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CAPÍTULO III - CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO MATERIAL E EM SENTIDO FORMAL

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CAPÍTULO III
CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO MATERIAL E EM SENTIDO FORMAL
Introdução
Constituição Material consiste no conjunto de regras materialmente constitucionais, estejam ou não codificadas em um único documento; enquanto a Constituição Formal é aquela consubstanciada de forma escrita, por meio de um documento solene e estabelecido pelo poder constituinte originário. (3)
Constituição em Sentido Material
A Constituição material é concebida em sentido amplo e em sentido estrito. No primeiro, identifica-se como a organização total do Estado, com regime político. No segundo, designa as normas constitucionais escritas ou costumeiras, inseridas ou não num documento escrito, que regula a estrutura do Estado, a organização de seus órgãos e os direitos fundamentais. Neste caso, Constituição só se refere à matéria essencialmente constitucional; as demais, mesmo que integrem uma Constituição escrita, não seriam constitucionais. (1)
Do ponto de vista material, a Constituição é o conjunto de normas pertinentes à organização do poder, à distribuição da competência, ao exercício da autoridade, à forma de governo, aos direitos da pessoa humana, tanto individuais quanto sociais. Tudo o quanto for, enfim, conteúdo básico referente à composição e ao funcionamento da ordem política exprime o aspecto material da Constituição. (4)
Regras materialmente constitucionais são as que, por seu conteúdo, se referem diretamente à forma de Estado (ex.: as que o definem como Estado federal), ao modo de aquisição (ex.: sistema eleitoral), o exercício do poder (ex.: atribuições de seus órgãos), estruturação dos órgãos de poder (ex.: do Legislativo e do Executivo), e aos limites de ação (ex.: direitos fundamentais). (2)
Em síntese, com base na Constituição, podemos classificar os direitos fundamentais em seis grupos:
direitos individuais (art. 5º);
direitos à nacionalidade (art. 12);
direitos políticos (arts. 14 a 17);
direitos sociais (arts. 6º e 7º);
direitos coletivos (art. 5º);
direitos solidários (arts. 3º e 225). (1)
Em verdade, as Constituições escritas devem ser breves, para que tenham valor educativo. Assim, constatam-se em fixar apenas as regras principais, deixando ao legislador ordinário a tarefa de completá-las, de regulamentá-las. Por isso, fora a Constituição escrita, encontram-se as leis ordinárias em matéria constitucional (ex.: lei eleitoral). Tais leis são ditas, em vista disto, de leis materialmente constitucionais. (2)
Constituição em Sentido Formal
A Constituição Formal é o peculiar modo de existir do Estado reduzido, sob a forma escrita, a um documento solenemente estabelecido pelo poder constituinte e somente modificável por processos e formalidades nela própria estabelecidos. (1)
Se há regras que, por sua matéria, são constitucionais ainda que não estejam contidas numa Constituição escrita, nestas costumam existir normas que, rigorosamente falando, não têm conteúdo constitucional (forma de Estado, forma de governo etc.). São, portanto, normas formalmente constitucionais. (2)
A inclusão destas regras de conteúdo não constitucional no campo da Constituição escrita visa especialmente a sublinhar a sua importância. E, quando esta Constituição é rígida, fazê-las gozar de estabilidade que a referida Constituição rígida confere a todas as suas normas. (2)
Essa forma difícil de reformar a Constituição ou de elaborar uma lei constitucional, distinta da forma fácil empregada na feitura da legislação ordinária – cuja aprovação se faz em geral por maioria simples – caracteriza a Constituição pelo seu aspecto formal. (4)
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	José Afonso da Silva
Manoel Gonçalves Ferreira Filho
Alexandre de Moraes
Paulo Bonavides

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