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TECNOLOGIA DE CEREAIS Profª Drª Luciana Cristina Brigatto Fontes E-mail: lcbfonte@uninove.br CEREAIS Arroz, cevada, aveia, trigo, milho, sorgo, centeio. CENTEIO AVEIA TRIGO SORGO CEVADA Utilizados na forma de farinhas: pães, biscoitos, massas, pães. CEREAIS Maior parte de suas calorias como amido. Proteínas de baixo valor biológico (deficiente em lisina). Fibras nos cereais integrais. CEREAIS ESTRUTURA DOS GRÃOS •Farelo de trigo •Farinha de trigo integral •Cereais matinais PERICARPO OU FARELO: •Camada externa; •Maior quantidade de fibras (celulose); •Minerais e vitaminas do complexo B. ESTRUTURA DOS GRÃOS •Farinha de trigo branca ENDOSPERMA •Camada intermediária; •80% do grão integral; •Contém: carboidratos (amido) e proteínas; •Pequena quantidade de vitaminas do complexo B. ESTRUTURA DOS GRÃOS Dependendo da variedade, a parede celular que recobre o endosperma varia de espessura. Trigo duro (durum) Parede celular grossa com finalidade de absorver grande quantidade de água (hemicelulose); utilizado para fabricação de pães e massas. ESTRUTURA DOS GRÃOS Trigo mole Parede celular delgada, com baixa absorção de água; utilizado na fabricação de biscoitos. ESTRUTURA DOS GRÃOS •Óleo de germe de trigo. GERMEN: •Fornece nutrição para o grão. •Rico em minerais, lipídeos, proteínas, vitaminas do complexo B e vitamina E. ESTRUTURA DOS GRÃOS Amido Proteínas Lipídeos: 1 a 6%. Minerais: P, K, Mg, Ca. Vitaminas: B e E. •75 a 80%. •Amilose e amilopectina. •10 a 15%. •Baixo valor biológico: deficiente em lisina. COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO GRÃO PROTEÍNAS Albuminas Globulinas Prolaminas (GLIADINA) Glutelinas (GLUTENINA) 15% 85% COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO GRÃO GLUTÉN GLÚTEN Massa viscoelástica formada quando a farinha de trigo, misturada à água, sofre ação de trabalho mecânico FORMAÇÃO DO GLÚTEN Glutenina Gliadina Trabalho mecânico Água (hidratação) Formação de uma rede proteica: GLÚTEN GLÚTEN GLIADINAS Proteínas de cadeia simples. Responsáveis pela consistência e viscosidade da massa. Pouca resistência à extensão. VISCOSIDADE GLUTENINAS Proteínas de cadeia ramificada. Responsáveis pela extensibilidade da massa(elasticidade). RESISTÊNCIA À RUPTURA. Recepção Limpeza Condiciona- mento Moagem Peneiração e Purificação Embalagem BENEFICIAMENTO DO TRIGO Limpeza: Eliminar as impurezas: sementes estranhas, terra, areia, pedras. BENEFICIAMENTO DO TRIGO BENEFICIAMENTO DO TRIGO umedecimento do grão; facilitar a separação do farelo do endosperma durante a moagem; mínimo 18 horas. oCondicionamento: BENEFICIAMENTO DO TRIGO Moagem: •1º moinho: trituração •Separação do endosperma que será moído posteriormente semolina BENEFICIAMENTO DO TRIGO Semolina • Resultado da moagem incompleta trigo; • Possui textura granulada, mais grossa que farinha; • ANVISA: 841 micrometros (semolina) 250 micrometros (farinha) BENEFICIAMENTO DO TRIGO Moagem: moinhos de rolos. •Próximas moagens: redução do tamanho do grão. •Diversos conjuntos de rolos, cada vez mais juntos •Farinhas mais grossas ou mais finas BENEFICIAMENTO DO TRIGO Peneiração / purificação: % de extração da farinha Rendimento da moagem Separação da casca, do gérmen e das diversas farinhas. BENEFICIAMENTO DO TRIGO ↑ grau de extração Farinha % de extração % minerais Integral 95 1,75 Especial ou de Primeira 20 0,385 Comum 78 0,85 ↑ vitaminas e minerais BENEFICIAMENTO DO TRIGO Resolução - RDC nº 344, 13 de dezembro de 2002, Anvisa. Fortificação das farinhas de trigo e de milho. Adição de ferro e ácido fólico. FORTIFICAÇÃO DE FARINHAS PANIFICAÇÃO TRIGO GLÚTEN FARINHA Componente estrutural mais importante. Responsável pela formação da massa viscoelástica que retém gás. Água + trabalho mecânico PANIFICAÇÃO Trigo é o único cereal que possui as proteínas em quantidades e proporções adequadas para formação do glúten. PANIFICAÇÃO FLUXOGRAMA DE PANIFICAÇÃO Mistura Fermentação Boleamento ou moldagem Cozimento Resfriamento Embalagem MISTURA •Homogeneização dos componentes. •Formação do glúten. FLUXOGRAMA DE PANIFICAÇÃO FERMENTO BIOLÓGICO: Saccharomyces cerevisae. CARBOIDRATOS ETANOL + CO2 leveduras Crescimento da massa Rede de glúten retém CO2 formado FLUXOGRAMA DE PANIFICAÇÃO: FERMENTAÇÃO FERMENTO QUÍMICO: Bicarbonato de sódio e substâncias ácidas Produção de CO2 FLUXOGRAMA DE PANIFICAÇÃO: FERMENTAÇÃO Boleamento / moldagem: Dar formato FLUXOGRAMA DE PANIFICAÇÃO: BOLEAMENTO COZIMENTO •Gelatinização do amido •Desnaturação das proteínas •Reação de Maillard FLUXOGRAMA DE PANIFICAÇÃO: COZIMENTO FLUXOGRAMA DE PANIFICAÇÃO: RESFRIAMENTO E EMBALAGEM REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agência Nacional De Vigilância Sanitária. Guia de Boas Práticas Nutricionais de Pão Francês. CAPRILES, V. D.; ARÊAS, J. G. A. Avanços na produção de pães sem glúten: aspectos tecnológicos e nutricionais. B.CEPPA, v. 29, n. 1, p. 129-136, 2011. DAMODARAN, S.; PARKIN, K. L.; FENNEMA, O. R. Química de alimentos de Fennema. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. 900p. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GUTKOSKI, L. C.; ANTUNES, E.;ROMAN, I. E. Avaliação do grau de extração de farinhas de trigo e de Milho em moinho tipo colonial. B.CEPPA, v. 17, n. 2, p. 153-166, jul./dez.1999. PEDRO, N.; LOPES, S.; SZANTH, A.; COSTA, A.; MOURA, J. J. Doença Celíaca – revisão de conceitos e novos desenvolvimentos. Medicina Interna, v.16, n. 1, p.62-68, 2009. PIMENTEL, F. A.; OLIVEIRA, S. N. G.; DAMASCENO, M. J. R. Fabricação de pão francês com farinha de trigo e farinha de carimã. Informe Técnico 40, Embrapa Acre, n. 40, p.1-3, 2001.
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