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Enfermidades da Cavidade Oral - Dietoterapia Língua Glândulas salivares Bochechas Lábios Palato Dentes Gengiva Glândula sublingual É a menor, responsável pela excreção de 5 – 10% da saliva, está situada no assoalho da boca, entre a porção lateral da língua e os dentes. Sua secreção é eliminada para o meio bucal mediante um número variável de pequenos ductos que se abrem numa elevação da prega sublingual. Glândula parótida É a maior glândula salivar, produz 20% de toda a saliva que é expelida na boca, é puramente serosa e rica em amilase. Localiza-se anteriormente à orelha e atrás do ramo da mandíbula, Glândula submandibular A segunda em tamanho, responsável por 70% da excreção de saliva. Situada na porção posterior do assoalho da boca, Contém tanto células serosas, quanto células mucosas. Estimulação: pela córtex cerebral e hipotálamo Quantidade diária: 1 a 1,5 litros pH: 6,2 a 7,6 Componentes: substâncias inorgânicas (ânions e cátions), substâncias orgânicas (mucina, amilase ou ptialina, ureia, lisozima, glicose, lipase, enzimas microbianas) e água Características Preparação do bolo alimentar: A mucina (glicoproteína) agrega partículas previamente quebradas pela mastigação para posterior deglutição. Ação solvente e de limpeza: os corpúsculos gustativos são estimulados e mantém a secreção salivar. Proteção: A mucina protege a mucosa, formando uma barreira contra estímulos nocivos, toxinas microbianas Provê uma limpeza mecânica, a qual carreia bactérias não-aderentes A limpeza promovida pela saliva reduz a disponibilidade dos açúcares para os microrganismos da placa As proteínas da saliva que se ligam ao cálcio ajudam a formar uma película que se comporta como uma membrana protetora. Funções Funções Tamponamento : evita a colonização da boca por microrganismos potencialmente patogênicos; Tampona os ácidos produzidos por bactérias que podem desmineralizar o esmalte Digestão: Amilase salivar Gustação: (gustina) dissolve substâncias a serem degustadas e maturação dos corpúsculos gustativos Ação antimicrobiana Histina - propriedades antibacterianas Lisozima - hidrolise da parede celular de bactérias IGA - aglutina microrganismos. Essa capacidade, juntamente com a ação de limpeza da saliva, serve para remover agregados de bactérias Manutenção da integridade dental A saliva é saturada com íons cálcio e fosfato - aumenta a dureza da superfície e a resistência do esmalte às cáries. Funções Reparação tecidual O tempo de sangramento dos tecidos bucais é menor. Quando a saliva é experimentalmente misturada com sangue, o tempo de coagulação pode ser muito acelerado! → fator de crescimento epidérmico contido na saliva, acelera a recuperação tecidual. Doce Amargo Ácido / azedo Salgado Sistema de gustação: distingue alimentos e toxinas Memória associativa - Forte ao estímulo ALIMENTAR Desgustação Olfato - Pode levar até mais de 50 anos para voltar ao normal Ocorre mesmo quando as náuseas vem horas depois da ingestão do alimento Curiosidade Tecido mais resistente e mineralizado do corpo 96% - minerais 4% - água e material orgânico NUTRIÇÃO SAÚDE ORAL Desenvolvimento, manutenção e reparo dos dentes e tecidos orais Afeta a capacidade de uma pessoa consumir uma dieta adequada Cárie Dentária Doenças Periodontais Câncer de Boca Traumatismo Edentulismo (perda de dentes) Nutrição e saúde oral O meio biopsicossocial, no qual o indivíduo está inserido, interfere nos processos das doenças bucais, particularmente da cárie CÁRIE DENTE MICROBIOTA SUBSTRATO É uma doença transmissível e infecciosa (mais comum) É uma doença MULTIFATORIAL Quatro fatores devem estar presentes simultaneamente Hospedeiro ou superfície dental suscetível Microorganismos (Streptococcus mutans, Lactobacillus) Carboidratos fermentáveis na dieta (substrato) Tempo Cárie Material podre Carboidratos dietéticos Microorganismos Ácidos Produção de ácidos desmineralização dos dentes cárie Doença oral infecciosa Alimentos cariogênicos: CHO - levam a redução do pH < 5,5 quando fermentados Alimentos cariostáticos: proteínas, gorduras (formam barreira protetora) Líquidos: hidratação e mecanismo de limpeza Fibra (celulose): limpeza e favorecimento da irrigação (> tempo de mastigação, > salivação) Fatores relacionados a cariogenicidade Aumentam o tempo de contato dos alimentos com as superfícies dentárias Cavidades de cáries, restaurações defeituosas, aparelhos ortodônticos e próteses Fluxo salivar reduzido O tempo do desaparecimento dos açúcares prolongado Frutose 5 minutos Guloseimas 40 minutos tempo Conduta dietoterápica Carboidratos Evitar concentração de açúcar simples (sacarose) Lipídios: normolipídica Minerais: DRIs - Zinco, Vit. C e Ácido fólico – a deficiência aumenta a permeabilidade da barreira gengival Proteínas: normo / hiperproteica Vitamina A – manutenção gengival; Vitamina D – absorção de Ca e P, importantes para formação de cristais de hidroxiapatita – componente do esmalte dental e da dentina; Fluor – adicionado a hidroxiapatita – aumenta resistência contra cáries Vitamina C – síntese de colágeno (principal proteína estrutural do corpo humano). Deficiência = escorbuto (sangramento gengival, perda de dentes) Conduta dietoterápica Vitaminas: ajustadas às necessidades do