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DIREITO PROCESSUAL PENAL 2

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DIREITO PROCESSUAL PENAL 2
Semana 1 (CASO CONCRETO) Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências agrupadas em região de veraneio, a polícia detém um suspeito, que perambulava pelas redondezas. Após alguns solavancos e tortura físicopsicológica, o suspeito, de apelido Alfredino, acabou por admitir a autoria de alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado mediante sevícia consubstanciada em beliscões e cusparadas na cara da pessoa moradora. Além de admitir a autoria, Alfredinho delatou um comparsa, alcunhado Chumbinho, que foi logo localizado e indiciado no inquérito policial instaurado. A vítima do roubo, na delegacia, reconheceu os meliantes, notadamente Chumbinho como aquele que mais a agrediu, apesar de ter ele mudado o corte de cabelo e raspado um ralo cavanhaque. Deflagrada a ação penal, o advogado dos imputados impetrou habeas corpus, com o propósito de trancar a persecução criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. Solucione a questão, fundamentadamente, com referência necessária aos princípios constitucionais pertinentes. 
Resposta: A forma expressa do art. 5ª, LVI, da CF/88 e do art. 157 do CPP, que proíbem a utilização das provas ilícitas no processo, não devem ser interpretadas de forma rígida, pois só na situação e no caso concreto é que se delimitará a importância dos bens jurídicos envolvidos, sopesando-os, para que desta forma, se possa chegar ao fim almejado mediante a mais clara e cristalina justiça. Segundo o Princípio da Proporcionalidade, as provas ilegítimas quando forem usadas em benefício do réu, será perfeitamente possível a sua aceitação no processo. Nesse sentido, elas devem ser aceitas quando o bem jurídico alcançado for maior que o direito violado. Esta teoria visa atribuir valor às provas, sendo que na medida em que se garante um direito, muitas vezes é preciso restringir outro. Este princípio permite uma ponderação entre direitos e bens violados e assegurados, pois, mediante ele, é que se pode obter um direito verdadeiramente justo.
Exercício Suplementar-(OAB FGV 2010.2) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causando-lhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia contra Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, e arrolou duas testemunhas que presenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também presenciaram o fato. Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que Pedro tinha apontado uma arma de fogo para Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo em poder de Pedro. Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, sustentando que a legítima defesa não havia ficado provada. A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legítima defesa. No momento de prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim agrediu Pedro em situação de legítima defesa. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta.
Resposta: (C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou em dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu.
Semana 2 (CASO CONCRETO) O Padre José Roberto ouviu, em confissão, Maria admitir que mantém por conta própria estabelecimento onde ocorre exploração sexual, com intuito de lucro. No local, admitiu Maria ao Vigário que garotas de programa atendem clientes para satisfazer seus diversos desejos sexuais mediante o pagamento de entrada no valor de R$100,00 no estabelecimento, e o valor de R$500,00 para a atendente. Maria, efetivamente, responde a processo crime onde lhe foi imputada a conduta descrita no art. 229 do CP. O Ministério Público arrolou o Padre José Roberto como testemunha da acusação e pretende ouvi-lo na AIJ, já que trata-se de testemunha com alto grau de idoneidade. Pergunta-se:
1) Pode o magistrado obrigar o Padre a depor em juízo, sob pena de cometer o crime do art. 342 do CP?
Resposta: Não. O segredo sacramental da confissão é inviolável, mesmo que a pessoa revele um crime. A relação entre padre e fiel segue as determinações morais e éticas do sigilo profissional. Segundo a inteligência do art. 207 do Código de Processo Penal, são proibidas de depor as pessoas que em razão de ministério devam guardar segredo.
2) A prova produzida em juízo nesse caso seria considerada válida?
Resposta: Somente seria possível se a parte interessada desobrigar o confidente a guardar o segredo, conforme dispõe a parte final do art. 207, CPP, porém, no tocante à confissão sacerdotal, observa-se o Código de Direito Canônico, aplicável ao ministério católico, também proíbe a revelação de qualquer conhecimento adquirido por meio de confissão.
Exercício Suplementar-(Ministério Público BA/2010) À luz do Código de Processo Penal, deve-se afirmar que:
Resposta: (E) Todas as afirmativas estão incorretas.
Semana 3 (CASO CONCRETO) O MP ofereceu denúncia contra Caio por, em tese, o mesmo ter subtraído o aparelho de telefone celular de Maria, na Av. Rio Branco, na altura do nº 23, pugnando pela condenação do acusado nas penas do art. 155, inciso II do CP (furto qualificado pela destreza). No entanto, ao longo da instrução probatória, nas declarações prestadas pela vítima e pelo depoimento de uma testemunha arrolada pela acusação, constatou-se que Caio teria, na ocasião dos fatos, dado um forte tapa no rosto da vítima no momento em que arrebatou o aparelho celular. Assim sendo, diante das provas colhidas na instrução probatória, o magistrado prolatou sentença condenatória contra Caio, fixando a pena de 4 anos e 6 meses, a ser cumprida em regime semi-aberto, diante da primariedade e da ausência de antecedentes criminais do acusado, como incurso no art. 157 do CP. Pergunta-se: Agiu corretamente o magistrado? Indique na resposta todos os fundamentos cabíveis ao caso.
