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Análise Gravimétria Química Analítica II Profa Andreza Portella Ribeiro Análise Gravimétria Química Analítica II Bibliografia: BACCAN, Nivaldo et al. Química analítica quantitativa elementar. 3. ed. rev. ampl. São Paulo: Edgard Blücher, 2007. Skoog, D. A, West, D. M., Holler, F. J., Crouch, S. R. Fundamentos de Química Analítica, Editora Thomson, tradução da 8ª edição, 2006. HARRIS, Daniel C. Análise química quantitativa. 7 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. Marcomini, Marco R. Química Analítica II - Primeiro Roteiro de Estudos: Análise Gravimétrica, 2014. Tópicos Importantes (Etapas) 1. Abertura da Amostra; 2. Formação de precipitados; 3. Tamanho da partícula; 4. Coagulação; 5. Peptização; 6. Co-precipitação 7. Filtração; 8. Lavagem de precipitado; 9. Secagem/calcinação. Conexão Saber: Módulo 06 – Aula: Técnicas para análise por via úmida Análise Gravimétrica: baseia -se na determinação da massa de um composto puro ao qual o analito está quimicamente relacionado. Fundamentação básica O analito é convertido a um precipitado pouco solúvel. Então esse precipitado é filtrado, lavado para a remoção de impurezas, convertido a um produto de composição conhecida por meio de um tratamento térmico adequado e pesado. Natureza física dos precipitados: Para que o produto formato possa ser usado em análise gravimétrica, o precipitado deve apresentar as seguintes características • Ser facilmente filtrado e lavado para remoção de contaminantes; • Ter solubilidade suficientemente baixa para que não haja perda significativa do analito durante a filtração e a lavagem; • Não-reativo com os constituintes da atmosfera; • Composição química conhecida após sua secagem ou, se necessário, calcinação. Tamanho de Partícula suspensões coloidais: são invisíveis a olho nu (10-7 a 10-4 cm de diâmetro). As partículas coloidais não apresentam tendência de decantar a partir de soluções e não são facilmente filtradas. Tamanho de Partícula Tamanho de Partícula suspensão cristalina: A partículas de uma suspensão cristalina tendem a decantar espontaneamente e são facilmente filtradas. Mecanismo de Formação do Precipitado Na formação de um precipitado é necessário considerar duas etapas: a nucleação e o crescimento dos cristais: Nucleação = etapa em que as partículas do soluto dispersas no solvente começam a se juntar formando núcleo e só se tornam estáveis a partir de um certo tamanho crítico. Se o núcleo não atinge a estabilidade necessária ele redissolve Crescimento dos cristais: etapa subsequente à nucleação na qual as partículas são atraídas pelos núcleos formando partículas maiores. Controle Experimental do Tamanho das Partículas e solubilidade do precipitado a) Efeito do Íon comum = A solubilidade de um precipitado é diminuída pela adição de um excesso de precipitante ou pela presença de um eletrólito contendo um íon comum ao precipitado. (Cuidado com o efeito salino e/ou de formação de íon complexo) Exemplo: Precipitação do PbSO4 com H2SO4 se aumentarmos o fator [SO4 2-] diminuiremos o fator [Pb2+]. O efeito salino: A presença de um eletrólito que não possua o íon comum pode aumentar a solubilidade do sal. O efeito da formação de íon complexo: Alguns precipitados têm a tendência de formar íons complexos quando a concentração de um de seus íons formadores for muito elevada. Ex: O cloreto de prata aumenta sua solubilidade em soluções muito concentradas de cloreto de sódio devido à formação do íon complexo: AgCl(s) + NaCl AgCl2 - (aq) = solubilidade do precipitado é aumentada íon complexo b) O Efeito do pH: De uma forma geral, as espécies são solúveis em meio ácidos (pH menor que 7). Porém, não é uma regra. c) O efeito da temperatura: O aumento da temperatura gera dois efeitos, um desejável e outro indesejável: Se de um lado aumenta a solubilidade dos precipitados; Por outro lado diminui a viscosidade da solução, o que assegura uma filtração mais rápida. d) O efeito da presença de solventes orgânicos: A presença de solventes orgânicos miscíveis diminui, em alguns casos enormemente, a solubilidade do precipitado. Efeito colateral: existe a possibilidade de precipitação de outros eletrólitos. e) O efeito do tempo: De maneira geral, quanto maior o tempo, mais completa é a precipitação. Contaminação do precipitado Coprecipitação: Incorporação de substâncias insolúveis aos precipitado durante sua formação devido à substituição de íons de mesmo tamanho ou mesma carga ou ligação de impurezas na superfície do precipitado = redissolve. Contaminação do precipitado Pós-precipitação: Deposição de contaminantes na superfície das partículas do precipitado Análise gravimétrica: Etapas sucessivas ou operações unitárias 1. Abertura da amostra: tratamento químico = depende da natureza da amostra a ser analisada = pode ser enérgico, suave, ácido ou básico, em solução ou por fusão. Ex: solubilização com água, HCl, HNO3 Análise gravimétrica: Etapas sucessivas ou operações unitárias 2.Precipitação: o analito é separado da solução por meio da formação de um precipitado conveniente. Deve-se levar em conta vários fatores para a escolha de um reagente precipitante: 2. Precipitação *solubilidade (recomendável íon-comum) *tamanho da partícula *pureza do precipitado (precauções com a qualidade dos reagentes e a velocidade da reação) Recomendável: adição gradual (lenta) sob agitação. 