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EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE: 
Trabalho de Conclusão de Curso – Artigo Científico apresentado ao Núcleo de Trabalhos de Conclusão de Curso do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu do Curso de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável como requisito obrigatório para a obtenção do grau de especialista. 
Professor Orientador: 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE
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RESUMO
O crescimento sustentável vem sofrendo grande influência em seu processo através da educação ambiental. Faz-se necessário compreender a educação ambiental nas escolas e evidenciar o seu importante papel no desenvolvimento sustentável, bem como a sua influência na formação de uma consciência voltada para a valorização da vida no que tange a criação de novos hábitos em detrimento do consumismo excessivo e o desperdício dos recursos naturais. A relação do homem com a natureza é uma alternativa sustentável, todo ser humano deve cumprir conscientemente com suas obrigações e preservar a casa comum. O presente trabalho é uma revisão bibliográfica, que tem como objetivo relatar a importância da Educação Ambiental como uma ferramenta indispensável para a sustentabilidade. É uma pesquisa de caráter qualitativo, e foram utilizados como fontes de pesquisas artigos e documentos relativos ao tema. Primeiramente, faz-se um breve relato da evolução da degradação ambiental. Em seguida descreve-se o conceito da educação ambienta; o direito ambiental no Brasil e no mundo; destaca fatos relevantes da temática ambiental e atividades que atuem transversalmente no ensino da educação ambiental e do desenvolvimento sustentável. Pode-se constatar que a educação ambiental é fundamental para desenvolver uma política de sustentabilidade e que o consumo consciente é consequência de um processo e não o motivo para a existência do mesmo. Concluiu-se que as informações que são geradas devem ser utilizadas para preservação da natureza, permitindo que as melhorias sejam obtidas e mantidas.
 
Palavras chave: Sustentabilidade. Educação Ambiental. Consumo. Conscientização.
1 INTRODUÇÃO
Por muito tempo o homem aproveitou-se dos recursos oferecidos pela natureza sem se preocupar com o que isso causaria futuramente, tais como o desenvolvimento da agricultura e manufatura. A Revolução Industrial trouxe desenvolvimento tecnológico e a escala produtiva, o que gerou um aumento na exploração de recursos naturais e ampliou consequentemente a quantidade de resíduos gerados. 
O objetivo era a melhoria na qualidade de vida, o que de fato aconteceu, porém, a degradação ambiental desenfreada juntamente com desastres naturais ocorridos por todo o mundo, fez com o que a humanidade voltasse o olhar para esses problemas e repensasse em suas ações contra a natureza. 
A partir disso, iniciou-se a discussão do conceito de sustentabilidade, que consiste basicamente na capacidade de suprir as necessidades atuais, sem gerar consequências para as próximas gerações. 
Foi na primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (United Nations Conference on the Human Environment -UNCHE), realizada em Estocolmo em 1972, que surgiu o termo que envolvia as atividades humanas em relação ao meio ambiente, ou seja, a sustentabilidade que é explorar os recursos (naturais ou não) para elevar a qualidade de vida, levando em conta o equilíbrio entre o meio ambiente e a sociedade. 
A sociedade do século XXI é uma sociedade com novos valores, com as pessoas mais conscientes, consumidores sustentáveis que desejam produtos com um preço competitivo e que não causem tantos impactos ao ambiente. A crescente preocupação com a qualidade de vida envolve a preocupação ambiental, pois a sociedade, por meio da evolução científica e tecnológica, descobriu que as condições ambientais são importantes para a saúde e para o seu bem-estar. 
 Diversos acontecimentos trataram de problemas ambientais, alertando sobre a importância das questões do meio ambiente. O Quarto Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) apontou para as alterações no clima e para um enorme aquecimento global nos próximos 100 anos. Os efeitos de tais mudanças acarretariam, principalmente, modificações nos padrões regionais de chuva, transferência de áreas produtivas para os pólos, elevação nos níveis dos mares ameaçando zonas costeiras densamente povoadas, intensificação de tempestades tropicais, propagação de doenças, desertificação de regiões áridas, entre outros efeitos. 
A primeira Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental (Conferência de Tbilisi), realizada em Tbilisi, capital da Geórgia, em outubro de 1977, definiu os conceitos da Educação Ambiental, seus objetivos, seus princípios orientadores e suas estratégias de desenvolvimento. 
