Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Desenvolvimento da Tanatologia: estudos sobre a morte e o morrer Antigamente a morte era compreendida com espontaneidade, era uma cerimônia pública, despedia-se das pessoas e decidia com quem iria ficar seus bens. Capitalismo o conceito de morte modificou-se, preocupação em separar os mortos dos vivos, cerimonias silenciosas sem demostrar seu verdadeiro sentimento. Revolução higienista morto é fonte de perigo, contaminação e doença. Morte se encontra em hospitais,UTI. Paciente é impossibilitado de sentir e expressar suas emoções, sofrimento solitário e sem chamar atenção. Profissionais da saúde curar a doença e não para lidar com os sentimentos da pessoa. Essencial entender a subjetividade no procedimento de morrer solicitaria um esforço por parte da educação formal no sentido de humanizar para fazer-se os profissionais da saúde mais aptos a lidar com este fato que é físico, psíquico e social. Programas sobre a morte e o morrer, mas não dão ênfase ao fortalecimento pessoal do profissional para o confronto da morte. A falta dessa preocupação: síndrome de burn out. A inserção de programas de qualificação e zelo aos profissionais, beneficiar a todos. Alternativa é o tratamento dos cuidados paliativos os quais valorizam a qualidade de vida do paciente, dão um valor significativo ao respeito à autonomia do paciente em relação ao método de vir falecer. Atender pedidos dos pacientes pode tornar o processo de morte menos torturante e mais digno para o paciente e, da mesma forma, trazer maior tranquilidade ao profissional que diariamente se sente mal com a compreensão de fracasso diante da morte. Objetivos são: diminuir a dor e angústias, entender a morte como um processo natural, não adianta nem adiar a morte, incorporar questões espirituais e psicológicos no cuidado do paciente, disponibilizar um sistema de suporte que ajude o paciente a viver ativamente até a chegada de sua morte e ter presente uma equipe para atender as necessidades dos pacientes e familiares incluindo a elaboração do luto. O processo de luto se caracteriza por um conjunto de reações diante de uma perda onde as expressão de sentimentos são fundamentais para o desenvolvimento. Bowlby quatro fases durante o luto. Primeira fase é a de torpor ou aturdimento, nela pode ocorrer manifestações de desespero e ate mesmo raiva e a sua duração varia de algumas horas a semanas. Segunda fase é a das saudades e busca da figura perdida, onde a raiva também pode se manifestar quando se percebe de fato a perda o que pode durar meses ou anos. Terceira fase é a da desorganização e desespero em que ocorre com maior freqüência o choro, a raiva, as acusações envolvendo pessoas próximas e pode desenrolar-se a sensação de que nada mais tem significado. Quarta, e última fase, acontece a aceitação da perda e a percepção de que a vida precisa ser iniciada novamente porém a saudade e a tristeza podem voltar ate nesta fase, levando em consideração que o processo de luto nunca é totalmente concluído. A fundação do fenômeno psicológico se da por meio de numa relação dialética com o mundo social. No caso da morte e do morrer, a Psicologia deveria reintroduzir, por meio de uma aproximação científica, as questões emocionais e simbólicas. Apenas desta maneira pode colaborar com uma assistência de melhor qualidade tanto para o indivíduo, como para a sociedade e ao ser humano adiante da experiência da morte. Contribuições da Tanatologia no processo de morrer Prolongar a vida e previnir a morte. A morte gera diversas reações nas pessoas. Religião e a ciência realizam um papel importante de como os indivíduos lidam com a perspectiva da morte. Religião: a fase da vida é entendida como transcendente dando espaço para abrandar a dúvida sobre o que acontece depois e para eles a morte é simbolizada. Ciência: explicações mais concretas. Aumento da expectativa de vida trás lados negativos para a vida dos idosos, como doenças degenerativas. Governo não pode deixar de lado as doenças enfrentadas