2. Precipitação 3.Digestão da amostra (envelhecimento do precipitado): tempo em que o precipitado, após ter sido formado, permanece em contato com o meio de precipitação (água-mãe). *Tempo da digestão = já especificados em procedimentos analíticos 4.Filtração: processo de separação do precipitado do meio em que se processou sua formação. Cuidados transferência quantitativa (bastão de vidro), centro do papel (lavagem), nível da solução (evitar formação de rachaduras) Tipo de filtração = dependerá do tratamento a que o precipitado será submetido em fase posterior (secagem ou calcinação). 4.Filtração: Pode ser realizada utilizando funil cônico ou funil de Büchner e papel de filtro quantitativo ou utilizando funil de vidro sinterizado. 4.Filtração: 4.Filtração: 4.Filtração: 4.Filtração: 4.Filtração: 5.Lavagem: Tem a função de remover a água mãe retida no precipitado e eliminar impurezas não voláteis. A lavagem deve ser realizada com pequenas porções de líquido que contém um eletrólito dissolvido para impedir a peptização do precipitado (álcool 20%, solução diluída de HCl ou HNO3, dentre outros). Peptização: processo no qual um colóide coagulado retornando ao seu estado disperso 5.Lavagem: . 6a.Secagem: em geral = estufas elétricas a T menores que 130 oC (após a filtração em funil de vidro simples ou a vácuo). 6b. Calcinação: cadinho de porcelana = em muflas = T inicial 300 oC = completa queima do papel- filtro (teor de cinzas menor que o erro da balança) = ajuste da T (800 – 1200 oC) = permanecer por 1 hora = retirar da estufa = dessecador até T ambiente. Cadinho de porcelana 6. Secagem: cuidadosaos armazenar a amostra seca 7.Determinação da massa (“pesagem”): Corresponde à etapa final na qual se determina a massa do produto final obtido após a realização de todas as etapas anteriores da análise gravimétrica. É realizada em balança analítica (quatro ou cinco casas decimais). Observar condições ideais: ambiente sem vibrações e T e umidade controladas 7.Determinação da massa (“pesagem”): Análise gravimétrica: Vantagens a) as operações unitárias utilizadas no procedimento gravimétrico são de fácil execução e de boa reprodutibilidade; não precisa de etapas de calibração como acontece em equipamentos eletrônicos; b) usam-se equipamentos simples e de baixo custo, como béquer, funil de vidro, cadinho de porcelana, bico de Bunsen, mufla, estufa, balança analítica, etc. Análise gravimétrica: Desvantagens a) Tempo (longo); b) Várias etapas de execução = propagação de erros c) Análise de traços e micro-traços (ppm, ppb) Exercícios:Roteiro de Estudos – Prof Marco R Marcomini A lista completa com os exercícios de Analítica II encontra- se disponível na central do aluno 20. Para determinar a quantidade de ácido sulfúrico presente numa amostra de ácido de bateria comercial, uma amostra de 2,50 mL de ácido de bateria foi diluída a 25,00 mL e tratada com cloreto de bário até toda a precipitação de sulfato de bário. O sólido formado foi filtrado, lavado e seco em estufa por quatro horas para remoção de toda a água. A massa de sulfato de bário obtida foi 5,148 g. Calcule a massa de ácido sulfúrico presente na alíquota de 2,50 mL e a concentração em mol L-1 do ácido sulfúrico na solução de ácido de bateria 21. Uma amostra de 100,0 mL de solução contém íons cloreto na forma de cloreto de potássio. Os íons cloreto foram precipitados na forma de cloreto de prata, através da adição de nitrato de prata. O sólido formado foi filtrado e seco em estufa por cinco horas para a remoção de toda a água. A massa de cloreto de prata obtida foi 0,1562 g. Escreva a equação da reação e determine: a) A massa de cloreto presente na amostra; b) A massa de cloreto de potássio presente na amostra; c) A concentração em mol L-1 de cloreto de potássio na amostra. 22. Uma amostra de 100,0 mL de solução contém íons brometo na forma de brometo de sódio. Os íons brometo foram precipitados na forma de brometo de prata, através da adição de nitrato de prata. O sólido formado foi filtrado e seco em estufa por 5 horas para a remoção de toda a água. A massa de brometo de prata obtida foi 0,2510 g. Escreva a equação da reação e determine: a) A massa de brometo presente na amostra; b) A massa de brometo de sódio presente na amostra; c) A concentração em mol L-1 de brometo de sódio na amostra.
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