paciente Escovar os dentes pelo menos 2 x ao dia Enxaguar a boca após as refeições (quando não for possível escovar) Mastigar gomas de mascar sem açúcar por 15 a 20 minutos após as refeições Utilizar fio dental 2 x ao dia Utilizar cremes dentais fluoretados (formam fluorapatita – mais resistente a ação de ácidos que a hidroxiapatita) Consumir alimentos cariogênicos juntamente com cariostáticos ou anticariogênicos, tais como nozes, queijo, hortaliças Limitar o consumo de CHO fermentáveis entre as refeições Água fluoretada Diretrizes da prevenção de cáries Os alimentos tem baixíssimas quantidades de flúor Exceto o chá preto Cozinhar alimentos em água fluoretada Suplementação de flúor na dieta (quando não há água fluoretada) – Fluoreto de sódio a 1%. (1 em 5L) IDADE NÍVEL DE ÍONS FLUOR NA ÁGUA POTÁVEL (ppm) <0,3ppm 0,3 – 0,6 ppm >0,6ppm Nascimento – 6 meses 0 0 0 6 meses – 3 anos 0,25mg/dia 0 0 3 – 6 anos 0,50mg/dia 0,25mg/dia 0 6-16 anos 1mg/dia 0,50mg/dia 0 Conjunto de condições inflamatórias, de caráter crônico e de origem bacteriana que começa afetando o tecido gengival e pode levar, com o tempo, à perda dos tecidos de suporte dos dentes. Os microrganismos responsáveis por esses eventos estão presentes na placa bacteriana dental Relação inversa Redução das doenças com aumento na ingestão de laticínios (Al-Zahrani, 2006) Redução da ingestão de Ca e aumento do risco de doenças periodontais (Nishida, 2000) Associação Doenças periodontais e perda de dentes com osteoporose, menopausa e osteopenia (Krall, 2001; Gur, 2003; Jeffcoat, 2005) Se não tratada leva a perda da sustentação óssea dos dentes Tratamento clínico • Drenagem local • Lavagem com peróxido de hidrogênio a 3% • Antibioticoterapia • Curetagemou gengivectomia, extração de dentes Fatores de defesa • Higiene oral • Integridade do sistema imune e nutrição adequada Etiologia Placa bacteriana no sulco gengival Toxinas Destruição de tecidos + perdas dentárias Analgésicos Antibióticos Antissépticos bucais + higiene Observar consistência, temperatura, adequação de calorias, macro e micronutrientes Tratamento dietoterápico (doença periodontal e gengivite) Tratamento Deficiência de vitamina C, folato e zinco Língua geográfica ou Psoríase lingual Infecções por fungos/bactérias Descamação das papilas Evitar condimentos picantes, excesso de sódio, bebidas alcoólicas, infusos concentrados Psoríase lingual Língua saburrosa Língua saburrosa Camada esbranquiçada (saburro) Células epiteliais + muco + leucócitos + restos alimentares + fungos Tratamento: remoção da saburra, antisépticos , dieta* * Alimentos que estimulem a saliva (fibras, goma de mascar sem açúcar) Língua pilosa negra Língua pilosa negra Alongamento das papilas gustativas, as deixando com aspecto peludo Mancha escura no dorso: acúmulo de fungos e bactérias Idosos com, excesso de de antibióticos, tabaco, chá ou café Xerostomia, halitose e gosto metálico Tratamento: higiene oral, antisépticos, medicação e alimentos que estimulem a saliva (fibras, goma de mascar sem açúcar) Candidíase oral Candidíase oral (Candida albicans) Placas branco-leitosas Ardência, sangramento, dor e febre Imunodeprimidos, crianças, idosos Dieta: + proteínas, + líquidos, - CH Úlcera aftosa Deficiência de B12, ácido fólico e ferro Vírus, agentes químicos, estresse, doenças inflamatórias intestinais, febre Lesões não identificadas = aftas Tratamento: antisépticos,analgésicos, corticosteroides, sedativos Dieta: ↑proteínas, suplementos Câncer de boca Carcinoma oral Lábio, língua, assoalho bucal, palato Tratamento cirúrgico, quimio e radioterapia Dieta : oral, enteral, parenteral Recomendações para xerostomia Efeito preventivo Dieta rica em vitamina A, C e E Consumo frequente de • frutas • verduras cruas • laticínios Fatores de risco Nutricionais Alto consumo de alimentos • defumados •tratados com sal e nitritos •carnes vermelhas •ovos •Manteiga e gorduras totais •Uso de erva-mate (chimarrão) •churrasco Nasofaringe Oral Orofaringe Laringe Orofaringe Fatores de risco Não-nutricionais Tabagismo E alcoolismo Exposição prolongada a raios de sol Má higiene bucal Radioterapia • Perda de peso • Desidratação • Redução da qualidade de vida Relação inversa entre IMC e evolução clínica IMC ≥ 25 kg/m2 Melhor resposta ao tratamento Alimentação pós-cirurgia Alimentação pré-tratamento Longo período sem se alimentar Nutrição Enteral • Se alimentação oral for possível • Alimentos líquidos • Alimentos / preparações de fácil mastigação e deglutição • Fracionamento aumentado • Alta densidade calórica •Preferir CHO complexos Objetivo da terapia nutricional Prevenir e corrigir perda de peso e desnutrição Favorecer cicatrização da incisão cirúrgica Facilitar ingestão adequada Evitar broncoaspiração Boca machucada: Evitar comidas pontudas, duras como batatas chips Xerostomia: mais comum em fumantes, idosos e mulheres, uso prolongado de medicamentos, estressadas, usuários de drogas e doenças que afetam as glândulas salivares (Diabetes, carcinoma oral, Parkinson, AIDS); quimioterapia, radioterapia Consumo de alimentos macios com molhos, caldos, sopas, ou vitaminas Manter a boca seca aumenta o risco de cáries dentárias Disfagia: Dieta pastosa / semilíquida ou nutrição enteral
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