A ECO-92 (ou Rio-92) foi a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), realizada em junho de 1992, no Rio de Janeiro. O seu objetivo principal foi buscar meios de conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra. 
Nesta Conferência o conceito de desenvolvimento sustentável ficou consagrado, contribuindo para a mais ampla conscientização de que os danos ao meio ambiente eram, principalmente, de responsabilidade dos países desenvolvidos e sobre a necessidade de os países em desenvolvimento receberem apoio financeiro e tecnológico, para avançarem na direção do desenvolvimento sustentável. 
O Brasil possui vastos recursos naturais que devem ser cuidadosamente explorados e utilizados e grande parte da população ainda carece de condições mínimas de sobrevivência e isso torna a busca do desenvolvimento socioeconômico uma tarefa mais difícil.
As instituições, ao buscarem sua sustentabilidade ambiental, podem revisar práticas de consumo, identificando fontes de desperdícios e também reduzindo seus custos. Utilizar racionalmente os recursos naturais responde adequadamente à busca pela qualidade ambiental e melhoria da qualidade de vida, ao mesmo tempo em que pode significar redução de despesas. 
A inserção da sustentabilidade ambiental na educação superior é requerida pela responsabilidade social da universidade. Espera-se das universidades a formação de cientistas, investidores, trabalhadores do conhecimento e líderes que agirão nos setores públicos e privados, sendo futuros profissionais, de cuja consciência ambiental dependerá a capacidade humana para rever a degradação ambiental e recuperar a sustentabilidade planetária. 
 
Objetivos 
Realizar uma contextualização histórica relacionada ao assunto em debate, a fim de apontar os fatos e evidências que levam à importância da apreciação da questão ambiental; 
Revisar a teoria sobre desenvolvimento sustentável, estabelecendo um debate teórico, tratando da relação entre economia, meio ambiente e sustentabilidade ambiental; 
Discutir a possibilidade de harmonia ou não entre meio ambiente e o modo capitalista de produção e mostrar alguns exemplos de medidas tomadas a fim de promover o desenvolvimento o desenvolvimento sustentável.
Justificativa
Este tema surgiu da necessidade de priorizar a formação de educadores com uma nova visão de futuro sustentável com a ideia de que a Educação Ambiental deve atuar como uma ferramenta para se construir pontes mais sólidas entre a sala de aula e o mercado de trabalho. 
Devem-se promover ações ambientalmente corretas para motivar a retomada de harmonia entre o homem e a natureza. Para que ocorra um desenvolvimento sustentável é necessário o equilíbrio na extração e uso dos recursos naturais como principais estratégias para promover a paz mundial.
Metodologia
O presente trabalho se trata de uma revisão bibliográfica sobre importância da Educação Ambiental como uma ferramenta indispensável para a sustentabilidade.Foi classificada como qualitativa, de caráter exploratório com utilização de fontes de dados bibliográficos.
2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE
A educação ambiental deve atingir o público em geral desenvolvendo seu papel de conscientizar e transformar de forma abrangente e permanente. 
A conscientização sobre o cuidar da natureza ocorre de forma gradativa, os cidadãos começam a assimilar que o uso indevido dos recursos naturais pode afetar sua qualidade de vida e do resto do planeta e que a responsabilidade da preservação do meio ambiente não é atribuição somente dos órgãos públicos. 
A Lei da Educação Ambiental afirma que:
A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal. (art. 2º da Lei n. 9.795/99).
Conforme Trevisol (2003, p.93), “a educação ambiental pode ser capaz de levar os indivíduos a reverem suas concepções e seus hábitos com a esperança de formar as pessoas para uma relação mais harmoniosa e sustentável com o meio onde estão inseridas”. 
Além disso, todo cidadão deve ter participação ativa nos processos decisórios para que assumam sua corresponsabilidade na fiscalização e controle dos agentes responsáveis pela degradação ambiental. Dessa forma, a EA para o consumo sustentável deve adotar estratégias distintas para cada grupo e segmento da população e adequadas para populações vulneráveis, promover o empoderamento e reforçar a democracia, haja vista que a educação ambiental está ligada à globalização, a identidade social e ao consumo de certos produtos.
