro verificar a informação. Alfaro-Lefevre (2002) recomenda vários procedimentos para a comprovação dos dados: Verificar novamente seus próprios dados Pedir que alguém verifique os dados Comparar os dados subjetivos com os objetivos Pedir que o cliente verifique os dados AGRUPAMENTO DOS DADOS Conceitos-chave Conhecimento das categorias diagnósticas Número suficiente de indicadores Diferenciação entre um diagnóstico e outro Tentativa de diagnóstico (hipótese) Conhecimento das categorias diagnósticas A análise de dados não é possível a não ser que você saiba quais indicadores se Agrupam para a descrição de um diagnóstico. Em outras palavras, você deve saber quais são os indicadores que descrevem Sentimento de Impotência antes de poder reconhecer o agrupamento. Alguns diagnósticos são muito fáceis de confirmar, como Constipação ou Integridade da Pele Prejudicada. Freqüentemente uma única pista, como “Tenho dor na perna”, pode confirmar um diagnóstico de dor. Outros diagnósticos, principalmente os psicossociais mais complexos, como Distúrbio da Imagem Corporal, podem necessitar de várias interações enfermeiro- cliente antes de serem confirmados ou não. A Tabela 1, no final da introdução,lista diagnósticos de enfermagem sob padrões funcionais de saúde. Número suficiente de indicadores Um dos aspectos mais difíceis para a elaboração de diagnósticos exatos é a determinação da presença ou não de um número suficiente de indícios para a confirmação de um diagnóstico de enfermagem vigente. O Enfermeiro deve consultar a lista de características definidoras do diagnóstico suspeitado. Quantas características definidoras maiores estão presentes? Quantas menores estão presentes? O cliente confirma a sua suspeita de diagnóstico? Se ainda não estiver confiante, rotule o diagnóstico como possível e colete mais dados. Diferenciação entre um diagnóstico e outro Alguns diagnósticos possuem as mesmas características definidoras, como Intolerância à Atividade, Fadiga e Padrão de Sono Perturbado. Revise as definições e as notas do autor para ajudar. Determine qual seria o foco das intervenções para o problema, por exemplo, técnicas de conservação de energia (Fadiga), promoção do sono (Padrão de Sono Perturbado) ou aumento da resistência (Intolerância à Atividade). Algumas vezes, essa técnica ajuda a esclarecer o diagnóstico. Tentativa de diagnóstico (hipótese) A última atividade cognitiva na análise dos dados é a proposição de uma ou mais explicações diagnósticas prováveis para o conjunto de dados. Às vezes,apenas um diagnóstico é proposto porque o agrupamento de dados apóia claramente a sua presença. Quando mais de um diagnóstico é provável, o enfermeiro deve revisar as característicasdefinidoras (para o vigente) ou os fatores de risco (para o de risco) para uma tentativa de diagnóstico. Sistematicamente, ele deve comparar esses sinais, sintomas ou fatores de risco com os dados investigados. Se for necessária maior coleta de dados, o enfermeiro pode prosseguir com a investigação focalizada. Outra opção seria rotular a tentativa de diagnóstico como possível se a coleta adicional de dados não for realizável ou cabível nessa ocasião. Por exemplo, alguns diagnósticos de enfrentamento exigem interações repetidas para a confirmação do diagnóstico. DIFERENCIAÇÃO DOS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DE PROBLEMAS COLABORATIVOS Conceitos-chave Diagnósticos de enfermagem versus problemas colaborativos Seleção de problemas colaborativos Diagnósticos de enfermagem versus problemas colaborativos Em 1983, Carpenito publicou o Modelo Bifocal de Prática Clínica. Nesse modelo, os enfermeiros são responsáveis pelo tratamento de dois tipos de julgamentos ou diagnósticos clínicos: os diagnósticos de enfermagem e os problemas colaborativos. Os diagnósticos de enfermagem são julgamentos clínicos sobre as respostas do indivíduo, da família ou da comunidade aos problemas de saúde/processos de vida vigentes ou potenciais. Os diagnósticos de Enfermagem proporcionam a base para a escolha de intervenções de enfermagem que visam à obtenção de resultados pelos quais o enfermeiro é responsável (NANDA, 1990). Os problemas colaborativos são determinadas complicações fisiológicas que o enfermeiro monitora para detectar o surgimento ou as modificações no estado. O enfermeiro