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Protocolo de hipertensão arterial sistêmica

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Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 
INTRODUÇÃO 
Para condições crônicas, como a hipertensão arterial, as principais metas da consulta farmacêutica estão direcionadas 
ao rastreamento em saúde, à orientação e educação do paciente sobre seus medicamentos, otimização da 
farmacoterapia, avaliação da efetividade e segurança dos tratamentos prescritos e o plano de cuidado partindo das 
necessidades do paciente. 
ACOLHIMENTO DE DEMANDA 
Acolher significa receber bem, dar conforto, escutar e tornar-se responsável pelo atendimento da queixa apresentada 
pelo paciente, ou no mínimo auxiliá-lo na escolha do melhor itinerário terapêutico. O farmacêutico deve identificar 
situações que requerem intervenção ou necessidade de atendimento rápido do paciente por outros profissionais do 
serviço. 
ANAMNESE FARMACÊUTICA E VERIFICAÇÃO DE PARÂMETROS CLÍNICOS 
Essa etapa do cuidado tem como finalidade identificar a(s) necessidade (s) e o(s) problema (s) de saúde, identificar 
situações especiais e as precauções e identificar as possibilidades de condutas. 
DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO 
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e 
sustentados de pressão arterial (PA). 
Mais comumente definido como pressão arterial sistólica (PAS) ≥ 140 mm Hg ou pressão arterial diastólica (PAD) ≥ 90 
mm Hg. 
Quadro 1 Classificação da PA de acordo com a medição casual ou no consultório a partir de 18 anos de idade. 
Fonte: Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial (2016). 
	
MEDICAMENTOS QUE PODEM CAUSAR OU AGRAVAR A HIPERTENSÃO 
Na avaliação clínica da hipertensão, o farmacêutico deverá obter um histórico cuidadoso em relação a substâncias que 
podem prejudicar o controle da PA, com atenção direta não somente aos medicamentos prescritos, mas também 
medicamentos isentos de prescrição médica, drogas ilícitas e produtos à base de plantas. Quando viável, os 
medicamentos associados ao aumento da PA devem ser reduzidos ou descontinuados, e os agentes alternativos devem 
ser utilizados. 
 
Classificação Pressão sistólica (mmHg) Pressão diastólica (mmHg) 
Normal ≤ 120 ≤ 80 
Pré-hipertensão 121-139 81-89 
Hipertensão estágio 1 140 – 159 90 – 99 
Hipertensão estágio 2 160 – 179 100 - 109 
Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110 
Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da PA. 
Notas: Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da 
pressão arterial. 
*A PA indica pressão arterial (com base em uma média de 3 leituras cuidadosas obtidas em 3 ocasiões). 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 
Quadro 2 Relação de medicamentos associados ao desenvolvimento ou agravamento da Hipertensão. 
Medicamentos Possível estratégia de 
manejo 
Medicamentos Possível estratégia de 
manejo 
Imunossupressor 
(Ex.,Ciclosporina) 
Considere a substituição para 
tacrolimus, associado a menos 
efeitos sobre a PA. 
Corticosteróides sistêmicos 
(Ex., dexametasona, 
fludrocortisona, 
metilprednisolona, 
prednisona, prednisolona) 
Evitar ou limitar o uso 
quando possível 
Considerar vias de 
administração 
alternativas (Ex., tópico, 
inalação) quando 
praticável. 
Anti-inflamatórios não-
esteroides (Inibidores 
da ciclooxigenase 1 e 
ciclooxigenase 2) 
Evitar uso sistêmico quando 
possível Considerar analgésicos 
alternativos (Ex., paracetamol, 
tramadol, AINEs tópicos) 
dependendo da indicação e risco 
Descongestionantes (Ex., 
Fenilefrina, 
pseudoefedrina) 
Usar pelo menor tempo 
possível, evitar em 
hipertensão severa ou 
não controlada 
Considerar terapia 
alternativa (Ex., Solução 
fisiológica, corticosteroide 
intranasal, anti-
histamínico) quando 
indicado 
Cafeína 
 
