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Direito Civil II. AULA teoria geral dos contratos

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DIREITO CIVIL II -
RESPONSABILIDADE 
EXTRACONTRATUAL E TEORIA 
GERAL DOS CONTRATOS
Professora: Aline Nunes Viana
“O que quer que façamos, assumimos 
responsabilidade por alguma coisa, mas não 
sabemos o que essa coisa é” 
(SARTRE, apud ROSENVALD, FARIAS, NETTO) 
Introdução:
Noção e histórico
• Na pré-história da responsabilidade civil, pode-se situar a
vingança como a primeira forma de reação aos
comportamentos lesivos; (Lei de Talião: Olho por olho, dente
por dente);
• Direito Romano: Por um período a modalidade típica de reação
ao ato ilícito, que hoje definimos, penal, era definida conforme
a gravidade; (até alcançar uma pena pecuniária fixada pelo
juiz, sistema paralelo e complementar ao criminal);
• Separação entre a esfera civil e penal; 
ORDENAMENTO TENDE A FUNCIONAR NAS DIREÇÕES: 
• Repressão de comportamentos; 
• Prevenção de comportamentos; 
• Criação e distribuição de poderes; 
• Distribuição de bens; 
FUNÇÕES DA RESPONSABILIDADE CIVIL 
TRÊS FUNÇÕES: RESPONSABILIDADE CIVIL
• Função Reparatória: a clássica função de transferência dos 
danos do patrimônio do lesante ao lesado como forma de 
reequilíbrio patrimonial; 
• Função punitiva: Sanção consistente na aplicação de uma pena 
civil ao ofensor como forma de desestímulo de 
comportamentos reprováveis; 
• Função Precaucional: Objetivo de inibir atividades 
potencialmente danosas; (história da Cigarra e formiga) 
Conceito de responsabilidade
• Ricoeur: “imputar uma ação a alguém é atribuí-la a esse alguém como o
seu verdadeiro autor, lança-la por assim dizer à sua conta e torna-lo
responsável por ela.”
• Kant: “Como um juízo de atribuição de uma ação censurável a alguém,
como o seu verdadeiro autor.”
(agir em conformidade com a lei e a de reparar o dano ou cumprir a pena
culminou na inteira moralização e juridicização da imputação)
(ROSENVALD, FARIAS, NETTO, 2014) 
Diferença entre responsabilidade civil
• Contratual (negocial) 
#
Extracontratual
(Stricto Sensu, delitual ou aquiliana) 
• Responsabilidade Civil: Obrigação de reparar danos, sejam eles
patrimoniais ou existenciais; Por declarações unilaterais de
vontade, por atos ilícitos);
• Aquiliana: Em razão da “Lex Aquilia”, primeira lei que
regulamentou de maneira sistemática a responsabilidade civil
delitual (fins do século III a.C;
• Responsabilidade Contratual: Oriunda dos contratos; 
CÓDIGO CIVIL 
ARTIGOS AULA 
ARTIGO: 186 – AQUELE QUE, POR AÇÃO OU OMISSÃO
VOLUNTÁRIA, NEGLIGÊNCIA OU IMPRUDÊNCIA, VIOLAR
DIREITO E CAUSAR DANO A OUTREM, AINDA QUE
EXCLUSIVAMENTE MORAL, COMETE ATO ILÍCITO;
Pressupostos da responsabilidade civil:
• Ilícito = > Toda ação ou omissão antijurídica, culpável e lesiva. 
(sem o qual não há delit) 
• Antijuridicidade; 
• Culpabilidade, 
• Dano
• NEXO CAUSAL 
Responsabilidade SUBJETIVA: 
• Antijuridicidade: Contrariedade ao Direito. Ação ou omissão
humana que atenta contra a ordem, segurança, paz, justiça e
etc.
Culpabilidade: Culpa => Ação ou omissão negligente,
imprudente ou imperita;
• Dolo => Ação, omissão voluntária, Dolo é conduta intencional.
