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ANÁLISE PROJETUAL SESC POMPEIA

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ARQUITETURA MODERNA BRASILEIRA PÓS BRASÍLIA 
Sesc Pompeia 
 
 
Beatriz Rivillini Fraga1 
Letícia Rayane de Faria Freitas2 
Matheus Siqueira Barbosa Maia3 
Verlyne de Sousa Lima4 
 
 
 
 
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo apresentar um panorama da 
arquitetura moderna brasileira durante o período pós Brasília, através de estudo 
e análise crítica de uma edificação, de acordo com as exigências da atividade 
acadêmica IT-818. 
 
Palavras-chave: Modernismo, Brasília, Lina Bo Bardi, Sesc Pompeia. 
 
 
 
2Graduanda em Arquitetura e Urbanismo 
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 
Email: leticia_@hotmail.com 
 
1Graduanda em Arquitetura e Urbanismo 
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 
Email: beatriz.rivillini@hotmail.com 
 
4Graduanda em Arquitetura e Urbanismo 
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 
Email: verlyne.desousa@hotmail.com 
 
3Graduando em Arquitetura e Urbanismo 
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 
Email: matheusmaia.ufrrj@gmail.com 
 
Sumário 
1 – INTRODUÇÃO AO TEMA .......................................................................................................... 4 
2 - VIDA E OBRA DE LINA BO BARDI .............................................................................................. 5 
2.1 - OBRAS RELEVANTES .......................................................................................................... 6 
3 - INTRODUÇÃO AO PROJETO ...................................................................................................... 7 
3.1 – REABILITAÇÃO DA FÁBRICA .............................................................................................. 7 
3.2 – GEOGRAFIA ....................................................................................................................... 8 
3.3 – PAISAGEM FÍSICO-CULTURAL ........................................................................................... 9 
3.4 - VIAS DE ACESSO AO TERRENO ......................................................................................... 9 
3.5 - TRAJETÓRIA SOLAR E VENTOS PREDOMINANTES ............................................................ 9 
3.6 – ACESSOS/VIAS DE ACESSO.............................................................................................. 10 
4 – O PROJETO SESC POMPEIA .................................................................................................... 10 
5 – PROGRAMA DE NECESSIDADES ............................................................................................. 13 
5.1 – SETORIZAÇÃO ................................................................................................................. 15 
5.3 – ESTUDO VOLUMÉTRICO ................................................................................................. 19 
06 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................ 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 – INTRODUÇÃO AO TEMA 
A cidade de Brasília é o maior Conjunto Moderno do mundo que foi um marco 
para a arquitetura do Brasil, progredindo em uma nova fase após sua construção, 
que veio a existir reflexões e mudanças no projetar arquitetônico, passando por 
anos sombrios e chegando a uma nova perspectiva de relação profissional, 
produção acadêmica, construção civil e linguagem arquitetônica. O Brasil passou 
pelos concretos da década de 1960 de Brasília à espelhos do século XXI, 
mudanças geradas pelo fim da Era Industrial para a Era Informacional, que 
introduziu no país uma pluralidade das expressões artísticas além do 
Modernismo deixados como herança. 
A Ditadura Militar, que durou de 1964 a 1984, foi um tempo de mudanças 
reprocessas para o estudo da arquitetura. Para Ficher1, “Ficamos condenados à 
arquitetura moderna, que se difundia dogmaticamente Brasil afora até se 
transmutar no formalismo oficializado por Brasília2” (2014), que fazia com que a 
crítica sobre o movimento moderno indicaria uma cumplicidade com a Ditadura 
na visão dos arquitetos da época, silenciando o debate no país e perderia todo 
o discurso internacional pós modernista recorrido. Só próxima aos anos 80 que 
foram discutidos por arquitetos de vários Estados do país uma reflexão de 
expansão de ideias dos fundamentos teóricos e críticos, estrutura profissional e 
as formas de contribuição político-social na categoria. 
Após o fim da ditadura e de seu militarismo político que a arquitetura ressurgiu 
de forma significativa e redemocratizada. Além disso, a ditadura atingiu as 
universidades, dificultando os estudos urbanísticos para o país que resultou em 
uma busca de identidade do urbanismo, como explica Pereira3. 
A década de 1980 foi marcada pelo fim da idade industrial para a idade 
informacional. Em 1984, foi organizado o Congresso Brasileiro de Arquitetura, 
em Belo Horizonte, que renasceu a crítica em substituição ao conjunto de 
 