Em geral, limita a ingestão de 
cafeína <300 mg / d Evite o uso 
em pacientes com hipertensão 
não controlada O uso de café em 
pacientes com hipertensão está 
associado aumentos agudos na 
PA; o uso a longo prazo não está 
associado ao aumento da PA ou 
DCV. 
Antidepressivos (Ex., 
MAOIs, SNRIs, TCAs) 
Considerar agentes 
alternativos (Ex., SSRIs) 
dependendo da 
indicação; 
Evite alimentos contendo 
tiramina com MAOIs 
Anticoncepcionais 
orais 
Use agentes de baixa dose (por 
exemplo, 20-30 mcg de 
etinilestradiol) ou uma forma de 
contracepção somente de 
progesterona, ou considere 
formas alternativas como os 
métodos de barreiras, DIU. 
Evite o uso em mulheres com 
hipertensão não controlada. 
Antipsicóticos atípicos (Ex., 
clozapina, olanzapina) 
Descontinuar ou limitar o 
uso quando possível 
Considerar terapia 
comportamental quando 
indicado 
Considerar agentes 
alternativos associados 
com baixo risco de ganho 
de peso, diabetes 
mellitus e dislipidemia 
(Ex., aripripazol, 
ziprasidona) 
Álcool L limitar o álcool ≤ 1 bebida 
diária para mulheres e ≤ 2 
bebidas para homens 
Anfetamina, cocaína e 
derivados 
Evitar o uso. 
Nota: A lista não inclui todos os medicamentos com potencial de alterar a PA. Legenda: PA, pressão arterial; DCV, doença 
cardiovascular; DIU, intrauterino dispositivo; MAOI, inibidores de monoamina-oxidase; MDPV; AINEs, antiinflamatórios não esteroides; 
SNRI, inibidor da recaptação de serotonina e norepinefrina; SSRI, inibidor seletivo da recaptação da serotonina; e TCA, antidepressivo 
tricíclico. 
Fonte: Adaptado da Diretriz Americana de Hipertensão ADA (2017). 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 
 
SINAIS E SINTOMAS 
Hipertensão usualmente se apresenta de forma assintomática. 
RASTREAMENTO EM SAÚDE NA HIPERTENSÃO 
Considerando a hipertensão uma condição de saúde usualmente assintomática e o principal fator de risco cardiovascular 
modificável, a verificação da PA na consulta farmacêutica é fundamental. Todos os pacientes com idade acima de 18 
anos sem dados de verificação de PA registradas em prontuário são elegíveis para o rastreamento da Hipertensão. 
A primeira verificação deverá ser realizada em ambos os braços. Caso haja diferença entre os valores, deve ser 
considerada a medida de maior valor. O braço com o maior valor aferido deve ser utilizado como referência nas próximas 
medidas. 
 
*Urgência ou Emergência Hipertensiva Pressão Arterial Diastólica > 120 mmHg 
Figura 1 Fluxograma do rastreamento em saúde na hipertensão. 
Fonte: Adaptado de Diretriz Brasileira de Hipertensão (2016). 
 
 
 
 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 
 
 
Figura 2 Rastreamento de Hipertensão do Jaleco Branco e Hipertensão Mascarada em paciente em uso de medicamentos ou não. 
Fonte: Adaptado de Diretriz Brasileira de Hipertensão (2016). 
METAS TERAPÊUTICAS 
Quadro 3 Metas Terapêuticas segundo a VII Diretriz Brasileira de Hipertensão (2016) 
Categoria Considerar 
Hipertensos estágios 1 e 2 com risco cardiovascular baixo ou intermediário < 140/90 mmHg 
Hipertensos e pressão limítrofe com risco cardiovascular alto ou muito alto, com 3 ou mais 
fatores de risco, DM, SM ou LOA** 
<130/80 mmHg 
Hipertensos com insuficiência renal (IR) com proteinúria > 1,0 g/l** <130/80 mmHg 
Idosos (≥60 anos) sem DM, SM, LOA ou IR* <150/90 mmHg 
Legenda: CV: cardiovascular; HA: hipertensão arterial; IR: insuficiência renal; LOA: lesão em órgão alvo; DM: diabetes mellitus; 
SM: síndrome metabólica. 
Notas: * Meta definidas pela JNC-8. A sociedade americana de hipertensão 2013 e a diretriz europeia de 2013 definem esta 
meta, porém para pacientes ≥80 anos) 
** JNC 8 considera meta <140/90mmHg para estes pacientes 
Fonte: Adaptado de Diretriz Brasileira de Hipertensão (2016). 
 
