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PLANO 12 CONTRARRAZÕES... (1)

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 99ª VARA DO 
TRABALHO DE TERESINA/PI 
 
 
PROCESSO Nº ... 
 
 
 
 
RESTAURANTE AMARGO LTDA, já qualificado nos autos em epigrafe, vem 
à presença de Vossa Excelência, por seu advogado subscritor, com endereço 
profissional na ..., intimado após a interposição de recurso por RENATO, também já 
qualificado, apresentar tempestivamente as presentes 
 
CONTRARRAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO 
 
Com fundado no art. 900 da CLT, requerendo não seja o recurso recebido, por 
intempestividade e ausência de preparo, ou, caso o seja, remetam-se os autos ao 
Tribunal Regional do Trabalho da ... Região, para apreciação das contrarrazões anexas. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local, Data 
 
ADVOGADO 
OAB/UF 
 
 
EXECELÉNTISSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DA ... REGIÃO 
 
 
Recorrentes: Renato 
Recorrido: Restaurante Amargo Ltda. 
Processo nº ... 
Vara de Origem: 99º Varra do Trabalho de Teresina/PI 
 
 
CONTRARRAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO 
 
 
Eméritos julgadores 
Douto Relator 
 
I. DA SINTESE DA DEMANDA 
O recorrente ajuizou ação trabalhista em face do Restaurante Amargo Ltda. 
pleiteando diferenças salariais referentes a convenção coletiva de sindicatos de 
funcionário de bares e restaurantes do estado do Piaui. Além disso, pleiteou: o 
pagamento extraordinário pelo tempo de duração da viagem de ida e volta ao trabalho, 
salário in natura pelo uso de veículo do empregador, a integração de diárias para 
viagem, recebidas no valor de R$ 400,00 por cada viagem ocorrida, diferenças salariais 
decorrentes de equiparação salarial com outro motorista, o qual inicialmente trabalhava 
como maitre, mas por força de decisão do INSS, por limitação física, teve sua função 
alterada. 
Na audiência de instrução a parte recorrida requereu a oitiva de uma testemunha, 
a qual foi indeferida pelo juiz, gerando o inconformismo da parte ré, registrado em ata 
de audiência. 
10 dias após a audiência foi proferida sentença de total improcedência dos 
pedidos, com custas fixadas em R$. 500.00 reais. Quinze dias após ter sido notificado a 
parte autora inconformada apresentou recurso ordinário perante o TRT. 
 
II. DAS PRELIMINARES 
II.1. DA AUSÊNCIA DE PRESUPOSTOS RECURAIS (CLT, 895, I) 
O recorrente inconformado com a sentença de total improcedência dos pedidos, 
interpôs recurso ordinário com o objetivo de ter a referida sentença reformada. Cumpre 
destacar que Renato tomou ciência da decisão proferida pelo juízo de piso e somente 
quinze dias após a notificação, interpôs o referido recurso. 
No entanto, nos termos do art. 895, I da CLT, o prazo para interpor recurso 
ordinário e de apenas 08 dias. Em compulsa dos autos ficou evidenciado que o 
recorrente interpôs o presente recurso quinze dias após ter tomado ciência da decisão. 
Sendo assim, tal recurso e considerado intempestivo. 
No presente recurso interposto também merece destaque a falta de pagamento 
das custas recursais. Custas essas que compreendem o pote de remessa e retorno do 
referido recurso. Diante do mencionado, o referido recurso deve ser considerado deserto 
pela ausência de comprovação do pagamento das custas recursais. 
 
II.2. DO CERCEAMENTO DE DEFESA (CLT, art. 893, §1º e CF, art. 5º, LV) 
O juízo a quo indeferiu o requerimento do recorrido Restaurante Amargo Ltda. 
para a produção de prova testemunhal, o que se fez constar na ata de audiência. Tal 
requerimento visava a comprovar a veracidade do alegado. 
O obstáculo criado pelo juízo a quo, além de infundado, restringiu 
injustificadamente o exercício do direito fundamental à ampla defesa de que é titular o 
referido recorrido. 
Por isso, é evidente que houve cerceamento de defesa por parte do juízo de piso, 
na medida em que impediu que a recorrente demonstrasse a veracidade de suas 
alegações por meio da produção de prova testemunhal. 
 