pelos idosos. Maior conhecimento saude, ainda características da morte que não foram desenvolvidas. Cinco fases, trouxeram uma possível maneira de compreender as relações interpessoais do paciente, da família e ate mesmo da própria equipe de saúde. Já as estratégias praticas duas exigências. A primeira situações agudas, uma solução rápida que conseguiria diminuir a ansiedade, o medo, dor, raiva A segunda situação crônica e permite uma resposta a longo prazo, viver essas emoções negativas com a finalidade de desenvolver uma nova maneira de lidar com a vida e morte. Melhor seria aliar as duas, criando uma única estratégia, uma vez que as duas apresentam o objetivo de resolver o problema existencial do fim da vida através do saber. Tanatologia duas: a clínica, cujo o enfoque seja ao cuidado do paciente, da sua família, pessoas próximas envolvidas. E a de investigação que daria sua atenção o sentido da vida e da morte para os humanos, que difere para cada um. Aproximação espiritual e interpessoal, sempre respeitando as ideias, crencas e valores dos pacientes e de sua família. No momento em que os profissionais de saúde enfrentam pacientes prestes a morrer, eles acabam tendo ideias, sentimentos diversas intensidades e de forma inconsciente sofrimento psíquico muito grande na equipe, dificultando o vinculo com o paciente. Fundamental que os profissionais sejam capazes de lidar com essas situações, bem como observar e manjar características que envolvam comportamentos suicidas. Freud diferencia a tristeza sentida no processo de luto e uma pessoa melancolia. Essa diferenciação tem sido essencial para entender as causas do suicídio. Durkheim todas as sociedades tem momentos históricos que aumentam comportamentos suicidas. A maioria da população não consegue entender como alguém é capaz de tirar sua própria vida, os familiares que acabam tendo que enfrentar essa situação devem ter ajuda de profissionais. Penando nisso, outra contribuição de destaque da Tanatologia é a ênfase dada ao processo de luto. Acaba ganhando um papel importante na prevenção e no auxílio a profissionais que se envolvem com o tema da morte. No momento e que a doença começa a trazer muito sofrimento, a pessoa deseja o alivio da morte (uma tentação ao suicídio). O profissional sempre devera sentir uma dor que o impulsione a fazer as coisas por amor. A potência do profissional entendam sua dor e esteja do lado. A tanatologia não é restrita a um único tipo de atuação. Ajuda pode vir de forma anônima ou não, importando o desejo de auxiliar o próximo. Atendimento em casa tem sido muito utilizada para diminuir o tempo do paciente nos hospitais. Sujeito enfrenta-se com um paradoxo: melhorar a sua expectativa e qualidade de vida contra aceitar e se posicionar diante da morte. Capítulo 1: Sobre o temor da morte Epidemias geravam a morte em pessoas de todas as idades. Criação de vacina = expectativa de vida aumentou, aumentando o número de pessoas com tumores ou doenças crônicas. Mais velhos que procuram diminuir as suas limitações e habilidades físicas bem como enfrentar a solidão e o isolamento. As mudanças, ocorridas nos últimos séculos, são responsáveis pelo crescente medo da morte. Este medo é compreensível, a ideia de que a morte nunca é possível quando tratamos e nós mesmos. A morte ainda é um medo universal, mesmo sabendo que atualmente há prevenção para inúmeras delas. Nos tempos antigos, ela podia ficar em casa para separar com quem ficaria bens e se despedia de sua família. Requer do paciente menos adaptação, ele também pode comer ou beber o que lhe agradar. Ajudatambém a sua família e o próprio paciente a aceitar a perda, é uma forma de percepção gradual. As crianças são afastadas pois seria demais para elas, experiencia muito traumática, misteriosa e parvos. Parece que há mais negação da morte conforme há mais avanço na ciência. Morrer é muito mecânico, solitário e muito desumano. Tratado como alguém sem direito de opinar, objeto e também como um grande investimento financeiro. Capítulo 2: Atitudes