 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 
Quadro 4 Estratificação derisco no paciente hipertenso de acordo com fatores de risco adicionais, presença de lesão em 
órgão-alvo e de doença cardiovascular ou renal. 
 PAS 130-139 ou 
PAD 85-89 
HAS Estágio 1 
PAS 140-159 ou 
PAD 90-99 
HAS Estágio 2 
PAS 160-179 ou 
PAD 100-109 
HAS Estágio 3 
PAS ≥ 180 ou 
PAD ≥ 110 
Sem fator de 
risco 
 
Sem Risco 
Adicional 
 
 
Risco Baixo 
 
 
Risco Moderado 
 
 
Risco Alto 
 
1-2 fatores de 
risco 
 
 
Risco Baixo 
 
 
Risco Moderado 
 
 
Risco Alto 
 
 
Risco Alto 
 
≥ 3 fatores de 
risco 
 
 
Risco Moderado 
 
 
Risco Alto 
 
 
Risco Alto 
 
 
Risco Alto 
 
Presença de 
LOA, DCV, DRC 
ou DM 
 
 
Risco Alto 
 
 
Risco Alto 
 
 
Risco Alto 
 
 
Risco Alto 
 
Legenda: PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; HAS: hipertensão arterial sistêmica; 
DCV: doença cardiovascular; DRC: doença renal crônica; DM: diabetes mellitus: LOA: lesão em órgão-alvo. 
Fonte: Diretriz Brasileira de Hipertensão (2016). 
PROTOCOLO DE TRATAMENTO COM MEDICAMENTOS TARJADOS 
 Pacientes com diagnóstico de hipertensão devem ser monitorados durante o acompanhamento farmacêutico quanto a 
avaliação da efetividade, segurança e adesão ao tratamento, por isso, é imperativo que o farmacêutico conheça os 
tratamentos adequados, entretanto, alterações na terapia só deverão ser realizadas por profisional médico e predizem a 
necessidade de encaminhamento. 
 
Quadro 5 Anti-hipertensivos comercialmente disponíveis no Brasil 
 Reações adversas Monitorar 
Diuréticos Tiazídicos Clortalidona, 
Hidroclorotiazida, 
Indapamida 
Hipotensão e alterações 
metabólicas (hipopotassemia, 
hipomagsenemia, ↑GJ, ↑TG, 
↑ácido úrico) 
PA ≤90mmHg, PAM 
<60 mmHg. 
Sintomas de 
hipoperfusão: 
tontura e fadiga. 
Parâmetros lab: 
potássio sérico, 
magnésio, TG, acido 
úrico, creatinina, 
TFG. 
Alça Bumetamida, Furosemida, 
Piretanida 
Hipotensão, ↑ de TG, glicemia e 
ác. Úrico, nefrotóxicidade, ↓ K+ 
Poupadores de 
potássio 
Amilorida, Espironolactona, 
Triantereno 
↑ K+, sonolência, ginecomastia. 
Inibidores 
adrenérgicos 
Ação central Alfametildopa, Clonidina, 
Guanabenzo, Moxonidina, 
Rilmenidina, Reserpina 
Sonolência, sedação, boca seca, 
fadiga, hipotensão postural e 
disfunção erétil. 
PA ≤90mmHg, PAM 
<60 mmHg. 
Sintomas de 
hipoperfusão: 
tontura e fadiga. 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 
Betabloqueadores* Atenolol, Bisoprolol, 
Carvedilol, Metoprolol, 
Nadolol, Nebivolol, 
Propranolol, Pindolol* 
Broncoespasmo, bradicardia, 
distúrbios da condução 
atrioventricular, vasoconstrição 
periférica, insônia, pesadelos, 
depressão psíquica, astenia e 
disfunção sexual. 
PA ≤90mmHg, PAM 
<60 mmHg. 
Sintomas de 
hipoperfusão: 
tontura e fadiga. 
FC< 60 bpm 
Alfabloqueadores Doxazosina, Prazosina, 
Terazosina 
Hipotensão sintomática e 
incontinência urinária. 
 