III. DOS FUNDAMENTOS PARA A MANUTENÇÃO DA DECISÃO 
RECORRIDA 
III.1. DO INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE DIFERENÇAS SALARIAIS 
(CLT, art. 511) 
O recorrente interpôs recurso ordinário como intuito de reformar a decisão que 
indeferiu o pedido de recebimento das diferenças salarias decorrentes da aplicação do 
piso salarial estipulado para os funcionários em bares e restaurante, conforme 
convenção coletiva firmada pelo sindicato dos bares e restaurantes com o sindicato dos 
garçons e ajudantes em bares e restaurantes, ambos do estado do Piauí. 
No entanto com base no art. 511 da CLT, o regramento da norma coletiva geral 
dos sindicados mencionados não se aplica a parte autora. Uma vez que, ela não faz parte 
do sindicato dos funcionários de bares e restaurante e sim de um sindicato dos 
motoristas em decorrência de sua função (apenas dirigir o carro). 
III.2. DA NÃO INSIDENCIA DAS HORAS IN ITINERE (TST, súmula 90, III) 
O recorrente pleiteou o pagamento extraordinário pelo tempo de duração da 
viagem de ida e volta ao trabalho, pois ficava com o carro da empresa que dirigia e que 
ficava sob sua guarda. Alegou que de sua residência para o local de trabalho havia 
apenas três linhas diretas de ônibus com tarifa modal em cada horário, sendo o 
transporte insuficiente. 
No entanto, a súmula 90, III do TST, menciona que a mera insuficiência de 
transporte público em determinada área não enseja no pagamento de horas itinere. 
Sendo assim, não e divido o pagamento de horas itinere no caso em questão. 
III.3. DA NÃO INSIDENCIA DO SALARIO IN NATURA (CLT, 458, §2º, III) 
O recorrente pleiteou salário in natura pelo uso de veículo do empregador, o qual 
ficava com Renato ao longo da semana útil, devendo deixá-lo na garagem do 
empregador durante o fim de semana de folga, bem como nas férias. 
No entanto, com base no art. 458, §2º, inciso III da CLT, não será considerado 
como salário, utilidades concedidas pelo empregador que facilite o deslocamento para o 
trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público. Dito isso, não e 
divido o pagamento de salário in natura ao recorrente visto que, o autor não usava o 
veículo para fins privados, mas apenas para o trabalho, afastando o caráter 
contraprestacional da verba. 
III.4. DA NÃO INTEGRAÇÃO DAS DIARIAS PARA VIAGEM (CLT, 457, 
§2º) 
O recorrente pleiteou, ainda, a integração de diárias para viagem, recebidas no 
valor de R$ 400,00 por cada viagem ocorrida, relatando que ao longo do contrato viajou 
a serviço por três ocasiões, em três diferentes meses. 
Entretanto, com base no art. 457, §2º DA CLT, não podem ser incluídas no 
salário as diárias de viagem, as ajudas de custo que não excedam 50% do salário 
percebido pelo empregado. Analisando o caso concreto com o referido texto de lei, 
restou evidenciado que o autor não tem direito a integração das diárias uma vez que, o 
valor e abaixo de 50% do valor percebido. 
III.5. DA NÃO EQUIPARAÇÃO (CLT, Art. 461, § 4º) 
O recorrente pleiteou diferenças salariais decorrentes de equiparação salarial 
com outro motorista, o qual inicialmente trabalhava como maitre, mas por força de 
decisão do INSS, por limitação física, teve sua função alterada, quando percebia R$ 
2.000,00 mensais. 
No entanto, o art. 461, §4º da CLT, menciona que o trabalhador readaptado por 
motivo de deficiência física ou mental devidamente atestada não servira de paradigma 
para fins de equiparação salarial. Em sendo assim, o recorrente não poderá pleitear a 
equiparação salarial tendo por base um trabalhador readaptado por força de decisão do 
INSS. 
 
IV. DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer sejam acolhidas as preliminares a fim de que o recurso 
interposto nãoseja conhecido. Não sendo acolhidas as preliminares, seja mantida a 
sentença nos seus próprios termos, conforme os argumentos apresentados. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local, Data 
 
ADVOGADO 
OAB/UF

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