1 Sylvia Ficher, Arquiteta Urbanista formada na FAU-USP. Mestre em História da Conservação pela 
Columbia University. Pós-Doutorado em Sociologia na École des Hautes Etudes en Science Sociales. 
2 GUIMARAENS, Cêça. "Arquitetura Brasileira após-Brasília: redescobertas?". Vitruvius. Disponível em 
<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/02.022/799>. Visualizado dia 11 de novembro 
de 2015. 
3 PEREIRA, Margareth. Notas Sobre o Urbanismo em Questão. PROURB-FAU-UFRRJ. Pág. 55 
5 
 
arquiteturas governamentais com características dos estilos internacionais. 
Foram discutidos alternativas para suprir as obras em nome da contextualização 
da paisagem urbana brasileira, questionando a cidade funcional, fundindo a 
passagem do pós-moderno com a pluralidade das expressões arquitetônicas e 
sendo observado o desenvolvimento da área de tecnologia e apropriação dos 
aspectos construtivos tradicionais. 
2 - VIDA E OBRA DE LINA BO BARDI 
A arquiteta Achilina Bo, mais conhecida como Lina Bo Bardi, nascida de Itália 
em 05 de dezembro de 1914, mas naturalizada brasileira em 1951, foi uma 
arquiteta modernista ítalo-brasileira, casada com o crítico de arte Pietro Maria 
Bardi e é conhecida por ter projetado Sua casa de Vidro, o Museu de Arte em 
São Paulo (MASP), o Sesc Pompéia, entre outros. 
Lina estudou na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Roma durante 
a década de 1930 mas mudou-se para Milão, onde trabalhou para Giò Ponti, 
dono de uma casa chamada Domus. Muda-se em 1946 para o Brasil, onde 
encontra uma nova potência para as suas idéias na arquitetura moderna, sendo 
influenciada pela sua admiração pela cultura popular. Apesar de desejar residir 
no Rio de Janeiro, é em São Paulo, porém, que instala-se, projetando e 
construindo mais tarde no bairro Morumbi, a sua casa de Vidro. 
No fim da década de 1970 executou uma de suas principais obras, o Sesc 
Pompéia, que se torna uma forte referência para a história da arquitetura no final 
do século XX. Em Salvador, na década de 80, elaborou projetos de restauração 
no centro histórico de Salvador, reconhecido pela UNESCO como patrimônio da 
humanidade. Em 20 de março de 1992 faleceu realizando o antigo sonho de 
morrer trabalhando, deixando inacabado o projeto de reforma da Prefeitura de 
São Paulo. 
''Eu tenho projetado algumas casas, mas só para pessoas 
que eu conheço. Tenho horror em projetar casas para 
madames, onde entra aquela conversa insípida em torno da 
discussão de como vai ser a piscina,as cortinas (...) Gostaria 
muito de fazer casas populares."¹ (BARDI, Lina Bo.) 
6 
 
Seus projetos, como a Casa Valéria Cirell e o Sesc Pompéia, refletem essa sua 
marcante característica, além das obras de arquitetura, Lina produziu para 
o teatro, cinema, artes plásticas, cenografia, desenho de mobiliário, entre 
outros, também participou da curadoria de diversas exposições. 
2.1 - OBRAS RELEVANTES 
Instituto Pietro Maria Bardi 
O instituto Pietro Maria Bardi construído em 1951, conhecido como A Casa de 
Vidro, originalmente foi a residência da arquiteta e seu marido e ganhou este 
nome devido a sua fachada de vidro oponente, que parece flutuar sobre os 
pilares. É o primeiro projeto construído da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, 
sendo considerada ícone da arquitetura moderna no Brasil. O loteamento da 
antiga Fazenda de Chá Muller Carioba, na região do Morumbi, em São Paulo foi 
o local escolhido para construção. 
 
