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Resenha Petróleo México

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós-graduação em Direito Público
Resenha do texto: “Debatendo a expropriação do petróleo mexicano”, texto realizado por JONES, Geoffrey e WADHWANI, R. Daniel, para: Harvard Business Scholl, 17 de Junho de 2005. 
Aluno: ROGÉRIO SCHMIDT NAVARRO
Trabalho da disciplina “Intervenção Estatal na Propriedade e Domínio Econômico”
Tutor: Prof. MÁRCIA APARECIDA A. DE M. DE FIGUEIREDO
INTRODUÇÃO
O respectivo artigo apresenta superficial análise acerca da crise histórica originada por ocasião de dois momentos relacionados à exploração do petróleo por empresas multinacionais, principalmente dos Estados Unidos, bem como das controvérsias trabalhistas desencadeadas devido à instabilidade político-econômicas delas derivadas.
RESUMO 
Durante o governo ditatorial de Porfírio Diaz, as empresas estrangeira receberam apoio direto concretizado em amplos direito de propriedade e exploração, principalmente relacionadas à tributação e também nas regulamentações relativas às negociações com seus trabalhadores, geralmente em prejuízo. Com a assunção de Lázaro Cárdenas em 1938 como presidente surge novo contexto, já que este determinou a expropriação dos ativos originados da exploração do petróleo nacional, oriundo do subsolo mexicano, tendo como bandeira de severa investida a necessidade inevitável da defesa da soberania da nação. 
A reviravolta na exploração da economia deveu-se justamente pelas contradições e descaminhos criados por intermédio das negociações relativas à regulamentação e tributação, que consistiam no maior suporte ao novo regime, baseado de maneira veemente por intermédio do art. 27 da Constituição Mexicana, pois afirmava que a propriedade do subsolo e de todos os minerais nele encontrados pertencem à nação. 
Em contrapartida, as empresas multinacionais, exploradoras devidamente autorizadas até então, com contratos que ainda consideravam válidos, ou seja, anteriores ao governo de Cárdenas e da revolução de 1917, relutavam indicando que ainda lhes garantiam a posse e exploração do subsolo, regulando consequentemente as contrapartidas tributárias neste sentido. Noutra ponta, o recente governo eleito que a exploração do petróleo mexicano fora introduzido de maneira temporária pelo Estado. 
Tendo em vista tais disputas diplomáticas, já analisadas em nível internacional acabaram por minguar as exportações do próprio petróleo mexicano, pois levaram às multinacionais buscarem novas regiões produtoras na América do sul e no Oriente Médio, com consequente aplicações de seus capitais nestes locais.
Cabe mencionar que veio a complicar ainda mais à exploração interna do petróleo, ou seja mais especificamente pelas empresas nacionais mexicanas o aspecto de que a legislação garantiu aos empregados o direito de organizar e negociar coletivamente, visando combater às disparidades de remuneração, às condições de trabalho e às habitações de trabalho nativo e estrangeiros.
Diante deste contexto engendrado por Cárdenas, a economia Mexicana veio a defasar-se ainda mais, pois acabou por afetar ativamente nas exportações de sua própria produção.
CRÍTICA
Essencialmente Cárdenas buscou o desenvolvimento econômico do México não levando em conta a necessidade de estratégias econômicas também baseadas na exportação, geralmente uma das bases sustentáveis em nível de países em desenvolvimento, e no caso específico, um dos fatores que ainda sustentavam a precária economia nacional. 
Sua ênfase maior enraizada na ideia de que a Constituição de 1917 justificava a tentativa de nacionalizar as propriedades petrolíferas arrendadas, compradas e desenvolvidas por capitais estrangeiros e, no caso mexicano, oriundos dos investimentos americanos em sua grande maioria e também em menor proporção pelos meios econômicos britânicos, alegando desta forma tratar-se de propriedade da nação, com poderes para “tomar e compensar” a propriedade privada, mesmo que multinacional, como e quando possível, em casos de necessidade e utilidade pública. 
