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FACULDADE DE DIREITO DO RECIFE DISCIPLINA DE TEORIA POLÍTICA E DO ESTADO ANÁLISE DOS TIPOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS PROPOSTOS POR GEORG JELLINEK Recife, 19 de março de 2018 1 - Introdução Segundo Georg Jellinek, para que haja uma compreensão efetiva do Estado Moderno é imprescindível uma análise histórico-cultural de seus antecessores. Sendo assim, pode-se afirmar que a construção do que hoje se entende por Estado sofreu uma série de alterações e complementaridades durante os séculos, alterações essas que deixaram legados importantíssimos para as sociedades posteriores e exercem sua influência contemporaneamente. Desse modo, é pertinente a análise dos seguintes tópicos : influência divina na sociedade/poder do soberano, noção de individualidade/reconhecimento de direitos e soberania através dos gráficos construídos abaixo. 2 - Gráficos 2.1 - Influência divina na sociedade/poder do soberano. Inquestionavelmente, a religião sempre esteve presente nas mais variadas formas de estado. Sendo o estado israelita (teocrático) e o medieval (dominação católica) os mais influenciados, em contrapartida apresentam-se o romano e moderno, pois, no caso romano, apesar de apresentar religiões, o poder do Imperador era soberano nas escolhas e “devoção” do povo e no Moderno já ansiava-se pela separação total. 2.2 - Noção de individualidade/reconhecimento de direitos. israelita romano medievalhelênico moderno alta baixa NÍVEL TIPOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS Segundo Dallari, “a noção jurídica de povo é uma conquista bastante recente, a que se chegou num momento em que foi sentida a necessidade de disciplinar juridicamente a presença e a atuação dessa entidade mítica e nebulosa e, paradoxalmente, tão concreta e influente”. Desse modo, a partir da análise, os estados israelita e moderno demonstram um alto reconhecimento de direitos por parte do próprio povo, já que os israelitas acreditavam que só estavam desprotegidos em frente ao próprio Jeová, e para os modernos, o Estado tinha o dever de assegurar direitos naturais do ser humano. Entretanto, no helênico os cidadãos eram apenas vistos como órgãos funcionais do estado, assim como no estado medieval onde não havia uma unidade de regimes jurídicos, haja vista que cada feudo tinha seu regimento. Um grande avanço apresenta-se no estado Romano, visto que as primeiras noções de diferenciação entre o direito público e privado já se faziam perceber, apesar de uma grande centralização. 2.3 - Soberania. Estando sempre relacionada ao poder, não se teve uma noção clara de soberania até o fim do Império Romano, sendo apenas no estado Medieval que as primeiras noções tomaram forma através da conquista de supremacia por alguns monarcas. Foi apenas no estado Moderno que o conceito tomou a forma que conhecemos contemporaneamente. O motivo, expressa Jellinek, é a falta de separação entre os poderes, antes influenciado por outras esferas. TIPOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAISmodernomedievalromanohelênicoisraelita NÍVEL baixa alta TIPOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS modernomedievalromanohelênicoisraelita baixa alta 3 – Conclusão Apesar de complementares, os tipos históricos de Jellinek apresentam divergências entre si que auxiliaram a humanidade na busca por um estado ideal. Entretanto, deve-se atentar para o fato de que seus escritos datam de séculos atrás, logo, a análise corresponde a realidade vivida naquele momento, porém, é algo que não interfere na qualidade do material. 4 - Bibliografia JELLINEK, Georg. Teoria General del Estado; trad. y prólogo de Fernando de Los Rios. México, 2000. Dallari, Dalmo de Abreu. Elementos da Teoria Geral do Estado. São Paulo, 1998.
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