Conforme Salvador (2006), o conceito de sustentabilidade ou consumo sustentável coloca questões novas em relação à problemática socioambiental. Em primeiro lugar, ele se reporta não apenas aos limites impostos pelo caráter finito da natureza, mas à noção de necessidade básica, particularmente, às necessidades essenciais dos pobres do mundo. 
Dias (2004) salienta que de acordo com a Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente de Desenvolvimento (Rio- 92) através da Agenda 21 reconhece que o desafio fundamental para a construção de uma sociedade sustentável é a Educação. E acrescenta que a educação ambiental foi identificada como o elemento crítico para a promoção desse novo modelo de desenvolvimento.
Para Grzebieluka e Silva (2015), o sucesso da Educação Ambiental passa pelo alcance de práticas estratégias, que possam tornar sustentável a ação do ser humano, pois essas ações têm implicações para o planeta num futuro próximo.
Diante do exposto compreende-se que a educação ambiental é o trilho para a consciência ecológica, portanto além de se preocupar em desenvolvimento sustentável, faz-se necessário investir em uma efetiva educação ambiental, pois uma sociedade consciente pode chegar a um futuro próspero. 
2.1 Leis ambientais no Brasil e no mundo
Sobre a educação ambiental, Sirvinskas (2003) ressalta que essa deve ser fundamentada na ética ambiental e a define como:
[...] o estudo dos juízos de valor da conduta humana em relação ao meio ambiente. É, em outras palavras, a compreensão que o homem tem da necessidade de preservar ou conservar os recursos naturais essenciais à perpetuação de todas as espécies de vida existentes no planeta Terra. Essa compreensão está relacionada com a modificação das condições físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, ocasionada pela intervenção de atividades comunitárias e industriais, que pode colocar em risco todas as formas de vida do planeta. O risco de extinção de todas as formas de vida deve ser uma das preocupações do estudo da ética ambiental. (SIRVINSKAS, 2003 p. 7-8).
A Conferência de Estocolmo estimulou no Brasil a consciência ambiental desenvolvendo uma legislação interna, sendo estas novas preocupações consagradas na Constituição da República Federativa do Brasil de 1986 em seu artigo 225, bem como pela Lei 9.795, de 27 de abril de 1997, que dispõe sobre a educação ambiental e institui a Política Nacional de Educação ambiental.
Em 1992 aconteceu a Eco – 92 ou Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Outra importante iniciativa foi Rio – 92 que buscou conciliar o desenvolvimento socioeconômico e a proteção dos ecossistemas e quando houve a preocupação de vários representantes de muitos países para com a questão ambiental e a conscientização de que os danos ao meio ambiente eram provocados numa maior parcela pelos países desenvolvidos. 
A Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento explana:
A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, tendo se reunido no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho de 1992, reafirmando a declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, adotada em Estocolmo em 16 de junho de 1972, e buscando avançar a partir dela, com o objetivo de estabelecer uma nova e justa parceria global mediante a criação de novos níveis de cooperação entre os Estados, os setores chave da sociedade e os indivíduos, trabalhando com vistas à conclusão de acordos internacionais que respeitem os interesses de todos e protejam a integridade do sistema global de meio ambiente e desenvolvimento, reconhecendo a natureza integral e interdependente da terra, nosso lar.
Foi durante a conferência Rio-92 que o acordo da convenção da biodiversidade foi firmado, tendo por objetivo a conservação da biodiversidade, entretanto, nesta ocasião o principal documento adotado foi a Agenda 21, programa que viabiliza o desenvolvimento ambientalmente racional. 
Foi aprovado o convênio sobre a diversidade biológica e o convênio marco sobre a mudança climática, começaram a observar a dimensão econômica e social, embora de forma tênue e discreta.
A Agenda 21 foi contemplada em quarenta capítulos e mais de oitocentas páginas, um detalhado manual com vistas para a futura implementação do desenvolvimento sustentável, tratando-se de um plano de ação para incluir: 
1) dimensões sociais e econômicas; 
2) políticas de conservação e gestão de recursos; 
3) fortalecimento de grandes grupos; e 
4) formas de implementação dessas medidas. 
A Agenda 21 gerou movimento de concepção, elaboração, desenvolvimento e implantação nos governos internacionais e locais, o Brasil, passou a elaborar e adotar as diretrizes constantes neste documento oficial.
