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HISTÓRIA DA MATEMÁTICA Astronomia Astronomia A astronomia é a mais antiga das ciências. Sua história é um reflexo da cultura e do desenvolvimento das ideias da humanidade e está intrincadamente associada à história da matemática. Passagem do tempo A observação dos movimentos do sol, da lua e das estrelas e a percepção de regularidades permitiu ao homem efetuar a contagem do tempo e o desenvolvimento de calendários. Relógios de Sol A ideia consistia em se espetar uma vareta no chão. Durante o dia sua sombra se desloca dando uma ideia da passagem do tempo Relógios de Sol Ao medir sua sombra por vários dias sempre ao meio dia, é possível obter uma ideia da passagem do tempo ao longo do ano. No solstício de verão a sombra é mínima e no de inverno, ela é máxima. Estas regularidades permitiram a previsão da melhor época para se plantar e colher e permitiram o desenvolvimento da agricultura. À noite... Durante a noite as pessoas mediam a passagem do tempo, através do movimento da lua e das estrelas. Buscando entender e explicar as regularidades nos pontos luminosos do céu, diversos povos acreditavam que os astros eram deuses ou símbolos de divindades. Imaginaram desenhos no céu que representassem estas divindades. E assim, surgiram as constelações. Constelações Nomes utilizados hoje são gregos e romanos. Os gregos adotaram seu sistema dos antigos babilônios, cujas tradições podem ter vindo dos sumérios (3 mil anos antes). Marcações em uma caverna ao sul da França sugerem 17 mil anos... Primeiro mapa estelar conhecido. Astronomia Apesar do estudo da astronomia ter uma utilidade prática na contagem do tempo, seu estudo se confunde também com razões religiosas, pois sendo os astros divindades, suas posições poderiam ser utilizadas para prever o futuro, ou suas vontades. Babilônia Nas Tábuas babilônicas encontram-se observações e cálculos acerca da posição e movimento dos planetas, com previsões das estações do ano e de eclipses. Os astrônomos babilônicos acreditavam que todos os acontecimentos de suas vidas estavam ligados ao movimento dos planetas e estrelas. E, apesar de terem adquirido um alto nível de sofisticação da astronomia, com suas tabelas detalhadas dos movimentos dos planetas, não estavam interessados em entender as causas dos movimentos celestes. Suas explicações míticas eram satisfatórias. Egito No Egito, pirâmides foram construídas utilizando conhecimentos astronômicos. Algumas foram construídas com tal precisão que o aparecimento da estrela Sirius, nas aberturas laterais, era anúncio da cheia do Rio Nilo. Já os cometas semeavam o terror. Grécia Um grande desenvolvimento da astronomia aconteceu na Grécia. Vários astrônomos tentaram explicar o movimento das estrelas usando matemática e geometria. Erastótenes – séc III a.C. Bibliotecário-chefe da Biblioteca de Alexandria ficou sabendo que em Assuã, uma cidade distante 800 Km de Alexandria, uma vareta fincada no chão no dia 21 de junho não produzia sombra. Alguns dizem que ele viu isso em um papiro da biblioteca, outros dizem que ficou sabendo porque os homens de uma caravana tinham dito que não fazia sombra em um poço neste dia. O importante foi que ele percebeu que isto não ocorria em Alexandria no mesmo dia e horário! Se a Terra fosse plana esta diferença não apareceria. Raio da Terra Em Assuã, os raios caem de forma vertical e não produzem sombra. Em Alexandria, eles produzem uma sombra de tamanho L. Sabendo o tamanho da vareta e sua sombra ele obteve um ângulo de 7,2°. A distância entre Assuã e Alexandria foi medida como sendo 5000 estádios, que era a medida na época e equivale hoje a cerca de 157 metros. Com isso foi possível calcular a circunferência da Terra como sendo 250.000 estádios, ou seja, 39.250 Km. O raio foi medido como sendo 6.247 Km. Atualmente, medimos o raio da Terra como sendo 6.370 Km. Grécia Aristóteles dizia que o universo era finito, como uma grande esfera perfeita e que a Terra era o centro deste universo. Platão (428-347 a.C.) descreveu em seu livro República uma esfera de material cristalino, incrustada de estrelas, tendo a Terra no centro, com outras esferas mais próximas carregando a Lua, o Sol, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Desconhecedores da rotação da Terra, os gregos imaginaram que a esfera celeste girava em torno de um eixo passando pela Terra. Aristarco tinha um modelo heliocêntrico onde o sol ocupa o centro e é rodeado pela Terra, Lua, planetas e estrelas Grécia Hiparco (190-120 a.C.) foi considerado o maior astrônomo da era pré-cristã. Ele compilou um catálogo com a posição no céu e a magnitude de 850 estrelas, deduziu corretamente a direção dos polos celestes, e afirmou que a lua estava a 59 vezes o raio da Terra de distância (o valor correto é 60). Ele também determinou a duração do ano com uma margem de erro de 6 minutos. Grécia Ptolomeu (85 – 165 d.C.): último astrônomo importante da Antiguidade. Compilou uma série de 13 volumes sobre astronomia, conhecida como Almagesto. Formalizou a teoria geocêntrica. Maias (auge: 200 a 900 d.C) Eram excelentes observadores dos céus e construíram vários observatórios. Conseguiram conhecer com grande precisão os ciclos lunar, solar e de Vênus. Ciclo lunar : 29,53086 dias Hoje: 29,54059 dias Ciclo solar: 365,2420 dias Hoje: 365,2422 Vênus passa pela Terra a cada 583,935 dias Hoje: entre 583,920 e 583,940. Com base nesses conhecimentos, eles criaram um conjunto de calendários complexos e interligados que, juntos, formavam um dos sistemas de contagem do tempo mais precisos de sua época.
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