Bloqueadores dos 
canais de cálcio 
(BCC) 
Fenilalquilaminas Verapamil Obstipação intestinal, agravar a 
IC, além de bradicardia e bloqueio 
atrioventricular. 
FC< 60 bpm 
Edema maleolar 
Fadiga, dispnéia 
Benzotiazepinas Diltiazem Agravar a IC, além de bradicardia 
e bloqueio atrioventricular. 
FC< 60 bpm 
Edema maleolar 
Fadiga, dispnéia 
Diidropiridinas Anlodipino, Felodipino, 
Isradipina, Lacidipina, 
Lercarnidipino, Manidipino, 
Nifedipino, Nisoldipino, 
Nitrendipino 
Edema maleolar, cefaleia, 
hipotensão postural. 
Sintomas de 
hipoperfusão: 
tontura e fadiga. 
Síncope, visão turva 
Inibidores da 
ECA*** 
 Benazepril, Captopril, 
Cilazapril, Delapril, 
Enalapril, Fosinopril, 
Lisinopril, Perindopril, 
Quinapril, Ramipril, 
Trandolapril 
Tosse seca, rash, hipotensão, 
tontura, cefaleia, IRA, ↑ K+. 
PA ≤90mmHg, PAM 
<60 mmHg. 
Sintomas de 
hipoperfusão: 
tontura e fadiga. 
Parâmetros lab: 
potássio sérico, 
creatinina, TFG 
Bloqueadores do 
receptor AT1 
 Candesartana, Irbersartana, 
Losartana, Olmesartana, 
Telmisartana, Valsartana 
Exantema 
Inibidor direto da 
renina 
 Alisquireno** “Rash” cutâneo, diarreia, ↑CPK e 
tosse 
Parâmetros lab: 
função hepática 
Vasodilatadores 
diretos 
 Hidralazina, Minoxidil cefaleia, flushing, taquicardia 
reflexa, anorexia, náusea, vômito, 
diarreia e hisurtismo. 
 
Nota: *Estudos não demonstraram a redução de desfechos cardiovasculares importantes, como acidente vascular cerebral, em 
pacientes com idade > 60 anos, motivo pelo qual esta classe só deve ser utilizada nesta população em condições especiais, como 
concomitância de disfunção do ventrículo esquerdo. 
**Estudos não demonstraram benefícios clínicos comparáveis a IECA/BRA 
***IECA são mais efetivos em jovens caucasianos 
Fonte: Adaptado da Diretriz Brasileira de Hipertensão (2010) 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 
Quadro 6 Tratamento com medicamentos tarjados em situações especiais. 
Situação Fármacos que devem ser 
evitados/ usados com 
precaução 
Alternativas específicas ou 
recomendações 
Idoso Simpaticolíticos (efeito 
postural) 
Tiazida, metildopa 
Homem jovem Tiazida, BB IECA, BCC 
Grupo étnico negro BB, IECA - 
Doença vascular periférica BB, IECA Vasodilatador 
Doença vascular no idoso IECA - 
Angina Vasodilatador BB, BCC 
Pós-IM - BB, IECA 
Insuficiência Cardíaca, DVE BCC, verapamil, diltiazem BB, IECA 
Bloqueio cardíaco BB, BCC - 
Hiperlipidemia BB, tiazida IECA, BCC 
Diabetes (especialmente 
tipo I) 
Tiazida, BB IECA 
DPOC, Asma BB - 
Gestação Tiazida, IECA, BRA Metildopa, labetolol, 
furosemida 
Insuficiência hepática BCC Metildopa 
Insuficiência renal Inicial Tiazida IECA 
 Grave IECA Furosemida, BB 
Nefropatia diabética - IECA 
Estenose da artéria renal IECA - 
Alto nível de renina - IECA 
Tirotoxicose - BB 
Depressão BB lipofílicos, metildopa, 
clonidina 
- 
Gota, hipocalemia Tiazida - 
Hiperplasia prostática 
benigna 
- Alfabloqueador 
RCV: risco cardiovascular; TNM: terapia não medicamentosa; DIU: diuréticos; IECA: inibidores da enzima de conversão da 
angiotensina; BCC: bloqueador dos canais de cálcio; BRA: bloqueador do receptor de angiotensina; BB: betabloqueadores. 
 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 
Figura 3 Fluxograma para o tratamento da hipertensão. 
Legenda: RCV: risco cardiovascular; TNM: tratamento não medicamentoso; DIU: diuréticos; IECA: inibidores da enzima de conversão 
da angiotensina; BCC: bloqueador dos canais de cálcio; BRA: bloqueador do receptor de angiotensina; BB: betabloqueadores. 
Fonte: Adaptado da Diretriz Brasileira de Hipertensão (2016). 
 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 
ENCAMINHAMENTO 
Situações que requerem o encaminhamento a outro profissional de saúde. 
Quadro 7 Necessidade de encaminhamento 
NECESSIDADE DE ENCAMINHAMENTO 
HIPERTENSÃO RESISTENTE Pacientes considerados com boa adesão ao tratamento e não-
responsivos a terapia tríplice em doses altas 
URGÊNCIA HIPERTENSIVA Elevação crítica da PA, em geral pressão arterial diastólica (PAD) ≥ 120 
mmHg, porém com estabilidade clínica, sem comprometimento de 
órgãos-alvo. Assintomático ou associado com dor de cabeça, dispneia, 
epistaxi ou ansiedade 
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA Elevação crítica da PA, >180/120 mmHg com quadro clínico grave, 
progressiva lesão de órgãos-alvo (retina, rins, coração e/ou SNC) e risco 
de morte. 
HIPOTENSÃO PAS <90 mmHg, PAM <60 mmHg, Diminuição de mais de 40 mmHg 
abaixo da linha pressórica basal do indivíduo e sintomas de 
hipoperfusão (tontura e fadiga) 
Fonte: Autoria própria (2018) 
PLANO DECUIDADO 
O plano contém ações partilhadas entre o farmacêutico e a paciente, com base nas melhores evidências disponíveis e 
alinhadas com o restante da equipe de saúde envolvida no cuidado. 
No acompanhamento do paciente com diabetes são possíveis as condutas: 
• Encaminhamento a outro profissional ou serviço de saúde; 
• Educação em saúde direcionada a adesão; 
• Orientação sobre medidas não farmacológicas; 
• Revisão da farmacoterapia; 
• Medidas de PA no consultório como ferramenta no rastreamento em saúde e efetividade do tratamento; 
• Solicitação de exames laboratoriais, automonitorização para avaliar a segurança e efetividade do tratamento. 
 