 
 
 
 
 
Fotografia Casa de Vidro. 
Fonte: http://institutobardi.com.br/?page_id=11 
 
 
MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand 
 
Construído todo em concreto e vidro pela arquiteta Lina o Bardi em 1968, é 
localizado na Avenida Paulista 1578, Bela Vista São Paulo Brasil, terreno do 
antigo Belvedere Trianon, em uma implantação isolada, que foram inauguradas 
escolas de gravura, pintura, design industrial, escultura, ecologia, fotografia, 
cinema, jardinagem, teatro, dança e até moda. A ideia sempre foi realizar 
7 
 
exposições periódicas. A obra constituiu o maior vão livre do mundo em sua 
época, sendo materializado como um grande volume que se suspende a 8 
metros do solo para deixar o térreo livre, tendo aproximadamente 10mil metros 
quadrados. 
 
 
 
 
 
 
 Fotografia Fachada MASP. 
Fonte: < http://www.archdaily.com.br/br/01-59480/classicos-da-arquitetura-masp-lina-bo-bardi> 
 
3 - INTRODUÇÃO AO PROJETO 
O SESC Pompeia é um centro de cultura e lazer localizado na Vila Pompeia, 
zona oeste da cidade de São Paulo, projetado pela arquiteta ítalo-Brasileira Lina 
Bo Bardi, em colaboração com André Vainer e Marcelo Ferraz, realizado 
em 1977 e construído em 1982, tendo capacidade de atendimento para 5 mil 
pessoas por dia e também é palco de apresentações artísticas e culturais. 
Embora tenha sido reconstruído na década de 80, o espaço que anteriormente 
era uma fábrica de tambores, feito a partir de galpões, se mostra um projeto 
muito atual, sendo um marco na arquitetura contemporânea brasileira pós 
Brasília. 
3.1 – REABILITAÇÃO DA FÁBRICA 
Nos anos de 1930, uma empresa construiu uma fábrica de tambores de Óleo na 
região conhecida como Chácara Bananal, um local cobiçado para as indústrias. 
Em 1935, o Estado notificou um incêndio que destruiu a fábrica de tambores e 
com a Segunda Guerra Mundial, a família dona da empresa retornou à Europa 
e a fábrica foi embargada. Com o prédio abandonado no local, foi a leilão. Com 
o novo proprietário, se transformou em uma Indústria produtora de geladeiras. 
8 
 
Em 1971, o Sesc comprou o imóvel, mas a fábrica já havia fechado. O que não 
se esperava era que a fábrica seria restaurada em vez de demolida, 
transformada em um novo centro cultural. 
"Preservar a fábrica é preservar um pedaço da história da 
cidade, mas um pedaço da história como ela é mesmo, sem 
disfarces. Nada daquele conceito de que só deve permanecer o 
que é belo. O que é típico deve ser valorizado. Mesmo que seja 
simples, como seria obrigatoriamente uma fábrica de tambores"4 
(BARDI, Lina Bo. 1977) 
 
Fotografia da Fábrica abandonada em 1972. 
Fonte: <http://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,como-era-sao-paulo-sem-sesc-pompeia,9353,0.htm> 
 
3.2 – GEOGRAFIA 
O Sesc Pompéia é localizado em Vila Pompéia, na Zona Oeste da cidade de São 
Paulo. Um local bem movimentado, de trânsito caótico que apresenta a típica 
região tumultuada da cidade de São Paulo. 
 
 Mapa de Localização do Sesc Pompéia. Fonte: Google Mapas 
 
4 • Citado em "Como era São Paulo sem Sesc Pompéia", Acervo do Estadão de São Paulo. Publicado 
dia 01 de novembro de 2013, visualizado dia 11 de novembro de 2015. 
9 
 
O clima do bairro é de uma cidade subtropical úmido, por se localizar em um 
estado mais próximo do sul do país, propenso a ter bastante chuva durante o 
ano e temperaturas baixas do que no resto do país. As temperaturas anuais 
variam em 19ºC, mas aumentadas consideravelmente durante o verão. A 
umidade relativa é reduzida durante o inverno, sendo registrado no verão 80%. 
Em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano, São Paulo chega a 0.805 
considerado alto. A população aumentou nos últimos 5 anos cerca de 14%, 
segundo os censos demográficos do IBGE5. 
 