controla os problemas colaborativos usando intervenções prescritas pelos médicos e pela enfermagem, na tentativa de minimizar as complicações dos eventos (Carpenito-Moyet, 2004). As intervenções de enfermagem são classificadas como prescritas pelo enfermeiro ou pelo médico. As prescritas pelo enfermeiro são aquelas que ele pode ordenar, legalmente, para serem implementadas pela equipe de enfermagem. Essas intervenções tratam, previnem e monitoram os diagnósticos de enfermagem. Elas controlam e monitoram problemas colaborativos. As prescritas pelo médico representam os tratamentos para problemas colaborativos que os enfermeiros iniciam e controlam. Os problemas colaborativos requerem tanto intervenções prescritas pelo médico quanto pelo enfermeiro. A seguir, a ilustração dos tipos de intervenções associadas às complicações potenciais dos problemas colaborativos: Hipoxemia: PE: 1. Monitorar os sinais de desequilíbrio ácido-básico. PM: 2. Administrar o fluxo baixo de oxigênio conforme necessário. PE: 3. Assegurar a hidratação adequada. PE: 4. Avaliar os efeitos do posicionamento sobre a oxigenação. PE/PM: 5. Administrar a medicação conforme necessária. (PE: Prescrita pelo enfermeiro PM: Prescrita pelo médico). Seleção de problemas colaborativos Como mencionado anteriormente, os problemas colaborativos são diferentes dos diagnósticos de enfermagem. O enfermeiro toma decisões independentes em relação aos problemas colaborativos e aos diagnósticos de enfermagem. As decisões diferem no seguinte: para os diagnósticos de enfermagem, o enfermeiro prescreve o tratamento definitivo para a situação e é responsável pela obtenção de resultados; para os problemas colaborativos, ele monitora as condições do cliente para detectar o surgimento ou o estado das complicações fisiológicas, além de controlar os eventos com intervenções prescritas por si e pelo médico. Os problemas colaborativos são rotulados como “Complicações Potenciais” (especificar). Exemplos: Complicação Potencial: Hemorragia Complicação Potencial: Insuficiência renal As complicações fisiológicas que os enfermeiros monitoram costumam estar relacionadas com a doença, o traumatismo, os tratamentos e os estudos diagnósticos. Os seguintes exemplos ilustram alguns problemas colaborativos: Situação Problema Colaborativo Terapia anticoagulante Complicação Potencial: Hemorragia Pneumonia Complicação Potencial: Hipoxemia Os resultados esperados ou as metas do cliente são usados para medir a eficiência do cuidado de enfermagem. Quando um cliente não está progredindo na obtenção de metas ou está piorando, o enfermeiro deve reavaliar a situação. O quadro abaixo representa as questões a serem consideradas. Se nenhuma dessas opções for apropriada, a situação pode não ser um diagnóstico de enfermagem. Por exemplo: Risco para Desequilíbrio do Volume de Líquidos relacionado aos efeitos de TTP prolongado secundário à terapia anticoagulante. Meta: O cliente terá hemoglobina > 13. Os problemas colaborativos têm metas de enfermagem que representam a responsabilidade do enfermeiro – detectar o quanto antes as mudanças e controlá-las juntamente com os médicos. Os diagnósticos de enfermagem têm metas do cliente que representam a responsabilidade do enfermeiro – obter ou manter um estado favorável após o cuidado de enfermagem. Algumas complicações fisiológicas, como as úlceras de pressão e a infecção por vias invasivas, são problemas que os enfermeiros podem prevenir. A prevenção é diferente da detecção. Os enfermeiros não previnem o íleo paralítico,mas detectam a sua presença precocemente, impedindo o agravamento da doença ou mesmo a morte. Os médicos não podem tratar os problemas colaborativos sem o conhecimento, a vigilância e o julgamento da enfermagem. Referências Alfaro-LeFevre, R. (2002). Applying nursing diagnosis and nursing process: A step-by-step guide (5th ed.) Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins. American Nurse’s Association (1985). A nursing social policy statement. Washington DC: ANA. Carpenito, L. J. (1983). Nursing diagnosis: Application to clinical practice. Philadelphia: J. B. Lippincott. Carpenito-Moyet, L. J. (2004). Nursing diagnosis: Application to clinical practice (10th ed.) Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins. North American Nursing Diagnosis Association (1998-1999). Taxonomy I (rev. ed.). Philadelphia:NANDA. Estrutura do levantamento de dados do padrão de saúde funcional Diretrizes 1. As categorias à esquerda constituem orientações ao tipo de informação incluída na descrição do padrão. O padrão do cliente deve ser escrito à direita. A descrição deve ser compreensível aos outros. Por exemplo: Forma correta: sem história de problemas físicos e psicológicos relacionados. Forma incorreta: nada 2. Usar técnicas de entrevista descritas nos livros, por exemplo, incluir silêncios e declarações e não somente perguntas. 3. Como todos os dados representam dados subjetivos, não devem ser usadas aspas.Todas as frases devem representar as palavras do indivíduo e dos familiares, ou as palavras devem ser parafraseadas. 4. Uma vez que o sujeito de todas as frases é “Eu” ou “Nós”, não deve ser repetido em demasia. As respostas da pessoa podem ser escritas em frases incompletas, como vou à igreja todos os dias às 9 horas (pressupõe-se que o sujeito seja “Eu”). 5. Quando as pessoas têm histórias longas para contar em relação a uma categoria investigada, os dados podem ser encurtados por paráfrase, mas deve-se ter cuidado para manter a essência de suas descrições. 6. Sempre que possível, registrar os dados na forma de indicadores ou indícios e não de inferências. Indícios são unidades de dados sensoriais. Inferências são significados subjetivos que as pessoas aplicam aos indícios. 7. Evitar inserir diagnósticos na base de dados, por exemplo, ansioso (um diagnóstico de enfermagem), sobre sua relação com a família. Esse enunciado somente deverá ser parte da base de dados se for algo dito pelo paciente. 8. Considerar as categorias da investigação deste formulário como incompletas em relaçãoa todos os clientes. Utilizar os indícios surgidos na investigação. Por exemplo, se Mary diz que fuma três carteiras de cigarro por dia, identificar se conhece os perigos do cigarro, como se sente quanto ao uso do cigarro, qual é sua motivação para parar de fumar, se o ato de fumar afeta outros aspectos de sua vida e se possui outros fatores de risco de doença cardíaca e pulmonar. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM EM EDUCAÇÃO Martha Craft-Rosenberg, PhD, RN, FAAN, e Kelly Smith, MSN, RN O uso de diagnósticos de enfermagem é fundamental à educação dos enfermeiros. A investigação e o diagnóstico de indivíduos, famílias e comunidades ensinamo raciocínio e o pensamento críticos hipotéticos. Além disso, os que procuram os enfermeiros em busca de auxílio esperam conseguir resultados de uma saúde melhor,pelo que os enfermeiros são cada vez mais responsáveis. Resultados e escolhas de intervenções fundamentam-se em diagnósticos de enfermagem exatos e válidos.Ensinar os estudantes de enfermagem a usar os diagnósticos de enfermagem começa com a investigação ou o levantamento de dados e a obtenção da história. À medida que os estudantes investigam e coletam os dados (informações) sobre indivíduos, famílias e comunidades, identificam os “sinais e sintomas” ou as características definidoras dos conceitos dos diagnósticos de enfermagem. Os fatores ou variáveis que influenciam os diagnósticos são integrados à história, a tabelas e a outras evidências. Essas variáveis oferecem o contexto, os “fatores relacionados”, que são combinados com as características definidoras para compor os diagnósticos de enfermagem. Quando possível, os enfermeiros tratam os fatores relacionados com intervenções, para a prevenção ou a redução de seu impacto. Quando eles não conseguem tratar um fator relacionado, tratam as características definidoras com as intervenções escolhidas. Levantamento de dados e identificação de características definidoras As características definidoras são as características dos indivíduos, das famílias e das comunidades passíveis de observação e verificação. Funcionam como indícios ou inferências que se agrupam como manifestações de uma doença real ou estado de saúde de bem-estar, ou um diagnóstico de enfermagem. Suponhamos, por exemplo, que uma pessoa (Sarah) diz a um aluno de enfermagem que está “enjoada” e pede uma bacia de êmese. O estudante a observa um pouco mais e constata que ela está deglutindo demais e com reflexo de vômito. Essas características definidoras sugerem o diagnóstico de enfermagem