Resposta: Não, pois trata-se o caso concreto de Mutatio Libelli, uma vez que a denúncia trouxe determinados fatos, os quais foram objetos de ataque da defesa. No final da instrução probatória se verifica a mudança da narrativa ao qual o defensor não teve oportunidade de se manifestar. Logo, considerando que o réu se defende dos fatos, seria necessária a formação de novo contraditório, do contrário, fica cerceada a ampla defesa. O mutattio libelli exige a emenda da denúncia e a abertura de prazo de 5 dias para manifestação da defesa, para que, querendo, requeira novas provas e depoimentos pessoais.
Exercício Suplementar-1-(Magistratura/PR-2008) Quanto aos atos jurisdicionais penais, assinale a alternativa correta:
Resposta: d) As decisões interlocutórias simples servem para solucionar questão controvertida e que diz respeito ao modus procedendi, sem contudo trancar a relação processual; as interlocutórias mistas, por sua vez, apresentam um plus em relação àquelas: elas trancam a relação processual sem julgar o meritum causae.
Exercício Suplementar- 2- A foi denunciado pela prática de furto, tendo a denúncia narrado que ele abordou a vítima e, após desferir-lheum empurrão, subtraiu para si a bolsa que ela carregava. Nesse caso:
Resposta: (c) o juiz poderá dar aos fatos classificação jurídica diversa, condenando o réu pela praticado do roubo;
Semana 4 (CASO CONCRETO) Huguinho, Zezinho e Luizinho praticaram um roubo na Agência do Banco do Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Os três comparsas, ao se evadirem do local, seguiram em direções diferentes. Luizinho foi alcançado pela polícia e preso em flagrante e encontra-se preso no Complexo de Bangu, na cidade do Rio. Os outros dois conseguiram escapar. Huguinho, para não ser encontrado vive se ocultando e Zezinho encontra-se em local incerto e não sabido. Ao receber a denúncia, o juiz da 10ª vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro, determinou, diante da situação descrita, que fosse realizada a citação por edital, de acordo com o art. 363,§ 1º, CPP dos três acusados. Foi correta a decisão do magistrado? Justifique sua resposta.
Resposta: Não. Luizinho, nos termos do artigo 360, CPP, deveria ter sido citado pessoalmente, pois encontra-se preso. Com relação aos outros comparsas, o edital seria o meio eficaz segundo a inteligência do artigo 363, § 1º, CPP.
Exercício Suplementar-Com relação ao tema CITAÇÕES, assinale a alternativa incorreta:
Resposta: b) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, a citação far-se-á por carta ou qualquer meio hábil de comunicação;
Semana 5 (CASO CONCRETO) Marcílio responde a processo crime com o incurso nas penas do art. 213 do CP pois, em tese, teria constrangido Lucilha, mediante emprego de arma de fogo, a manter com ele relações sexuais. O Juiz designou Audiência de Instrução e Julgamento onde ouviu primeiramente Gumercindo, testemunha arrolada pela defesa, uma vez que as testemunhas arroladas pelo MP ainda não tinham chegado ao Fórum. Posteriormente, o Magistrado ouviu as demais testemunhas da acusação e da defesa e, por fim, interrogou Marcilio. Pergunta- se: Você, Defensor Público, arguiria qual tese defensiva em favor do seu assistido Marcílio?
Resposta: As disposições do artigo 400 do Código de Processo Penal, prevê que serão inquiridas as testemunhas de acusação, as de defesa, interrogando-se, em seguida, o acusado. Deve-se respeitar a ordem estabelecida pelo procedimento legal, pois o prejuízo causado ao réu pela inversão da ordem da oitiva das testemunhas é presumido uma vez que, sendo uma testemunha de acusação ouvida no final, o acusado não poderia se contrapor a ela.
Exercício Suplementar-(OAB-FGV) Em processo sujeito ao rito ordinário, ao apresentar resposta escrita, o advogado requer a absolvição sumária de seu cliente e não propõe provas. O juiz, rejeitando o requerimento de absolvição sumária, designa audiência de instrução e julgamento, destinada à inquirição das testemunhas arroladas pelo Ministério Público e ao interrogatório do réu. Ao final da audiência, o advogado requer a oitiva de duas testemunhas de defesa e que o juiz designe nova data para que sejam inquiridas. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta.
Resposta: (C) O juiz só deve deferir a oitiva de testemunhas de defesa arroladas posteriormente ao momento da apresentação da resposta escrita se ficar demonstrado que a necessidade da oitiva se originou de circunstâncias ou fatos apurados na instrução.
