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Tratados e Convenções
Prof. Luciano Favaro
a) Convenções referentes à elaboração dos 
Tratados
Convenção de Havana, de 1928: celebrada por um número
reduzido de Estados. Ainda encontra-se em vigor.
a) Convenções referentes à elaboração dos 
Tratados
Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados – CVDT, de 1969:
entrou em vigor internacionalmente em 1980.
Refere-se à celebração de tratados apenas entre Estados.
O Brasil ratificou esta Convenção em 25 de setembro de 2009
a) Convenções referentes à elaboração dos 
Tratados
Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados – CVDT, de 1986:
de igual teor que a Convenção de 1969.
Refere-se à celebração de tratados firmados entre Estados e
Organizações Internacionais.
O Brasil ainda NÃO ratificou essa Convenção.
b) Conceito de Tratados
Significa um acordo internacional concluído por escrito entre
Estados/Organizações Internacionais e regido pelo Direito
Internacional, quer conste de um instrumento único, quer de
dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua
denominação específica.
c) Terminologia
É irrelevante para a determinação dos efeitos ou da eficácia do
tratado o nome que ele irá receber.
Pode ser: tratado, convenção, acordo, ajuste, memorando, pacto,
convênio, protocolo, entre outros.
d) Classificação
Quanto ao número de partes:
tratados bilaterais: quando o tratado possui somente duas partes
pactuantes.
tratados multilaterais: quando o número de partes é igual ou
superior a três.
d) Classificação
Quanto à possibilidade de participação:
tratados abertos: os tratados que permitem a assinatura ou a adesão
de quaisquer Estados.
tratados fechados: aqueles restritos a um determinado número de
Estados, como, por exemplo: o Tratado de Cooperação Amazônica.
d) Classificação
Quanto ao modo de entrada em vigor:
tratados em devida forma ou sentido estrito: é
possível identificar 2 fases de expressão de
consentimento das partes. Exemplo: a assinatura e a
ratificação.
tratados em forma simplificada – também
denominados de Executive Agreements (Acordos
executivos): identifica-se apenas 1 fase. Assim, por
exemplo, o tratado entra em vigor no momento da
assinatura pelo Poder Executivo.
e) Estrutura
Preâmbulo, parte dispositiva e anexo;
Preâmbulo: expõem os motivos, circunstâncias e
pressupostos do ato convencional.
Preâmbulo e Parte dispositiva: obrigatório.
f) Idioma de celebração dos tratados
Caso o tratado seja firmado no âmbito da ONU,
ele deverá ser celebrado em seis idiomas, quais
sejam: inglês, francês, russo, chinês, espanhol e
arábe.
g) Expressões usuais acerca dos tratados
1) Negociação: ato de negociar um tratado
bilateral ou multilateral.
Esse ato, em regra, é efetuado por diplomatas.
g) Expressões utilizadas
2) Adoção: ato posterior a negociação do tratado.
Ato pelo qual os negociadores reconhecem o texto
acordado ao longo das negociações.
Momento em que o tratado tem seu texto
concluído, não mais permitindo modificações.
g) Expressões utilizadas
3) Assinatura/Autenticação: em regra, a simples
assinatura não gera obrigações para o Estado,
salvo se se tratar de um Executive Agreements
(Acordos Executivos).
g) Expressões utilizadas
4) Ratificação: ato internacional unilateral pelo
qual o Estado reafirma perante os demais a
intenção de se obrigar pelo tratado.
No caso do Brasil, a ratificação de um tratado
importa prévia aprovação do Poder Legislativo
mediante Decreto Legislativo.
g) Expressões utilizadas
4) Ratificação: ato internacional unilateral pelo
qual o Estado reafirma perante os demais a
intenção de se obrigar pelo tratado.
No caso do Brasil, a ratificação de um tratado
importa prévia aprovação do Poder Legislativo
mediante Decreto Legislativo.
d) Expressões utilizadas
5) Adesão: ato unilateral por meio do qual um
Estado adere a um tratado já concluído.
Não participou, portanto, das negociações para a
elaboração do texto do tratado.
g) Expressões utilizadas
6) Reserva: declaração unilateral feita por um
Estado ao assinar, ratificar ou aderir a um tratado,
com o objetivo de excluir ou modificar os efeitos
jurídicos de certas disposições do tratado em sua
aplicação a esse Estado ou a essa organização.
g) Expressões utilizadas
ATENÇÃO! Em um tratado sobre Direitos Humanos, a
possibilidade de formulação de reserva deve estar
autorizada expressamente e somente será permitida se
for compatível com o objeto e fim do tratado.
A reserva é ato que prescinde a aceitação dos
demais Estados.
Deve ser formulada por escrito.
h) Observância e interpretação dos tratados
Todo tratado em vigor obriga as partes e deve ser
cumprido por elas de boa fé.
Um país não pode invocar as disposições de seu
direito interno para justificar o inadimplemento
de um tratado.
h) Observância e interpretação dos tratados
Aplicação temporal:
Princípio da irretroatividade: não retroage e só
poderá ser aplicado a fatos ou atos ocorrentes depois
de sua entrada em vigor internacionalmente.
Aplicação espacial:
Princípio da territorialidade: tratado será aplicado em
todo o território dos Estados pactuantes.
i) Condições de validade dos Tratados
Capacidade das partes;
Objeto lícito, possível e não conflitante com jus
cogens;
Acordo de Vontade sem defeito.
i) Condições de validade dos Tratados
Defeitos anuláveis Defeitos nulos
Vícios formais, exemplo: 
falta da carta de plenos
poderes
Coação do representante
Erro Coação do próprio Estado
Dolo Tratado conflitante com o 
jus cogens
Corrupção
Jus cogens
Jus cogens – norma imperativa de direito internacional geral: uma
norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos
Estados no seu conjunto, como norma da qual nenhuma derrogação
é permitida e que só pode ser modificada por nova norma de direito
internacional da mesma natureza.