• DANO: É a diminuição ou subtração de um bem jurídico. Lesão de
interesse. Deve ser contra a vontade do prejudicado;
• Dano é a lesão ao bem protegido pelo ordenamento jurídico. Pode
haver ato ilícito sem dano.
Positivo ou emergente: Caracteriza-se objetivamente, lesão,
subtração ou diminuição patrimonial, já materializada
– Dano Patrimonial (art. 402 do CC): é lesão a um interesse econômico,
interesse pecuniário. Divide-se em dano emergente e lucro cessante.
Negativo: Lucros cessantes, quando a diminuição ou lesão for futura
(motorista de taxi); Tudo o que a vítima deixou de ganhar. Também
chamado de lucro frustrado.
• Para a fixação do quantum a ser indenizado, o juiz não olha a
culpa, mas sim a extensão do dano, art. 944 CC e 944, § único
CC, sendo que para este último artigo haverá possibilidade de
reduzir a indenização utilizando uma cláusula geral da
equidade. (Senhor da bicicleta vendendo alface “bate” na
moto)
• Teoria da Perda de uma Chance (art. 402 do CC): é uma
subclasse do dano emergente.
• É a oportunidade dissipada de obter futura vantagem ou de
evitar um prejuízo em razão da prática de um dano injusto,
Resp. 788.459. É o meio caminho entre dano emergente e
lucro cessante.
• O benefício não era certo, era aleatório, mas havia uma chance 
e esta tinha um valor econômico. O valor da indenização deve 
ser menor que do lucro cessante. O juiz calcula com base na 
razoabilidade ou probabilidade, desta forma, ele faz uma 
proporcionalidade. 
Chance
• Probabilidade de obter lucro ou de evitar uma perda; Perda de uma
OPORTUNIDADE;
• Não tem previsão expressa na legislação;
• Teve origem na França; “Perte d’une chance”;
• Um dos casos mais antigos registrados foi um caso Inglês em que a
autora da ação estava entre as 50 finalistas de um concurso de
beleza e teve sua chance interrompida, por não terem deixado
participar da última etapa do concurso (MELO e AMARAL, 2014).
• O juiz entendeu que ela teria 25% de chance de ser a
vencedora e aplicou a doutrina da proporcionalidade;
• Teoria fruto de uma construção doutrinária Francesa e Italiana;
(probabilidade de obter lucro ou evitar uma perda)
• Necessário: Chance ser SÉRIA E REAL # mera eventualidade,
suposição, desejo;
• # de lucro cessantes = incide sobre o que o individuo
razoavelmente deixa de ganhar; comprovação, aponte as
perdas;
• Venosa, sobre o quantum indenizatório, na perda de uma
chance: “ o grau de probabilidade é que fará concluir pelo
montante da indenização”;
• “Este percentual NÃO pode, em qualquer hipótese, resultar da
própria vantagem que poderia ser obtida”;
Caso do SHOW DO MILHÃO 
• Participante do programa chegou à pergunta milionária, e ao lhe
ser feita, a mesma não admitia nenhuma resposta correta;
• Em razão disso, a concorrente ajuizou ação contra a empresa que
promovia o concurso (SBT) e conseguiu uma indenização no valor
de R$ 125.000,00; observando o critério da probabilidade de
acerto da questão, qual seja 25% de chance de acerto.
Caso Vanderlei Cordeiro
• Maratonista que ocupava o Primeiro lugar, com 28 segundos
de vantagem sobre o segundo colocado;
• Quando foi barrado e empurrado para fora da pista;
• Não foi julgado por Tribunal brasileiro, devido a competência.
Despertou na doutrina seu enquadramento na teoria. Perdeu a
oportunidade de obter a vitória;
• TJ-DF - Apelação Cível APC 20140110473337 (TJ-DF)
• Data de publicação: 16/02/2016
• Ementa: Contrato de serviços advocatícios. Obrigação de
meio. Teoria da perda de uma chance. Cerceamento de defesa. 1 - O
julgamento antecipado da lide, quando a questão é exclusivamente de
direito ou, sendo de direito e de fato, não existir a necessidade de outras
provas, não leva a cerceamento de defesa.