Semana 6 (CASO CONCRETO) Semprônio, motorista de um Uber, dirigia seu veículo pela pista de esquerda (pista de ultrapassagem), sendo certo que a sua frente estava o carro de Felizberto, septuagenário, que dirigia a aproximadamente 50 Km/h, o que impedia, na ocasião, Semprônio de fazer a ultrapassagem. Quando Felizberto parou o seu carro em um sinal de trânsito, Semprônio desceu de seu Uber e começou a desferir chutes e socos na lataria do carro do idoso. Uma viatura da PM que passava pelo local autuou Semprônio e o conduziu a sede policial onde foi lavrado termo circunstanciado, uma vez que a Autoridade Policial entendeu que ocorrera crime do art. 163, do CP. Semprônio não aceitou a proposta de transação penal oferecida pelo MP, sendo certo que o mesmo diante da recusa, ofereceu denúncia em face do mesmo. Ocorre que Semprônio ocultou-se para não ser citado e, diante disso, o Magistrado orientou o oficial de justiça a proceder à citação por hora certa, na forma do art. 362 do CPP. Pergunta-se: Agiu corretamente o Magistrado no caso em conformidade com o procedimento sumaríssimo?
Resposta: Segundo o art. 66 da Lei 9099/95, é incabível a citação por hora certa no JeCrim, pois deverá sempre pessoal e sempre que possível no próprio Juizado ou por mandado. Caso o acusado não seja encontrado para ser citado, as peças existentes deverão serem encaminhadas ao Juízo comum que adotará as providências cabíveis.
Exercício Suplementar-Sobre o procedimento dos Juizados Especiais Criminais, considere as seguintes assertivas:
I. A transação penal poderá ser ofertada em relação aos delitos cuja pena máxima não seja superior a 2 (dois) anos, e a suspensão do processo nos delitos cuja pena mínima for igual ou inferior a 1 (um) ano.
II. Segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal, admite-se a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano.
III. Embora se aplique o procedimento previsto na Lei no 9.099/95 aos crimes previstos no Estatuto do Idoso nas hipóteses em que a pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse a 4 (quatro) anos, a transação penal e a suspensão do processo não lhes são aplicáveis.
Quais estão corretas?
Resposta: d) I e III;
Semana 7 (CASO CONCRETO) Juninho Boca, jovem de classe média da zona sul do Rio de Janeiro, está respondendo a processo criminal como incurso nas penas do art. 33 da lei 11.343/06 pois, em tese, seria o responsável pela distribuição de cocaína em um conhecido bar em Copacabana. Realizada a AIJ, na forma do art. 56 do mesmo diploma legal, em sede de alegações finais a defesa pugnou pela nulidade do feito, uma vez que o perito que havia subscrito o laudo definitivo de constatação da substância entorpecente também havia funcionado na elaboração do laudo prévio. Pergunta-se: Assiste razão a defesa de Juninho Boca?
Resposta: Conforme o Art.50, §2º da lei 11.343/06, não assiste razão à defesa, pois o perito que subscrever o laudo prévio não ficará impedido de participar da elaboração do laudo definitivo. Porém, a única ressalva guarda guarida quanto ao laudo definitivo que deverá ser elaborado por dois peritos oficiais, sob pena de nulidade.
Exercício Suplementar-1-Sobre os crimes da Lei de Drogas (Lei 11.343/06), assinale a opção INCORRETA:
Resposta : C) É vedada a transação penal para aquele que oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento para juntos consumirem.
Exercício Suplementar-2- Matheus foi denunciado pela prática dos crimes de tráfico de drogas (Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/2006) e associação para o tráfico (Art. 35, caput da Lei nº 11.343/2006), em concurso material. Quando da realização da audiência de instrução e julgamento, o advogado de defesa pleiteou que o réu fosse interrogado após a oitiva das testemunhas de acusação e de defesa, como determina o Código de Processo Penal (Art. 400 do CPP, com redação dada pela Lei nº 11.719/2008), o que seria mais benéfico à defesa. O juiz singular indeferiu a inversão do interrogatório, sob a alegação de que a norma aplicável à espécie seria a Lei nº 11.343/2006, a qual prevê, em seu Art. 57, que o réu deverá ser ouvido no início da instrução. Nesse caso:
Resposta: B) o juiz agiu corretamente, eis que o interrogatório, em razão do princípio da especialidade, deve ser o primeiro ato da instrução nas ações penais instauradas para a persecução dos crimes previstos na Lei de Drogas.
