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TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO Professor Me. Ricardo Azenha Loureiro Albuquerque GRADUAÇÃO Unicesumar C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; ALBUQUERQUE, Ricardo Azenha Loureiro. Teorias da Administração . Ricardo Azenha Loureiro Al- buquerque. Reimpressão Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 148 p. “Graduação - EaD”. 1. teoria. 2. administração. 3. Estratégica 4. EaD. I. Título. ISBN 978-85-459-0250-8 CDD - 22 ed. 658 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828 Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - Núcleo de Educação a Distância Direção Operacional de Ensino Kátia Coelho Direção de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Direção de Operações Chrystiano Mincoff Direção de Mercado Hilton Pereira Direção de Polos Próprios James Prestes Direção de Desenvolvimento Dayane Almeida Direção de Relacionamento Alessandra Baron Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli Gerência de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey Coordenador de Conteúdo Patrícia Rodrigues da Silva Design Educacional Thayla Daiany Guimarães Cripaldi Iconografia Amanda Peçanha dos Santos Ana Carolina Martins Prado Projeto Gráfico Jaime de Marchi Junior José Jhonny Coelho Arte Capa André Morais de Freitas Editoração Fernando Henrique Mendes André Morais de Freitas Revisão Textual Yara Martins Dias, Nayara Valenciano, Viviane Favaro Notari, Gabriel Bruno Martins, Maraisa Daiana da Silva Ilustração André Luís Onishi Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos. A busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualidade, novas habilidades para liderança e so- lução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no mundo do trabalho. Cada um de nós tem uma grande responsabilida- de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos- sos farão grande diferença no futuro. Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar assume o compromisso de democratizar o conhe- cimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos brasileiros. No cumprimento de sua missão – “promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi- tário Cesumar busca a integração do ensino-pes- quisa-extensão com as demandas institucionais e sociais; a realização de uma prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consci- ência social e política e, por fim, a democratização do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade. Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al- meja ser reconhecido como uma instituição uni- versitária de referência regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de competências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con- solidação da extensão universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrati- va; compromisso social de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também pelo compromisso e relaciona- mento permanente com os egressos, incentivan- do a educação continuada. Diretoria Operacional de Ensino Diretoria de Planejamento de Ensino Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo de transformação, pois quan- do investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, consequente- mente, transformamos também a sociedade na qual estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capa- zes de alcançar um nível de desenvolvimento compa- tível com os desafios que surgem no mundo contem- porâneo. O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na transformação do mundo”. Os materiais produzidos oferecem linguagem dialó- gica e encontram-se integrados à proposta pedagó- gica, contribuindo no processo educacional, comple- mentando sua formação profissional, desenvolvendo competências e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, de maneira a inse- ri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal objetivo “provocar uma aproxi- mação entre você e o conteúdo”, desta forma possi- bilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessários para a sua formação pes- soal e profissional. Portanto, nossa distância nesse processo de cres- cimento e construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos peda- gógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possi- bilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e en- quetes, assista às aulas ao vivo e participe das discus- sões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui- lidade e segurança sua trajetória acadêmica. Professor Me. Ricardo Azenha Loureiro Albuquerque Tenho graduação em Administração, Mestrado em Engenharia de Produção com ênfase em Gestão de Negócios, Especialização na Dinâmica dos Grupos, diversos cursos de extensão e um profundo amor pela docência. Há mais de dez anos, leciono disciplinas na área da administração e, atualmente, me dedico, exclusivamente, à UniCesumar. A U TO R SEJA BEM-VINDO(A)! Caro(a) aluno(a), sou o professor Ricardo Azenha e fico muito feliz em saber que, juntos, iremos percorrer os principais conceitos teóricos da Administração. Acredito que este li- vro possa contribuir com sua formação uma vez que lhe será apresentando as principais correntes teóricas da administração, mostrando sua evolução e aplicabilidade em seu campo de atuação. Sendo assim, organizei este livro em cinco unidades. A primeira unidade trata da “Visão Geral da Administração”, na sequência, serão abor- dados os temas “Perspectiva Clássica da Administração Perspectiva Humanística da Administração”, “Perspectiva Moderna da Administração” e “Uma abordagem Es- tratégica da Administração”. A leitura da primeira unidade é o ponto de partida na seara do conhecimento em Ad- ministração. Servirá para familiarizá-lo(a) com alguns conceitos básicos relacionados ao tema, que possibilitará a você, caro(a) acadêmico(a), compreender as teorias mais im- portantes da Administração de forma evolutiva e contextualizada historicamente nas próximas unidades deste livro. Dessa forma, prezado(a) estudante, na Unidade I, você desenvolverá um claro entendi- mento sobre os conceitos fundamentais relacionados a essa área, desde o motivo pelo qual devemos estudar Administração, seu significado e a importância da organização nesse contexto, além de conceitos relacionados às atividades organizacionais e seus processos administrativos. Para isso, destacaremos, sob a perspectiva funcional, o planejamento, a organização, a execução e o controle e o papel dos administradores nos níveis organizacionais. Assim, você obterá um real entendimento sobre o nosso papel enquanto administradores ougerentes, compreendendo, também, a distinção entre a eficiência e a eficácia organi- zacional, bem como quais são as competências, habilidades e papéis administrativos necessários para enfrentar os grandes desafios propostos nessa área. Na Unidade II, você estudará a evolução das Teorias da Administração. Compreender a evolução histórica da administração e o contexto social em que as principais teorias começaram a surgir possibilitará a você entender que não há necessidade de “reinventar a roda”. A administração é científica e suas teorias estão disponíveis dentro de um con- texto histórico e cronológico. Nesse contexto, essa unidade será o start para as demais unidades que, também, compreen- dem as teorias da Administração. Esperamos que você compreenda quais foram essas mu- danças, porque ocorreram, quais foram os seus impactos para a humanidade e que motivos levaram os cientistas da Administração a formularem novas teorias inter-relacionando-as com as antecessoras no intuito de aperfeiçoar cada vez mais a gestão administrativa. As teorias iniciam-se a partir da Administração Científica de Taylor, na época da Revolu- ção Industrial, com sua ênfase nas tarefas, seguida das teorias Administrativas de Fayol e da Burocracia de Weber, com a ênfase na estrutura, procurando agregar soluções para as situações que as teorias antecessoras não resolveram. APRESENTAÇÃO TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO A Unidade III apresenta uma importante mudança de perspectiva na administra- ção, em que o foco passa para as pessoas dentro das empresas. Tem início com as Teorias de Transição, introduzindo outros autores importantes, continua com o es- tudo referente às Escolas das Relações Humanas e Comportamentalistas e, por fim, encerra-se essa unidade com a Teoria Estruturalista a qual procurou inovar contradi- zendo todas as teorias anteriores. A Unidade IV também agregará a você mais conhecimento sobre novas teorias sur- gidas sob os aspectos modernos, dando continuidade para a resolução das ques- tões administrativas, ou seja, a busca da eficiência e da eficácia nos processos orga- nizacionais. Para tanto, você compreenderá a importância da Teoria de Sistemas no contexto organizacional, seguida da Teoria Contingencial e da Teoria do Desenvol- vimento Organizacional, finalizando com os conceitos referentes à Cultura e Clima Organizacional. A Unidade V, nossa