• 2 - No contrato de prestação de serviços advocatícios a obrigação é de
meio e não de resultado. Ao aceitar a causa, o advogado obriga-se a
conduzi-la com toda a diligência. Não se obriga, contudo, a resultado
certo.
• 3 –A teoria da perda de uma chance preconiza que quando houver uma
probabilidade suficiente de ganho da causa, o responsável pela frustração
deve indenizar o interessado. Se a ação se fundar em mero dano hipotético
não cabe reparação. 4 –Honorários fixados em valor elevado reclamam
redução. 5 –Apelação provida em parte.
• TJ-DF - Apelação Cível APC 20140910232290 (TJ-DF)
• Data de publicação: 08/09/2015
• Ementa: DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL.
CONSÓRCIO. EXTRAVIO DO CONTRATO. TEORIA DA PERDA DE
UMA CHANCE NÃO CONFIGURADA.
• 1. A teoria da perda de uma chance visa reparar a perda de
uma oportunidade retirada de alguémpor ato ilícito praticado
por outro. Para que se configure, é necessário que a
oportunidade perdida seja real e relevante. 2. Recurso
conhecido e improvido.
• Dano Extrapatrimonial; 
(Dano Moral ou Extrapatrimonial) 
• É uma lesão ao direito da personalidade da pessoa humana.
Atinge a liberdade, igualdade, solidariedade ou psicofísica. Só
existe dano moral quando a dignidade é atingida, Constituição
Federal, 1988 art. 5º, V e X, CF.
DANO MORAL 
• “ É o que atinge o ofendido como pessoa, não lesando seu
patrimônio. É lesão de bem que integra direitos da
personalidade, como honra e etc.”
• “É a dor resultante da violação de um bem juridicamente
tutelado, sem repercussão patrimonial. Seja dor física, dor
sensação, sentimento, dor moral de, causa imaterial.”(CAHALI,
2011 apud SANTOS)
• Está vinculado à dor, angustia, sofrimento e tristeza; Estende-
se a todos os bens personalíssimos. 
• “A vida humana não é apenas um conjunto de elementos
materiais. Integram-na, outrossim, valores imateriais, como os
morais.” “A moral individual sintetiza a honra da pessoa, o bom
nome, a boa fama, a reputação.” (SILVA, 2000).
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DANO MORAL
• Código de Hamurabi, citado por Pablo Stolze e Pamplona:
• $ 127: “Se um homem livre estendeu o dedo contra uma
sacerdotisa, ou contra a esposa de outro e não comprovou,
arrastarão ele diante do juiz e raspar-lhe-ão a metade de seu
cabelo
• As leis de Manu, com origem na Índia antiga, também
apresentava referências ao dano moral.
• No Direito Romano estava bastante presente a preocupação 
com a Honra. Na lei das XII Tábuas previa penas patrimoniais 
para crimes como injúria e o dano. 
• “Os cidadãos romanos, que eventualmente fosse vítima de
injurias, poderiam, valer-se da ação pretoriana a que se
denominava injuriarum aestimatoria. Reclamar uma reparação
do dano através de uma soma em dinheiro, prudente arbitrada
pelo juiz.” (GAGLIANO, PAMPLONA FILHO, 2004)
Cabimento de Dano Moral contra Pessoa Jurídica
“Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos 
de personalidade”. 
Súmula 227 STJ: A pessoa Jurídica pode sofrer dano Moral. 
Da prova: “Indenização – dano Moral – Prova – Desnecessidade. 
“Não há que falar em prova do dano moral, mas, sim, na prova do 
fato que gerou a dor, sofrimento, sentimentos íntimos que o ensejam. 