 Em março de 1997 reuniram-se novamente no Rio de Janeiro cerca de 80 países para avaliar o cumprimento dos acordos elaborados na conferência Rio 92. A esse fórum internacional deram o nome de Rio+5, se trata da avaliação dos 5 anos após a realização da Conferência do Rio. 
Posteriormente realizou-se em Johannesburg a conferência conhecida como Rio+10, tendo como enfoque a necessidade de avaliação do progresso tido na década que já havia transcorrido desde a ECO-92, bem como a criação de mecanismos que programassem a Agenda 21.
Em 1999, a educação ambiental tornou-se Lei N° 9.795 – Lei da Educação Ambiental. O Art. 2° decreta que a educação ambiental “é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal”.
Em 2012 aconteceu a Rio + 20 uma das maiores conferências convocadas pelas Nações Unidas, inicia uma nova era para programar o desenvolvimento sustentável – desenvolvimento que integra plenamente a necessidade de promover prosperidade, bem-estar e proteção do meio ambiente. A Conferência foi uma rara oportunidade para o mundo concentrar-se em questões de sustentabilidade – para examinar ideias e criar soluções.
Houve vários desfechos para a Agenda Rio+20, criou-se um documento final de 53 páginas com a participação de 188 países, as quais ditam o caminho para a cooperação internacional sobre desenvolvimento sustentável. Neste evento, governos, empresários e outros parceiros da sociedade civil registraram mais de 700 compromissos com ações concretasque proporcionem resultados no terreno para responder a necessidades específicas, como energia sustentável e transporte. 
Os compromissos assumidos no Rio incluíram 50 bilhões de dólares com a proposta de ajudar um bilhão de pessoas a ter acesso à energia sustentável.
Com o objetivo de renovar o compromisso político com o desenvolvimento sustentável, porém essa conferência não logrou êxito em face dos impasses entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento. Dessa forma a definição de medidas eficazes para garantir um meio ambiente ecologicamente equilibrado foi postergada.
Recentemente os povos de todo o mundo tiveram seus olhos voltados ao meio ambiente, existem várias organizações não governamentais defendendo o meio em que vivemos contra atos lesivos praticados por quem quer que seja. 
Elas têm representantes praticamente em todos os países, pretendem alertar o Poder Público, em especial, e a comunidade, de modo geral, quanto à necessidade de se proteger o nosso sistema ecológico de agentes nocivos à saúde e à qualidade de vida.
Observa-se que a evolução das indústrias teve implicação direta no surgimento de vários e variados problemas ambientais que levou a sociedade civil a atentar para a busca de soluções para preservar a natureza, de frear a degradação ambiental. Dessa forma, ao longo dos anos surgiram fatos de grande importância no sentido de fortalecer a Educação Ambiental.
2.2 Fatos relevantes da temática ambiental 
1992 – Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) Novo patamar de diálogo e negociações internacionais em torno das regulações ambientais
Tratados e convenções
1992 – Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD). Avanços importantes:
• Abordagem socioambiental
• Sociedade democrática, mais justa e ecologicamente equilibrada
• Metas de sustentabilidade: acordos entre países que expressam intenções comuns sobre a condução em determinado tema ou regulação internacional.
Busca conciliar economia e ecologia sem romper com os pressupostos do modelo de desenvolvimento que estava na origem da crise social e ambiental 1997 Rio +5.
Wolfgang Sachs (1997)
“A era da esperança em um desenvolvimento infinito já passou, cedendo espaço a era na qual a finitude do desenvolvimento se torna uma verdade aceita” (SACHS, 1997, p. 15).
Perspectiva da competição
_ Eco eficiência: reduzir progressivamente o uso de recursos e impacto ecológicos de acordo com a capacidade suporte da Terra estimada.
 “O desenvolvimento sustentável é bom para os negócios e os negócios são bons para o desenvolvimento sustentável”.
Perspectiva do astronauta
- Garantir o equilíbrio entre o que os seres humanos “consomem” da natureza e suas capacidades de regeneração, quer dizer, de auto repor o que os humanos consumiram.
Perspectiva doméstica
- Justiça equidade global, onde o ajuste ambiental deve ser feito nos países do Norte.