última unidade, proporcionará a você teorias sob os aspectos estratégicos da administração, em que será abordado a respeito da Administração por Objetivos (APO), Administração Estratégica e da Administração Participativa, tão relevante para o ambiente atual das organizações. Essa unidade é muito impor- tante e servirá para somar ainda mais ao seu conhecimento já adquirido, porém, agora, de forma mais abrangente e holística. Como você irá perceber nessa unidade, as teorias aqui tratadas são relativamente novas e a sua maioria já é praticada nas organizações atualmente. Nesta caminhada até aqui, você deve ter percebido que os estudos científicos ini- ciaram há pouco mais de 100 anos, e, considerando, então, esse espaço de tempo anterior aos estudos científicos de como organizar empresas, pessoas e processos, é possível perceber claramente que as teorias administrativas vêm evoluindo, consi- deravelmente, junto com a humanidade. Espero que possa aproveitar todo o conteúdo exposto neste livro, de maneira que seu desenvolvimento profissional e educacional se fortaleça e o ajude a se destacar no mercado e, o mais importante, em sua vida. Um grande abraço. Professor Me. Ricardo Azenha Loureiro Albuquerque “Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos ganhar pelo medo de tentar.” (Shakespeare). APRESENTAÇÃO SUMÁRIO 09 UNIDADE I VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO 15 Introdução 16 Por que Estudar Administração? 20 Conceitos de Administração 23 Entendendo o que São Organizações 25 As Organizações e seus Ambientes 30 Funções da Administração 40 Eficiência e Eficácia Organizacional 41 Os Níveis da Administração 43 Competências, Habilidades e Papéis do Administrador 49 Considerações Finais UNIDADE II PERSPECTIVA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 59 Introdução 60 Evolução Histórica da Administração 63 A Teoria da Administração Científica 68 A Teoria Administrativa 71 A Teoria da Burocracia 74 Considerações Finais SUMÁRIO 10 UNIDADE III PERSPECTIVA HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO 83 Introdução 84 As Teorias de Transição 86 A Escola das Relações Humanas 87 A Experiência de Hawthorne 90 A Escola Comportamentalista 94 A Teoria Estruturalista 95 Considerações Finais UNIDADE IV PERSPECTIVA MODERNA DA ADMINISTRAÇÃO 103 Introdução 104 A Teoria dos Sistemas 109 A Teoria Contingencial 112 O Desenvolvimento Organizacional 116 Cultura e Clima Organizacional 119 Considerações Finais SUMÁRIO 11 UNIDADE V INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA 125 Introdução 126 Administração por Objetivos (APO) 130 Administração Estratégica 132 Administração Participativa 134 Considerações Finais 139 CONCLUSÃO 141 REFERÊNCIAS 143 GABARITO U N ID A D E I Professor Me. Ricardo Azenha Loureiro Albuquerque VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Objetivos de Aprendizagem ■ Esclarecer o motivo pelo qual devemos estudar Administração. ■ Definir os principais conceitos de Administração. ■ Entender o que são organizações e como elas se relacionam em seus ambientes apresentando sua relevância para a sociedade. ■ Analisar as principais funções da Administração de acordo com o processo administrativo. ■ Compreender as distinções entre eficiência e eficácia organizacional. ■ Relacionar os níveis da Administração e as funções da administração. ■ Compreender as competências, habilidades e papéis do Administrador no contexto organizacional. Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: ■ Por que estudar Administração? ■ Conceitos de Administração ■ Entendendo o que São Organização ■ As organizações e seus ambientes ■ Funções da Administração ■ Eficiência e Eficácia organizacional ■ Os níveis da Administração ■ Competências, habilidades e papéis do administrador INTRODUÇÃO Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a). Nesta unidade, você compreenderá que a administração é uma das áreas mais excitantes e imprescindíveis, frente a um ambiente altamente competitivo, em que todas as organizações, sem exceção, precisam garantir a sua sustentabilidade. Por isso, em face às diversas mudan- ças ambientais e organizacionais ocorridas de maneira muito rápida nas últimas décadas, é relevante desenvolver um claro entendimento sobre os conceitos fun- damentais relacionados a essa área. Dessa maneira, cabe destacar, em um primeiro momento, o motivo pelo qual devemos estudar Administração. Iniciaremos com a análise do significado da Administração e a importância da Organização, bem como dos conceitos relacionados às atividades organizacionais e seus processos administrativos. Para isso, destacaremos, sob a perspectiva funcional, o planejamento, a organização, a execução e o controle. Por fim, interpretaremos o papel dos administradores nos níveis organizacionais, nos quais o desempenho é preponderante no contexto globalizado, visando atender a demanda por qualidade advinda de consumido- res que estão cada vez mais exigentes. Nessa perspectiva e na busca de um real entendimento sobre o nosso papel enquanto administradores ou gerentes, torna-se necessário que compreenda- mos alguns conceitos importantes como a distinção entre a eficiência e a eficácia organizacional, bem como quais são as competências, habilidades e papéis admi- nistrativosnecessários para enfrentar os grandes desafios propostos nessa área. A leitura desta primeira unidade é o ponto de partida na seara do conheci- mento em Administração. Servirá para familiarizá-lo(a) com alguns conceitos básicos relacionados e servirá de subsídio para que você possa compreender as teorias mais importantes da Administração de forma evolutiva e contextuali- zada historicamente. Desejo uma boa leitura e bons estudos! Introdução Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 15 VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E16 POR QUE ESTUDAR ADMINISTRAÇÃO? O QUE SEI SOBRE ADMINISTRAÇÃO? Ao estudar a evolução da humanidade, fica evidente a evolução da administra- ção em conjunto, ou seja, desde o momento que o ser humano se tornou um ser social vivendo em comunidades, a administração surge como uma necessi- dade intrínseca ao convívio social. Entretanto a administração só começa a ser vista como uma ciência a partir da segunda revolução industrial em meados do século XIX. Maximiano (2004, p. 103) nos conta que Henry Fayol, um dos per- sonagens mais importantes da História da Administração, principal responsável pela sistematização da função Administrativa recomendava que “todos deveriam estudar Administração”. Porém por que estudar Administração? Simplesmente porque é uma ati- vidade comum a todos os empreendimentos humanos, ou seja, na família, no governo, nos negócios, individualmente e em todas as nossas atividades coti- dianas, de maneira que o que estiver relacionado a um objetivo a ser atingido, esse exige algum grau de planejamento, organização, coordenação e controle. De acordo com Maximiano (2004), a administração é importante em qual- quer escala de utilização de recursos para realizar objetivos – individual, familiar, grupal, organizacional ou social –, ou seja, a administração não está relacionada, Por que Estudar Administração? Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 17 apenas, aos setores produtivos de bens e serviços, ela está presente em todas as áreas de nossa vida. Como afirma Kwasnicka (2006, p. 19), “até mesmo um núcleo familiar requer certo grau de administração”. Dessa forma, são muitas as razões pelas quais pre- cisamos compreender a Administração e, principalmente, quando se inicia um negócio, um projeto de vida e quando há a união com outras pessoas ou com outras organizações. Por isso, antes mesmo de compreendermos o conceito da palavra em si, é neces- sário buscar uma razão para estudar a administração, e uma das razões parte do pressuposto de que buscamos caminhos e formas diferentes para o alcance de objetivos. Porém, como aponta Maximiano (2004, p. 26), “é preciso ir além da interpretação da palavra para compreender o papel que a administração desem- penha para as organizações e a sociedade”. Nesse sentido, caro(a) aluno(a), você conhecerá, ao longo desta disciplina, formas de administrar em uma perspectiva científica, propiciando um conhe- cimento embasado em renomados autores, de maneira que as suas tomadas de decisões e as suas escolhas diante da complexidade de atividades administrati- vas ao longo de sua jornada organizacional seja mais assertiva. VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E18 De acordo com Maximiano (2004) e Kwasnicka (2006), quanto maior o nível de complexidade das atividades, maior a necessidade de aplicar os conhecimen- tos da ciência administrativa. Para Kwasnicka (2006, p. 19), “administrar é um processo integrativo da atividade organizacional que permeia nossa vida diária”. QUE CAMINHO SEGUIR? Administradores usam teorias administrativas para a tomada de boas decisões no seu cotidiano, e uma teoria administrativa explica e prediz o comportamento das organizações e de seus membros. Para Silva (2008, p. 4), “uma teoria é um conjunto de conceitos e ideias que explica e prediz fenômenos sociais e físicos”. Como salienta Kwasnicka (2006, p. 19): Embora pesquisadores e profissionais mais experientes tenham produ- zido um corpo de conhecimento bastante expressivo no campo da Ad- ministração, um entendimento mais consistente da arte de administrar ainda é limitado. Assim, um refinamento das teorias, técnicas e práticas administrativas poderá ser útil para a maioria dos tipos de organização. Estudando esse crescente corpo de conhecimento, poderemos enten- der como a Administração contribui também para a evolução do as- pecto social. Por que Estudar Administração? Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 19 É importante frisar que os conceitos, aqui, apresentados têm base introdutória com o objetivo de permitir a você, prezado(a) estudante, tomar conhecimento dos vários temas que envolvem o campo da ciência administrativa. Segundo Maximiano (2004), as teorias são explicadas por diferentes termos e, neste livro, esses serão usados alternativamente, portanto, é necessário conhecê-los. TERMOS CONCEITOS TEORIAS São explicações, interpretações ou proposições sobre a realidade, por exemplo, a Teoria da Administração. ENFOQUE É também chamado de Pensamento, Abordagem ou Perspectiva, em que se estuda o aspecto particular das organizações ou do Pro- cesso Administrativo, por exemplo, o Enfoque Comportamental. ESCOLA É uma linha de pensamento ou conjunto de autores que usaram o mesmo enfoque, escolheram o mesmo aspecto específico para analisar, ou adotaram o mesmo raciocínio. MODELO DE GESTÃO (OU ADMINISTRAÇÃO) É um conjunto de doutrinas e técnicas do Processo Administrativo, muitas vezes, está associado a uma base cultural, exemplo, o mode- lo japonês de Administração. MODELO DE ORGANIZAÇÃO É um conjunto de características que define organizações e a forma como são organizadas. Por exemplo: Modelo Burocrático de Orga- nização. DOUTRINA (OU PRECEITO) É um princípio de conduta que contém valores, implícitos ou explí- citos. As doutrinas, em geral, recomendam como agir, orientando os julgamentos e as decisões dos administradores. Por exemplo: o movimento da qualidade tem uma doutrina de satisfação do cliente. TÉCNICAS São soluções para problemas. Por exemplo: os organogramas, metodologias de planejamento, estudos de tempos e movimentos e sistemas de controle. Tabela 1: Termos da Administração Fonte: adaptado de Maximiano (2004). VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E20 Nesta unidade, além dos conceitos já citados, nos próximos tópicos serão apresentados, apenas, alguns conceitos básicos sobre administração e suas inter- -relações, dando uma ênfase especial ao Processo Administrativo, às Organizações e seus ambientes e aos Papéis dos Administradores nos níveis da Administração. CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO Existem muitos conceitos e livros sobre Administração, porém a maioria dos auto- res compartilham, em consenso, a ideia básica sobre o conceito de Administração, ideia esta relacionada com o alcance de objetivos por meio dos recursos dispo- níveis, ou seja, objetivos, decisões e recursos são palavras-chave na definição de Administração. Mas, afinal, o que é Administração? Para Chiavenato (2003, p.11), “a palavra Administração vem do latim ad (dire- ção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência), e significa aquele que realiza uma função abaixo do comando de outrem”, em outras palavras, é a pessoa que executa um serviço para outra pessoa. Entretanto o mesmo autor Conceitos de Administração Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 21 complementa o fato da palavra administração ter variado em seu significado de maneira que, nos dias atuais, se defini como “o processo de planejar, organi- zar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos”. Para Silva (2008, p. 6), Administração é: “um conjunto de atividades dirigidas à utilização eficiente e eficaz dos recursos, no sentido de alcançar um ou mais objetivos ou metas organizacionais”. Corroborando com o autor supracitado de maneira sintetizada, Maximiano (2004, p. 26) diz que significa “o processo de tomar e colocar em prática deci- sões sobre objetivos e utilização de recursos”. Todavia Kwasnicka (2006, p. 20) salienta que o termo Administração pressupõe que ele seja visto como “um pro- cesso integrativo fundamental, buscando a obtenção de resultados específicos”. A Figura 1 reforça e relaciona alguns elementos do conceito de Administração, com as atividades Administrativas. Atividades Administrativas Recursos Materiais Recursos Financeiros Recursos Informacionais Utilização e�ciente e e�caz dos recursos Alcance de Metas Recursos Humanos Figura 1: Caracterização das atividades administrativas Fonte: adaptado de Van Fleet e Peterson (1994, apud SILVA 2008, p. 7). Existe a necessidade de administrar as diversas variáveis, sejam elas os recursos materiais e humanos, a tecnologia, as restrições ambientais, entre outras variá- veis que compõem o ambiente interno e externo às organizações. Dessa forma, é preciso buscar o entendimento do modo de administrar e a interação entre os principais recursos representados por pessoas, informação e conhecimento, VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E22 espaço, tempo, dinheiro e instalações para se atingir objetivos, uma vez que é fundamental para a tomada de decisão, seja ela individual, pessoal ou organiza- cional, ou seja, o processo para a tomada de decisões a fim de obter os resultados esperados. Conforme apresentado na Figura 2, de maneira resumida, as decisões envol- vem planejamento, execução e controle. De acordo com o autor, o planejamento visa a definir objetivos e recursos, já a organização visa à disposição de recursos em uma estrutura e a execução visa à realização dos planos. Por fim, o controle visa à verificação dos resultados. Essas funções administrativas serão discutidas e aprofundadas mais adiante. A Figura 2 representa este processo: DECISÕES Planejamento, Execução, Direção e Controle RECURSOS Pessoas Informação e Conhecimento Espaço, Tempo, Dinheiro e Instalações OBJETIVOS Resultados esperados Figura 2: Processo Administrativo Fonte: adaptado de Maximiano (2004, p. 26). E, embora, o processo administrativo seja importante em qualquer contexto de utilização de recursos, a razão principal para estudá-lo é o seu impacto sobre o desempenho das organizações. Para isso, neste primeiro momento, importa entender melhor o que são e representam essas organizações na sociedade. Entendendo o que São Organizações Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 23 ENTENDENDO O QUE SÃO ORGANIZAÇÕES Há uma grande diversidade de teorias e conceitos sobre a tipologia das organi- zações. Entender a teoria organizacional e seus objetivos é fator primordial para uma boa administração. De acordo com Kwasnicka (2006, p. 20): A teoria das organizações amplia de forma considerável a tipologia das organizações: as de transformação – fábricas; as de serviços – hospi- tais, bancos etc.; as assistenciais – Igrejas e ONGs. Há objetivos úni- cos, múltiplos, coletivos, pessoais. Há organizações temporais e outras permanentes, sem perder de vista a classificação por tamanho e poder econômico, intensa em tecnologia, em capital humano etc. Para Silva (2008), a teoria da Administração e a teoria da Organização são con- ceitos proximamente relacionados, ou seja, um Administrador deve entender os trabalhos de uma organização para ser eficaz em seus papéis administrativos. Dessa forma, o msodo de pensar sobre as organizações é baseado em padrões e regularidades no projeto organizacional e no comportamento. De acordo com Maximiano (2004, p. 28), “o principal motivo para a existên- cia das organizações, é o fato de que certos objetivos só podem ser alcançados por meio da ação coordenada de grupos de pessoas”. Do mesmo modo, Silva (2008, p. 40) define uma organização como “duas ou mais pessoas trabalhando juntas cooperativamente dentro de limites identificáveis, para alcançar um obje- tivo ou meta comum”. VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E24 Robbins (2005, p. 31) conceitua uma organização como “um arranjo sistemá- tico de duas ou mais pessoas que cumprem papéis formais e compartilham propósito comum”. Exemplificando: a faculdade que você estuda, o super- mercado, o McDonald’s, entre outros, são organizações porque possuem características comuns, com um propósito distinto, são compostas por pes- soas e por desenvolverem-se em uma estrutura sistemática. De acordo com os conceitos apresentados e nas palavras de Silva (2008), está implícito que: ■ As organizações são compostas por pessoas, o que envolve uma com- plexidade nos relacionamentos sociais e na variabilidade ou diversidade de seres humanos. ■ Quando pessoas trabalham juntas, é necessário dividir o trabalho e procurar pessoas com habilidades ou conhecimento, envolvendo ações de coordenação e de controle de forma