3.3 – PAISAGEM FÍSICO-CULTURAL 
 
A edificação é localizada próxima de diversos comércios fluentes do bairro, como 
o Shopping Bourbon, restaurantes, lojas de material de construção, condomínio 
residencial e a Sociedade Esportiva do Palmeiras. 
Destaca-se a pouca impermeabilidade do solo, pouca arborização urbana, 
estratégias de fluxos de pedestres, vias arteriais e coletoras de fluxo intenso, 
traços de uma expressão artística urbana e estilos arquitetônicos variados que 
compõe o objeto urbano estudado. 
 
3.4 - VIAS DE ACESSO AO TERRENO 
 
As vias que rodeiam o terreno são a Avenida Pompéia, Rua Cléia e a Rua Barão 
do Bananal. A rua Cléia, via arterial, é encontrado a entrada principal. Já na rua 
Barão do Bananal, via coletora, encontra-se entradas e saídas de descargas dos 
setores de serviço. E na Avenida Pompéia, há uma entrada e saída de veículos. 
 
3.5 - TRAJETÓRIA SOLAR E VENTOS PREDOMINANTES 
 
 
5 Histórico demográfico do município de São Paulo Prefeitura de São Paulo. Visitado em 23 de 
novembro de 2015. 
10 
 
A parte norte fica de frente para a Rua Cléia, onde encontra-se pouca 
arborização e a entrada principal. Já a parte Leste, grande parte é protegida por 
edificações construídas, sendo mais para a área sul o local onde foi implantado 
os blocos de estrutura de concreto, que se dispõe dos ventos dominantes vindos 
do Sudoeste. A área Nordeste, que tem boa parte da insolação na parte da tarde, 
encontra-se as fachadas dos blocos expositivos. 
 
3.6 – ACESSOS/VIAS DE ACESSO 
 
Na entrada Principal, é encontrado o eixo de circulação que dá acesso aos 
blocos expositivos, áreas sociais e áreas de serviço, que é perpendicular a outro 
eixo de circulação no final de seu percurso. O outro eixo vai de encontro à 
entrada e saída de cargas no Oeste, e à saída e entrada de veículos ao Leste. 
 4 – O PROJETO SESC POMPEIA 
O projeto arquitetônico do SESC Pompeia data de 1986 e possui 23.571m² e 
mantém a estrutura original da antiga fábrica de tambores da década de 1930, 
inspirado na ocupação espontânea dos moradores do bairro, tem em seu interior 
um centro de cultura e lazer com cerca de 120 atrações musicais ou teatrais por 
mês. Em suas instalções comporta teatros (com 800 lugares), quadras 
esportivas, piscina, lanchonete, restaurante, espaços 
de exposições, choperia, oficinas de artes, área de vídeo, área de leitura 
e internet livre, entre outros serviços que fazem jus à frequência intensa, de 1,25 
milhão de pessoas a cada ano. 
Em seu interior a arquitetura prioriza a interação entre as pessoas, os ambientes 
são divididos por pequenas barreiras e o mobiliário, composto por mesas e 
cadeiras conjugadas, que foram desenhados com esse objetivo. 
11 
 
 
SESC Pompéia,de Lina Bo Bardi. 
Fonte: Portal Sesc Pompeia 
 
Lina conseguiu em seu projeto adequar o prédio às novas necessidades sem 
perder a memória da cidade industrial. O edifício, que foi construído a partir da 
estrutura de uma fábrica antiga de tambores da Pompéia, é formado por três 
volumes prismáticos todo em concreto aparente que surgem ao lado dos antigos 
galpões da fábrica. Um prisma retangular de trinta por quarenta metros de base 
e quarenta e cinco metros de altura, que possui buracos no lugar das janelas, 
um segundo prisma retangular, menor e mais alto que o primeiro, de quatorze 
por dezesseis metros de base e cinquenta e dois metros de altura com janelas 
quadradas distribuídas de forma aleatória pela fachada, estes ficam ligados por 
oito passarelas em concreto protendido, que vencem vãos de até 25 metros, 
além de um cilindro de oito metros de diâmetro e setenta metros de altura. 
SESC Pompéia, de Lina Bo Bardi. 
Fonte: Portal Sesc Pompeia 
 