Provado assim o fato, impõe-se a condenação, sob pena de violação 
do art. 334 do CPC (753811220098260224 sp 0075381) 
A possível banalização do Dano Moral
• O que configura ou não? * Fala-se em falta de critérios 
objetivos pra determinar; 
EX: 
• Mero dissabor não pode ser alçado ao patamar de dano moral, 
mas somente aquela agressão que exacerba a naturalidade dos 
fatos da vida, causando fundadas aflições ou angústias de 
espírito de quem a ela se dirige (STJ Resp. 403.919) 
Casos em que o Dano moral é presumido
• Diploma sem reconhecimento (REsp 299.532);
• Credibilidade desviada - Dano à imagem do médico (inclusão
em catálogo de plano de saúde, sem ser credenciado) Resp
1.020.936;
• Cadastro de inadimplentes (SERASA, SPC); (Simples inclusão
indevida faz presumir o dano).
A reparação é gênero em que são espécies a indenização e a
compensação.
Dano patrimonial:
• função de indenização;
• função ressarcitória ;
• função de equivalência (restitui ao “status quo”, art. 947 do CC).
Dano Moral:
• é objeto de compensação;
• função satisfatória – satisfaz a vítima e a família.
• NEXO CAUSAL: Relação de Causa e efeito entre a conduta
culpável do agente e o dano por ela provocado. O dano deve
ser fruto da conduta reprovável do agente.
• (liame de ligação entre a conduta do agente e o dano)
Teoria Responsabilidade subjetiva X objetiva:
• Ato ilícito, culpabilidade, dano e nexo de causalidade;
• Responsabilidade que se baseia na culpa do autor do ilícito:
Subjetiva (culpabilidade) (regra);
• Responsabilidade sem culpa: Objetiva;
Ex: Queda de avião (mesmo que se prove ter tido a queda
originada de caso fortuito, a companhia responderá pelos danos,
não há que se falar em ilícito, mas a própria atividade de risco;
Responsabilidade objetiva
• Âmbito ambiental: “Não se aprecia subjetivamente a
conduta do poluidor, mas a ocorrência do resultado é
prejudicial ao homem e seu ambiente.
• A atividade poluente acaba sendo uma apropriação pelo
poluidor dos direitos de outrem, pois na realidade a
emissão poluente representa um confisco do direito de
alguém respirar ar puro, beber água saudável e viver
com tranqüilidade(...)” (MACHADO, 2000. p.273).
225§3 da CF/ responsabilidade pelos danos ambientais é
objetiva:
• “As condutas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, às sanções penais e administrativas
independentemente da obrigação de reparar o dano causado”.
• A responsabilidade civil objetiva é a responsabilidade sem
culpa, o cerne dessa é o dano e não a conduta ou
comportamento do agente.
• Desta forma, a teoria objetiva na imputação da
responsabilidade ao causador de uma atividade lesiva ao meio
ambiente se afirma em razão do caráter de irreversibilidade
dos danos ambientais.
RESPONSABILIDADE CIVIL 
ARTIGOS 927 CÓDIGO CIVIL 
ART. 927 – AQUELE QUE, POR ATO ILÍCITO
(ARTIGOS 186/187), CAUSAR DANO A OUTREM,
FICA OBRIGADO A REPARÁ-LO.
Parágrafo único: “Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente da culpa, nos casos especificados em lei, ou quando
a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por
sua natureza, riscos para o direito de outrem”.
Responsabilidade por fato próprio e por fato de 
Outrem
Normalmente uma pessoa responde apenas pelos atos que
pratica. Regra: Responder por ato ou fato próprio.
Expressa disposição legal, uma pessoa pode responder por fato
de outra:
Ex: Pais pelos atos praticados por seus filhos menores.
Art. 932. São também responsáveis pela reparação 
civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua
companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas
mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos,
no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se
albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes,
moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a
concorrente quantia.
• Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo
antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte,
responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
• Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem
pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou,
salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou
relativamente incapaz.
Gabriel, pessoa menor de 16 anos, lançou pedras no veículo de
Rogério, causando-lhe danos materiais. No momento do ato ilícito,
Gabriel estava sob a autoridade e companhia de seu pai, Arnaldo.