imperativa. ■ As organizações devem ter limites, delimitações, ou seja, os limites se referem ao que as pessoas devem ou podem fazer na organização, já a delimitação da organização é determinada por aquelas pessoas oficial- mente membro das organizações, mas pode, também, ser estabelecida por pessoal contratado, trabalhadores temporários e consultores, nesse sentido, outro fator importante é determinar quais atividades devem ser experimentadas e quais devem ser deixadas para outras organiza- ções externas (make or buy – decisão de fazer ou comprar). ■ As organizações são arranjos com propósitos e procuram alcançar obje- tivos, existindo para perseguir esses objetivos e metas permanentes. As organizações são mais eficientes do que indivíduos agindo independen- temente. Primeiro pelo poder de barganha no mercado, a partir da alocação eficiente de recursos e da negociação dos preços, e, segundo, por meio da alo- cação de recursos com base em uma hierarquia, ou seja, baseado em regras e relação de autoridade. Ambos, mercado e hierarquia sugerem redução de incerteza e custos para as organizações (ROBBINS, 2005). As empresas enfrentam grandes desafios para alcançar as suas metas, e os administradores do futuro enfrentarão muitos dos problemas que as gerações ante- riores já enfrentaram, por exemplo: flutuações cíclicas na economia das nações, As Organizações e seus Ambientes Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19d e fe ve re iro d e 19 98 . 25 aceleração da taxa de obsolescência dos produtos e processos e o aumento da preocupação com as mudanças organizacionais. (KWASNICKA, 2006). AS ORGANIZAÇÕES E SEUS AMBIENTES Como as organizações estão inseridas em um ambiente que pode ser o bairro de uma cidade, de um Estado, uma nação ou o mundo, o conceito de organização inclui o termo sistemas. Apesar das diferenças entre as organizações, elas estão relacionadas às atividades e métodos de operação das várias formas de organi- zação de negócios e, também, entre organizações do mesmo tipo, por exemplo, se comparado a tamanho e escala de atividades (SILVA, 2008). Na unidade IV, será apresentada a Teoria Geral dos Sistemas, aqui, neste tópico, sinteticamente, explicaremos o conceito de organizações como sistemas abertos. Silva (2008, p. 44-45) assim exemplifica: As organizações como sistemas abertos, os quais tomam entradas do ambiente (saídas de outros sistemas) e, por meio de uma série de ativi- dades, transformam ou convertem estas entradas em saídas (entradas em outros sistemas) para alcançar algum objetivo. Todas as organiza- ções precisam de objetivos claros, os quais vão determinar a natureza das entradas, a série de atividades para alcançar as saídas e a realização de metas organizacionais. O feedback sobre o desempenho do sistema e os efeitos das operações sobre o ambiente são medidos em termos de consecução dos objetivos e intenções. Conforme apresentado por Silva (2008), qualquer que seja o tipo ou classifica- ção da organização, a transformação e a conversão de entradas e saídas é um aspecto comum a todas as organizações. Dessa forma, dentro da organização (sistema) como um todo, cada uma das diferentes atividades pode ser vista, tam- bém, como um subsistema separado, com seus próprios processos de entradas e saídas relacionados e interagindo com outros subsistemas, isto é, os subsiste- mas podem ser determinados pelas organizações, tais como setores de produção, de manutenção, de administração, de marketing, uma tarefa, como planejar etc. VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E26 Apesar de todo o corpo de conhecimento ser peculiar ao estudo da Administração, como aponta Kwasnicka (2006, p. 20), é preciso ter a clareza que um estudo sistemático do tema auxilia no reconhecimento das habilidades essenciais a todas as organizações. No decorrer dos anos, certos conceitos têm sido desenvolvidos [...] associados com conceitos derivados de outros campos da ciência [...], assim é um campo técnico evolutivo e mutante. O tratamento em áreas de especialização, como marketing, finanças, produção, recursos hu- manos, foi um avanço no entendimento e tratamento do complexo or- ganizacional. AMBIENTE ENTRADAS SAÍDAS • Matérias- primas • Informações • Recursos nanceiros Feedback Processo de transformação (subsistemas inter- relacionados, exemplo: e serviços produtos Figura 3: Organizações como sistemas abertos Fonte: adaptado de Silva (2008, p. 44) Atualmente, as exigências com as organizações são mais requeridas, exigindo que atendam de forma rápida, com qualidade e responsabilidade às multiface- tadas necessidades do mercado, o que exige um posicionamento diferente da função de Marketing, por exemplo, exigindo um relacionamento mais estreito com o consumidor. O ambiente organizacional de trabalho é bastante volátil, e os administra- dores precisam buscar soluções de maneira mais ágil e eficiente, o que envolve habilidades para enfrentar as forças dentro e fora da organização. Essas forças, como salienta Silva (2008, p. 49), “são originadas no ambiente geral, no ambiente das tarefas e no ambiente interno das organizações”. O Ambiente Geral das Organizações está relacionado aos fatores externos a uma organização e representam restrições. Chamado, também, de macroam- biente, pode ser visto como constituinte de forças indiretas do ambiente externo, As Organizações e seus Ambientes Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 27 porque pode influenciar o clima no qual a organização deve atuar. Essas forças são representadas pelo ambiente tecnológico, pelo ambiente econômico, pelo ambiente político/legal, pelo ambiente sociocultural e pelo ambiente interna- cional (SILVA, 2008). ■ Tecnológico: forças desenvolvidas no ambiente externo, impactando e influenciando o uso do conhecimento e das técnicas organizacionais, de forma que a organização tenha que se manter à frente dos mais recentes desenvolvimentos e incorporar os avanços para se manter competitiva. ■ Econômico: mudanças, como taxas de inflação, desemprego, crescimento do produto interno, taxas de juros, entre outras, causam tanto oportu- nidades como problemas aos administradores, ou seja, quando está em crescimento, oferece oportunidades, porém, quando a economia se retrai (como em recessões), a demanda despenca, o desemprego cresce e os lucros encolhem. As organizações devem monitorar de modo a minimi- zar as fraquezas e capitalizar as oportunidades. ■ Políticos/legais: diversas leis e autoridades caracterizam as forças polí- ticas, legais e regulatórias que exercem, de maneira indireta, mas forte, influência na organização, agindo como restritoras e afetando a organi- zação na forma como pagam os salários, as taxas, e podem influenciar, inclusive, em responsabilidades junto aos consumidores. Também pro- vocam um aumento nos níveis de qualidade dos produtos e serviços para o mercado no mundo todo. ■ Socioculturais: são mudanças que afetam as ações de uma organização e a demanda por seus produtos ou serviços. Atualmente, está em evidência a responsabilidade socioambiental, em função de uma conscientização pela melhor qualidade de vida das pessoas. ■ Internacionais: são forças indiretas que advêm de fornecedores estran- geiros, que envolvem competitividade, oportunidades e ameaças para as organizações. O Ambiente das Tarefas é constituído pelos seguintes elementos: clientes, com- petidores, fornecedores, reguladores e parceiros estratégicos (SILVA, 2008). VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E28 ■ Clientes: é representado pelas pessoas que compram produtos ou serviços de uma organização e diferem em diversas características, como educa- ção, idade, renda, estilo de vida etc. De todas as forças diretas, os clientes são, talvez, as mais vitais para as organizações. A pesquisa de clientes é uma forma para detectar as mudanças de preferências dos consumido- res. Porém pode ser bastante onerosa para os resultados organizacionais. ■ Competidores: são representados por organizações concorrentes. Existem dois tipos: os intratipos (ou diretos – produtos ou serviços similares) e os intertipos (ou indiretos – podem desviar o interesse do consumidor). ■ Fornecedores: são organizações que provêm os recursos (financeiros, energia, equipamentos, matéria-prima), por exemplo, os quais represen- tam as nossas entradas no sistema organizacional. Esses recursos podem afetar significativamente a qualidade, o custo, o prazo de entrega de qual- quer produto ou serviço, sendo a organização compradora vulnerável a diversos problemas potenciais de fornecimento. ■ Reguladores: são elementos do ambiente das tarefas que têm o poder de controlar, legislar ou influenciar as políticas e práticas das organizações. Sendo compostos por agências reguladoras (órgãos governamentais, cria- dos para um determinado fim ou para proteger asorganizações umas das outras) e grupos de interesse (uniões dos próprios membros, na tentativa de proteger seu negócio). ■ Parceiros Estratégicos: representado por duas ou mais organizações que