12 
 
O prisma maior apresenta cinco pavimentos, com oito metros e sessenta 
centímetros de altura entre pisos e suas lajes nervuradas protendidas medem 
um metro de altura total. A cada andar do prisma maior, existem quatro janelas 
de cada lado das faces menores, leste e oeste. Foram criadas a partir de moldes 
de isopor embutidos durante a concretagem e internamente foram utilizadas 
formas retangulares de plástico, sendo configuradas aberturas irregulares. Já o 
prisma com base menor possui mais pavimentos, doze ao total, que coincidem 
a cada dois com os pavimentos do prisma maior, tendo assim, a metade da altura 
do prisma menor de altura entre pisos(4,30m). Nos dois últimos pavimentos sua 
altura é reduzida para 3,60m. Esse prisma possui uma angulação de 33º em 
relação ao maior, suas janelas são quadradas e menores que as aberturas do 
outro prisma, porém não apresentam um alinhamento ortogonal rígida, 
aparecendo dispostas em diversas coordenadas. Entre os dois prismas partem 
quatro níveis de passarelas de concreto protendido aparente, cada uma das 
passarelas elevadas apresenta um desenho diferente, tendo dois metros de 
largura e peitoris de um metro e vinte centímetros. Abaixo dessas passarelas, 
passa o córrego Água Preta, que fica oculto pela sobreposição de um pier de 
madeira. 
Vista das passarelas 
Fonte: Acervo Sesc Pompeia 
 
Na primeira passarela pode-se observar a partir de baixo que é formado um V 
perfeito. A segunda também forma um V perfeito e leva a aberturas um pouco 
mais centralizadas que as da primeira passarela, configurando um V mais 
13 
 
fechado que o inferior. A terceira passarela parte como uma linha reta 
perpendicular, e somente depois da metade do vão se bifurca, assemelhando-
se a um Y. A quarta e última passarela volta a ser um V, porém imperfeito: um 
dos braços do V surge do outro, ou seja, não coincidem no ponto de saída. Além 
disso, a saída no prisma menor é desalinhada em relação às passarelas 
inferiores. As aberturas de chegada estão próximas aos extremos do prisma 
maior, formando um V mais aberto que os demais. 
Rampas Sesc Pompeia 
Fonte: Acervo Sesc Pompeia 
 
O último prisma que compõe esse conjunto é um cilindro formado a partir da 
concretagem de setenta anéis de um metros de altura cada, unidos ao prisma 
menor através de uma passarela metálica que parte da sua cobertura. A fôrma 
que deu origem aos anéis tem formato de tronco de cone, ou seja, tem suas 
faces externas inclinadas para dentro, o que permite com que a fôrma se encaixe 
no anel inferior para a concretagem do anel superior seguinte. 
 
5 – PROGRAMA DE NECESSIDADES 
 
O programa cultural compreende os setores de Lazer, Esportivo, 
Administrativo, Pedagógico, Cultural e de Serviço, e possui as seguintes 
instalações: 
1- Conjunto esportivo (Piscina, ginásio e quadras); 
2- Lanchonete, vestiários, sala de ginástica, lutas e danças; 
3- Castelo d’água; 
14 
 
4- Grande Deck com espelho d’água e cachoeira; 
5- Almoxarifado e Oficinas de Manutenção; 
6- Ateliers (Cerâmica, pintura, marcenaria, tapeçaria, gravura); 
7- Laboratório Fotográfico, estúdio musical, sala de danças; 
8- Teatro com 1200 lugares; 
9- Vestíbulo coberto do teatro; 
10- Restaurante self-service para 2000 refeições e choperia (noite); 
11- Cozinha Industrial; 
12- Vestiários e Refeitório dos funcionários (2 pavimentos); 
13- Grande espaço de estar (Jogos de salão, espetáculos, lareira) 
14- Biblioteca de lazer, lajes abertas de leitura e videoteca; 
15- Pavilhão de grandes exposições temporárias; 
16- Administração geral (2 pavimentos); 
17- Cachoeira; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
5.1 – SETORIZAÇÃO 
 