Rogério ajuizou ação contra Arnaldo, que:
a) responde objetivamente pelo ato de Gabriel e não tem direito de
regresso contra o filho, que é pessoa absolutamente incapaz.
b) responde subjetivamente pelo ato de Gabriel e tem direito de regresso
contra o filho, que é pessoa relativamente incapaz.
c) não responde pelo ato de Gabriel, tendo em vista que a responsabilidade
civil é pessoal e intransferível.
d) responde objetivamente pelo ato de Gabriel e tem direito de regresso
contra o filho, que deverá ressarci-lo quando atingir a maioridade civil.
e) responde subjetivamente pelo ato de Gabriel e não tem direito de
regresso contra o filho, que é pessoaabsolutamente incapaz.
Responsabilidade por fato de Coisa
• Uma pessoa responde por dano causado por uma coisa de que 
tem a guarda. 
• Ex: Responsabilidade por danos causados por animais. 
• O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este 
causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos
que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos,
cuja necessidade fosse manifesta.
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde
pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem
lançadas em lugar indevido.
TJ-RS - Apelação Cível AC 70050875079 RS (TJ-RS)
Data de publicação: 23/01/2013
Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E
MORAIS. LESÕES PROVOCADAS POR MORDIDA DE
CÃO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DONO DO ANIMAL. ART. 936 DO CC . 1.
A responsabilidade civil decorrente da guarda de animal é objetiva, só
restando elidida nas hipóteses elencadas em lei. Caso dos autos em que o réu
não se desonerou de provar a culpa exclusiva da vítima ou força maior, como
impõe o art. 936 do Código Civil , impondo-se sua responsabilização pelas
lesões provocadas pelos cães de sua propriedade. 2. Em relação ao autor
Lúcio, devidos danos
morais e estéticos presumidos, em valor que atenta à extensão do dano e
orientado pelos parâmetros estabelecidos pela Câmara. Danos materiais
emergentes consistentes nos gastos (comprovados) necessários para tratar a
lesão sofrida. Lucros cessantes a serem liquidados, conforme conclusão
pericial.
TJ-RS - Recurso Cível 71003339926 RS (TJ-RS)
Data de publicação: 18/04/2012
Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL. OVELHAS QUE INVADEM ÁREA
CONTÍGUA EM QUE CULTIVADA AVEIA E DESTINADA À EXPLORAÇÃO
PECUÁRIA MEDIANTE A ENGORDA DE BOVINOS. DANOS
OCASIONADOS. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO DONO DO ANIMAL
. INDENIZAÇÃO. ARBITRAMENTO EQUITATIVO. POSSIBILIDADE.
INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 6º DA LEI DOS JUIZADOS. SENTENÇA, EM
PARTE, REFORMADA. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso
Cível Nº 71003339926, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas
Recursais, Relator: Carlos Eduardo Richinitti, Julgado em 12/04/2012)
TJ-DF - APELAÇÃO CÍVEL AC 20040110861773 DF (TJ-DF)
Data de publicação: 10/04/2007
• Ementa: CIVIL. DANOS MATERIAIS. ANIMAL SOLTO NA
PISTA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO DONO DO ANIMAL.
CULPA PRESUMIDA. 1. O DONO, OU DETENTOR,
DO ANIMAL RESSARCIRÁ O DANO POR ESTE CAUSADO, SE NÃO
PROVAR CULPA DA VÍTIMA OU FORÇA MAIOR. INTELIGÊNCIA DO
ART. 936 DO CÓDIGO CIVIL . 2. NÃO DEMONSTRANDO O RÉU, ORA
APELANTE, A OCORRÊNCIA DE CAUSAS EXCLUDENTES DE
SUA RESPONSABILIDADE, DEVERÁ RESSARCIR OS PREJUÍZOS
ORIUNDOS DA COLISÃO DO CAMINHÃO COM O ANIMAL DE SUA
PROPRIEDADE. CUIDA-SE, IN CASU, DE CULPA PRESUMIDA. 3.
