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Introdução à Medicina Legal

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Prévia do material em texto

Medicina Legal
Prof. Adriano Faustino de 
Figueiredo
adrianofaustino@yahoo.com.br
Funcionamento 
da
disciplina
Livros utilizados
Medicina Legal – Texto 
e atlas
Hygino de Carvalho 
Hercules, Editora 
Atheneu, 1ª edição, 
2005.
Medicina Legal
Genival Veloso de 
França, Editora 
Guanabara-Koogan 
(GEN), 9ª edição, 
2010.
Perícias Médicas –
Teoria e Prática
Emilio Bicalho 
Epiphanio, Editora 
Guanabara-Koogan 
(GEN), 1ª edição, 2009.
Algumas resoluções a serem estudadas 
(em parte...)
• Resolução CFM no1.246 de 26/01/1988 (Código de Ética Médica).
• Resolução CFM no1.480 de 21/08/1997 (Morte encefálica).
• Resolução CFM no1.617 de 16/05/2001 (Código de Processo 
Ético-profissional).
• Resolução CFM no1.779 de 05/10/2005 (normatiza o 
preenchimento da DO). Resolução CFM no1.826 de 06/12/2007 
(Suspensão de procedimentos na morte encefálica).
O site oficial do CFM para as resoluções
Site: www.portalmedico.org.br/php/pesquisa_resolucoes.php
O site oficial do CRM-MG 
Site: www.crmmg.org.br
O link oficial para os pareceres do CRM-MG 
Site: www.crmmg.org.br/pareceres/
Principais leis a serem estudadas 
(em parte...)
• Decreto-Lei no2.848 de 07/12/1940 (Código Penal - CP). 
• Decreto-Lei no3.689 de 3/10/1941 (Código de Processo Penal - CPP).
• Lei no10.406 de 10/01/2002 (Código Civil - CC).
• Lei no10.826 de 22/12/2003 (“Estatuto do desarmamento”).
• Lei no11.340 de 07/08/2006 (lei “Maria da Penha”).
• Lei no11.690 de 09/06/2008 (altera alguns artigos do CPP).
• Lei no11.705 de 19/06/2008 (lei “seca”).
O site oficial do governo para a legislação
Site: www.presidencia.gov.br/legislacao
Alguns dos periódicos utilizados
The American Journal of Forensic Medicine and Pathology
Fator de impacto: 0,603
International Journal of 
Legal Medicine
Fator de impacto: 3,03
Forensic Science 
International
Fator de impacto: 2,015
Bibliografia básica desta aula:
• Livro Perícias Médicas – Teoria e Prática, Emilio 
Bicalho Epiphanio: 
Capítulo 1 (exceto “Conceitos de deficiência, incapacidade e 
invalidez”) – páginas 3-13. 
Capítulo 2 (exceto “Perícia por precatória”, “O perito e a 
reabilitação profissional” e “O perito e o estabelecimento de nexo causal”) 
páginas 14-21.
• Livro Medicina Legal – Texto e Atlas, Hygino de 
Carvalho Hercules:
Capítulos 1, 2, 3 e 7.
A Medicina Legal
• Especialidade médica (Associação Brasileira de Medicina Legal).
• Definição ampla:
– Áreas de atuação da Medicina na interface com o Direito.
• Principais áreas de atuação:
– Criminal (enfoque da disciplina!)
– Civil
– Trabalhista / Previdenciária / Securitária
– Ética
• Principais modos de ser exercida:
– Criminal: concurso público estadual (médico-legista), nomeação por 
autoridade (perito ad hoc) ou escolha da parte (assistente técnico)
– Civil ou trabalhista: escolha da parte (assistente técnico) ou nomeação 
por autoridade
– Previdenciária: concurso público federal
– Ética: CRM e CFM
• Apenas 1 programa de residência médica (USP-SP).
Site oficial da ABML
http://www.abml-medicinalegal.org.br/home/index.php
O que faz a Medicina Legal?
• Perícia médica: todo ato médico com o propósito de 
contribuir com as autoridades administrativas, policiais ou 
judiciárias com conhecimentos específicos da área médica.
– Colabora com a investigação policial: pode oferecer provas objetivas 
para uma investigação 
– Presta esclarecimentos à justiça em suas mais diversas formas:
– Criminal - por ex.: exame de corpo de delito
– Civil – por ex.: investigação de paternidade
– Trabalhista/previdenciária – por ex.: perícias do INSS
Peritos 
• Perícia: exame dos elementos materiais de um fato alegado.
• Perito:
- Detém o conhecimento sobre determinado assunto.
• Principais tipos:
- Civil – contratado pela parte interessada ou nomeado
judicialmente – “qualquer profissão”.