SEMANA8(CASO CONCRETO) (OAB) Caio, professor do curso de segurança no trânsito, motorista extremamente qualificado, guiava seu automóvel tendo Madalena, sua namorada, no banco do carona. Durante o trajeto, o casal começa a discutir asperamente, o que faz com que Caio empreenda altíssima velocidade ao automóvel. Muito assustada, Madalena pede insistentemente para Caio reduzir a marcha do veículo, pois àquela velocidade não seria possível controlar o automóvel. Caio, entretanto, respondeu aos pedidos dizendo ser perito em direção e refutando qualquer possibilidade de perder o controle do carro. Todavia, o automóvel atinge um buraco e, em razão da velocidade empreendida, acaba se desgovernando, vindo a atropelar três pessoas que estavam na calçada, vitimando-as fatalmente. Realizada perícia de local, que constatou o excesso de velocidade, e ouvidos Caio e Madalena, que relataram à autoridade policial o diálogo travado entre o casal, Caio foi denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de homicídio na modalidade de dolo eventual, três vezes em concurso formal.Realizada Audiência de Instrução e Julgamento e colhida a prova, o Ministério Público pugnou pela pronúncia de Caio, nos exatos termos da inicial. Na qualidade de advogado de Caio, chamado aos debater orais, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso:
Qual (is) argumento (s) poderia (m) ser deduzidos em favor de seu constituinte?
 RESPOSTA: A melhor tese defensiva, seria argumentar que no caso o réu agiu com culpa consciente , por que a pesar de ter sido possível a ele, antever a ocorrência de um resultado naturalístico, ele sinceramente e equivocadamente, não aceitava o resultado e ainda acreditava que nada poderia acontecer, tendo em vista que ele era perito em direção. Incompetência do juízo, um a vez que, Caio praticou homicídio culposo, pois agiu com culpa consciente, na medida em que , embora tenha previsto resultado, acreditou que o evento não fosse ocorrer em razão de sua pericia.
Qual pedido deveria ser realizado? 
RESPOSTA: O pedido a ser realizado seria pela desclassificação própria, com remessa dos autos p aro o órgão com competência originaria (aplicação das regra s procedimentais da lei 9503/97). Pedido de desclassificação, da imputação para homicídio culposo e declínio da competência, conforme previsão do art. 419 CPP.
c) Caso Caio fosse pronunciado, qual recurso poderia ser interposto e a quem a peça de interposição deveria ser dirigida? 
RESPOSTA: Neste caso o recurso a ser interposto, seria o recurso em sentido estrito na forma do artigo 5 81, IV do C PP, e a petição deve ser endereçada ao juiz que prolatou a sentença. Caberá recurso. em sentido estrito (art. 581, IV CPP). A petição será endereçada ao 
próprio juiz que denunciou o acusado e as razões serão endereçadas ao tribunal
 
Exercício Suplementar (OAB) Assinale a alternativa CORRETA à luz da doutrina referente ao Tribunal do Júri. 
RESPOSTA: b) A natureza jurídica da pronúncia (em que o Magistrado se convence da existência material do fato criminoso e de indícios suficientes de autoria) é de decisão interlocutória mista não terminativa; 
SEMANA9(CASO CONCRETO) Antônio foi submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri e condenado. Após o julgamento, descobriu-se que integrou o Conselho de Sentença o jurado Marcelo, que havia participado do julgamento de Pedro, co-réu no mesmo processo, condenado por crime de roubo conexo ao delito pelo qual Antônio foi condenado. Pergunta-se: Qual a defesa que poderá ser apresentada pelo Defensor de Antônio em eventual recurso interposto? Justifique a sua resposta: 
RESPOSTA: A defesa poderá arguir a nulidade do jul gamento, c om base no verbe te 206 da sum ula do STF, porque um dos j urados que havia participado do primeiro julgam ento, tam bém participou do segu ndo, restando violado o arti go 449,I do CPP. A defesa poderá alegar a nulidade do julgamento, com base na sum.206 do STF. Ainda que se considere que essa nulidade seja relativa, no caso apresentado a nulidade será absoluta porque o réu foi condenado por 4x3 e o prejuízo ficou evidente. D esta forma, não pode servir no conselho quem tiver tomado parte, como jurado, em julgamento anterior, inclusive de co-réu. 
Exercício Suplementar (Magistratura/RS/2009) Acerca de processo e julgamento dos crimes dolosos contra a vida, assinale a assertiva CORRETA: 
RESPOSTA: B) Poderá haver recusa ao serviço do Júri, fundada em c onvicção religiosa, filosófica ou polít ica;
SEMANA 10(CASO CONCRETO) (Ministério Público – PR / 2008) Tício foi condenado à pena privativa de liberdade de 06 (seis) anos de reclusão por violação ao artigo 157, parágrafo 2, incisos I e II do Código Penal. Da sentença condenatória, Tício foi intimado em 09/05/2008 (sexta-feira), oportunidade em que manifestou o interesse de não recorrer da decisão condenatória. O advogado de Tício, defensor devidamente constituído, fora intimado da decisão 
condenatória em 08/05/2008 (quinta-feira). No dia 16/05/2008, o advogado de Tício interpôs recurso de apelação. O recurso é tempestivo ou não? Justifique a sua resposta. 
