Buscar

Vitiligo: doença autoimune da pele

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

1. Considerações Gerais 
A doença de que trataremos nesta postagem releciona-se a uma doença da pele atribuída à 
autoimunidade: vitiligo. De forma geral, o vitiligo é caracterizado pelo surgimento de regiões 
despigmentadas na pele, resultando em máculas acrômicas (ocorrência de uma coloração de 
pele distinta daquela normal, nesse caso hipopigmentada) de progressão variável . Isso gera 
um contraste, bastante visível entre a região normal e a região sem melanina causando um 
desconforto estético para o portador da doença. Apesar desse efeito estético, o vitiligo tem 
poucos efeitos sobre a saúde física do paciente, podendo torná-lo mais vulnerável a processos 
danosos das radiações solares. O vitiligo tem uma prevalência de cerca de 1% na população. 
Ao longo dos anos observaram três tipos básicos de vitiligo, explicados pelas seguintes 
teorias: 
a) Teoria Neural: refere-se à manifestação segmentar na pele e está associada ao nervo 
responsável pela inervação daquele dermátomo de pele. Ocorre a liberação de susbstâncias 
que provocariam a morte dos melanócitos- células que produzem melanina; 
 
Imagem disponível em: < http://www.folhadaregiao.com.br/Materia.php?id=98732 > Acesso em 
15/02/2013 
(Fig. 1.1: Vitiligo Segmentar) 
b) Teoria Citotóxica: refere-se ao surgimento do vitiligo associado ao contato com 
substâncias, como a hidroquinona, presente em borracha e certos tecidos. 
 Essa substância é conhecida por irritar 
a 
pele e torná-la mais sensível ao sol 
c) Teoria autoimune: consiste na produção de anticorpos contra melanócitos ou contra a 
própria melanina. Esta forma geralmente se encontra associada a outras doenças autoimunes 
e a prevalência genética em uma família gira em torno de 20-30%. 
 
Adaptado. Imagem disponível em: < http://arieldovale.blogspot.com.br/2011/05/vitiligo.html > 
Acesso em 15/02/2013 
(Fig.1.2 Ilustração do processo que levam ao vitiligo) 
 
Imagem disponível em: < http://drjarinaldiacupuntura.blogspot.com.br/2011/07/vitiligo-
eacupuntura.html > Acesso em 15/02/2013 (Fig1.3. Homem com vitiligo) 
 
(Fig. 1.4 Diagrama que resume as principais teorias sobre Vitiligo 
2. Principais Característias Imunológias/ Patogenia Imunológica 
A partir de agora, trataremos da forma de vitiligo mais conhecida: aquela explicada pela teoria 
da autoimunidade. 
 
Imagem disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0365- 
05962009000600008&script=sci_arttext > Acesso em 15/02/2013 
(Fig. 1.5 Ilustração que mostra as principais células afetadas no vitiligo) 
a) A chave do mecanismo autoimune ocorre por infiltração linfocítica 
Na camada basal, foi identificado um processo de vacuolização e degeneração dos 
queratinócitos, melanócitos e Células de Langerhans, através de microscopia eletrônica. Além 
disso, houve também uma infiltração inflamatória com pequenos linfócitos e histiócitos 
localizados na derme papilar, próximo ao local da lesão. O pesquisador Abdel-Nasser 
descobriu que o infiltrado é composto principalmente de lincócitos T CD8. Esses fatores 
dificultam ou impedem o proceso de melanogênese, como representado a seguir: 
 
Imagem disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100- 
736X2008000300002&script=sci_arttext> Acesso em 15/02/2013 
(Fig 1.6 Imagem de uma célula de caprino que pode transmitir a ideia do processo de 
vacuolização dos queratinócitos apontado pela seta) 
O processo de melanogênese ocorre em uma cascata com cerca de dez reações. De forma 
resumida, entretanto, observa-se a conversão do aminoácido Tirosina (que por sua vez é 
derivada da fenilalanina) em melanina através dos melanócitos. A melanina produzida é 
transferida para os queratinócitos que depositam-na na epiderme. Com isso, é possível concluir 
que uma infiltração linfocítica e um processo de vacuolização dessas células podem 
interromper tanto a síntese de melalina quanto o processo de deposição desse pigmento, 
resultando nas máculas frequentemente observadas. 
b) O vitiligo, geralmente, está associado a outras doenças autoimunes 
 As seguintes doenças corroboram com a teoria da associação entre vitiligo e outras 
manifestações autoimunes: anemia perniciosa, doença de Addison, diabetes mellitus, 
esclerodermia localizada, alopecia areata, miastenia gravis, pênfigo vulgar e nevus halo. Essa 
associação foi descoberta pela presença de anticorpos contra tireoide, glândulas adrenais e 
células parietais (células do estômago) em pacientes que apresentavam vitiligo. As doenças 
citadas são mais prováveis de surgir em pacientes que apresentam vitiligo devido às alterações 
imunológicas já apresentadas. 
 