trabalham juntas sob a forma de joint ventures ou outras parcerias para facilitarem venda, distribuição ou divulgação de produtos ou serviços das organizações em parceria. O Ambiente Interno – Organizacional: os elementos do ambiente interno da organização são representados pelos proprietários, empregados, administrado- res e ambiente físico (SILVA, 2008). ■ Proprietários: pessoas com direitos legais de propriedade do negócio. São representados por um único indivíduo, parceiros, investidores indi- viduais que compram ações de uma ou mais organizações. ■ Empregados: os recursos humanos compõem o principal recurso interno de uma organização e representam um grande desafio para os adminis- tradores devido a uma pluralidade de fatores, como raça, etnia, gênero, idade, cultura, entre outros. As Organizações e seus Ambientes Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 29 ■ Administradores: corpo governante eleito pelos acionistas ou escolhido pelo proprietário, encarregado geral da empresa ou de empresas, que visa a garantir o desempenho de funções administrativas e resultados estabelecidos. ■ Ambiente Físico: representam as instalações das organizações e o traba- lho que elas executam. Pode envolver diversas configurações que oferecem vantagens e desvantagens. De maneira bastante ampla, para Silva (2008) e Kwasnicka (2006), os principais desafios organizacionais estão representados pelas seguintes condições: ■ A administração das organizações em um ambiente global, o que envolve implicações importantes, que podem apresentar-se na forma de insta- bilidades econômicas e políticas, ameaças e oportunidades. Importante ressaltar que nem todas as organizações são afetadas igualmente pelos mesmos fatores, pois existem outros fatores que podem afetar positiva- mente ou negativamente as organizações. ■ O projeto e estruturação ou reestruturação das atividades organizacio- nais, de maneira que as organizações devem adequar-se ou readequar-se no modo como são organizadas. ■ A melhoria da qualidade, da competitividade e o empowerment (des- centralização/delegação de poderes), de forma que a qualidade e o empowerment são ferramentas organizacionais importantes para aten- der às exigências do mercado e garantir a competitividade. ■ O aumento da complexidade, da velocidade e da reação às mudanças ambientais, de forma que, dada a velocidade como estão ocorrendo essas mudanças, principalmente relacionadas à informação e ao avanço tecno- lógico, exige que as organizações se estruturem de modo a maximizar as habilidades para usar tais informações. Vale salientar que velocidade e responsabilidade requerem mais do que computadores rápidos, exigem sistemas computacionais que possam acelerar o fluxo de informações. ■ A administração ética e moral das organizações são imprescindíveis quando o assunto são decisões com responsabilidade social, principalmente porque envolvem morais e valores que governam os comportamentos humanos. Dada a importância do tema, este terá uma ênfase especial na unidade V de nosso livro. VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E30 FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO De acordo com diversos autores da Administração, para responder à necessidade do aprendizado em Administração, exigiu-se uma Teoria Geral da Administração que pudesse ser ensinada. Henri Fayol buscou responder a essa necessidade criando a sua própria teoria, a qual começa por dividir a empresa em atividades e funções distintas. Na unidade II, na Abordagem Clássica da Administração, aprofundaremos os conceitos teóricos sobre esse importante personagem. Nesse primeiro momento, como já descrevemos anteriormente, apresentare- mos um panorama geral dessa teoria com os conceitos básicos sobre o Processo Administrativo. A Tabela 2 representa resumidamente esse processo. PROCESSO SIGNIFICADO Planejamento Decisões sobre objetivos e recursos necessários para realizá-los. Organização Decisões sobre a divisão de autoridade, responsabilidades e recursos para realizar objetivos. Execução Decisões de execução de planos. Direção, coordenação e auto- gestão são estratégias de execução. Controle Decisões de assegurar a realização dos objetivos. Tabela 2: Processo Administrativo Fonte: Maximiano (2004, p. 105). A seguir, detalharemos cada processo, conceituando e fazendo as inter-relações necessárias à compreensão de cada etapa do Processo Administrativo, iniciando pela etapa do Planejamento e, em seguida, dando sequência às demais etapas. PLANEJAMENTO Dentro do Processo Administrativo, a ação Planejar é a ferramenta mais utili- zada pelas pessoas e organizações para administrar suas relações com o futuro, denominadas Decisões de Planejamento. Pode ser definida de várias maneiras, segundo Maximiano (2004, p. 105): Funções da Administração Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 31 Planejar é definir objetivos ou resultados a serem alcançados. É definir meios para possibilitar a realização de resultados. É interferir na reali- dade, para passar de uma situação conhecida a uma situação desejada, dentro de um intervalo definido de tempo. É tomar no presente deci- sões que afetam o futuro, para reduzir sua incerteza. Como se pode perceber, é um processo que corrobora com o que já discutimos antes sobre os conceitos de Administração, ou seja, planejar é uma dimensão do processo de tomar decisões que envolve uma preparação, que vai resultar em um plano. Este é definido pelos resultados do planejamento. Conforme apresen- tado no tópico “Organização como sistemas abertos”, podemos denominar o Ato de Planejar como um “subsistema” dentro do contexto organizacional. E, como salienta Robbins (2005, p. 33), a função de planejamento: Abrange a definição de metas de uma organização, o estabelecimento de uma estratégia global para alcançar essas metas e o desenvolvimento de uma hierarquia completa de planos para integrar e coordenar ativi- dades. Da mesma forma, em um processo sistêmico, esse processo compreende três elementos principais: obtenção ou identificação dos dados de entrada, o proces- samento dos dados representado aqui pelo processo de planejamento e a saída dos dados, representado pela elaboração do plano. A Figura 4 representa o processo de planejamento: DADOS DE ENTRADA PROCESSO DE PLANEJAMENTO ELABORAÇÃO DE PLANOS • Informações. • Modelos e Técnicas de Planejamento. • Ameaças e Oportunidades. • Projeções. • Decisões que afetam o futuro. • Etc. • Análise e Interpretação dos dados de Entrada. • Criação e Análise de Alternativas. • Decisões. • Objetivos. • Recursos. • Meios de Controle. Figura 4: Processo de planejamento Fonte: Maximiano (2004, p. 107). VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E32 Conforme explicitado na Figura 4, os dados de entrada representam as informa- ções sobre o ambiente externo e os sistemas internos da organização e podem mostrar as ameaças e oportunidades, já o processo consiste em fazer análises e tomar decisões, transformando esses dados de entrada por meio das habilidades gerenciais, com o propósito da preparação deum plano. O plano em essên- cia contém a combinação de três componentes importantes, como os objetivos (resultados desejados ou metas), os recursos (meio da realização dos objetivos) e os meios de controle. De acordo com Maximiano (2004), os planos podem ser classificados em três níveis principais: planos estratégicos, planos funcionais e planos operacionais. ■ O plano estratégico abrange toda a organização, definindo sua relação com o ambiente e, nele, são estabelecidos a missão, os produtos e servi- ços a serem oferecidos, os clientes e mercados a serem atendidos e outros objetivos. ■ O plano funcional traduz os planos estratégicos em ações especializadas, como marketing, operações, recursos humanos e finanças. ■ Já os planos operacionais definem as atividades e recursos que possi- bilitam a realização de objetivos estratégicos ou funcionais. Neles, são descritos orçamentos e cronogramas, por exemplo. O planejamento estratégico envolve a visão (imagem que se tem da organização no futuro), a missão e negócio (propósitos ou a razão de existir da organiza- ção), a análise do ambiente, que compreende à análise do ambiente interno (representada pelas forças e fraquezas em relação a clientes, mercado, produtos e serviços, bem como as vantagens competitivas em relação ao mercado) e do ambiente externo (representada pelas oportunidades e ameaças em relação à concorrência, mercado, mudanças tecnológicas, entre outros), os objetivos ou metas estratégicas (envolve a formulação de estratégias), a implementação da estratégia (execução) e o acompanhamento por meio do feedback e controle de cada etapa (MAXIMIANO, 2004; ROBBINS, 2005; KAWASNICKA, 2006; SILVA, 2008). Funções da Administração Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 33 Planejamento Estratégico FEEDBACK OU CONTROLE A N Á L I S E A M B I E N T A L VISÃO E MISSÃO OBJETIVOS OU METAS ESTRATÉGICAS IMPLEMENTAÇÃO FEEDBACK OUCONTROLE INTERNA Forças e Fraquezas EXTERNA