Buscar

PENAL APELAÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 8ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP.
Processo n°..
Patrícia Goulart de Bragança e Junqueira, já qualificada nos autos vem através de seu advogado que subscreve e assina com documentos anexos, respeitosamente perante a presença de Vossa Excelência propor: APELAÇÃO, com fundamento no art. 593, inc. I, do CPP, não se conformando com, data vênia, com a r. sentença que julgou parcialmente procedente a Queixa Crime interposta contra Kamylla Proença de Albuquerque, de acordo com a razões que seguem anexas, requer que sejam recebidas pela 2ª Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo com fundamento no art. 600 a 603 do CPP.
Nesses termos, 
Pede deferimento.
 São Paulo, 28 de outubro de 2017.
 ADVOGADO
 OAB/SP...
:
RAZÕES DE APELAÇÃO
RECORRENTE: Patrícia Goulart de Bragança e Junqueira
RECORRIDO: Justiça Pública
Egrégio Tribunal de Justiça
Colenda câmara
Eméritos julgadores,
Mostra-se a indignação da recorrente mediante a sentença do Excelentíssimo Sr. Juiz de Direito da 8° Vara Criminal da Comarca de São Paulo, que julgou seu pedido parcialmente, data vênia, sem analisar toda arguição do pedido, requer a reforma da sentença pelas razões e fundamentos a seguir:
DOS FATOS
A recorrente, no dia 19 de janeiro de 2017 foi caluniada falsamente através de suas redes sociais, sendo a ela imputada agressão, onde tal fato inventado jamais chegou a acontecer. Tal calunia foi publicada na internet sobre teor da mensagem: 
“URGENTE! Ontem à noite, ao solicitar uma selfie, sem qualquer motivo, de forma covarde fui agredida fisicamente com um tapa no rosto por Patrícia Goulart de Bragança e Junqueira, também conhecida como Patty, quando esta entrava na portaria do prédio em que mora. Me ajudem a divulgar. Tal fato não pode ficar impune”.
Mensagem está, seguida de uma foto (selfie), em que demonstrava supostos hematomas no rosto da caluniadora.
A postagem viralizou nas redes sociais, pois a recorrente era pessoa de imagem pública e ante ao exposto, tinha milhares de seguidores tornando-se rapidamente notícia não só nas redes sociais mas em aplicativos de mensagens em todo País, ferindo assim a honra objetiva, denegrindo assim uma de suas fontes de renda que é a imagem pública. 
Tais fatos alegados incide no crime de calúnia, ao qual a tipificação da conduta se encontra no art. 138 do CP, onde requer a recorrente perante Vossa Excelência o reconhecimento do delito contra ela acometido e que se aplicada a pena precedida da conduta c/c o agravamento da conduta.
Contudo, o Juiz Ao proferir sentença provimento parcial à Queixa-Crime interposta, condenou a Querelada pela prática do crime de calúnia à pena mínima de 06 (seis) meses de detenção, em razão de sua primariedade de bons antecedentes. Entretanto, deixou de reconhecer a existência da causa de aumento de pena prevista no artigo 141, III do Código Penal, sob a alegação de que o legislador se valeu de fórmula genérica ao caracterizar esta majorante, sem definir quais seriam os veículos idôneos para facilitar a divulgação dos crimes contra a honra. 
DO CABIMENTO E DA ADMISSIBILIDADE
 DO RECURSO ESPECIAL
O presente Recurso satisfaz todos os requisitos à sua admissibilidade:
• Da tempestividade: O recurso interposto atende ao preceito da tempestividade uma vez, que sua interposição foi impetrada 28/11/2017 obedecido o seu prazo de interposição de 05 dias (art.’s 593 e 798 do CPP).
• Da legitimidade e interesse: Nota-se que a recorrente, goza de requisitos indispensáveis à interposição de recurso ora requerido, pois, é autora da ação Instituída nesta como parte legitima para proposição do recurso sendo intrínseco o interesse processual (art. 577 caput e § único, do mesmo art.).
Ante ao exposto, é cabível e adequado o recurso interposto que a recorrente dispõe para impugnar decisão proferida.
DO DIREITO
Verifica-se, que a querelante sobre preceitos a garantir seu direito, solicita reforma da decisão, uma vez que o Juízo “a quo” em reconhecimento da Queixa-Crime do ocorrido acolhe a demanda parcialmente, condenando a querelada pela prática do crime de calúnia à pena mínima de 06 (seis) meses de detenção, em razão de sua primariedade de bons antecedentes. Porém, data vênia, a decisão é empregada erroneamente, uma vez que o art. 141, inc. III, do CP emprega concomitante ao crime prescrito no art. 138, ao qual enseja o aumento de 1/3 sobre o tipo penal.
Art. 138- Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena- Detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Devendo assim, sua aplicação ser cominada ao que se segue:
Art. 141- As penas cominadas neste capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
III- Na presença de várias pessoas ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
É de fácil elucidação que a autora do delito, teve a intenção de propagar a errônea informação da pratica do ilícito, utilizando assim de ferramenta mais rápida para a propagação da noticia pela internet onde tal noticia atingiria milhões de pessoas. Ora vossa excelência, a de se compreender que o art. 141, não é taxativo, mas sim exemplificativo. 
Portanto, não restam dúvidas de que são considerados meios que facilitam a divulgação da ofensa à honra, os mecanismos de comunicação cibernética (e-mails, redes sociais e similares). Isso porque para a caracterização da majorante, não é sequer necessária a demonstração de que o meio utilizado tenha efetivamente possibilitado uma divulgação mais ampla do fato, bastando que tenha sido utilizado um instrumento com potencial para tanto. Afinal, a agravante configura uma mera situação de perigo e não de dano, sendo suficiente que seja empregado qualquer meio que seja capaz de promover a divulgação da ofensa.
Sobre os preceitos manifestados na presente demanda, há acordão prolatado pela 2° Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do sul/MS, a respaldar a indignação da querelante e o ensejo da reforma da sentença:
APELAÇÃO CRIMINAL - QUEIXA-CRIME - CALÚNIA
- RECURSO ACUSATÓRIO - AUSÊNCIA DE DOLO
ESPECÍFICO – NÃO OCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE
TIPIFICAÇÃO DO CRIME IMPUTADO FALSAMENTE
- DESNECESSIDADE - MEIO QUE FACILITA A
DIVULGAÇÃO DA CALÚNIA - SITES DE INTERNET -
ART. 141, III, CP - RECURSO PROVIDO. (TJ-MS - ACR:
3364 MS 2007.003364-6; Relator: Des. Claudionor
Miguel Abss Duarte. Data de julgamento: 23/05/2007,
2ª Turma Criminal. Data de publicação: 18/06/2007).
Portanto, Vossa Excelência, a decisão que foi proferida se contrapõem com entendimento jurisprudencial e normas legais demonstrado ante à todo exposto arguido ensejando a reforma desta. 
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer: 
O recebimento deste recurso e que se de provimento para a reforma da sentença a quo, de modo que a causa de aumento de pena prevista no artigo 141, inciso III do C. P. seja aplicada na dosimetria da pena imposta à Querelada, por questão de mais lídima justiça.
Termos em que,
Pede deferimento.
 São Paulo, 28 de outubro de 2017.
 NOME DO ADVOGADO
ASSINATURA DO ADVOGADO
 NÚMERO DE INSCRIÇÃO DA OAB/SP

Outros materiais