AVALIAÇÃO DE RESULTADOS SEGUNDO A ÓTICA DO FARMACÊUTICO 
 
Quadro 8 Desfechos que devem ser avaliados 
DESFECHOS QUE DEVEM SER AVALIADOS 
AVALIAÇÃO DOS DESFECHOS CLÍNICOS FREQUÊNCIA 
EFETIVIDADE 
PA no consultório (Média das 2 últimas de 
3 medidas); 
 
Em todas as consultas 
MRPA (Monitoramento Residencial da 
Pressão Arterial) 
 
Na 1ª consulta e a cada 3 meses, e após mudanças no tratamento ou 
queixas importantes 
 AMPA (Auto medida da Pressão Arterial) Na 1ª consulta e a cada 3 meses, e após mudanças no tratamento ou 
queixas importantes 
SEGURANÇA 
Reação adversa 
Intoxicações medicamentosas 
Em todas as consultas 
AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE USO DE MEDICAMENTOS 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
Adesão ao tratamento Na 1ª consulta e a cada 3 consultas 
Nota: AMPA como alternativa ao MRPA para os pacientes que não posuam medidor de pressão arterial ou não conseguem seguir 
protocolo específico. Fonte: Elaborado pelo autor 
 
RECOMENDAÇÕES PARA SEGUIMENTO – INTERVALO PARA AVALIAÇÃO 
Quadro 9 Intervalos para avaliação 
PA no consultório (mmHg)** Seguimento 
Sistólica Diastólica 
< 130 < 85 Reavaliar em 1 ano / Estimular mudanças de estilo 
de vida 
130–139 85–89 Reavaliar em 6 meses*** / Insistir em mudanças do 
estilo de vida 
140–159 90–99 Confirmar em 2 meses*** / Considerar MRPA 
160–179 100–109 Confirmar em 1 mês*** / Considerar MRPA 
≥ 180 ≥ 110 Encaminhamento médico ou reavaliar em 1 
semana*** 
Nota: * Modificar o esquema de seguimento de acordo com a condição clínica do paciente. ** Se as pressões sistólicas ou diastólicas 
forem de estágios diferentes, o seguimento recomendado deve ser definido pelo maior nível de pressão. *** Considerar intervenção de 
acordo com a situação clínica do paciente (fatores de risco maiores, doenças associadas e lesão em órgãos-alvo).		
Fonte: Diretriz Brasileira de Hipertensão (2010). 
 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 
MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS, FITOFARMACOS, DROGAS VEGETAIS E OUTROS PRODUTOS PARA A 
SAÚDE 
Alho (Allium sativum L.): é indicado como coadjuvante no tratamento da hipertensão estágio I (leve) a estágio II 
(moderada), como preventivo de alterações vasculares e auxiliar na prevenção da aterosclerose. 
CONTRAINDICAÇÃO 
• Gestantes 
• Pacientes que possuem distúrbios de coagulação ou em uso de anticoagulantes 
• Pacientes com gastrite ou ulcera gastroduodenal 
• Hipertireoidismo 
• Hipersensibilidade ou alergia a algum componente do fitoterápico 
• Em caso de procedimento cirúrgico deve ser suspenso pelos menos 10 dias antes 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: varfarina, associação com anticoagulantes orais, heparina, agentes trombolíticos, 
antiagregantes plaquetários e anti-inflamatórios não-esteroidais, por aumentarem o risco de hemorragias. A associação 
com proteases reduz as concentrações séricas dessa classe, o que leva o aumento da resistência ao antiretriviral. 
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Oral 