de Náusea. História e identificação de fatores relacionados Os fatores relacionados oferecem o contexto para as características definidoras. São fatores que mostram algum tipo de relação padronizada com o diagnóstico de enfermagem. Podem ser descritos como antecedentes de, associados a, relacionados a, contribuindo para ou apoiando o diagnóstico. São identificados como características ou história de indivíduos, famílias e comunidades. No caso de Sarah, ela pode informar estar tomando doses grandes de aspirina a conselho médico e que faz isso com o estômago vazio. Assim, os alunos podem estabelecer um resultado de “livrar-se da náusea” e usar a intervenção de enfermagem da NIC: Controle da Náusea (Dochterman e Bulechek, 2004), em especial a atividade de “Reduzir ou eliminar fatores pessoais que precipitem ou aumentem a náusea (tomar aspirina com o estômago vazio)”. Como escolher o enunciado do diagnóstico de enfermagem O enunciado do diagnóstico de enfermagem é escolhido com base em duas características. Primeiro, a definição do enunciado diagnóstico deve transmitir uma combinação de características definidoras e fatores relacionados. Segundo, o diagnóstico escolhido é o termo com as características definidoras e os fatores relacionados que se adapta aos dados que os estudantes coletaram na investigação e na obtenção da história. Nesse caso, a definição de Náusea é “Uma sensação subjetiva desagradável, semelhante a uma onda, na parte de trás da garganta, do epigástrio ou no abdome, que pode levar ao impulso ou necessidade de vomitar”. No exemplo, Sarah disse estar “enjoada” e mostrou outras características definidoras. Sua história apontou um antecedente da náusea – a ingestão de grandes doses de aspirina com o estômago vazio. Diagnósticos de risco Os enfermeiros sempre foram responsáveis pela identificação de indivíduos, famílias e comunidades em situações de risco, protegendo-os contra esses riscos. Um diagnóstico de risco “descreve as respostas humanas a condições de saúde/processos vitais que podem desenvolver-se em indivíduo, família ou comunidade vulnerável. Está apoiado em fatores de risco que contribuem para o aumento da vulnerabilidade” (p. 436). Por exemplo, o diagnóstico de Risco de Integridade da Pele Prejudicada inclui fatores internos e externos que influenciam a vulnerabilidade. As intervenções que um enfermeiro escolhe para alcançar esses resultados baseiam-se nesses fatores de influência. Diagnósticos de promoção da saúde Um diagnóstico de promoção da saúde é um julgamento clínico da motivação e do desejo de uma pessoa, família ou comunidade de aumentar o bem-estar e concretizar o potencial de saúde humana, conforme manifestado por uma disposição para melhorar comportamentos específicos de saúde, como nutrição e exercício. Diagnósticos de promoção da saúde podem ser usados em qualquer estado de saúde e não exigem níveis atuais de bem-estar. Essa disposição tem o apoio das características definidoras. As intervenções são escolhidas junto com o indivíduo/família/comunidade, para melhor garantir a capacidade de alcance dos resultados enunciados. Diagnósticos de bem-estar Um diagnóstico de bem-estar descreve as respostas humanas a níveis de bem- -estar em um indivíduo, família ou comunidade com disposição para melhorar. Essa disposição é apoiada por características definidoras. Tal como ocorre nos diagnósticos, resultados sensíveis à enfermagem (sensíveis às intervenções de enfermagem) são identificados, e as intervenções são escolhidas de modo a proporcionar uma elevada probabilidade de alcance dos resultados. Como priorizar diagnósticos A priorização de diagnósticos é um tipo de raciocínio crítico que a maioria dos educadores de enfermagem espera dos estudantes. Professores universitários costumam solicitar uma lista de diagnósticos de enfermagem dos alunos. Eles compilam a lista ao lerem a história de indivíduos, famílias e comunidades. Após a investigação, precisam tomar decisões quanto à priorização dos diagnósticos. As prioridades são estabelecidas com base nas necessidades de indivíduos, famílias e comunidades. Quando alunos de enfermagem recebem tarefas relativas a experiências clínicas para serem realizadas em um breve período de tempo, seus professores podem pedir que escolham os diagnósticos de enfermagem