Porém o que verificou-se foi justamente a deterioração ainda mais drástica da economia, já que as principais empresas petrolíferas multinacionais atuaram causando o bloqueio das exportações do petróleo mexicano, afetando da mesma forma a outros produtos da indústria local e outra exportações, causando em torno do México inevitável pressão diplomática.
Bem expressam os resultados a qual encaminhou-se a situação em tela, trechos da resposta Standard Oil à expropriação (New York, S.O.N.J., 1940), o que é possível seguir os passos na mesma visão e argumentação, já que tais expropriações trouxeram mais tendências e influências negativas e muito pouco ou nada de desenvolvimento nacional, ao qual Cárdenas pretendia:
“As empresas não responderam a esta injuriosa campanha, que não tem sombra de justificação para o seu apoio. As pessoas informadas percebem que o investimento e a habilidade técnica e de negócios americanos e europeus trouxeram ao México um desenvolvimento que esse país nunca conheceu antes. Os trabalhadores do petróleo receberam vantagens desconhecidas para qualquer outro trabalho no México, e muito além dos requisitos do Código Trabalhista do México. Mas nos últimos anos, as ideias nacionalistas e socialistas extremas, nem sempre voltadas para o bem-estar dos trabalhadores, mas principalmente para o enriquecimento e a glorificação dos líderes trabalhistas, começaram a permear o país. O povo mexicano, como o estrangeiro, tem sido vítima da nova política de confisco. Basta apenas investigar a deterioração gradual das ferrovias mexicanas para perceber o que é provável que aconteça com as propriedades do petróleo sob a gestão de líderes sindicais e políticos. Alguns mexicanos preferem acreditar que o México pode se dar bem, sem capital novo, o que é impossível. A pressão política já obrigou a administração do petróleo a adotar uma adição desnecessária de 25% ao número de trabalhadores permanentes, enquanto a produção caía. O refinamento da quantidade reduzida de petróleo bruto produzido diminuiu muito, devido à deterioração do equipamento da refinaria, devido à incapacidade financeira para mantê-lo e substituí-lo, e à falta de técnicos qualificados de refinaria. A falta de disciplina e eficiência na indústria às vezes provou ser incapacitante para sua administração adequada.”
Acerca da expropriação de forma unilateral como a descrita no case em análise, também mencionando-se resposta Standard Oil à expropriação (Ibid. 1940), é de se acordar e concluir ainda que: 
“Se fosse permitido a um governo tomar propriedade privada de cidadãos de outros países e a pagá-lo como e quando desse, no julgamento deste governo, de suas circunstâncias econômicas e da sua legislação local talvez permitam, as salvaguardas que as constituições da maioria dos países e o direito internacional estabelecido procuram fornecer seriam ilusórias. Os governos estariam livres para tomar uma propriedade muito além de sua capacidade ou vontade de pagar, e seus proprietários não teriam recurso algum. . . Toda a estrutura da relação amistosa, do comércio internacional e de muitas outras relações vitais e mutuamente desejáveis ​​entre as nações indispensáveis ​​ao seu progresso, dependem do fundamento único e até então sólido do respeito por parte dos governos e dos povos pelos direitos uns dos outros sob a justiça internacional. O direito de imediata e justa compensação por propriedade expropriada faz parte desta estrutura. É um princípio que o governo dos Estados Unidos e a maioria dos governos do mundo celebram enfaticamente, o qual têm praticado e que deve ser mantido. (México - Expropriation, pp. 91-92, 92-93.)
. . . Não é incomum vilanizar aqueles a quem alguém está prestes a ferir. As empresas são representadas por funcionários mexicanos e por alguns membros da imprensa mexicana como imperialistas predadores e monopolistas. Elas são acusadas ​​de interferir na política mexicana, e para justificar sua espoliação são caracterizadas como um perigo para o país. Já que as empresas,enquanto curadoras responsáveis ​​por centenas de milhares de pequenos acionistas, protestam e se recusam a tolerar o confisco de seus bens, elas são denunciadas como "intransigentes" e o dicionário mexicano é aberto na busca por termos vexatórios adequados.”

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