- Criminal – funcionário público ou nomeado judicialmente.
- Previdenciário/securitário – funcionário público
• Peritos da Polícia Civil:
- Perito Criminal – qualquer curso superior.
- Médico-legista.
Peritos oficiais
• Função do perito: atender à autoridades
competentes no sentido de verificar o caso. Não
defender ou acusar!
“visum ad repertum”: ver e repetir.
• Atuação: verificar, procurar e interpretar os
vestígios materiais dos fatos ocorridos.
• Conjunto de elementos materiais denunciadores
do fato criminoso – “corpo de delito”.
Conceitos fundamentais
• Corpo de delito: “Todos os elementos materiais da 
conduta incriminada, inclusive meios ou 
instrumentos de que se sirva o criminoso.”
 Nos Institutos e postos Médico-legais são 
realizadas as perícias de corpo de delito onde 
o conhecimento médico é essencial a esta 
análise na esfera criminal.
A perícia médico-legal
Exemplo de uma perícia médico-legal
A perícia médico-legal
A perícia médico-legal
A perícia médico-legal
A perícia médico-legal
A perícia médico-legal
A perícia médico-legal
A Medicina Legal em Minas Gerais
• Exercida de 3 maneiras principais:
– Por concurso público estadual: médico legista.
• Uma das carreiras da Polícia Civil de Minas Gerais.
• Último concurso: julho de 2006.
– Por nomeação de autoridade: perito ad hoc.
– Por escolha da parte: assistente técnico.
• Um Instituto Médico Legal, em Belo Horizonte.
• Postos médico-legais em várias cidades do interior:
– Conselheiro Lafaiete, Divinópolis, Araxá, Uberlândia, Montes Claros, 
etc.
• Cerca de 300 médicos legistas (concursados) no estado, 
sendo 45 no IML-BH. 
Instituto Médico-Legal de Belo Horizonte 
Rua Nicias Continentino, 1291, Gameleira.
Telefone geral: (31) 3379-5000
Governador
Chefe de Polícia Civil
SPTC
IC
II
IML
www.sesp.mg.gov.br
Organograma estrutural do IML-BH
IML
DPML DL DA
SPV SPM SCDL SRPASAP TOX
NECROTÉRIO
PERÍCIAS 
INDIRETAS
PSIQUIATRIA SAF
CLÍNICA
ODONTO
Que tipos de exames são 
realizados no IML?
- Lesão corporal
- Verificação embriaguez
- Conjunção carnal
- Ato libidinoso
- Perícia de aborto
- Sanidade mental
- Sanidade física
- Perícia de idade
- Antropologia forense
- Odontologia forense
- Aval. conduta profissional
- Perícias de intoxicações
- Necrópsias
Aproximadas 25.000 perícias/ano
- 80% vivo
- 20% morto
Necropsia
• Necropsia, autopsia ou tanatopsia: é o exame externo e interno de um 
cadáver.
– Necropsia X autopsia 
• Pode ser realizada com finalidade clínica ou forense:
• Clínica: autorização obrigatória da família, realizada em hospitais, 
geralmente por patologistas.
• Forense: não é necessária a autorização da família, realizada geralmente 
no IML ou postos médico-legais, por legistas.
• Principais propósitos da necropsia forense:
– Determinar a causa mortis.
– Determinar o tempo decorrido da morte. 
– Distinguir lesões intra-vitam e post-mortem.
– Identificar o corpo. 
– Fornecer elementos para a determinação da causa jurídica da morte (se 
homicídio, suicídio ou acidente).
– Materializar um ou mais delitos. 
• Duas indicações básicas:
– Morte decorrente de causas externas 
(morte violenta).
– Morte suspeita.
Quando é necessária uma 
necropsia médico-legal?
• CAPÍTULO II (artigos 158 a 184): 
– DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS 
PERÍCIAS EM GERAL.
• Art. 158: Quando a infração deixar vestígios, 
será indispensável o exame de corpo de delito, 
direto ou indireto, não podendo supri-lo a 
confissão do acusado.
Código de Processo Penal: 
Decreto-Lei 3.689 de 03/10/1941.
Código de Processo Penal – modificadoem parte 
pela lei 11.690 de 09/06/2008
Art. 159: O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados 
por perito oficial, portador de diploma de curso superior.
– § 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) 
pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior 
preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem 
habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
– § 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e 
fielmente desempenhar o encargo.
– § 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de 
acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de 
quesitos e indicação de assistente técnico.
– § 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e 
após a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos 
oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão.
Código de Processo Penal – artigo 159 
(continuação)
– § 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à 
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para 
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os 
quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados 
com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as 
respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em 
prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
– § 6o Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de 
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que 
manterá sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame 
pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.