Oportunidades e Ameaças Figura 5: Planejamento Estratégico Fonte: o autor. ORGANIZAÇÃO De acordo com Maximiano (2004, p. 111), “organizar é o processo de dispor qualquer conjunto de recursos em uma estrutura que facilite a realização dos objetivos”. Já o processo de organizar: Tem como resultado o ordenamento das partes de um todo, ou a divi- são de um todo em partes ordenadas, segundo algum critério ou prin- cípio de classificação. Organização é um atributo de qualquer conjunto estruturado ou ordenado segundo algum critério. O processo de or- ganizar aplica-se a qualquer coleção ou conjunto de recursos (MAXI- MIANO, 2004, p. 111). Segundo Robbins (2005, p. 33), os gerentes são responsáveis pela concepção da estrutura organizacional. Essa função é chamada organização e abrange a deter- minação das tarefas que serão realizadas, quem irá executá-las, como agrupá-las, quem se reportará a quem e quem tomará as decisões. Ainda, de acordo com Maximiano (2004, p. 111), “o processo de organiza- ção é também um processo decisório [Figura 6] e seu resultado é uma estrutura organizacional [Figura 7]”. A Figura 6 representa o processo de organização: VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E34 DADOS DE ENTRADA PROCESSO DE ORGANIZAÇÃO ESTRUTURA ORGANIZACIONAL • Planos. • Recursos. • Modelos e Técnicas de Organização. • Condicionantes da Estrutura (recursos humanos, ambiente, estratégia, tecnologia). • Análise e Interpretação dos dados de Entrada. • Criação e Análise de Alternativas. • Escolha da estrutura organizacional. • Divisão do trabalho. • Autoridade e Hierarquia. • Sistema de comunicação. Figura 6: Processo de organização Fonte: Maximiano (2004, p. 112). A estrutura organizacional define a autoridade e as responsabilidades das pes- soas como indivíduos e como integrantes de grupos, e pode ser representada por um organograma, contendo as informações como divisão de trabalho, autori- dade, hierarquia e comunicação (MAXIMIANO, 2004). Diretoria Divisão horizontal de trabalho Unidades de trabalho (cargos e departamentos) Finanças Marketing Produção LINHAS DE COMUNICAÇÃO C A D E I A D E C O M A N D O A U T O R I D A D E Figura 7: Organograma e seu significado Fonte: adaptado de Maximiano (2004, p. 113). Funções da Administração Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 35 De acordo com Maximiano (2004), em resumo, as decisões mais importantes identificam as responsabilidades pela execução das tarefas e definição do sis- tema de autoridade: 1. A divisão do trabalho é o processo por meio do qual uma tarefa é divi- dida em tarefas menores, a responsabilidade pela execução das tarefas atribuída a pessoas, sendo o conjunto de tarefas atribuídas a uma pes- soa chamado de cargo. 2. Um departamento é agregado de cargos e tem responsabilidade em relação a uma função da organização (produção, vendas, administração financeira). A forma de dividir as tarefas depende de princípios chama- dos critérios de departamentalização. O critério mais simples é o que se baseia no critério funcional e pode evoluir para outros mais complexos, como os diversos tipos de organização de projeto (departamentos tem- porários), territorial (critério geográfico, onde cada unidade corresponde a um território), por produto (produto ou serviço), por cliente (clientes com necessidades distintas, lojas, departamentos) ou de projetos (ativi- dades temporárias, eventos, aeroportos, rodovias etc.). 3. A autoridade, um direito legal que os chefes ou gerentes têm de influenciar o comportamento de seus subordinados, podendo ser de linha (che- fes têm o direito de emitir ordens e esperar a obediência ou adesão das pessoas), de assessoria (baseada no desempenho de atividades de acon- selhamento) ou funcional (é o poder para determinar o que os outros devem fazer e independe das relações). EXECUÇÃO O processo de execução consiste em realizar atividades planejadas. Depende do tipo de organização, objetivos, atividades que realiza, competência das pes- soas, disponibilidade de recursos, entre outros fatores, envolvendo um plano explícito ou implícito. Elaborar planos, organizar equipe, realizar tarefa ope- racional, ministrar uma aula, escrever um livro, preparar um trabalho escolar fazem parte das atividades de execução. Baseia-se, também, no processo de pla- nejamento e de organização que são seus dados de entrada e, muitas vezes, se VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E36 sobrepõem, de forma que os planos evoluem à medida que a execução avança (MAXIMIANO, 2004). Segundo Robbins (2005), em todas as organizações, é tarefa gerencial dirigi- -las e coordená-las. Essa função é chamada, também, de Direção ou Liderança. Dessa forma, “quando os gerentes motivam os funcionários, dirigem as atividades dos outros, selecionam o canal de comunicação mais eficaz ou solucionam confli- tos entre seus membros, estão envolvidos na liderança” (ROBBINS, 2005, p. 33). De acordo com Maximiano (2004), há várias maneiras de fazer com que uma atividade seja executada: pessoalmente, junto com um grupo, em conjunto com outro indivíduo, delegando a outra pessoa ou grupo para que faça a ativi- dade, enquanto você controla o desempenho e o fornecimento do produto ou serviço.Dirigir é, apenas, uma estratégia para fazer as atividades acontecerem, e a direção pode ser complementada por funções, como autogestão, coordena- ção e liderança. A Figura 8 representa o processo de execução: PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO PROCESSO DE EXECUÇÃO RESULTADOS • Aquisição e mobilização de recursos. • Realização de atividades. • Atividades realizadas. • Fornecimento de produtos, serviços e ideias. Figura 8: Processo de execução Fonte: Maximiano (2004, p. 121). CONTROLE Segundo Robbins (2005, p. 33), “a função final, desempenhada pelos gerentes, é o controle”, ou seja, mesmo depois que as metas são fixadas, os planos for- mulados, os arranjos estruturais definidos e as pessoas contratadas, treinadas e motivadas, alguma coisa ainda pode não tomar a direção correta. Assim, para Funções da Administração Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 37 garantir que as coisas caminhem como devem, a administração precisa moni- torar o desempenho da organização. O desempenho real deve ser comparado às metas previamente fixadas, de forma que os gerentes possam trazer a orga- nização novamente para o seu curso. Esse processo de monitorar, comparar e corrigir se constitui na função controle. Para Maximiano (2004, p. 123), “o processo de controle é o complemento dos processos de planejamento e execução”. Ele está ligado à consecução de obje- tivos, para isso, seu processo deve informar quais objetivos devem ser atingidos, apresentar seu desempenho em comparação com esses objetivos e o que deve ser feito para assegurar a realização desses objetivos. Controlar, em essência, é um processo de tomar decisões e tem por finalidade manter um sistema na direção desse objetivo, com base em informações contínuas sobre as atividades do pró- prio sistema e sobre o objetivo (padrão de controle). A Figura 9 representa o processo de Controle: PROCESSO DE CONTROLE Comparação de resultados com objetivos e Decisão DADOS DE ENTRADA DE CONTROLE Informações sobre objetivos e resultados PROCESSO DE PLANEJAMENTO Objetivos Padrões de controle AÇÃO CORRETIVA OU DE REFORÇO PROCESSO DE EXECUÇÃO RESULTADOS Figura 9: Processo de controle Fonte: adaptado de Maximiano (2004). VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E38 Dessa forma, é preciso saber o que precisa ser controlado e conhecer os padrões de controle. Por exemplo, atender um cliente em menos de cinco minutos. O padrão de controle é o minuto. É importante frisar que o controle depende de muitas informações sobre as atividades que estão sendo executadas e seus resul- tados, por isso, é preciso conhecer o andamento das atividades. Por exemplo, inspeção visual das atividades, cartões de ponto e sistema eletrônicos. Como afirma Maximiano (2004), a etapa seguinte consiste em comparar a ação para corrigir ou reforçar a atividade ou desempenho. Nesse sentido, pode indicar três situações: desempenho real igual ao esperado, abaixo do esperado ou acima do esperado. Ao final, é preciso que a informação produzida permita tomar decisões sobre novos objetivos e novos padrões de controle: 1. Controle estratégico: tem como finalidade acompanhar e avaliar o desem- penho da organização na realização de sua missão e acompanhar os fatores externos que influenciam a organização. A partir do controle estra- tégico, produzem-se, também, as informações de análise interna (pontos fortes e fracos) e externa (ameaças e oportunidades). Desse modo, a alta administração define a sua relação desejada com o ambiente, ou desem- penho desejado dentro de um ambiente definido. 2. Controles Administrativos: têm como foco a área funcional, por exem- plo, marketing e finanças, e produzem informações especializadas que possibilitam a tomada de decisão para cada área. A organização tam- bém pode fazer o benchmarking (comparar seu desempenho com o de outras organizações). 