diante da morte e do morrer Menos espaço para o relacionamento humano. Avanço da tecnologia somos condicionados a lidar com a morte em grandes escalas, sem parar para refletir sobre o ocorrido, na maioria das vezes apenas agradecemos que não ocorreu conosco ou com alguém próximo. Já que não somos capazes de enfrentar esse fato. Religião grande importância. Antigamente vida sofrida na terra sua vida no céu será muito melhor. Dias de hoje o número de pessoas que possuem essas crenças diminuíram os encontros se tornam mais sociais do que pela crença em si. Ninguém está preparado para lidar com a morte ao nosso redor e nem para morrer, tentamos evitar a morte e falar dela como se assim estivéssemos protegidos da mesma. Relação medico-paciente se torna muito importante para se enfrentar a morte. Morte era a maior das crises. Entrevistar pacientes terminais em diversos hospitais e depois fazer seminários para todos reaparecem suas opines e o que sentiram Capítulo 3: Primeiro estágio: negação e isolamento Receber a notícia ou descobrirem fase terminal de sua doença entram na fase da negação inicial. Mecanismo de defesa temporário, sente a necessidade de querer falar com alguém sobre sua morte. Importância escuta-lo, deixar que o paciente sonhe com coisas felizes. Negação a frente dos membros da equipe hospitalar, exigentes ao escolher aos seus familiares e a equipe que estejam ligados a sua doença. Acabam perdendo muito conhecimento ao evitar esses pacientes. Primeiro a equipe analisa suas necessidades, se está preparado para encarar a realidade. Capítulo quatro: segundo estágio: a raiva Estágio de negação é substituído por sentimentos de raiva, de revolta e inveja. Muito difícil de lidar pois se propaga em todas as direções. Enfermeiras atingidas por está raiva. Visitas sem animação, saem sentimento de culpa e evitam fazer outras visitas, isto gera no paciente níveis mais altos de culpa e mágoa. Grande problema é que quase ninguém se coloca no lugar do paciente. Assumimos em termos pessoais sendo que não tem nada a ver as pessoas que esta raiva é descarregada, brigas desnecessárias. Quando compreendemos o paciente em demostrar julgamentos e ressentimentos volta a ser capaz de mostrar o outro lado da sua personalidade passando a ser mais visitada pela equipe da enfermaria ou seja tudo acaba melhorando. Capítulo cinco: terceiro estágio: barganba Estágio menos conhecido, é útil um tempo curto. Adiar a morte como se fosse um prêmio oferecido por um bom comportamento. Normalmente são realizas com Deus e normalmente mantidas em segredo. Podem estar ligadas a uma culpa recôndita. Capítulo seis: quarto estágio: depressão Dois tipos de depressão. Relativa: perda passada, ela necessita muita conversas, intervenções ativas por parte de quem está em volta em vários assuntos e o paciente também tem muito o que dizer. Neste caso, encorajar o paciente, ver o lado positivo da vida pode ajuda os pacientes em estado terminal. Preparatória: é silenciosa, são as perdas iminentes de todos os objetos amados. Falar para ele não se sentir triste seria algo sem sentido pois todo mundo fica triste quando perde um ser amado. Neste tipo, ao contrário da primeira, há pouca ou as vezes nenhuma necessidade de palavras, requer um sentimento que aparece mutualmente como um toque carinhoso ou apenas ficar sentado silenciosamente ao lado do paciente. Aqui a interferência exagerada de vistas que tentam animar o paciente de qualquer forma acaba atrasando sua preparacao emocional, ao invés de incentiva-lá. Capítulo sete: quinto estágio: aceitação Quanto mais tentam nega-lá mais difícil será de atingir esse estágio. Superar todas as fases anteriores atingirá um estágio que não irá sentir depressão nem raiva em relação ao seu destino Sonolento, não quer saber das noticias, não quer conversar com as visitas freqüência. Família necessitara de mais apoio e ajuda. Visitas noturnas ótima opção, sentir que não esqueceram dele. Visitante perde a visão de que a morte é algo medonho e horrível a ser evitada.
Compartilhar