– § 7o Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de 
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um 
perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.”
• Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde 
descreverão minuciosamente o que examinarem, e 
responderão aos quesitos formulados. (Redação dada pela Lei 
nº 8.862, de 28.3.1994)
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo 
máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em 
casos excepcionais, a requerimento dos peritos. (Redação dada 
pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
• Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em 
qualquer dia e a qualquer hora.
Código de Processo Penal: 
Decreto-Lei 3.689 de 03/10/1941.
• Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas 
depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos 
sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes 
daquele prazo, o que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, 
bastará o simples exame externo do cadáver, quando 
não houver infração penal que apurar, ou quando as 
lesões externas permitirem precisar a causa da morte e 
não houver necessidade de exame interno para a 
verificação de alguma circunstância relevante.
Código de Processo Penal: 
Decreto-Lei 3.689 de 03/10/1941.
• Art. 167: Não sendo possível o exame de corpo de delito, por 
haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal 
poderá suprir-lhe a falta.
• Art. 180: Se houver divergência entre os peritos, serão 
consignadas no auto do exame as declarações e respostas de 
um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu 
laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de 
ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame 
por outros peritos.
• Art. 182: O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo 
ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
Código de Processo Penal: 
Decreto-Lei 3.689 de 03/10/1941.
Modelo de um laudo médico legal
Perícias no vivo realizadas no IML-BH:
 As mais freqüentes são:
– Lesões corporais
– Conjunção carnal
– Ato libidinoso
– Gravidez, abortamento, parto e puerpério
– Embriaguez e toxicomania
– Sanidade mental
• Finalidade básica: 
- Morte violenta
- Morte suspeita
• Falta do SVO em BH
• Centralização atendimento
• Sobrecarga de trabalho
Perícias no morto realizadas no IML-BH
- CAPÍTULO VI (artigos 275 a 281): 
- DOS PERITOS E INTÉRPRETES.
• Art. 275: O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à 
disciplina judiciária.
• Art. 276: As partes não intervirão na nomeação do perito.
• Art. 277: O perito nomeado pela autoridade será obrigado a 
aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, 
salvo escusa atendível.
Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem 
justa causa, provada imediatamente:
a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade;
b) não comparecer no dia e local designados para o exame;
c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja 
feita, nos prazos estabelecidos.
Código de Processo Penal: 
Decreto-Lei 3.689 de 03/10/1941.
• Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito, sem 
justa causa, a autoridade poderá determinar a sua condução.
• Art. 279. Não poderão ser peritos:
I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito 
mencionada nos ns. I e IV do art. 69 do Código Penal;
II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou 
opinado anteriormente sobre o objeto da perícia;
III - os analfabetos e os menores de 21 anos. 
Código de Processo Penal: 
Decreto-Lei 3.689 de 03/10/1941.
• Art. 120 – É vedado ao médico ser perito de 
paciente seu, de pessoa de sua família ou de 
qualquer pessoa com a qual tenha relações 
capazes de influir em seu trabalho.
Código de Ética Médica: 
Resolução CFM 1.246/1988.
• Exclusão por própria solicitação.
• Exclusão por impedimento: 
– Artigo 279 do CPP
– Artigo 47 do CP
• Exclusão por suspeição:
– Artigo 254 do CPP
– Artigo 135 do CPC
• Exclusão por substituição.
Condições de exclusão do perito
• Proibição ou incapacidade temporária para o exercício 
de cargo, função ou atividade pública;
• Proibição ou incapacidade temporária para o exercício 
da profissão;
• Por depoimento anterior no processo;
• Por analfabetismo;
• Ter menos de 21 anos.
Condições de impedimento do perito
Fonte: Código de Processo Civi.
• Ser amigo ou inimigo da parte.
• Estar ele próprio respondendo a processo análogo, ou seu 
cônjugue, ascendente ou descendente até terceiro grau.
• Tiver aconselhado qualquer parte.
• For credor ou devedor de parte.
• For tutor, curador, donatário ou empregador de qualquer 
das partes.
• For sócio, acionista ou administrador de sociedade 
interessada no processo.
Condições de suspeição do perito
Fontes: Códigos de Processo Civi e Penal.
Alguns tópicos importantes do 
direito penal aplicados à 
Medicina Legal
• Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
– Crime doloso:
• I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o
risco de produzi-lo;
– Crime culposo:
• II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia.
– Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém
pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando
o pratica dolosamente.
Código Penal: 
Decreto-Lei 2.848 de 07/12/1940.
- Falso testemunho ou falsa perícia:
• Art. 342: Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como
testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo
judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral.