APELO NÃO PROVIDO
• Artigo 932 CC: São também responsáveis pela reparação Civil:
I – Os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua
autoridade ou companhia;
Art. 933: Não obriga a comprovação de culpa in vigilando dos
pais, devendo estes responder pelos danos causados por seus
filhos de forma objetiva;
Atos Lesivos Não considerados ilícitos 
• A legítima Defesa: Se o ato foi praticado contra o próprio
agressor, e em legítima defesa NÃO pode o agente ser
responsabilizado pelos danos provocados.
ART. 188. Não constituem atos ilícitos:
I – os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de
um direito reconhecido;
II – a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a
pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo
somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente
necessário, não excedendo os limites do indispensável para a
remoção do perigo.
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso
do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-
lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por
culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação
regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao
lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em
defesa de quem se causou o dano (art. 188, inciso I).
TJ-RS - Apelação Cível AC 70053307237 RS (TJ-RS)
Data de publicação: 11/04/2013
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. RESPONSABILIDADE
OBJETIVA DO DONO NO ANIMAL. CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. DEVER DE
INDENIZAR INOCORRENTE. É cediço que o dono ou detentor de animal, responde
objetivamente pelos danos que este causar a outrem, salvo se comprovada a culpa
da vítima ou força maior. Inteligência do art. 936 do CC/2002 , vigente à época do
fato. Hipótese em que restou caracterizada a culpa exclusiva da autora que,
sabedora da existência do animal no estabelecimento comercial e estando fechado
o portão de acesso, entrou no local, sem permissão, vindo a ser atacada pelo cão, o
que afasta a pretensão indenizatória. Responsabilidade objetiva que não dispensa
a demonstração do nexo de causalidade. Sentença de improcedência mantida.
APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação Cível Nº 70053307237, Décima Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo Roberto Lessa Franz, Julgado em
21/03/2013)
TJ-MG - Apelação Cível AC 10024121437685001 MG (TJ-MG)
Data de publicação: 24/03/2014
• Ementa: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - DANOS MORAIS - OFENSA À HONRA OBJETIVA E À IMAGEM DE
PESSOA JURÍDICA - ABUSO NO EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO - ATO ILÍCITO DEVIDAMENTE
PROVADO - DEVER DE INDENIZAR - INTELIGÊNCIA DA SÚMULA Nº. 227 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA - QUANTUM INDENIZATÓRIO - CRITÉRIOS PARA SUA FIXAÇÃO - PRINCÍPIOS DA
RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE - GRATUIDADE DE JUSTIÇA - SINDICATO - MERA
ALEGAÇÃO - NÃO COMPROVAÇÃO DA HIPOSSUFICIÊNCIA - INDEFERIMENTO - RECURSO
DESPROVIDO. - O direito à reparação civil exige a ocorrência de ato ilícito, de dano e de nexo de
causalidade entre um e outro. Assim, aquele que, no exercício da liberdade de manifestação do
pensamento, viola direito ou causa prejuízo a outrem, deve ser obrigado a reparar o dano, ainda que
exclusivamente moral. - "A pessoa jurídica pode sofrer dano moral." - A reparação moral tem função
compensatória e punitiva. A primeira, compensatória, deve ser analisada sob os prismas da extensão
do dano e das condições pessoais da vítima. A finalidade punitiva, por sua vez, tem caráter
pedagógico e preventivo, pois visa desestimular o ofensor a reiterar a conduta ilícita. A fixação do
quantum indenizatório deve se dar com prudente arbítrio, observadas as circunstâncias do caso, para
que não haja enriquecimento à custa do empobrecimento alheio, mas também para que o valor não
seja irrisório. - "A concessão do benefício da justiça gratuita, instituída pela Lei nº 1.060 /1950, não é
possível às pessoas jurídicas, exceto quando as mesmas exercerem atividades de fins tipicamente
filantrópicos ou de caráter beneficente, desde que comprovada, nos termos da lei, a sua
impossibilidade financeira para arcar com as custas do processo."

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