Tratamento para Vitiligo 
O tratamento irá variar conforme as características de cada paciente, e 
quem o definirá é o médico dermatologista. 
Entre as opções terapêuticas está o uso de medicamentos que induzem 
a repigmentação das regiões afetadas. Também pode-se empregar 
tecnologias como o laser, bem como técnicas de cirúrgicas ou de 
transplante de melanócitos. 
O tratamento do vitiligo é individualizado e os resultados podem variar 
consideravelmente entre um paciente e outro. Por isso, somente um 
profissional qualificado poderá indicar a melhor opção. 
É importante lembrar que a doença pode ter um excelente controle com 
a terapêutica adequada e repigmentar completamente, sem nenhuma 
diferenciação de cor. 
Tratamento medicamentoso 
É muito difícil interromper ou paralisar o processo do vitiligo, porque 
alguns organismos respondem bem ao tratamento e conseguem não só 
paralisar a doença, como regredi-la e fazê-la desaparecer 
completamente. 
Também, alguns medicamentos podem ajudar a melhorar a aparência 
da pele, como cremes que controlam a doença e que, se usados logo no 
início, podem até ajudar a restaurar a cor original da pele, podendo 
demorar meses até que ele mostre sua eficácia. 
Cremes de corticosteroides costumam ser eficazes e são, geralmente, 
fáceis de manusear. As únicas contraindicações são os efeitos colaterais 
que eles podem causar, como o afinamento da pele e o aparecimento 
de estrias. Cremes a base de vitamina D também podem ser 
recomendados pelo médico. 
Geralmente os médicos acabam indicando o Prednisona. 
Tratamentos cirúrgicos 
A cirurgia ainda pode ser uma opção quando a terapia de luz e os 
remédios não funcionarem. Ela também pode ser usada em conjunto 
com essas terapias, caso paciente e médico sintam necessidade. O 
objetivo das seguintes técnicas é para uniformizar o tom da pele, 
restaurando a cor. Veja quais são: 
• Enxerto de pele: o médico remove pequenas partes da 
pele com a pigmentação original e coloca sobre as partes do 
corpo que já perderam a cor. 
• Enxerto por bolhas: o médico cria bolhas em cima da 
pele pigmentada. Depois, ele retira o material dessas bolhas 
e o transplanta em cima de partes descoloridas do corpo. 
• Micropigmentação: este procedimento é bastante 
parecido com o método usado na aplicação de tatuagens. O 
médico utiliza um instrumento cirúrgico especial para 
implantar o pigmento perdido em pequenas áreas da pele. 
Este tipo costuma ser mais eficaz ao redor dos lábios, 
especialmente em pessoas com pele mais escura. 
Tratamentos alternativos 
• Tratamento terapêutico: são os com corticosteróides, 
imunomoduladores, helioterapia, PUVA e enxertos 
cirúrgicos. Esteróides têm sido usados para remover as 
manchas brancas, porém não são muito eficientes. 
• Fitoterapia: a ginkgo biloba pode ser utilizada devido ao 
seu efeito antioxidante e imunomodulador. Modo de uso: 40 
mg extrato de ginkgo biloba 3 vezes ao dia. 
 
Bibliografia 
ABBAS, Abul K. Imunologia Celular e Molecular. ed. Reinventer Ltda: Rio de Janeirohttp://drauziovarella.com.br/corpo-humano/vitiligo/ 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0365-05962004000300010&script=sci_arttext 
http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/vitiligo.shtml 
http://www.vitiligo.med.br/mitos_e_verdades.php

Outros materiais