3. Controle Operacional: tem como foco as atividades e o consumo de recursos em qualquer área funcional, sendo os cronogramas e orçamen- tos suas principais ferramentas de planejamento e controle operacional. De maneira geral, as funções administrativas têm as seguintes características, apresentadas no Quadro 1. Funções da Administração Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 39 1. Planejamento • Estabelecer objetivos e missão. • Examinar as alternativas. • Determinar as necessidades de recursos. • Criar estratégias para alcance dos objetivos. 2. Direção • Conduzir e motivar os empregados na realização das metas organizacionais. • Estabelecer comunicação com os trabalhadores. • Apresentar solução dos conflitos. • Gerenciar mudanças. 3. Organização • Desenhar cargos e tarefas específicas. • Criar a estrutura organizacional. • Definir posições de staff. • Coordenar as atividades de trabalho. • Estabelecer políticas e procedimen- tos. • Definir a alocação dos recursos. 4. Controle • Medir o desempenho. • Estabelecer comparação do desem- penho com padrões. • Tomar as ações necessárias para me- lhoria do desempenho. Quadro 1: Funções e Características Administrativas Fonte: adaptado de Silva (2008, p. 10). Prezado(a) estudante, acesse o link a seguir e conheça um dos grandes auto- res da Administração! Nesse vídeo, Chiavenato explica passo a passo todo o processo administrativo já explicitado a você nos últimos parágrafos. VÍDEO - Processo Administrativo na Visão de Chiavenato Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ksu50mmyI5w>. Acesso em: 18 dez. 2015. Fonte: o autor. VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E40 EFICIÊNCIA E EFICÁCIA ORGANIZACIONAL Todas as ações administrativas se destinam a alcançar um objetivo, atingir uma meta ou resultado. Essas atividades estão relacionadas com a eficiência (a ação) e o que se pretende alcançar é a eficácia (o resultado). Como aponta Silva (2008, p. 17), “a eficiência é a medida da utilização dos recursos quando se faz alguma coisa; refere-se à relação entre as ‘entradas’ e ‘saídas’ num processo” e, quanto mais saídas são obtidas com essas entradas, maior o grau de eficiência encon- trada. Já a eficácia está relacionada ao alcance dos objetivos e relacionada com a realização das atividades que provoquem o alcance dessas metas. “E�ciência é operar de modo que os recursos sejam mais adequadamente utilizados” (SILVA, 2008, p. 17). “E�cácia signica fazer as coisas certas, do modo certo, no tempo certo” (SILVA, 2008, p. 18) Figura 10: Inter-relação entre eficiência e eficácia Fonte: adaptado de Silva (2008). Porém, conforme afirma o autor Silva (2008, p. 18), “não basta ser eficiente; é preciso ser eficaz. Só se é eficaz, todavia, sendo eficiente, isto é, os resultados só serão alcançados se se trabalhar para isto”. O Quadro 2 representa algumas dife- renciações entre eficiência e eficácia. EFICIÊNCIA EFICÁCIA • Ênfase nos meios. • Realização das tarefas. • Resolução de problemas. • Treinamento de funcionários. • Ênfase nos resultados. • Alcance dos objetivos. • Acerto na solução proposta. • Trabalho realizado corretamente. Quadro 2: Elementos diferenciais entre eficiência e eficácia Fonte: adaptado de Silva (2008, p.18). Os Níveis da Administração Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có digo P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 41 OS NÍVEIS DA ADMINISTRAÇÃO Até a década de 70, era comum empresas com mais de 10 escalões gerenciais (diretores, vice, assessores, gerentes, vice-gerentes, gerente de departamento, gerente de seção, supervisores, mestre, líderes de turma etc.). O processo admi- nistrativo e a comunicação eram extremamente fragmentados nessas estruturas. Nos anos seguintes, e com maior velocidade na década de 80, ganhou força o processo de downsizing, que provocou a diminuição das hierarquias, reduzindo a três ou quatro níveis efetivos, e dos anos 90 em diante, tornaram-se comuns pirâmides achatadas com três níveis: alta administração, gerência intermediá- ria e supervisão de primeira linha (MAXIMIANO, 2004). Os administradores realizam o mesmo conjunto de funções, e essas são rea- lizadas nos três níveis na organização: no topo (alta administração), no nível intermediário (gerência intermediária) e na área operacional (supervisão de primeira linha). No topo, os administradores são classificados como da alta admi- nistração, no nível médio e intermediário são classificados como sendo gerentes de média complexidade e, no nível operacional, são classificados como sendo per- tencentes da administração operacional, por exemplo, as supervisões e chefias. Todos esses níveis são considerados administrativos ou gerenciais por estarem As grandes fábricas e a preocupação com a eficiência atraíram a atenção de pessoas que lançaram as bases da ciência econômica e das teorias da adminis- tração. Adam Smith foi uma dessas pessoas que mostraram grande interesse por questões de natureza administrativa. Sua análise de fabricação de alfinetes, com a qual faz a apologia da divisão do trabalho, é uma contribuição clássica para o entendimento das características, vantagens e problemas criados pela Revolução Industrial. Ele observou que, na fabricação de alfinetes, a produti- vidade do trabalhador individual havia aumentado 240 vezes. No entanto, o trabalhador era ignorante e embotado. Em seu livro Elements of political eco- nomy, James Mill aponta a necessidade de reduzir ao mínimo o número de ta- refas de cada trabalhador, a fim de aumentar a velocidade e a eficiência. Mill também se antecipou aos problemas que seriam atacados por Taylor, ao sugerir que tempos e movimentos deveriam ser analisados e sistematizados para pro- duzir a combinação mais eficiente. Fonte: Maximiano (2004, p. 94). VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E42 diretamente ligados as suas atividades outras pessoas das quais dependem para consecução das atividades (SILVA, 2008; MAXIMIANO, 2004). De acordo com Silva (2008): ■ A alta administração encontra-se no topo da pirâmide e é representada pela alta direção ou diretoria (presidente e diretorias) responsável por dire- cionar, desenvolver políticas, estratégias e estabelecimento de metas que são repassadas aos níveis hierárquicos. Representa a organização perante a comunidade, o governo e outras organizações. ■ A média administração está no nível médio da pirâmide organizacional, é conhecida como gerência de departamento ou gerência de setor. Esses planejam, organizam, dirigem e controlam outras atividades de uma uni- dade ou subunidade coordenando as atividades de outros gerentes, de primeiro nível, e outras pessoas não gerentes, como, por exemplo, recep- cionistas e assistentes administrativos. ■ A administração operacional compreende o primeiro nível e é direta- mente responsável pela produção de bens e serviços. Constituída por gerentes de venda e chefes de seção, esse nível representa a ligação entre produção ou operações de cada departamento, e a maior parte do tempo gasto pela administração operacional é com a supervisão de pessoas na execução das tarefas. Além desses três níveis, tem o pessoal não administrativo, representado pelos trabalhadores da linha de frente que não têm posição gerencial. Esses se reportam aos gerentes operacionais e são responsáveis pela execução das tarefas básicas decorrentes da divisão de trabalho. De acordo com Silva (2008), outra maneira de classificar os níveis admi- nistrativos é: a. Estratégico: que também corresponde à alta Administração, determinando objetivos a serem atingidos a longo prazo e a direção para a organização como um todo. b. Tático: correspondendo à média administração, ou também chamado de gerência intermediária, como aponta Maximiano (2004), coordenando e decidindo que produtos ou serviços serão produzidos no médio prazo. c. Operacional: que corresponde à supervisão, ou também chamado de supervisão de primeira linha, de acordo com Maximiano (2004), coor- Competências, Habilidades e Papéis do Administrador Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 43 denando a execução das tarefas de todo o pessoal operacional. A Figura 11 representa esses níveis e suas classificações. NÍVEIS DA ADMINISTRAÇÃO Estratégico Estabelecimento de objetivos, política e estratégias organizacionais. Alta Administração (Diretoria) Média Administração (Gerência) Administração operacional (Supervisão) Pessoal não administrativo (pessoal de operações) Implementação das tarefas administrativas, coordenação e solução de con�itos. Direção e supervisão do trabalho do pessoal operacional, nos processos de produção. Uso das habilidades técnicas para a realização das várias tarefas e atividades da organização. Tático Operacional Figura 11: Níveis da Administração Fonte: adaptado de Maximiano (2004) e Silva (2008). COMPETÊNCIAS, HABILIDADES E PAPÉIS DO ADMINISTRADOR Historica e resumidamente, a Administração era vista como: a) um conjunto de funções; b) uma