que possam administrar durante esse tempo. Ligação dos diagnósticos de enfermagem a resultados e intervenções Diagnósticos de enfermagem precisos e válidos determinam os resultados sensíveis à enfermagem. Esses resultados orientam a escolha das intervenções com possibilidade de produzir os efeitos de tratamento desejados. Uma vez mais, as intervenções irão tratar os fatores relacionados (ou fatores de risco) ou as características definidoras. Professores e alunos podem usar o livro das ligações (Johnson et al., 2006) ou as ligações com os diagnósticos de enfermagem que estão no final dos livros da NIC (Dochterman e Bulechek, 2004) e da NOC (Moorhead et al., 2004). Essas ligações com os diagnósticos trazem exemplos claros de como relacionar diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem. Alguns professores, porém, podem solicitar aos alunos que identifiquemresultados e escolham intervenções de enfermagem, de modo independente, para aplicarem as habilidades de raciocínio crítico. Aqueles que utilizam diagnósticos de enfermagem irão detectar um aumento no raciocínio crítico e analítico de seus alunos, o que terá um foco claro na priorização de necessidades individuais, familiares e comunitárias. Professores ainda não familiarizados com esse processo, no começo, aprenderão com seus alunos, mas ambos ficarão maravilhados com a velocidade com que é aplicado esse processo “natural”. Referências Dochterman, J.M. & Bulechek, G. (eds) (2004). Nursing interventions classification (NIC). St Louis, MO: Mosby. Johnson, J., Bulechek, G., Butcher, H., et al. (2006). NANDA, NOC, and NIC Linkages: Nursing diagnoses, outcomes,& interventios, 2nd edn. St. Louis, MO: Mosby. O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE UM DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM APROVADO PELA NANDA-I Leann M. Scroggins, MS, RN, CRRN-A, APRN, BC Clinical Nurse Specialist Mayo Clinic, Rochester, MN Chair, Diagnosis Development Committee NANDA International Este artigo foi elaborado para auxiliar no desenvolvimento de um diagnóstico de enfermagem que atenda aos critérios de inclusão para aceitação no sistema de classificação da NANDA. Recomenda-se que quem o remeteu para análise siga os passos a seguir para avançar no processo. Em caso de dúvidas, contatar a Presidente do Diagnosis Development Committee para assistência e orientação: info@nanda.org. Outro recurso que irá facilitar a conclusão do processo inclui:n O site da NANDA-I: www.nanda.org/html/nursing_diagnosis_devmt.html Revisar as informações a seguir dará uma boa base para iniciar essa importante tarefa.Para aceitação para publicação e inclusão na Taxonomia II da NANDA-I, a submissão do diagnóstico de enfermagem precisa, no mínimo, ter enunciado, definição, características definidoras ou fatores de risco, fatores relacionados (se for um diagnóstico real), apoiados por bibliografia e exemplos de intervenções e resultados apropriados. A definição oficial de um diagnóstico de enfermagem é “um julgamento clínico sobre as respostas de um indivíduo, família ou comunidade a problemas de saúde/processos de vida reais ou potenciais. Um diagnóstico de enfermagem constitui a base para a escolha de intervenções de enfermagem para o alcance de resultados que são responsabilidade do enfermeiro” (NANDA-I, 2007-2008, p. 332).A Taxonomia II é uma estrutura multiaxial. Seus sete eixos da taxonomia são dimensões da reação humana. Para criar um diagnóstico, é essencial levar em consideração todos os sete eixos (Figura 1.1) Eixo 1: O conceito diagnóstico O conceito diagnóstico é o componente central do diagnóstico. Pode consistir em um ou mais substantivos. Quando usado mais de um (p. ex., tolerância à atividade), cada um deles contribui com um sentido único ao conceito, como se os dois constituíssem um único substantivo. O significado da combinação é, no entanto, diferente dos substantivos considerados separadamente. Com frequência, um adjetivo (p. ex., espiritual) pode ser usado com um substantivo (p. ex., sofrimento) para denotar o conceito diagnóstico (Sofrimento Espiritual).Em certos casos, o conceito diagnóstico e o diagnóstico não são a mesma coisa (p. ex., Dor). Isso se dá quando o diagnóstico de enfermagem é enunciado no nível clinicamente mais útil, e separar o conceito diagnóstico não