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Processo Civil - 2º Semestre (Aula IV)

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Processo Civil – 2º Semestre 
(Aula IV)
Ação
Considerações iniciais
Direito de requerer a tutela jurisdicional. A ação, contudo, é diversa de processo. Processo é o meio pelo qual irá se acionar o Poder Judiciário.
Principais teorias da Ação
Teoria Imanentista (Civilista)
A mencionada teoria classificava a ação como sendo uma extensão do Direito Civil, ou seja, direito de pedir em juízo o que nos é devido.
Segundo Savigny a Ação era o próprio direito Subjetivo Material a afrontar-se com uma violação e deste emanavam três principais consequências: onde não poderia haver ação sem um respectivo Direito; e que não poderia haver um direito sem uma ação respectiva; e que a ação seguiria a natureza do direito.
Após diversas discussões, definiu-se que nesta doutrina haveria uma distinção entre direito material e o direito de ação, passando este a dizer respeito à noção de direito à prestação jurisdicional.
Teoria Concreta
Concebida por Wach em 1877, jurista alemão, a teoria do direito concreto à tutela jurídica, foi a primeira a preconizar que a ação se trata de um direito autônomo, livre do direito subjetivo material, mesmo que este fosse violado ou ameaçado, como corrobora as ações puramente declaratórias.
Será dirigida precipuamente contra o Estado, pois trata-se de um direito de exigir a proteção jurídica Estatal, porém também incidirá contra o adversário, a fim de obter sua subordinação ou sujeição. No entanto, por ser a proteção concreta a única capaz de satisfazer a tutela jurisdicional, o direito de ação só existiria quando a sentença fosse favorável. Portanto a ação seria um direito público e concreto, pois existente nos casos concretos em que existisse direito subjetivo.
Não obstante esta teoria também gerou uma celeuma jurídica, à medida que, condicionava a existência do direito de ação à existência do direito material, ou seja, a ação somente existiria se o resultado final do processo fosse favorável ao autor, o que minou esta concepção, que acabou por relegada a mero registro de conhecimento.
Teoria Abstrata ou Eclética
Trata-se da teoria adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro.
Tal teoria diz que haverá ação sempre que houver uma resposta de mérito proferida pelo Juiz, ou seja, sempre que o pedido for julgado procedente ou improcedente, o direito da ação em sentido estrito será exercido, ou seja, estando ou não ligado ao direito material, ou seja, o direito de ação não está condicionado à procedência do pedido.
Características da Ação
Direito Público
A prestação jurisdicional é uma atividade pública, indisponível, do Estado. Independentemente do objeto do litígio, o direito de pedir ao Estado que solucione a lide é público, porquanto, envolver um interesse social, a solução pacífica dos conflitos, mediante a interferência do Poder Estatal.
Direito Subjetivo
O titular do direito (ou quem tenha respaldo jurídico para pleitear em nome próprio direito alheio – legitimidade extraordinária) pode exigir do Estado-Juiz a prestação jurisdicional, ou não.
Direito Autônomo e Abstrato
Não se confunde com o direito material que se pretende tutelar (autônomo). Mesmo que o autor da ação não obtenha o provimento jurisdicional desejado, ainda assim, pode-se dizer que ele exerceu o direito de pedir o Estado-Juiz que se manifeste a respeito (abstrato).
Condições da Ação
Para que o direito de ação seja exercido, é necessário o preenchimento de certas condições.
Estas são chamadas de condições da ação e devem estar presentes desde o momento da propositura da ação.
Possibilidade jurídica do pedido
 A possibilidade jurídica do pedido é a previsão legal que autoriza a exigência do cumprimento de um pedido. Por exemplo: a lei veda a cobrança de dívida de jogo, portanto, este pedido no ordenamento jurídico brasileiro é juridicamente impossível. Quando a lei for omissa sobre um assunto, pode-se praticar o ato que a lei não proíbe (art. 5º, inc. II da CF. “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.), no entanto deve-se observar a moral e os bons costumes (ex.: a prostituição não é proibida em lei, no entanto, embora não haja ofensa direta à lei, há ofensa à moral e aos bons costumes; então qualquer dívida oriunda da prática da prostituição terá o pedido juridicamente impossível).
Interesse Processual (de agir)
Trata-se da observação do binômio: necessidade e adequação, ou seja, só haverá o interesse de agir quando houver a necessidade de ingressar com uma ação para conseguir o que se deseja e quando houver adequação da ação (ação própria para o pedido).
Assim, podemos dizer que o interesse de agir caracteriza-se pela demonstração de que é necessário ingressar em juízo para obter a sua pretensão. Em outras palavras, deve fica demonstrado: 1) a necessidade de se ajuizar uma ação; e, 2) a adequação desta ao ordenamento jurídico e a utilidade da via judicial para a solução do conflito de interesses. Se ninguém obsta a realização de um direito não há razão para buscar a prestação jurisdicional (decisão judicial). Exemplo: se o pai paga alimentos para o filho, não há que se falar em ação de alimentos, mas, eventualmente, ação de revisão de alimentos, se estes se encontram defasados e o pai não se dispõe a atualizados.
Legitimidade das partes (ativa e passiva)
Nos moldes do art. 3º para que o juiz aprecie o conflito de interesses, aqueles que estão litigando devem ser os titulares da pretensão deduzida em juízo. É uma questão de titularidade.
Assim, podemos dizer que são partes legítimas aquelas que têm, pela natureza da questão a ser dirimida, o direito de pedir, quanto ao autor (legitimidade ativa), e direito ou dever de atender ao pedido, quando réu (legitimidade passiva). Destarte, a ação deve ser, em regra, proposta e resistida por quem tem legitimidade.
- Legitimação ordinária: é a legitimação normal, porquanto há uma correspondência da titularidade na relação de direito material e na de direito processual, ou seja, a pessoa vai a juízo defender direito próprio;
- Legitimação extraordinária: (substituição processual), em que alguém pleiteia em nome próprio direito alheio.
O Ministério Público, por exemplo, é legitimado extraordinariamente para atuar em investigação de paternidade. Importa lembrar que é necessária a determinação do sujeito que por outrem será defendido.

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