série de papéis; c) a aplicação de certas habilidades específicas. Todas essas abordagens focavam o comportamento do administrador, mas cada uma definia esse comportamento de uma maneira diferente. Deveria estar claro que nenhuma dessas abordagens é independente das outras duas, porém está se tornando bastante visível que as funções, papéis e habilidades requeridas pelos administradores estão mudando (SILVA, 2008). VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E44 Uma das habilidades específicas e requeridas para o mundo moderno é que o Administrador tome a decisão certa no momento certo. O que, muitas vezes, é crucial para a continuidade dos negócios. Herbert Simon (1960, apud MAXIMIANO, 2006, p. 53), na década de 60, afirmou que “administrar é sinônimo de tomar decisões, e toda ação geren- cial tem natureza decisória”, e não é possível apreender toda a complexidade do mundo quando o assunto é a decisão a ser tomada, e, dessa forma, compartilha com March (1957) o conceito de Racionalidade Limitada, que exprime essa incapacidade e propõe o modelo de homem administrativo, como sendo aquele que “procura tomar as decisões satisfatórias atendendo aos requisitos mínimos desejados” (MAXIMIANO, 2004, p. 54). Dessa maneira, de acordo com Simon (1960, apud MAXIMIANO, 2006), cada fase de um processo decisório envolve: a) intelecção ou prospecção (aná- lise de um problema ou situação que requer solução); b) concepção (criação de alternativas de solução para um problema ou situação); c) decisão (julgamento e escolha de uma alternativa). Ainda, distingue dois tipos de decisões: as pro- gramadas (hábito e rotinas) e as não programadas (que dispõem de soluções automáticas). Como afirma Robbins (2006,p. 32), “pessoas que estudam e escrevem sobre administração há muito discutem sobre o melhor modo de qualificar o cargo do gerente”. O desempenho de qualquer papel gerencial, independente do nível organizacional, depende dessas habilidades. De acordo com Katz (1974, apud MAXIMIANO, 2004), existem três habi- lidades gerenciais importantes: a técnica, a humana e a conceitual. Cada uma delas é descrita a seguir: Papéis são os conjuntos de expectativas de comportamentos de um indiví- duo, em situações específicas. Fonte: SILVA (2008, p.15). Competências, Habilidades e Papéis do Administrador Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 45 Habilidade Técnica: está relacionada com a atividade específica do gerente e compreende conhecimentos, métodos e equipamentos necessários para a realização das tarefas que fazem parte de sua especialidade ou de sua habi- lidade técnica. Exemplo: um diretor comercial deve conhecer os produtos e suas aplicações, o preço de venda, os clientes e saber técnicas de venda. Habilidade Humana: abrange a compreensão das pessoas e suas neces- sidades e atitudes. O gerente deve ter a capacidade de entender, liderar e trabalhar com pessoas. Habilidade Conceitual: envolve a capacidade de compreender e lidar com a complexidade organizacional e usar o intelecto para formular estratégias. O gerente deve ter criatividade, saber planejar, ter raciocínio abstrato e entendimento do contexto geral. Conforme se sobe na hierarquia, segundo Katz (1974, apud MAXIMIANO, 2004), a importância da habilidade técnica diminui e a habilidade conceitual torna-se necessária. Para um gerente de supervisão de primeira linha, o seu trabalho está diretamente ligado ao operacional e, nesse caso, o conhecimento técnico é muito mais importante do que o de um executivo de alta administra- ção. A Figura 12 representa os três tipos de habilidades gerenciais e sua relação com a posição na hierarquia. E o que representam essas habilidades? Representam, segundo Maximiano (2004, p. 65) “COMPETÊNCIAS que deter- minam o grau de SUCESSO ou EFICÁCIA do gerente no cargo da organização” Fonte: o autor. VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E46 Figura 12: Habilidades Gerenciais e Posição Hierárquica Fonte: adaptado de Maximiano (2004), Robbins (2005) e Silva (2005). Para Mintzberg (1976, apud MAXIMIANO, 2004), é preciso ir além da trans- missão de conhecimentos e oferecer oportunidades para o desenvolvimento e aprimoramento das habilidades gerenciais. Mintzberg (1976) identifica um maior número de habilidades que Katz, associa essas aos papéis gerenciais que criou (o Quadro 3 apresenta os papéis gerenciais) e propõe oito habilidades a partir de três categorias de papéis gerenciais: 1. Relacionamento com colegas: capacidade de estabelecer e manter rela- ções formais e informais (negociação, comunicação formal e informal, rede de contatos, política de compreensão e sobrevivência dentro da estru- tura de poder), especialmente do mesmo nível hierárquico, para atender aos seus objetivos ou servir a interesses recíprocos. 2. Liderança: essas habilidades são necessárias para a realização das tare- fas que envolvam a equipe de subordinados do gerente. 3. Resolução de conflitos: habilidade interpessoal de arbitrar conflitos entre pessoas e capacidade de tomar decisões para resolver distúrbios. Essa habilidade exige tolerância às tensões. FAZER E EXECUTAREXECUÇÃO DAS OPERAÇÕES ALTA DIREÇÃO GERÊNCIA SUPERVISÃO Nível Institucional (ou Estratégico) Habilidades Conceituais (Ideias e conceitos abstratos) Habilidades Humanas (Relacionamento Interpessoal) Habilidades Técnicas (Manuseio de coisas físicas) Nível Intermediário (ou tático) Nível Operacional Competências, Habilidades e Papéis do Administrador Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 47 4. Processamentos de informações: relacionados a aprender a construir redes informais e desenvolver habilidades de comunicação. 5. Tomar decisões em condições de ambiguidade: representam as situações imprevistas que necessitam de um diagnóstico e exigem a capacidade de decidir. O gerente, em muitas situações, lida com inúmeros problemas e precisa tomar as decisões certas em curtos períodos. Ambiguidade é o que acontece quando se tem poucas informações para lidar com essas situações. 6. Alocação de recursos: em algumas situações, os recursos são limitados e os gerentes devem decidir quais atividades alocar, considerando essa limitação de acordo com as prioridades. 7. Empreendedor: envolvem a busca de problemas e oportunidades e a implementação controlada de mudanças organizacionais. 8. Introspecção: relacionam-se com a capacidade de reflexão e autoanálise, de forma que o gerente seja capaz de entender seu cargo e seu impacto sobre a organização, aprendendo com a própria experiência. De acordo com Robbins (2005), o termo papéis gerenciais diz respeito a catego- rias específicas de comportamento gerencial e os dez papéis podem ser agrupados em torno de três temas: relações interpessoais, transferência de informações e tomada de decisões. Maximiano (2004) agrupou os 10 papéis gerenciais em três famílias: papéis interpessoais, papéis de informação e papéis de decisão. No Quadro 3, dare- mos ênfase nos papéis: INTERPESSOAIS: abrangem as relações interpessoais dentro e fora da orga- nização representadas pelo(a): 1. Figura de Proa: o gerente age como um símbolo e representante da orga- nização, ou seja, age como relações públicas. 2. Líder: presente na maioria das atividades interpessoais nas quais há alguma forma de influência, por exemplo, com os funcionários e clientes. 3. Ligação: envolve a teia de relacionamentos e manutenção delas, reali- zando intercâmbio de recursos e informações que permitem ao gerente trabalhar. VISÃO GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E48 INFORMAÇÃO: está relacionada com a obtenção e transmissão de informa- ções dentro e fora das organizações e é representada pelo: 4. Monitor: o gerente recebe ou procura obter informações que lhe per- mitem entender o que se passa na sua organização e no meio ambiente. 5. Disseminador: dissemina as informações externas para dentro da orga- nização. 6. Porta-voz: inverso do papel do disseminador, transmite a informação interna para o meio ambiente da organização. DECISÃO: envolve a resolução de problemas e tomada de decisões relaciona- das a novos empreendimentos, distúrbios, alocação de recursos e negociações com representantes de organização e é representada pelo: 7. Enterpreneur: empreendedor, o gerente atua como iniciador e planeja- dor de mudanças controladas e desejadas que incluam melhoramentos na organização, identificação e aproveitamento de oportunidades de negó- cios, entre outras iniciativas. 8. Controlador de distúrbios: em situações parcialmente fora do controle, o gerente atua como controlador dos eventos imprevistos, das crises e conflitos. 9. Administrador de recursos: coração do sistema, esse papel é inerente à autoridade formal e está presente em qualquer decisão que o gerente tome. Compreende três elementos essenciais, como: a) administrar o próprio tempo; b) programar o trabalho alheio; c) autorizar as decisões tomadas por terceiros. 10. Negociador: envolve negociações com outras organizações
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