Klaus Frey (2001)
Abordagem econômico-liberal de mercado
- Só mais crescimento garantirá a redução da pobreza e promoverá um desenvolvimento mais compatível com as exigências ambientais abordagem ecológico-tecnocrata de planejamento;
- Qualquer proposta para a ação deverá estar norteada pelo primado da sustentabilidade ecológica e da conservação da natureza, por meio de controle, imposição e intervenção.
Abordagem política de participação democrática 
- Defesa da humanidade ou uma vida digna para todos, o que por conseqüência deveria propiciar uma harmonia maior com a natureza.
Henri Acselrad (2001)
Matriz da eficiência
- Combater o desperdício da base material do desenvolvimento
Matriz da escala
- Limite quantitativo do crescimento econômico e à pressão que ele exerce sobre os “recursos ambientais”
Matriz da equidade
- Articula analiticamente princípios de justiça e ecologia
Matriz da autossuficiência
- Anular os fluxos do mercado internacional, assegurando a capacidade de auto-regulação comunitária das condições de reprodução da base material do desenvolvimento.
Matriz ética
- Base material do desenvolvimento com as condições de continuidade da vida no planeta.
Costa Lima (1997)
Visão estadista
- A qualidade ambiental é um bem público que deve ser normatizada, regulada e promovido pelo Estado.
Visão comunitária
- Participação da sociedade civil, fundamentando-se em que não há desenvolvimento sustentável sem democracia e participação de todos.
Visão de mercado
- Os mecanismos de mercado e as relações entre produtores e consumidores são os meios mais eficientes para conduzir ao desenvolvimento sustentável.
2.3 Atividades que atuem transversalmente no ensino da educação ambiental e do desenvolvimento Sustentável. 
1) Ciclo de Palestras
A organização de um ciclo de palestras em datas relacionadas a temas ambientais:
 22/03 – Dia Mundial da Água,
 07/04 – Dia Mundial da Saúde; 
 22/04 – Dia do Planeta Terra;
 05/06 – Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia 
2) Feira da Saúde Considerando as inúmeras relações entre saúde, meio ambiente e sustentabilidade, já exemplificadas anteriormente, sugere-se a realização de um trabalho dentro do contexto de profissionais da saúde na comunidade local. 
3) Confecção de Cartazes e comunicação eletrônica sobre curiosidades e dicas de ecologia.
4) Divulgação de dicas sustentáveis e reportagens relacionadas com o assunto, através de murais, e-mails e WhatsApp.
5) Utilização de panfletos e/ou jornais informativos, contendo lembretes sobre o uso racional de energia, bem como as novas atitudes de sustentabilidade. 
6) Incentivo ao uso de ônibus, carona solidária e redução do consumismo 
7) Desenvolvimento de projetos pedagógicos com utilização de material reciclável.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
Este estudo mostrou que o mundo vem passando por enormes mudanças climáticas, extinção de espécies e ecossistemas, devido degradação dos seus recursos. Outros fatores vêm contribuindo para o crescimento desse processo, dentre eles, o forte crescimento econômico, representado pela produção industrial mundial, o consumo de combustíveis fósseis e o crescimento populacional de forma desenfreada. 
Diante do exposto no desenvolvimento deste artigo, foi possível compreender que a Educação Ambiental tem o potencial de transformar ideias, valores e costumes, e a educação ambiental pode transformar e melhorar o meio ambiente, internalizar a necessidade de cuidar e preservar, haja vista que não é dever atribuído só ao Estado, mas também da sociedade. 
Baseado nas relações capitalistas vigentes até os dias de hoje, o crescimento econômico tem papel crucial para o desenvolvimento humano. No entanto, apenas crescimento econômico não basta. Para que haja uma relação humana socialmente qualitativa obrigatoriamente devem-se levar em conta outros fatores como o desenvolvimento social e a qualidade de vida. 
A humanidade tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, mas também a responsabilidade consciente do uso dos métodos capazes de melhorar a qualidade de vida das pessoas. 
Dentro do critério qualidade de vida, enquadra-se a sadia condição ambiental, que por sua vez deve ser assegurada por meio de relações econômicas pautadas em padrões de sustentabilidade. 
Observou-se que a busca da solução se pauta no desenvolvimento sustentável que deve ser repensado e feito de forma sustentável, sendo necessária mudança do pensamento e ações em relação à proteção do meio ambiente.