RESPOSTA: Conforme entendimento do STF, em observância ao principio constitucional da ampla defesa, a intimação deve ser feita em face do réu e também de seu defensor constituído, contando-se o prazo a partir daquela que ocorreu em ultimo lugar. Assim, no caso em tela, se a última intimação se deu em 09/05 (sexta feira), o prazo final para o oferecimento da apelação '' cinco dias'' seria em 16/05 ( sexta feira), sendo portanto tempestivo o recurso. 
 
Exercício Suplementar Quantos aos recursos em geral, dispõe o Código de Processo Penal, dentre outras hipóteses, que 
RESPOSTA: c) salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro e se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto pela parte, mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível; 
RESPOSTA CORRETA: LETRA C ( ART. 579) 
 
SEMANA11(CASO CONCRETO) (OAB) Pedro, almejando a morte de José, contra ele efetua disparo de arma de fogo, acertando-o na região torácica. José vem a falecer, entretanto, não em razão do disparo recebido, mas porque, com intenção suicida, havia ingerido dose letal de veneno momentos antes de sofrer a agressão, o que foi comprovado durante instrução processual. Ainda assim, Pedro foi pronunciado nos termos do previsto no artigo 121, caput, do Código Penal. Na condição de Advogado de Pedro: 
I. indique o recurso cabível; 
RESPOSTA: Recurso em sentido estrito (art. 581,{4 CPP) . Prazo de interposição 5 dias. 
II. o prazo de interposição; 
RESPOSTA: 5 DIAS. 
III. a argumentação visando à melhoria da situação jurídica do defendido. 
RESPOSTA; Desclassificação do crime consumado para tentado, já que a ação de Pedro não deu origem a morte de José. Cuida-se de hipótese de com causa a absolutamente independente pré existente '' art. 13 CP''. 
Indique, ainda, para todas as respostas, os respectivos dispositivos legais. 
 
PROCESSO PENAL II 
Exercício Suplementar (Magistratura PR – 2010) Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: 
I. Que pronunciar ou impronunciar o réu; 
II. Que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; 
III. Que absolver sumariamente o réu; 
IV. Da decisão que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento 
para o juízo ad quem. 
Dadas as assertivas acima, escolha a alternativa CORRETA: 
RESPOSTA: b) Apenas a assertiva II está correta; 
SEMANA12(CASO CONCRETO 1) George foi pronunciado, na forma do art. 413 do CPP, pelo crime previsto no art. 121, § 2º, II do CP por, em tese, ter matado a vítima Leonidas Malta em uma briga na saída da boite TheNight. O processo tramitou regularmente na primeira fase do procedimento, com designação de AIJ para o dia 11 novembro de 2015, tendo sido o acusado pronunciado no dia 2 de março de 2016. Assim, o julgamento em Plenário ocorreu efetivamente no dia 9 de dezembro de 2016. Após a oitiva das testemunhas arroladas para o julgamento em Plenário, como tese defensiva, o acusado, orientado por seu advogado, optou por exercer a garantia constitucional prevista no art. 5º, LXIII da CRFB/88. Em sede de debates orais o MP sustentou a acusação nos limites da denúncia, sendo certo que a defesa técnica sustentou a tese de legítima defesa e a ausência de provas nos autos que comprovassem o que fora sustentado pela acusação. Em réplica, o ilustre membro do Parquet apontou para o acusado e sustentou para os jurados que se o acusado fosse inocente ele não teria ficado calado durante o interrogatório, que não disse nada porque não tem argumentos próprios para se defender e que, portanto, seria efetivamente o responsável pela morte da vítima, pois, afinal, quem cala consente. A defesa reforçouseus argumentos de defesa em tréplica, contudo, George foi condenado pelo Conselho de Sentença e o Juiz Presidente fixou a reprimenda estatal em 15 anos de reclusão em regime inicialmente fechado por homicídio qualificado por motivo fútil (art.121, §2º, II, CP). Na condição de advogado de George, adote a medida cabível para impugnar a decisão utilizando todos os argumentos cabíveis, e indique o último dia do prazo.
RESPOSTA: RECURSO DE AP ELAÇÃO, com base no ar t. 593, III, alínea “c ”: houver erro ou injustiç a no tocante à aplicação da p ena ou da medi da de segurança”. No pra zo de 5 dias, inicio dia 12/12/2016 ate 17/12/2016. 