Quadro 10 Forma de uso e posologia 
Nota: *Acima de 12 anos. 
Fonte: Autoria Própria (2018) 
NÃO HÁ RELATOS DE TOXICIDADE NAS DOSES RECOMENDADAS. 
PRESCRIÇÃO: Medicamento isento de prescrição médica. 
NOTA TECNICA: os fitoterápicos e plantas medicinais inclusos nos protocolos foram retirados da RELAÇÃO NACIONAL 
DE MEDICAMENTOS ESSENCIAS (RENAME) e do MEMENTO DE FITOTERÁPICOS DA FARMACOPEIA 
BRASILEIRA (MFFB). Visto sua disponibilidade no sistema único de saúde, e a comprovação de perfil de efetividade e 
segurança através de estudos clínicos e tradicionalidade. 
 
Forma de Uso e Posologia 
Forma Farmaceutica Dose Intervalo 
Tintura (álcool 45%)* 50 a 100 gotas (2,5 a 5mL) diluídas em 75mL de água 
8-8 hrs (3x ao dia) ou 
12-12 hrs (2x ao dia) 
Capsulas com óleo 2-5mg Dose Única (1x ao dia) 
Capsulas extrato seco 0,4-1,2g Dose Única (1x ao dia) 
Alcoolatura e Extrato Fluido 1 a 2 mL) diluídas em 75mL de água 12-12 hrs (2x ao dia) 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 
REFERÊNCIAS 
 
1. Sociedade Brasileira de Cardiologia. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial . Arq Bras Cardiol. Volume 107, Nº 3, Suplemento 
3, Setembro 2016. 
2. Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes 
Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol, 2010; 95(1 supl.1): 1-51./ GREENE, R. J.; HARRIS, N. D. Patologia e terapêuticas 
para farmacêuticos: Bases para a prática da farmácia clínica. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. 
2. UpToDate. Overview of hypertension in adults. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents/overview-of-hypertension-in-
adults?source=search_result&search=hipertensao&selectedTitle=1~150. 
3. James PA, Oparil S, Carter BL, et al. 2014 Evidence-Based Guideline for the Management of High Blood Pressure in Adults: Report 
From the Panel Members Appointed to the Eighth Joint National Committee (JNC 8). JAMA 2013;Dec 18. Disponível em: 
http://jama.jamanetwork.com/data/Journals/JAMA/0/jsc130010.pdf. 
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopéia Brasileira / Agência. Nacional de 
Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2016. 
BRASIL. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais : RENAME 2017 / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e 
Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017. 
 
 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Realização: 
 
Coordenação Geral: 
GT de Saúde Pública – Conselho Federal de Farmácia 
Concepção Pedagógica: 
Cassyano Januário Correr 
Thais Teles de Souza 
Walleri Christini Torelli Reis 
Coordenação Pedagógica: 
Thais Teles de Souza 
Walleri Christini Torelli Reis 
Tutoria: 
Alcindo de Souza Reis Junior 
Aline de Fátima Bonetti 
Bruna Aline de Queirós Bagatim 
Cínthia Caldas Rios Soares 
Fernanda Coelho Vilela 
Fernando Henrique Oliveira de Almeida 
Inajara Rotta 
Livia Amaral Alonso Lopes 
Natália Fracaro Lombardi 
Wallace Entringer Bottacin

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