A seguir seguem os desenhos técnicos, setorização e fluxos do projeto:
Planta Baixa Geral - 1° Nível
1
1
2
3
4
5
17
67
8
9
10
11
12
13
14
15
16
Circulação
Setor de Lazer
Setor Esportivo
Setor Administrativo
Setor Pedagógico
Setor Cultural
Setor de Serviço
 
 
A
A
B
B
 
16 
 
Corte Longitudinal AA
2
Corte Longitudinal BB
3
 
Elevação - Setor Esportivo
4
Corte CC
5
C
C
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.2 – FLUXOS 
Planta Baixa Geral - 1° Nível
6
1
2
3
4
5
17
67
8
9
10
11
12
13
14
15
16
Planta Baixa Geral - 1° Nível
7
3
4
5
17
67
8
9
10
11
12
13
14
15
16
1
2
Corte CC
9
Eixo de Circulação
Fluxos
Circulação Horizontal
Circulação Vertical
LEGENDA
 
 
 
18 
 
E
E
D D
 
Corte DD
9
Corte EE
9
Figura 3 - 4 - Teatro
 http://pt.slideshare.netFonte:
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
5.3 – ESTUDO VOLUMÉTRICO 
Durante a análise deste item buscamos identificar os sólidos primários 
predominantes do edifício, com base nos contornos das formas principais. 
Além disso também foram analisadas possíveis modificações dos volumes 
iniciais por meio da adição e/ou subtração de outros elementos e/ou volumes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÓLIDOS PRIMÁRIOS ADIÇÕES NÃO ANALISADO 
20 
 
06 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 Acervo do Estadão de São Paulo (São Paulo). “Como era São Paulo sem 
Sesc Pompéia”. Publicado dia 01 de novembro de 2013, visualizado dia 
11 de novembro de 2015. disponível em: 
<http://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,como-era-sao-paulo-sem-
sesc-pompeia,9353,0.htm> 
 Blog do Bairro Pompéia (São Paulo). A história do Bairro Pompéia. 
Acesso em 29 de novembro de 2015. Disponível em: 
http://integrapompeia.blogspot.com.br/p/historia-da-pompeia-02.html . 
 GUIMARAENS, Cêça. Vitruvius. "Arquitetura Brasileira após-Brasília: 
redescobertas?". Visualizado dia 11 de novembro de 2015. Disponível em 
<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/02.022/799>. 
 PEREIRA, Margareth. Notas Sobre o Urbanismo em Questão. PROURB-
FAU-UFRRJ. Pág. 55 
 Revista Arquitetura e Urbanismo. Editora: PINI. Entrevista: Fato e 
Opinião. “Como os anos de ditadura se refletiram na produção 
arquitetônica brasileira?”. Publicado em abril de 2014. Visualizado em 11 
de novembro de 2015. Disponível em: <http://au.pini.com.br/arquitetura-
urbanismo/241/artigo310635-1.aspx> 
 RIBEIRO, Paulo Silvino. "Os anos 80 no Brasil: aspectos políticos e 
econômicos". Brasil Escola. Acesso em 11 de novembro de 2015. 
Disponível em <http://www.brasilescola.com/sociologia/os-anos-80-no-
brasil-aspectos-politicos-economicos.htm>. 
 Site da Prefeitura de São Paulo. Histórico demográficodo município de 
São Paulo. Dados. Visualizado em 23 de novembro de 2015. Fonte: 
<http://sempla.prefeitura.sp.gov.br/historico/tabelas/pop_brasil.php> 
 WIKIPÉDIA. São Paulo (cidade). Clima. Visualizado em 11 de novembro 
de 2015. Disponível em 
<https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_(cidade)#Clima>.

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