(CASO CONCRETO 2) Em 20/05/2016, Cláudio foi preso em flagrante pela prática do crime previsto no artigo 33 da Lei 11.343/2006. Regularmente processado, ao fim da instrução criminal o mesmo foi condenado com fulcro no art. 33 § 4º da referida lei, a pena base de 05 anos, que foi reduzida em 2/3 em razão do § 4º, sendo a pena final de 01 anos e 08 meses de reclusão, em regime semiaberto. Somente o Ministério Público recorreu da decisão, buscando afastar a aplicação do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006. O Tribunal de Justiça, ao julgar o referido recurso, proferiu a seguinte decisão: Nego provimento ao recurso e abrando o regime prisional para o aberto, com expedição do alvará de soltura , substituindo a pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, a ser fixada pelo juízo da execução. Diante essa situação hipotética, mencione:
a) qual foi o recurso interposto pelo Ministério Público?
RESPOSTA: RESE. Recurso mediante o qual se procede ao reexame de uma decisão nas matérias especificadas em lei, possibilitando ao próprio juiz recorrido uma nova apreciação da questão, antes d a remessa dos autos à segunda instância.
 b) a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça está correta? Justifique sua resposta.
RESPOSTA: NÃO. Pela vedação no dispositivo legal d o §4º do art . 33 da Lei: “nos delitos definidos no caput e no § 1 o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um s exto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas n em integre organização criminosa”.
Exercício Suplementar (Magistratura DF/2007) Técio, submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri de Brasília, foi condenado, por incursão no artigo 121, § 2º, II, do Código Penal (homicídio qualificado por motivo fútil), à pena privativa de liberdade mínima, vale dizer, de 12 (doze) anos de reclusão. Com fundamento no artigo 593, III, "d", do Código de Processo Penal, interpôs recurso de apelação para uma das Turmas Criminais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, limitando-se a sustentar que a decisão dos jurados, no que concerne ao motivo fútil, foi manifestamente contrária à prova dos autos. A posição prevalente é a de que, reconhecendo que, efetivamente, a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, que não ampara o motivo fútil, a Turma Criminal: 
RESPOSTA: a) deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando a submissão de Técio a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. E desse novo julgamento, em que poderá Técio ser novamente condenado pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado por motivo fútil, não se admitirá, pelo mesmo motivo, segunda apelação; 
SEMANA13(CASO CONCRETO) Herculino foi condenado a 20 anos de re clusão pela prática de latrocínio. Na sentença condenatória, o juiz demonstra clara contradição entre as razões de sua fundamentação com sua decisão, principalmente ao acolher os depoimentos favoráveis das testemunhas de defesa bem como ao considerar boa a tese de desclassificação apresentada em alegações finais orais sob o argumento de violação de princípio constitucional (prova obtida por meio ilícito). Sabendo que a decisão foi prolatada em AIJ (audiência de instrução e julgamento), dia 03/06/2011 (sexta-feira), pergunta-se: 
a) Qual o instrumento cabível, no caso em tela, para obter o esclarecimento da 
contradição? 
RESPOSTA: Embargos de declaração, para afastar a contradição, previsão legal art. 382 CPP 
b) Qual o último dia para interposição do instrumento citado na questão anterior? 
RESPOSTA: Exclui o dia do começo, o prazo é de 2 dias, sendo o prazo máximo 07/03 (começa na segunda). 
c) Sendo uma decisão condenatória, qual a data máxima para interposição de recurso de 
apelação, considerando a interposição do instrumento citado no item a acima? 
RESPOSTA: Os efeitos dos embargos de declaração será interruptivo, aplicando por analogia o art. 538 do CPC, sendo assim, o prazo do recurso de apelação será utilizado por completo de 5 dias após a intimação da decisão que julgou os embargos de declaração. (os embargos de declaração no JECRIM, o prazo é de 5 dias, e os efeitos são suspensivos) 
 
Exercício Suplementar (Juiz – TO/Cespe) Com relação aos embargos infringentes, assinale a opção CORRETA: 
RESPOSTA: d) O relator e o revisor de tais embargos não podem ter participado do primeiro julgamento do réu. 
SEMANA14(CASO CONCRETO) Aristóteles foi condenado à pena de 9 anos de reclusão pela prática do crime de estupro (artigo 213, caput, C P). Após o trânsito em julgado da sentença condenatória, Aristóteles, através de seu advogado, ajuíza pedido de revisão criminal da sentença que lhe fora desfavorável, sustentando vício processual insanável consistente na ausência da intimação de seu então patrono para a apresentação de resposta preliminar obrigatória (art. 396, CPP). O Tribunal de Justiça competente acolhe o pleito de revisão criminal, anulando o referido processo. Nesta hipótese, pergunta-se: Seria juridicamente possível que, após a anulação, por meio de revisão criminal, do primeiro julgamento de Aristóteles, seja proferida, em um segundo julgamento pelo juízo de primeiro grau, sentença condenatória com imposição de sanção penal m ais gravosa do que aquela que lhe fora anteriormente imposta? Justifique a sua resposta: 
RESPOSTA: A vedação constante no paragrafo único do art. 626 do CPP, diz respeito tanto a refortio in pejus como também a refortio in pejus indireta, de sorte que, se depois de declarada nula a sentença em sede de revisão criminal, por algum vicio insanável, e vedado que juiz prolate nova decisão com pena exasperada tendo em vista que seria incabível revisão criminal pro societate. 