Para tanto, governistas políticos estabelecem práticas e protocolos no sentido de estabelecerem ações cooperativistas para promoção do desenvolvimento de forma sustentável. Entretanto, pôr em prática medidas desse cunho é um passo a mais, é necessário um esforço idealista, onde a incompatibilidade e as posturas demasiadamente nacionalistas devam ser deixadas de lado estabelecendo-se assim as bases das relações internacionais. 
Após analisar a temática ambiental chega-se a um consenso de que o meio ambiente é parteintegrante da nossa vida. Existe uma forte dependência em relação a esse meio que nos supre das mais primitivas substâncias, desde a água, a qual bebemos todos os dias, ao petróleo e os mais diversos tipos de minérios os quais nossa sociedade, nos moldes atuais não se sustentaria sem. 
Esse ambiente que nos nutre com os mais variados subsídios, também tem como função absorver nossos lixos e resíduos. No entanto, esse bioma é finito, limitado, e se faz necessário o estabelecimento de medidas e programas que de certo modo preserve a manutenção do mesmo. 
Nesse sentido é necessário o estabelecimento de ações no sentido da manutenção dos ecossistemas, preservação de espécies, conservação de áreas e iniciativas no sentido de mitigar impactos ambientais. 
Cabe a todos os atores da sociedade, governo e empresas, adotar uma postura mais realista e integrada no que se refere à questão ambiental. É necessário um compromisso no sentido de asseguramos para as futuras gerações um meio ambiente agradável e sustentável. Adotar uma postura ecologicamente responsável é fundamental, uma vez que as metodologias de ensino utilizadas foram falhas na preparação das sociedades para uma vida sustentável, apesar das ações pontuais de proteção ambiental serem fundamentais, deve atentar para uma mudança educacional que possibilite mudanças incisivas. 
A educação ambiental desenvolve um conteúdo crítico e reflexivo para os envolvidos e surge como pontos essenciais a integração, o compromisso, a responsabilidade, o inter-relacionamento e o alinhamento dos objetivos e que, oportunamente, cria-se um espírito comunitário em relação aos desafios. 
Este estudo contribuiu para uma visão positiva da educação ambiental, sendo vista como uma ferramenta importante para unir forças, Estado e sociedade para efetivar um crescimento econômico importante para o mundo, um meio ambiente equilibrado. Devendo ser uma ferramenta de suporte ao desenvolvimento sustentável que proporcione a identificação dos pontos críticos e a correção dos mesmos assegurando que a atual e futuras gerações possam usufruir do planeta de forma consciente.
REFERÊNCIAS 
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. O que é agenda 21. Marcos Referenciais do Desenvolvimento Sustentável. Disponível: <http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=18&idConteudo=573>. Acesso em: 30 maio 2008. 
______. Lei 9795/99. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Acesso em: 15 julho 2017.
DIAS. G. F. Educação Ambiental: Princípios e Práticas. 9 ed. São Paul. Gaia. 2004.
GREENPEACE. Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. Disponível em: <http://www.greenpeace.org/raw/content/brasil/documentos/clima/greenpeacebr_070403_clima_relatorio_IPCC_avaliacao_mudancas_climaticas_port_v1.pdf>. Acesso em 05 de junho de 2008.
 _______. Mudanças do clima, mudanças de vida: como o aquecimento global já afeta o Brasil. Greenpeace Brasil, 2006. 
GRZEBIELUKA, Douglas; SILVA, Jocieli Aparecida. Educação Ambiental na escola: do projeto político pedagógico a prática docente. Revista Monografias Ambientais Santa Maria, v. 14, n. 3, Set-Dez. 2015, p. 76−101.
SALVADOR (BA). Secretaria Municipal da Educação e Cultura. Diretrizes
Curriculares de Educação Ambiental: as escolas da Rede Municipal de
Ensino de Salvador / Concepção e elaboração: Jamile Trindade Freire, Maria de Fátima Falcão Nascimento, Sueli Almuiña Holmer Silva. Salvador: SMEC, 2006.
SIRVINSKAS, Luis Paulo. Manual de direito ambiental. 2 ed. rev. atual e ampliada São Paulo: Saraiva, 2003.
TREVISOL, Joviles Vitório. A educação em uma sociedade de risco: tarefas e desafios na construção da sustentabilidade. Joaçaba: UNOESC, 2003. 
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