acrescenta um nível mínimo de abstração. Seguem exemplos de conceitos diagnósticos. Para uma lista completa, consultar Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: Definições e Classificação 2009-2011, p. 403-404. Exemplos de conceitos diagnósticos na Taxonomia II: • Intolerância à Atividade • Desobstrução de Vias Aéreas • Mobilidade • Esperança • Dor • Paternidade ou Maternidade • Pesar Eixo 2: Sujeito do diagnóstico O sujeito do diagnóstico refere-se ao indivíduo ou aos indivíduos para quem é determinado o diagnóstico de enfermagem. A NANDA-I identifica os seguintes sujeitos para os quais podem ser determinados diagnósticos de enfermagem: Indivíduo, Família (p. ex., Processos Familiares Interrompidos) e Grupo (atualmente, não foi identificado nenhum diagnóstico de grupo), comunidade (p. ex., Enfrentamento Comunitário Ineficaz). Eixo 3: Julgamento Um julgamento é um descritor ou modificador (Tabela 1.1) que limita ou especifica o sentido do conceito diagnóstico. Seguem exemplos de descritores ou modificadores. Para uma lista completa desses elementos, consultar a página 405.Alguns diagnósticos, dependendo do nível de especificação, não necessitam de modificadorou descritor. Exemplos desse tipo de diagnóstico incluem “Náusea” e “Fadiga”. Eixo 4: Localização A localização descreve as partes/regiões do corpo e/ou as funções relacionadas – todos os tecidos, órgãos, locais ou estruturas anatômicas. A seguir, alguns exemplos de locais. Para uma lista completa, consultar as páginas 405-406. � Cinestésico � Oral � Renal � Tátil A localização não pertence a todos os diagnósticos. Eixo 5: Idade Refere-se à idade da pessoa que é o sujeito do diagnóstico. As idades específicas, identificadas pela NANDA-I, estão na Tabela 1.2. Eixo 6: Tempo O tempo descreve a duração do conceito diagnóstico. Os parâmetros de tempo identificados pela NANDA-I incluem: � Agudo � Crônico � Intermitente � Contínuo Eixo 7: Situação do diagnóstico Refere-se à realidade ou à potencialidade do diagnóstico ou a sua categorização.A NANDA-I identificou o seguinte: � Real: existe de fato ou realmente, existente no tempo atual. Um diagnóstico é entendido como “Real” sempre, a menos que especificado de forma diversa. Um diagnóstico real descreve as respostas humanas a condições de saúde/processos de vida existentes em um indivíduo, família ou comunidade. Tem o apoio de características definidoras (manifestações, sinais e sintomas) que se agrupam em padrões de indícios ou inferências relacionados. Um exemplo de um diagnóstico real é “Náusea”. � Promoção da Saúde: comportamento motivado pelo desejo de aumentar o bem-estar e concretizar o potencial de saúde humana (Pender, Murduagh e Parsons, 2006). Diagnósticos de promoção da saúde são julgamentos clínicos da motivação e do desejo de um indivíduo, família ou comunidade de aumentar o bem-estar, concretizar o potencial de saúde e intensificar comportamentos específicos de saúde,como nutrição e exercício. Os diagnósticos de promoção da saúde podem ser usados em qualquer estado de saúde, sem necessidade de níveis atuais de bem-estar. Essa disposição tem o apoio das características definidoras. Um exemplo de diagnóstico de promoção da saúde é Disposição para Aumento da Esperança”. Todos os enunciados de diagnósticos de promoção da saúde possuema expressão “Disposição para (...) aumentado/melhorado”. � Risco: vulnerabilidade, em especial, como consequência da exposição a fatores que aumentam a possibilidade de lesão ou perda. Um diagnóstico de Risco descreve respostas humanas a condições de saúde/processos de vida que podem se desenvolver em um indivíduo, família ou comunidade vulnerável. Tem o apoio de fatores de risco que contribuem para aumento da vulnerabilidade. Um exemplo de diagnóstico de risco é “Risco de Integridade da Pele Prejudicada”. Todo enunciado de um diagnóstico de risco começa com a expressão “Risco de”. � Bem-estar: qualidade ou estado de estar saudável. Um diagnóstico de Bem-estar descreve respostas humanas a níveis de bem-estar em um indivíduo, família ou comunidade que tenha uma disposição para intensificação. Essa disposição tem o apoio das características definidoras. Um exemplo de diagnóstico de bem-estar é “Disposição para Enfrentamento Familiar
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