 
Exercício Suplementar (CESPE) Assinale a opção correta em relação ao instituto da revisão criminal. 
RESPOSTA: c) Aplicando-se o princípio da fungibilidade entre o habeas corpus e a revisão criminal, é possível desconstituir decisão transitada em julgado por meio de habeas corpus, se verificada a existência de flagrante ilegalidade; 
 
SEMANA 15(CASO CONCRETO) (OAB) Caio, na qualidade de diretor financeiro de uma conhecida empresa de fornecimento de material de informática, se apropriou das contribuições previdenciárias devidas dos empregados da empresa e por esta descontadas, utilizando o dinheiro para financiar um automóvel de luxo. A partir de comunicação feita por Adolfo, empregado da referida empresa, tal fato chegou ao conhecimento da Polícia Federal, dando ensejo à instauração de inquérito para apurar o crime previsto no artigo 168 -A do Código Penal. N o curso do aludido procedimento investigatório, a autoridade policial apurou que Caio também havia praticado o crime de sonegação fiscal, uma vez que deixara de recolher ICMS relativamente às operações da mesma empresa. Ao final do inquérito policial, os fatosficaram comprovados, também pela confissão de Caio em sede policial. Nessa ocasião, ele afirmou estar arrependido e apresentou comprovante de pagamento exclusivamente das contribuições previdenciárias devidas ao INSS, pagamento realizado após a instauração da investigação, ficando não paga a dívida relativa ao ICMS. Assim, o delegado encaminhou os autos ao Ministério Público Federal, que denunciou Caio pelos crimes previstos nos artigos 168-A do Código Penal e 1º, I, da Lei 8.137/90, tendo a inicial acusatória sido recebida pelo juiz da vara federal da localidade. Após analisar a resposta à acusação apresentada pelo advogado de Caio, o aludido magistrado entendeu não ser o caso de absolvição sumária, tendo designado audiência de instrução e julgamento. Com 
base nos fatos narrados no enunciado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
PROCESSO PENAL II 
a) Qual é o meio de impugnação cabível à decisão do Magistrado que não o absolvera 
sumariamente? 
RESPOSTA: Caberia habeas corpus, uma vez que não ha previsão de recurso contra a decisão que não absolverá sumariamente o acusado, sendo cabível ação mandamental, conforme 
estabelece o art. 647 e seguintes do CPP. No presente caso não caberia recurso em sentido estrito, uma vez que o enunciado da questão não traz qualquer informação acerca da fundamentação utilizada pelo magistrado, face ao indeferimento expresso de reconhecimento da extinção da punibilidade em relação ao INSS. 
b) A quem a impugnação deve ser endereçada? 
RESPOSTA: O Habeas Corpus deverá entrar no TRF da respectiva região em que o processo está tramitando. 
c) Quais fundamentos devem ser utilizados? 
RESPOSTA: Extinção da punibilidade pelo pagamento do débito, quanto ao delito previsto no art. 168 A. CP, e, após, restando apenas acusação pertinente a sonegação de tributo de natureza estadual, incompetência absoluta, em razão da matéria. A sum. vinculante n. 24 do STF, estabelece que a discussão do pagamento do tributo na esfera administrativa impede a propositura da ação penal. 
Exercício Suplementar (MP-PR) Sobre habeas corpus, analise as assertivas abaixo e responda 
I. O habeas corpus destina-se apenas a proteger a liberdade de locomoção, o direito de ir 
e vir, não se presta à tutela de outros direitos. 
II. Não cabe habeas corpus para trancamento de inquérito policial, pois não se trata de 
direito de locomoção. 
III. O habeas corpus requer prova pré-constituída, pois não admite dilação probatória. 
Assim, fundamentada na inocência do paciente a ordem de habeas corpus somente pode 
ser concedida quando a alegada inocência estiver comprovada de plano e cabalmente. 
IV. O habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, ainda que sem capacidade 
postulatória, ou pelo próprio Ministério Público. 