(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
§ 1o As penas aumentam-se deum sexto a um terço, se o crime é
praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter
prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em
processo civil em que for parte entidade da administração pública
direta ou indireta.
§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo
em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.
Código Penal: 
Decreto-Lei 2.848 de 07/12/1940.
- Homicídio simples:
• Art 121. Matar alguém:
Pena: reclusão, de seis a vinte anos.
- Homicídio culposo:
§ 3o Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
Pena: detenção, de um a três anos.
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o
crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou
ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não
procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão
em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3
(um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze)
ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de
2003)
§ 5o Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a
pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de
forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. (Incluído
pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
Código Penal: 
Decreto-Lei 2.848 de 07/12/1940.
• Médico condenado por homicídio culposo.
Em abril de 2002, o juiz de direito da 7ª Vara Criminal recebeu denúncia
por homicídio culposo contra o médico por ter o mesmo agido com
negligência, imperícia e imprudência, não observando as regras técnicas
da profissão durante o parto de Vânia e seu filho Cauê, sendo o médico
condenado criminalmente por dois homicídios culposos neste mês de
outubro de 2003.
Fonte: http://www.ptsul.com.br, acesso em 08/07/09.
• Justiça do DF condena ex-médico a 30 anos de prisão
SÃO PAULO e BRASÍLIA - Depois de um julgamento que durou quase
dezoito horas, a Justiça do Distrito Federal condenou nesta madrugada o
ex-médico XXXXX a 29 anos de prisão em regime fechado e um ano em
regime aberto pelas mortes de Adcélia Martins e Grasiela Murta, que
fizeram lipoapiração em 2002 e morreram em seguida. Ele foi condenado
por homicídio doloso qualificado, omissão de socorro e exercício ilegal da
medicina. Para os jurados, o ex-médico assumiu o risco de matar as
pacientes. Apesar da sentença, Marcelo Caron não saiu do fórum para a
prisão, porque ele respondeu o processo em liberdade e compareceu a
todos os atos. O ex-médico terá este direito até que seja julgado o último
recurso.
Fonte: O Globo, DFTV e GloboNews TV , 08/07 às 05h24min.
Casos da imprensa
Tipos de penas privativas de liberdade
• Prisão simples:
– Destinada às contravenções penais.
– Regimes semi-aberto ou aberto.
– Contraventor é diferente de criminoso!
• Detenção:
– Cumprida inicialmente nos regimes semi-aberto ou aberto.
• Reclusão
– Crimes mais graves.
– Proibição de fiança (penas superiores a 2 anos).
– Cumprida inicialmente nos regimes fechado, semi-aberto e 
aberto.
Fonte: Nucci - Manual de Direito Penal, 4ª edição, 2008, página 378.
Causas jurídicas de morte.
Morte natural, violenta e suspeita.
Tipos de morte
• Morte “natural”: decorrente de causas não-
traumáticas, sem transferências de energia.
• Morte violenta: decorrente de causas externas, não
“naturais” (homicídio, suicídio ou acidente).
• Morte suspeita: “quando há possibilidade de não
ter sido natural a sua causa”.
– Nos casos de morte suspeita ou violenta é
obrigatório o exame de corpo de delito (artigo
158 do CPP).
Causas jurídicas de morte violenta
• Acidente: “não intencional” – sem delito a apurar.
• Homicídio: com delito a apurar.
• Suicídio: sem delito a apurar (a princípio...).
– Não é atributo do médico-legista determinar a 
causa jurídica de morte violenta!
– O exame médico-legal é uma das peças no 
inquérito policial!
Morte súbita
• Conceito controverso!
• Morte fulminante X morte rápida X morte súbita
• “Aquela decorrente de até 1h da evolução dos
sinais/sintomas ou até 24h da última vez que o
indivíduo foi visto com vida.”.
• Nexo temporal não é um bom parâmetro!
• As mortes súbitas são, a princípio, morte
suspeitas, até que se prove o contrário.
Principais causas “naturais” de morte súbita
• Cardiovasculares:
– Cardiopatias (isquêmica, hipertensiva, valvares, disritmias, etc...),
outros.
• Sistema nervoso central:
– Acidentes vasculares encefálicos (hemorrágicos ou isquêmicos),
epilepsia, infecções (meningite, etc...), neoplasias, outros.
• Respiratórias:
– Asma, TEP, infecções (epiglotite, pneumonias, tuberculose, etc...),
neoplasias, outros.
• Metabólicas:
– Diabetes, deficiências enzimáticas, outros.
• Hemodinâmicas:
– Lesões vasculares por doenças (úlcera péptica, gestação tubária,
varizes esofágicas, etc...), choque anafilático, pancreatite,
hemoglobinopatias, sepse, outros.
Obrigado 
pela atenção!!!

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