RESPOSTA: c) Apenas I, III e IV estão corretas; 
SEMANA16(CASO CONCRETO)
1) Tício e Caio foram acusados de receberem vultosa quantia em dinheiro através de emissão de duplicatas sem causa debendi, causando prejuízo a terceiros, tendo o Ministério Público capitulado a infração no artigo 172 do Código Penal (crime de duplicata simulada). Na sentença, o juiz concordou com a narrativa fática, condenando os acusados nas penas do artigo 171, caput do Código Penal (crime de estelionato). Com base nisto, responda: 
a) A hipótese retratada é de Emendatio ou Mutatio Libelli? Justifique a sua resposta ; 
RESPOSTA: De acordo com a emendatio libelli, o jui z, quando d a sentença, verificando que a tipificação não corresponde aos fatos narrados na petição inicial, poderá de of ício apo ntar sua corr eta definição jurídica . Na “emendatio ” os fatos provados são e xatamente os fatos nar rados. Assim, dispõe o C PP sobre a mat éria: Art. 383. O juiz, sem modifi car a descrição do fato contid a na denúncia ou queixa , po derá atribuir -lhe definição jurídica divers a, ainda que, em c onsequência, ten ha de aplicar pena mais grave. 
b) A situação apresentada no enunciado poderia ocorrer em grau de 2 instância? Fundamente a sua resposta: 
RESPOSTA: Emendatio libelli em grau de recurso: É possív el que o t ribunal, no julgamento de um recurso contra a sentença, faça emendatio libelli, desde que não ocorra reformatio in pej us (STJ HC 879 84 / SC).
2) No que consiste o Princípio da Congruência ou da Correlação? Fundamente a sua resposta: 
RESPOSTA: O PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA TRATA DE UMA PROIBIÇÃO AO MAGISTRADO. Não poderá o jui z c onceder nada a mais ( ultra petita) ou difere nte do que foi ped ido (ex tra petita). Assim, como não poderá fundamentar-se em causa de pedir d iferente da narrada pe lo aut or; caso não seja obs ervado esse princípio a sentença s erá considerada n ula. Existem EXCEÇÕ ES, previstas em L ei, ao princípio da congruê ncia. 1) Pedidos implícitos: o magistrado poderá conceder o que não foi demando pelo autor. 2) Fungibilidade: o m agistrado poderá conceder tutela diferente da requerida nas ações pos sessórias e cautelares. 3) Demandas cujo objetiv o é uma o brigação de fazer ou não fazer: o magistrado pod erá conceder tutela divers a. 4) O Supremo Tribu nal Federal também ad mite o afastam ento do princípio da co ngruência ao declarar i nconstitucionalidade de uma norma, em atenção a pedido for mulado pelo autor, todavia, utilizando -se de fundamentos difere ntes daqueles qu e foram suscitados .
3) Em uma colisão de veículos, uma das vítimas sofre lesões corporais. Ela é levada a um hospital particular, onde fica internada por alguns dias. Quando sai do hospital, as lesões já estão imperceptíveis e a vítima não comparece ao Instituto Médico Legal para fazer o exame de corpo de delito. O Ministério Público oferece a denúncia instruída com os exames feitos no hospital em que a vítima foi atendida e arrola o médico responsável como testemunha. Assinale a resposta que descreve o procedimento correto: 
RESPOSTA: b) O juiz deve receber a denúncia pois a falta do exame de corpo de delito pode ser suprida por outras provas, notadamente a prova testemunhal, no caso de desaparecimento dos vestígios; 
4) Ticio está residindo na França mas em endereço desconhecido. Nesse caso, a sua citação far-se-á por:
RESPOSTA: b) Carta Rogatória; 
5) Determinado delegado de polícia obtém autorização judicial para proceder a interceptação telefônica em inquérito instaurado para apurar tráfico de entorpecentes. No curso da interceptação, a polícia consegue provas de que Semprônio, parte integrante da quadrilha, matou um desafeto. O advogado de defesa de Semprônio alega judicialmente que a prova do homicídio seria uma prova ilícita pois a realização da interceptação teria sido autorizada somente para apurar suposto crime de tráfico, delimitando assim o alcance da diligência. Com base nisto, responda: A alegação da defesa é procedente? Fundamente a sua resposta:
RESPOSTA: Há duas correntes dou trinarias para quest ão. 
 1ª corrent e: a intercept ação é válida co mo prova do novo crime ou criminoso descobert o fortuitamente, desde que seja conexo c om o crime p ara o qual foi autorizada a interceptação telefônica. Assim, se não h ouver a conexão, a interceptaç ão só serve como “ noticia crimin is” para iniciar uma n ova inve stigação em r elação a esse novo crime ou cr iminoso. Esta corrente prevalece na doutrin a bras ileira. 
2ª corr ente: a intercepta ção é válida como prova do crime ou criminoso descoberto fortuitamente, mesmo se não h ouver conexão c om o c rime para o qua l foi solicitada a interceptação telefônica, mas desde que relacionada com o fato criminoso objeto da investigação. Esta corrent e v emprevalecendo na jurisprudência, pois o Estado não pode se manter inerte d iante da notíci a de um crime ( STJ, RHC 34.280; STJ HC 33.462 e STF AI no AR 71.706). 
Diante das duas correntes, cabe salientar que a 2ª encaixa na proposta da defesa, portanto é ilícita para atuar no f eito, por ém ser i nstaurado IP para apu ração do ilícito descoberto.

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